MUNDO - A Amazon lançou nesta última terça-feira, 17, uma farmácia online para entrega de medicamentos que precisam de prescrição médica nos Estados Unidos, aumentando a concorrência com varejistas do setor como Walgreens, CVS e Walmart.
Chamada de Amazon Pharmacy, a nova loja permite que os clientes comparem os preços à medida que compram medicamentos no site ou aplicativo da empresa.
A mudança se baseia na aquisição da PillPack pela Amazon em 2018. A gigante disse que a startup permanecerá separada para clientes que precisam de doses pré-selecionadas de vários medicamentos.
Nos últimos dois anos, a Amazon trabalhou para garantir mais licenças estaduais para vender remédios em todo o país, o que foi um obstáculo para sua expansão na cadeia de fornecimento de medicamentos, de acordo com analistas da Jefferies Equity Research.
TJ Parker, presidente-executivo da PillPack e vice-presidente da Amazon Pharmacy, disse em comunicado que a varejista pretendia trazer “sua obsessão com o cliente para uma indústria que pode ser inconveniente e confusa”.
A empresa disse que os assinantes do serviço Prime terão até 80% de desconto em medicamentos genéricos e até 40% em medicamentos de marca quando compram sem utilizar os descontos de seu convênio médico, além de entregas em dois dias.
*Por: ESTADÃO
MUNDO - A Cinemark chegou a um acordo para permitir que a Universal Pictures ofereça seus filmes em lançamentos domésticos nos Estados Unidos em até 17 dias após a estreia nos cinemas, anunciaram as empresas nesta segunda-feira.
O acordo que vale para os próximos anos é semelhante ao que a Universal fez neste ano com a AMC Entertainment, a maior rede de cinemas do planeta, aceitando uma grande mudança nos padrões tradicionais de lançamentos de filmes.
Sob o novo acordo, a Universal poderia oferecer filmes para venda em serviços sob demanda após eles serem exibidos por pelo menos três finais de semanas nos cinemas, segundo disse uma nota das empresas. Isso diminui a janela exclusiva na qual um filme é exibido nos cinemas para até 17 dias, em vez dos quase 90 dias que eram a prática comum anteriormente.
Filmes que estreiam com mais de 50 milhões de dólares nas bilheterias serão exclusivos para os cinemas por pelo menos cinco finais de semanas, ou 31 dias, antes de serem oferecidos em serviços sob demanda.
Isso provavelmente incluiria grandes franquias da Universal, como "Velozes e Furiosos" e "Jurassic World".
Poucos novos filmes estão atualmente em exibição nos cinemas, já que muitos deles ainda estão fechados para conter a pandemia do coronavírus. As grandes redes fizeram empréstimos ou tomaram outras medidas para se manterem em operação, e operadoras menores apelaram ao governo norte-americano para conseguir auxílio até o final da crise.
As redes de cinemas há muito resistem às medidas para reduzir a janela de tempo na qual podem exibir um filme de maneira exclusiva, e ameaçaram se recusar a exibir filmes se eles forem lançados muito rapidamente em serviços sob demanda. Isso mudou em julho quando a AMC chegou a um acordo com a Universal para permitir que filmes sejam lançados em tais serviços após três semanas.
*Por Lisa Richwine / REUTERS
Sondagem feita pela startup vhsys em parceria com a Stone revela que maioria dos descontos vai variar de 20 a 40%; 26% das empresas afirmam que farão vendas apenas em locais físicos
SÃO CARLOS/SP - De acordo com pesquisa realizada pela startup vhsys em parceria com a Stone, empresa de tecnologia em serviços financeiros, 75% dos micro e pequenos empresários esperam que a Black Friday seja a salvação do faturamento em 2020. Os dados também revelam que os descontos dados pelas micros e pequenas empresas irão variar de 20% (citado por 46% dos entrevistados) até 40% (citado por 29%). Apenas 2% das empresas consultadas darão descontos acima de 60%.
Segundo a sondagem, 65% das empresas pretendem atrair novos clientes, enquanto 31% dos negócios apostam em aumentar as vendas para clientes antigos. A pesquisa foi feita com a base de clientes da Stone e da vhsys em todo o país, e mais de 1.500 empresas responderam.
“Black Friday é a data mais esperada para o comércio no ano, junto com Natal e Dia das Mães, mas nesse ano o cenário é diferente. Em meio a uma pandemia e uma crise econômica sem precedentes, os micro e pequenos negócios esperam o evento não apenas para vender mais, mas para recuperar a perda de meses com vendas baixas. Talvez esse seja o motivo de a maioria das micro e pequenas empresas não apostar em descontos mais altos, pois precisam de segurança para terminar o ano de forma mais controlada”, analisa Reginaldo Stocco, CEO da vhsys, empresa que fornece software de gestão empresarial na nuvem e faz parte do grupo Stone.
Em relação às possíveis complicações que os micro e pequenos negócios poderão enfrentar este ano, os efeitos da Covid-19 lideram as respostas (63%), mas outro dado expõe os problemas de planejamento desse segmento: 35% das micro e pequenas empresas temem que a falta de estoque possa atrapalhar as vendas, seguido de dificuldade de atendimento devido ao aumento da demanda (10%).
Mesmo assim, 31% das empresas afirmam estar com o estoque adequado, especialmente porque vão aproveitar os produtos que ficaram sem giro nos meses anteriores. Já 24% afirmam ter antecipado as compras e estão com o estoque bem dimensionado.
Economia aquecida
Mais da metade das empresas farão suas vendas online e também nas lojas físicas (55%). A pesquisa também aponta que 30% dos lojistas acreditam que a presença online das empresas em lojas virtuais ajudará no resultado positivo da Black Friday, seguido de 28% que veem como positivo o aumento da confiança do brasileiro no comércio eletrônico. De acordo com o levantamento, a maioria das empresas (43%) acredita que a economia já está reaquecendo.
Vendas físicas e descontos
Mesmo com a força do comércio on-line, 26% das empresas ouvidas afirmam que farão vendas apenas em locais físicos e 29% citam a flexibilização das medidas de isolamento para compras presenciais como fator positivo para um bom resultado da Black Friday 2020.
Sobre a vhsys
A vhsys é uma empresa de tecnologia que desenvolve sistema de gestão empresarial descomplicado para micro, pequenas e médias empresas, com módulos online para emissão de nota fiscal, controle financeiro, vendas e estoque, além de uma loja de aplicativos. A vhsys também oferece integrações exclusivas que ampliam os recursos do empreendedor. Desde 2019, a empresa é uma das investidas do grupo StoneCo, em uma parceria que alia sua ferramenta de gestão com o serviço de pagamentos da Stone. A empresa integra o ranking das melhores empresas para se trabalhar, segundo o Great Place to Work, e é uma das empresas mais amadas do Paraná, de acordo com a Glassdoor. Mais informações no site https://vhsys.com.br.
Sobre a Stone
A Stone é uma empresa de tecnologia financeira que possui uma plataforma de soluções de venda e gestão cujo propósito é melhorar a vida do empreendedor brasileiro, ajudando-o a vender mais, gerir melhor o seu negócio e crescer sempre. Por meio de tecnologia e inovação, contribui para o fortalecimento e a evolução do mercado. Com clientes espalhados por todo o Brasil, desenvolve um relacionamento próximo e personalizado com cada um dos lojistas que atende.
SÃO PAULO/SP - A Azul registrou prejuízo líquido de R$ 1,226 bilhão no terceiro trimestre de 2020, divulgou nesta segunda-feira, 16, a empresa, em balanço enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O resultado representa um aumento de 122,7% na comparação com o prejuízo de R$ 550 milhões de igual trimestre de 2019. Segundo a companhia, os números continuaram pressionados pela pandemia de covid-19. O setor aéreo de todo o mundo é um dos mais afetados pela crise causada pelo coronavírus.
A receita líquida da empresa somou R$ 805,3 milhões no terceiro trimestre, queda de 73% na comparação com o registrado no mesmo período do ano passado, mas 100,5% maior que a do trimestre anterior, que foi de R$ 401,6 milhões.
Mesmo com o resultado no vermelho de julho a setembro, a companhia considera que o pior da pandemia ficou para trás e melhorou suas perspectivas para o quarto trimestre do ano. “À medida que retoma suas operações, a Azul explora oportunidades para reconstruir a companhia de forma mais eficiente e com menos despesas, aproveitando as mudanças estruturais do setor”, informou no comunicado.
Até o fim desde ano, a Azul espera operar mais de 80% da capacidade doméstica do ano passado. Em termos de malha, até dezembro, a projeção da companhia é voar para 113 destinos, uma recuperação quase completa em comparação aos 116 destinos atendidos antes da crise.
O indicador conhecido como ASK (assentos-quilômetro oferecidos) para dezembro deve atingir 70% do que foi registrado no mesmo mês de 2019. Antes, a empresa projetava chegar ao fim deste ano com 60% da oferta total.
*Por: Cristian Favaro / ESTADÃO
MUNDO - Portugal registrou entre janeiro e setembro quase 10 milhões de turistas estrangeiros a menos do que no mesmo período do ano passado, consequência da crise da covid-19, o que representa uma queda de 73,8%, revelou nesta segunda-feira (16) o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
No total, o setor português de hotelaria recebeu 8,7 milhões de pessoas durante nove meses, equivalente a 59,3% menos no número de hóspedes e, portanto, um colapso em seu faturamento de 64,5%, o que representa 1,23 bilhão de euros (cerca de 1,45 bilhão de dólares).
Neste contexto, o número de turistas estrangeiros caiu para apenas 3,4 milhões, contra 13 milhões entre janeiro e setembro de 2019.
O mercado interno apresentou melhores resultados, com uma queda de 36,9% - cerca de 5,3 milhões de hóspedes.
No que refere-se aos turistas estrangeiros, "os principais mercados [turísticos] também registraram quedas significativas, acima de 60%", destacou o INE português.
Portugal, cuja maior fonte de turistas é o Reino Unido, beneficiou-se entre o final de agosto e meados de setembro de uma suspensão temporária das restrições às viagens impostas no Reino Unido.
Entre abril e julho, o número de diárias contratadas por hóspedes procedentes do Reino Unido caiu mais de 90%. Depois, a queda em ritmo anual passou a 79,9% em agosto e 70,7% em setembro.
O turismo é o principal setor para a renda de Portugal, representando 8,7% do PIB do país.
Em 2019, em seu conjunto, apenas o mercado britânico gerou 3,3 bilhões de euros (cerca de 3,9 bilhões de dólares) em renda, à frente do mercado francês com 2,6 bilhões de euros (cerca de 3,07 bilhões de dólares).
*Por: AFP
MUNDO - Uma nova onda de covid-19 avança nos Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia no mundo, e é provável que sua economia continue se deteriorando e leve até anos para recuperar seu robusto estado anterior à chegada do vírus.
Mesmo com notícias promissoras sobre uma bem-sucedida candidata à vacina, é pouco provável que ela seja rápida e amplamente distribuída.
As infecções por coronavírus nos Estados Unidos alcançaram novos níveis recordes de mais de 150.000 por dia, levando as autoridades de muitas localidades e regiões a imporem novas restrições.
A covid-19 "ainda determina o curso da economia", afirmou a economista Diane Swonk, da consultoria Grant Thornton, em uma análise.
"O atual aumento de casos é muito mais preocupante (...) e se espera que seja mais perturbador para a atividade econômica", acrescentou.
As autoridades dizem que um número cada vez maior de casos tem origem em reuniões privadas relativamente pequenas.
"Compre um peru pequeno", pediu Swonk, referindo-se ao principal prato do feriado de Ação de Graças, no qual os americanos tradicionalmente se reúnem com toda família.
Terceira cidade mais populosa do país, Chicago pediu a seus residentes que fiquem em casa, enquanto em Nova York e em Minnesota, os estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas devem fechar às 22h.
No verão boreal (inverno no Brasil), a maior economia do mundo mostrou sinais promissores de recuperação de sua pior recessão desde a Grande Depressão, mas agora corre o risco de sofrer um novo golpe, especialmente na ausência de um novo pacote de estímulos do Congresso.
"Estamos começando a ouvir dos economistas que estão pensando em reduzir suas projeções do PIB [Produto Interno Bruto], devido à covid", disse Maris Ogg, da Tower Bridge Advisors.
Embora o auge das vendas de casas e automóveis tenha sido um ponto positivo na economia, junto com uma recuperação na indústria, os consumidores estão preocupados com o aumento dos casos. E um indicador do ânimo dos consumidores despencou em novembro, pela primeira vez desde julho.
- Até 2023? -
A nova onda de infecções surge em meio a uma delicada transição política: o democrata Joe Biden venceu a eleição presidencial em 3 de novembro, enterrando um segundo mandato do republicano Donald Trump, que, no entanto, ainda não reconhece sua derrota.
Os democratas conseguiram manter sua maioria na Câmara dos Representantes, mas será apenas no início de janeiro que se terá uma resposta sobre o controle do Senado.
Essa incerteza frustrou as esperanças de uma aprovação rápida de um novo pacote de ajuda financeira em massa para famílias e empresas que enfrentam dificuldades com a pandemia, assim como para governos estaduais e locais com limitações orçamentárias.
Em março deste ano, o Congresso americano aprovou vários projetos de lei de gastos para responder à pandemia, que impulsionaram a economia, mas muitas das provisões da Lei CARES, de US$ 2,2 trilhões, expiraram.
Com pelo menos 11 milhões de trabalhadores americanos ainda desempregados, republicanos e democratas continuam divididos sobre a estrutura e o tamanho do próximo pacote.
Swonk disse que mesmo um estímulo "magro" de US$ 1 trilhão poderá fazer a atividade voltar, em meados de 2021, aos níveis pré-pandemia.
Ela adverte, porém, que "o emprego não alcançaria seu pico anterior antes do final de 2023. Uma vacina não consegue chegar rápido o suficiente para alimentar famílias famintas".
O vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Randal Quarles, disse na terça-feira que não espera que a economia se recupere antes 2022, ou do início de 2023.
Os consumidores precisam recuperar a confiança para voltar aos padrões normais de gastos, como ir ao cinema, comer fora, ou sair de férias.
Na capital, Washington, D.C., por exemplo, apenas 10% dos funcionários retornaram para seus postos de trabalho em outubro, de acordo com dados do DowntownDC Business Improvement District.
- Recuperação desigual -
A taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu para 6,9% em outubro, depois de atingir um pico de 14,7% ao longo da crise atual. Ainda assim, um terço dos desempregados está há mais de seis meses sem trabalho, e isso preocupa os economistas.
"Não vamos voltar para a mesma economia", disse o presidente do Fed, Jerome Powell, recentemente, explicando que a economia será mais dependente da tecnologia.
"Me preocupa que isso torne as coisas ainda mais difíceis do que já eram para muitos trabalhadores", sobretudo, os empregados de serviços de baixa renda, que são mais propensos a serem mulheres e minorias, completou.
Powell destacou também que muitas mulheres foram forçadas a deixar o mercado de trabalho, "não por escolha própria", enquanto as crianças não estão recebendo a educação que deveriam.
*Por: AFP
SÃO PAULO/SP - O aumento nos custos dos materiais de construção ligou o sinal de alerta para as construtoras residenciais. As empresas do setor de alto padrão preparam reajuste nos preços dos apartamentos, já que seus consumidores têm um bolso mais recheado e capaz de absorver esse impacto.
Mas as companhias que erguem imóveis populares podem ter de apertar o cinto, pois não contam com a mesma flexibilidade. O poder de compra dos seus consumidores é menor e, além disso, há limites de preços que podem ser praticados dentro do programa Minha Casa Minha Vida (rebatizado de Casa Verde e Amarela).
A Tenda já avisou que espera lucratividade menor devido à elevação dos custos de materiais. “Existe perspectiva de queda de margem”, anunciou o diretor financeiro, Renan Sanches, em reunião com investidores e analistas.
Segundo o executivo, um eventual repasse dos custos para os preços finais provocaria uma queda na velocidade das vendas, já que os compradores de imóveis da Tenda são famílias com renda mensal de até R$ 4 mil – que dependem do programa habitacional para ter acesso à casa própria.
Esse também é um ponto de alerta para a Eztec, que tem um braço de negócios exclusivo para o mercado popular, a Fit Casa. “No Minha Casa Minha Vida, o aumento de custos de materiais nos preocupa muito. Não dá para existir aumento de custo sem aumento de preço”, disse o diretor de relações com investidores, Emílio Fugazza. “Se não for discutido aumento nos valores, chega uma hora em que ficará impossível produzir. Essa é uma cobrança que virá mais para frente.”
As construtoras residenciais focadas em empreendimentos para o público de alta renda, por sua vez, já consideram repasses. É o caso da Cyrela.
“Vemos a inflação dos materiais e poderemos repassar para o preço. As vendas estão aquecidas, os juros estão baixos e o poder de compra está bom”, explicou o diretor financeiro, Miguel Mickelberg, referindo-se às condições de mercado que permitem elevar o valor de venda das moradias.
Essa é a mesma visão da Tecnisa. Caso a alta nos custos se perpetue no ano que vem, a empresa fará o repasse para o preço final. “Não vamos aceitar diminuir nossas margens”, frisou o presidente, Joseph Nigri.
Desequilíbrios. O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) subiu 1,69% em outubro, uma aceleração em relação à taxa de 1,15% de setembro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). É a maior taxa mensal para o índice em cinco anos. Com este resultado, o índice acumula alta de 6,34% neste ano.
Os itens que mais pesaram no mês foram tubos e conexões de PVC (16,28%), vergalhões e arames de aço (10,54%), esquadrias de alumínio (7,07%); tubos e conexões de ferro e aço (7,62%) e tijolo e telha cerâmica (5,31%).
A explicação para o salto nos custos dos materiais está no desequilíbrio entre oferta e demanda neste ano por conta da pandemia. Houve uma parada da indústria por causa da quarentena e uma retomada muito rápida após a flexibilização.
Alguns empresários entendem que a situação é apenas transitória, de modo que a pressão sobre os custos dos materiais tende a dar um alívio nos primeiros meses do ano que vem, após a reorganização dos fabricantes.
*Por: Circe Bonatelli / ESTADÃO
BRASÍLIA/DF - Termômetro do Banco Central usado para medir como está a atividade econômica no país, o IBC-Br aponta uma recuperação da economia. Após um segundo trimestre de grandes impactos, com queda de 10,94% devido às necessárias medidas de distanciamento social para tentar evitar a proliferação do novo coronavírus, o trimestre entre julho e setembro apresentou reação. Segundo o BC, houve crescimento de 9,47% no período.
A alta entre julho e setembro foi verificado na comparação com o segundo trimestre do ano. O valor foi calculado após ajuste sazonal, uma “compensação” para comparar períodos diferentes de um ano. Conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br avalia mensalmente evolução da economia com informações sobre o nível de atividade dos setores de indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Em setembro, o índice de atividade subiu 1,29%, quinto mês seguido de alta. Os números do IBC-Br confirmam a reação vista em outros indicadores oficiais, com alta no comércio, indústria e serviços. A recomposição de renda trazida pelo auxílio emergencial, junto com a reabertura das atividades, tem ajudado na reação dos números.
Caso a reação do terceiro trimestre se confirme, o Brasil conseguirá sair da recessão técnica, período que se caracteriza pelo recuo da economia em dois trimestres consecutivos. Nos três primeiros meses do ano, o PIB recuou 1,5%, segundo o IBGE e, nos três seguintes, -9,7%. Para efeito de comparação, no primeiro trimestre, o IBC-Br registrou queda de 1,95% e no 2º, -10,94%. O resultado do terceiro tri será divulgado em 3 de dezembro. A expectativa do mercado financeiro, segundo o Boletim Focus, é de queda de 4,80% no PIB deste ano.
Divulgado mensalmente, o IBC-Br é considerado um termômetro do Produto Interno Bruto (PIB), que é divulgado trimestralmente pelo IBGE. A divulgação oficial do sobre o desenvolvimento da economia no segundo trimestre será divulgada no início de setembro. Por ter formas diferentes de calcular a evolução da economia, nem sempre o IBC-Br e o PIB vêm com resultados semelhantes. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O IBC-Br usa estimativa das áreas e também dos impostos.
*Por: Larissa Quintino / VEJA
MUNDO - A economia da zona do euro saltou um pouco menos do que inicialmente informado no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores, informou hoje (13) uma segunda estimativa da agência de estatísticas da União Europeia.
A Eurostat anunciou, em Bruxelas, que a produção econômica dos 19 países que usam o euro saltou 12,6% entre julho e setembro na comparação com o segundo trimestre, contra expansão de 12,7% divulgada em 30 de outubro.
Isso significa que, na base anual, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro caiu 4,4% no terceiro trimestre, em vez da queda de 4,3% anunciada antes.
O salto da atividade foi resultado da reabertura de economias após lockdowns nos dois primeiros trimestres para desacelerar a disseminação da pandemia de covid-19.
*Por Jan Strupczewski - da Agência Reuters
Apesar de retomada no segundo semestre, setor deve gerar 22,9 mil empregos celetistas até o fim novembro; 15% deles têm chance de ser mantidos
SÃO PAULO/SP - Apesar das projeções mais otimistas sobre as vendas do varejo daqui até o final do ano e das medidas de afrouxamento do isolamento social, o setor deve gerar o menor número de vagas formais para o bimestre outubro/novembro desde 2016, no Estado de São Paulo. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), 22,9 mil postos de trabalho formais serão abertos no período – comumente marcado por contratações para atender a demanda de final de ano – sendo que 8 mil deles serão na capital.
Dentre as vagas, a expectativa é que ao menos 15% se tornem efetivas para 2021.
É um volume 35% menor de postos formais de trabalho abertos se comparado com o bimestre outubro/novembro de 2019, por exemplo – quando 35,3 mil empregos foram criados.
Novembro é, historicamente, o mês com maior saldo líquido de vagas formais (número de contratações em relação aos desligamentos) do varejo paulista, porque é a época em que as lojas reforçam suas equipes mirando o aumento da demanda das compras de final de ano.
Isso se reflete, por exemplo, no fato de que a maior demanda de trabalho será por vendedores (32%), atendentes (16%), repositores (13%) e operadores de caixa (12%).
Em 2020, o número de vagas celetistas criadas no varejo nesta época do ano será o terceiro pior da década, segundo a Federação: em 2015, o saldo foi de 15,8 mil empregos no mesmo período e, no ano seguinte, o número subiu para 20,7 mil.
Geração de vagas celetistas no varejo paulista – bimestre outubro/novembro de 2020
Fonte: CAGED com projeção da FecomercioSP
De acordo com a FecomercioSP, os dados ajudam a refletir a situação atual dos varejistas em São Paulo: no primeiro semestre, o setor viu seu faturamento bruto cair 3,3% – a maior queda para o período desde 2015. Considerando os meses de janeiro a agosto de 2020, 104 mil postos celetistas já foram fechados pelo varejo no Estado.
Nota metodológica
Dados de projeção de vagas de emprego a serem geradas pelo varejo paulista para fim do ano de 2020, com base no dado de emprego formal (celetista) a ser divulgado pelo Caged. Importante ressaltar que não devem ser confundidas com os empregos temporários oferecidos por empresas de intermediação de contratação, como agências de trabalho temporário.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
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