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EUA - Os Estados e as instituições devem agir diante do risco crescente de recessão no mundo, para prevenir "uma nova normalidade perigosa" de economias frágeis, advertiu na quinta-feira (6) a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

É fundamental "estabilizar a economia mundial, abordando os desafios mais imediatos", entre eles, o combate à inflação, a proteção das populações mais vulneráveis e as dificuldades da dívida, disse Georgieva em um discurso em Washington, no qual lançou as reuniões anuais do Fundo e do Banco Mundial que acontecem na capital americana na próxima semana.

No entanto, esse processo pode ser doloroso e, se os bancos centrais agirem muito agressivamente sobre suas taxas de juros, poderiam "afundar muitas economias em uma recessão prolongada", advertiu.

Os ministros das Finanças e titulares de bancos centrais de mais de 180 países participarão, entre os dias 10 e 16 de outubro, da primeira reunião totalmente presencial do Fundo e do Banco Mundial desde 2019, antes da pandemia de covid-19.

O FMI publicará na terça-feira suas previsões para 2022 e 2023, que, segundo a diretora-gerente, preveem uma queda do crescimento.

 

- Inflação, o alvo principal -

A epidemia de covid-19 provocou uma "mudança fundamental na economia global", disse Georgieva, ao passar de "um mundo de relativa previsibilidade" para outro sujeito a maior incerteza.

Como resultado, o FMI prevê que um número significativo de países terá ao menos dois trimestres consecutivos de queda do PIB, um sinal de recessão, entre o fim deste ano e 2023.

É um risco que paira sobre "cerca de um terço da economia mundial" e ainda pode ser pior: "A incerteza é muito grande, em um contexto de guerra e pandemia. Pode haver outros choques econômicos", afirmou a titular do FMI.

Por isso, o objetivo principal deve ser reduzir a inflação, para impedir que esta crie raízes e evitar "taxas [de juros] ainda mais altas e persistentes, o que prejudicaria ainda mais o crescimento e o emprego", acrescentou.

 

- Crise da dívida -

Georgieva, no entanto, reconhece que reduzir a inflação "não será fácil".

"2022 está sendo difícil e 2023 será ainda mais. Mas o principal é evitar causar ainda mais danos e em um período mais longo", ressaltou.

Não obstante, a titular do FMI adverte que um ajuste "muito forte e muito rápido" das taxas de juros, sobretudo sem coordenação, poderia "afundar muitas economias em uma recessão prolongada".

Além dos juros mais altos, há o fortalecimento do dólar precisamente pelos aumentos das taxas implementados pelo Fed, o banco central dos Estados Unidos, o que dificulta o acesso de muitos países ao crédito.

A pandemia fez com que muitos Estados se endividassem ainda mais, e agora eles enfrentam o risco de sobre-endividamento em um contexto de aumento dos juros em todo o mundo.

"Mais de um quarto dos países emergentes estão em situação de inadimplência ou em níveis difíceis, assim como mais de 60% dos países de baixa renda", o que "aumenta o risco de uma crise da dívida cada vez maior" e prejudicaria o crescimento global, advertiu Georgieva.

 

 

AFP

BRASÍLIA/DF - Os transportadores de carga pagarão menos pelo frete rodoviário. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou no Diário Oficial da União (DOU) a nova tabela de preços mínimos dos fretes rodoviários, que considera a queda recente no diesel.

Os fretes terão reduções médias de 2,89% a 3,68%, dependendo do tipo de carregamento. Em nota, a ANTT informou que cumpriu a Lei 14.445/2022, que determina a correção da tabela sempre que o valor do diesel oscilar mais de 5% para baixo ou para cima.

“Para o reajuste, a ANTT analisou a tabela de índice de preços divulgada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Entre o período de 28 de setembro a 1 de outubro, o preço médio do Diesel S10 ao consumidor ficou em R$ 6,73 por litro, o que resultou em um percentual de variação acumulado, desde a publicação da Portaria Suroc nº 214, de 22 de agosto, de -5,61% – quando ocorreu o último reajuste na tabela frete”, informou a ANTT em nota.

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Cada tabela teve um tipo de redução. Na tabela A, de transporte rodoviário de carga lotação, o frete ficou 2,89% mais barato, em média. Na tabela B, de operações com a contratação apenas do veículo de cargas, a retração média chegou a 3,21%.

Para a tabela C, de transporte rodoviário de carga lotação de alto desempenho, o valor do frete caiu 3,37% em média. Para a Tabela D, que engloba operações apenas com veículo de cargas de alto desempenho, a redução média chegou a 3,68%.

 

 

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil 

LONDRES - Uma queda acentuada na atividade empresarial da zona do euro no mês passado provavelmente colocará em risco qualquer esperança de que o bloco monetário evitará a recessão, no momento em que uma inflação elevada pressiona o Banco Central Europeu a agir, mostrou pesquisa na quarta-feira.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto final da S&P Global para a zona do euro, visto como um bom indicador da saúde econômica, caiu para uma mínima de 20 meses de 48,1 em setembro, contra 48,9 de agosto e preliminar de 48,2. Qualquer coisa abaixo de 50 indica contração.

"Qualquer esperança de que a zona do euro evite a recessão é ainda mais frustrada pela queda acentuada na atividade empresarial sinalizada pelo PMI", disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence.

"Não apenas a pesquisa aponta para um agravamento da retração econômica, mas o quadro de inflação também se deteriorou, o que significa que os formuladores de política monetária enfrentam um risco crescente de pouso duro enquanto procuram conter a aceleração da inflação."

Revertendo uma tendência descendente, tanto o índice compostos de preços de insumos quanto o de custos de produção subiram acentuadamente. Os preços de insumos PMI saltaram de 72,3 para 77,1.

Os preços crescentes, particularmente os custos de energia, juntamente com uma perspectiva econômica sombria, mantiveram os consumidores atentos e o PMI para o setor de serviços do bloco afundou de 49,8 para 48,8 no mês passado, seu valor mais baixo desde fevereiro de 2021.

"A inflação crescente, ligada à crise energética e à guerra na Ucrânia, está destruindo a demanda ao mesmo tempo em que a confiança das empresas está caindo para níveis não vistos desde a crise da dívida da região em 2012, excluindo os lockdowns contra a pandemia", disse Williamson.

 

 

Reportagem de Jonathan Cable / REUTERS

 

BERLIM - As marcas da Volkswagen estão se preparando para listar ações no mercado, afirmou nesta terça-feira o presidente-executivo do grupo, Oliver Blume, ao jornal alemão Handelsblatt.

A listagem de ações da Porsche pela Volkswagen na quinta-feira passada, que envolveu oferta de 12,5% da marca de luxo no mercado acionário, criou especulações sobre novas operações do tipo como forma de destravar valor do grupo.

A Volkswagen tem promovido sessões de treinamento para as marcas não listadas, incluindo Audi, Lamborghini, Bentley, Skoda, Seat e Cupra. O objetivo é fazer as marcas terem mais foco no mercado de capitais, disse Blume ao jornal. Os resultados serão apresentados aos mercados no próximo ano.

"Dentro do Grupo 1 da Volkswagen eu sinto uma clara motivação em dar aos mercados de capitais uma relevância maior", disse Blume.

"Feito sabiamente, isso deve adicionar valor significativo e melhorar a competitividade do grupo e das marcas", disse Arndt Ellinghorst, especialista automotivo da empresa de dados QuantCo, sobre novas listagens de marcas da Volkswagen.

A Porsche já está valendo quase que tanto quanto a antiga controladora, algo que Blume disse ao jornal que sinaliza o potencial escondido dentro do grupo.

Apesar disso, a listagem de ações da Porsche ainda não beneficiou a Volkswagen, cujas ações acumulam queda de cerca de 10%, uma vez que investidores trocaram a empresa pela marca de luxo.

 

 

Por Victoria Waldersee / REUTERS

BRASÍLIA/DF - A presidente da Caixa, Daniella Marques, informou ontem (4) que, a partir da segunda quinzena de outubro, o banco público pretende apresentar taxas inferiores ao teto de 3,5%, definido para empréstimos consignados que serão garantidos pelas futuras parcelas do Auxílio Brasil. A medida virá acompanhada de uma ação para conscientizar beneficiários sobre o risco de contrair empréstimos.

“Estamos trabalhando para priorizar o crédito consignado do Auxílio Brasil”, disse a presidente da Caixa ao lembrar que, em muitos casos, esse recurso é usado pelas famílias com o objetivo de “comprar produtos para vender; para investir [em algum negócio]; ou para pagar dívida”.

Para possibilitar taxas de juros inferiores aos 3,5% estipulados para o consignado via Auxílio Brasil, Daniella Marques disse que a área de Risco e Governança “está terminando a modelagem” que possibilitará, ao banco, operar a taxas inferiores a este teto.

“E vamos entrar com conscientização das pessoas para trocarem dívida mais cara por uma mais barata”, acrescentou Daniella, ao lembrar que haverá um limite de R$ 160 para a contratação específica do crédito consignado.

Ela informou que a Caixa prepara uma “ação para crédito consciente”, de forma a não estimular endividamento ainda maior das famílias. “Temos de ter ciência de que boa parte dessas famílias ou pessoas já estão endividadas, principalmente no rotativo do cartão de crédito, onde as taxas são bem mais elevadas.”

A presidente da Caixa atualizou alguns números relativos ao Auxílio Brasil. De acordo com Daniella, o total de famílias beneficiadas pelo programa já está em 21,13 milhões. A próxima parcela de R$ 600 será paga no dia 11 de outubro.

Outubro Rosa

Aproveitando o mote do Outubro Rosa, mês em que se chama a atenção para o câncer de mama, Daniella convocou entrevista coletiva para falar também, das ações da Caixa e do governo voltadas ao público feminino.

No âmbito do Auxílio Brasil, mais de 80% das famílias são chefiadas por mulheres. “São cerca de 17 milhões de beneficiárias únicas”, disse a presidente da Caixa, que citou também ações desenvolvidas no âmbito da estratégia “Caixa para Elas”, de apoio ao empreendedorismo feminino. A iniciativa inclui ainda a adoção de espaços físicos para atendimento a mulheres, voltados para orientações sobre combate à violência e prevenção ao câncer de mama, por exemplo.

“Desde o dia 9 agosto, mais de 80 mil mulheres foram acolhidas nos espaços físicos das agências”, disse Daniella Marques, ao lembrar que há também espaços virtuais focados no público feminino. “Registramos mais de 26 milhões de acessos no aplicativo Caixa para Elas.”

 

 

Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil 

BRUXELAS - Os governos da zona do euro não podem proteger totalmente suas economias do aumento dos preços da energia e se concentrarão em proteger os mais vulneráveis por meio de medidas de renda excepcionais, direcionadas e temporárias, de acordo com o esboço de comunicado dos ministros das Finanças da zona do euro.

O esboço, preparado para discussões dos ministros dos 19 países que compartilham o euro em Luxemburgo nesta segunda-feira, disse que medidas nacionais serão coordenadas para proteger a concorrência na União Europeia.

"É nossa responsabilidade mitigar o impacto adverso desse choque externo em nossas economias", disse o esboço do comunicado, visto pela Reuters.

"No entanto, tais medidas pesarão cada vez mais em nossos orçamentos nacionais e podem, em alguns casos, retardar o ajuste necessário da demanda de energia", afirmou.

 

 

 

Jan Strupczewski / REUTERS

SÃO PAULO/SP - As crianças vão ganhar mais presentes no seu dia. É o que aponta estudo da Behup, que mostrou que 81% dos 500 entrevistados pretendem dar presentes à garotada. Mesmo com menos dinheiro à disposição e a inflação em alta, a data não passará em branco, porque os pais estão dispostos a presentear os pequenos no próximo dia 12 de outubro com gasto médio de R$ 165.

Na média do levantamento serão duas crianças agraciadas por cada pessoa, entre filhos (39%), sobrinhos (33%), afilhados (16%) e netos (8%). Os adultos não ficam de fora da festa e 32% deles planejam se autopresentear.

Das 500 pessoas ouvidas, 76% pretendem fazer o agrado à criançada, aumento de 17 pontos percentuais em relação ao ano passado (57%). Para 32% deles, levar os filhos a parques de diversões vai ser a forma de comemorar a data. Parcela de 23% fará refeição fora de casa e 21% desejam levar as crianças a lojas de brinquedos para que elas próprias façam as escolhas.

Para 47%, a escolha do presente, de acordo com o estudo, a prioridade é o que a criança está necessitando. Já para 37%, o que ela quer receber. Outros 35% vão buscar surpreender. Para não fugir à lenda de que brasileiro deixa tudo para a última hora, 46% vão deixar para comprar na semana derradeira o até no último dia. Ainda assim, 90% pretendem pesquisar preços ou informações sobre o produto antes das compras.

As lojas físicas especializadas se destacam entre as opções para adquirir o mimo, com 33% de preferência, acompanhadas, na sequência, por marketplaces, com 32%; comércio local, 31%; e o site da própria loja, com 30%. Para escolher os estabelecimentos, 50% dos consumidores levam em conta o preço. Depois, a variedade de produtos (36%) e as formas de pagamento (32%).

As principais lojas citadas para compra de presentes de Dia das Crianças foram: Lojas Americanas, com 49% de intenções como local de compras, foram citadas por 49% dos entrevistados, seguidas por Shopee, com 38%; Mercado Livre, com 29%; e, por fim, a Ri Happy, com 25% de citações.

 

 

Francisco Lacerda / ISTOÉ DINHEIRO

BRASÍLIA/DF - A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, caiu de 5,88% para 5,74% para este ano. É a 14ª redução consecutiva da projeção. A estimativa está no Boletim Focus de hoje (3), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a expectativa de instituições para os principais indicadores econômicos.

Para 2023, a estimativa de inflação ficou em 5%. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,5% e 3%, respectivamente.

A previsão para 2022 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior 5%.

Em agosto, houve deflação de 0,36%, após queda de 0,68% em julho. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,39% no ano e 8,73% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Para setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação, também teve recuo, de 0,37%.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano nesse patamar. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,25% ao ano. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7,75% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

As instituições financeiras consultadas pelo BC elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 2,67% para 2,70%.

Para 2023, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 0,53%. Para 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,7% e 2%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar manteve-se em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é de que a moeda americana se mantenha nesse mesmo patamar.

 

 

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil 

EUA - Grandes redes de restaurantes da Califórnia, nos Estados Unidos, como McDonald’s e Starbucks, se uniram para derrubar a nova lei que define o salário mínimo no setor em até US$ 22 (cerca de R$ 120) por hora no próximo ano. Cerca de US$ 12,7 milhões (R$ 69 milhões) foram levantados para combater a lei, conhecida como “Fast Recovery Act”.

O salário mínimo atual da Califórnia é de US$ 15 (cerca de R$ 80) por hora. São necessárias 623 mil assinaturas de eleitores válidas até 4 de dezembro para suspender a lei e qualificar a questão para virar referendo na votação de novembro de 2024.

“Os californianos vão arcar com o custo desta nova lei, então é justo que eles digam se ela deve ser mantida”, disse Matthew Haller, presidente da Associação Internacional de Franquias, ao Dow Jones Newswires.

A nova lei exige que a Califórnia crie um conselho de dez pessoas, incluindo trabalhadores, representantes sindicais, empregadores e defensores de empresas, que definiria o salário mínimo para trabalhadores de fast food e reajuste anual com base na inflação. A legislação proíbe os operadores de retaliar funcionários que fizerem reclamações e estabelece estrutura para a reintegração de salários atrasados e emprego.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

BRASÍLIA/DF - O desemprego no Brasil diminuiu para 8,9% com a queda de 0,9 ponto percentual registrada no trimestre encerrado em agosto, em comparação com o período anterior, terminado em maio.

O percentual é o menor patamar desde o trimestre encerrado em julho de 2015, quando atingiu 8,7%. O contingente de pessoas ocupadas ficou em 99 milhões, batendo novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, foram divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O percentual de pessoas ocupadas em idade de trabalhar, que representa o nível de ocupação, foi estimado em 57,1%. O resultado significa avanço em relação ao trimestre anterior. Naquele período o nível de ocupação ficou em 56,4%. Ficou também acima do mesmo período do ano passado, quando registrou 53,4%.

Para a coordenadora da Pnad, Adriana Beringuy, o mercado de trabalho mostra recuperação. “O mercado de trabalho segue a tendência demonstrada no mês passado, continuando o fluxo que ocorre ao longo do ano, de recuperação”, observou.

De acordo com a pesquisa, três atividades contribuíram para o recuo do desemprego em agosto com aumento da ocupação. O setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas teve alta de 3% em relação ao trimestre anterior, adicionando 566 mil pessoas ao mercado de trabalho.

O crescimento de 2,9% em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais representou mais 488 mil pessoas empregadas, enquanto a alta de 4,1% no grupo outros serviços significou a entrada de 211 mil pessoas.

Evolução

O número de trabalhadores desocupados atingiu 9,7 milhões de pessoas e caiu ao menor nível desde novembro de 2015. Segundo a pesquisa, o resultado corresponde a uma queda de 8,8% ou menos 937 mil vagas formais na comparação trimestral e queda e 30,1%, (menos 4,2 milhões de trabalhadores), na comparação com o mesmo período do ano passado.

O contingente de empregados sem carteira assinada no setor privado chegou a 13,2 milhões de pessoas. O número é o maior da série histórica, iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre passado, houve alta de 2,8% no trimestre ou mais 355 mil trabalhadores sem carteira assinada. Na comparação anual, houve alta de 16% na informalidade - 1,8 milhão de pessoas.

Já o total de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, sem contar os trabalhadores domésticos, subiu 1,1% e atingiu 36 milhões.

O número de trabalhadores por conta própria ficou em 25,9 milhões de pessoas e manteve a estabilidade se comparado ao trimestre anterior. No setor público alta foi de 4,1% e contingente chegou a 12,1 milhões.

A pesquisa indicou ainda que há 4,3 milhões de pessoas (3,8%) que o instituto classifica como desalentada - que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, porém não procuram vagas por achar que não encontrariam. O resultado neste quesito manteve a estabilidade.

Rendimento médio

Após dois anos sem crescimento, pelo segundo mês seguido, o rendimento real habitual registrou alta. Em agosto, o salário médio do trabalhador brasileiro alcançou R$ 2.713. O valor representa um avanço de 3,1% em relação ao trimestre anterior, apesar de mostrar estabilidade na comparação anual.

“Esse crescimento está associado, principalmente, à retração da inflação. Mas a expansão da ocupação com carteira assinada e de empregadores também é fator que colabora”, completou a coordenadora.

Pesquisa

A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitorar a força de trabalho brasileira. De acordo com o IBGE, a amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. “Cerca de 2 mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE”, informou.

Por causa da pandemia de covid-19, o IBGE desenvolveu a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020. A volta da coleta de forma presencial ocorreu em julho de 2021.

“É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante”, destacou.

 

 

Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil 

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