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Curso Lato Sensu é destinado para servidores municipais, estaduais ou federais que desejam se especializar

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições para o Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Pública Inovativa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), destinado para formação especializada de servidores municipais, estaduais e federais que desejam atualizar suas práticas profissionais. Os estudantes vão poder conhecer o potencial que uma gerência transformadora pode ter e se qualificar para propor programas de estado nos mais diferentes contextos: saúde, educação, sustentabilidade, urbanismo, transportes, dentre outros.
Ao longo das aulas, a especialização capacita os pós-graduandos para que possam aprimorar a sua percepção da realidade social, identificar as demandas existentes e intervir em seus respectivos serviços por meio da aplicação das ferramentas de inovação e empreendedorismo. Além disso, os formandos estarão aptos para melhorar processos de comunicação e a interação entre o sistema público, a burocracia e outros setores. Os alunos ainda serão capacitados para propor, planejar e desenhar sistemas de gestão com perfil na solução de problemas.
Os módulos abordam participação social e planejamento público, empreendedorismo, tecnologias, cidades inteligentes, ferramentas de inovação, sustentabilidade, comunicação, transparência, orçamento e avaliação de oportunidades. A especialização, que é desenvolvida com o máximo de aplicabilidade das ferramentas e matérias aprendidas nas disciplinas teóricas, conta com uma grade curricular baseada em evidências científicas, pautada pela ética e com conteúdo sintonizado com as mudanças da sociedade. O curso tem 360 horas de carga horária total, distribuídas em 15 meses, com encontros remotos uma vez por semana.
Cada disciplina tem 36 horas, divididas em 10 horas dedicadas a aulas ou debates com docentes e/ou profissionais convidados, 10 horas para teoria e metodologia ativa e 16 horas dedicadas ao estudo do material disponibilizado em vídeos, artigos, capítulos, podcasts, dentre outros, e para atividades em grupo. Ainda em fóruns de discussão, os alunos debatem as atividades e soluções a desafios propostos, sempre com a supervisão dos professores e da equipe de suporte acadêmico.

A audiência pública que aconteceu na câmara municipal nesta quarta, escancarou os problemas

 

SÃO CARLOS/SP - Aparentemente com falta de planejamento e gestão, a secretaria de Educação de São Carlos fez com que as aulas voltassem parcialmente neste último dia 07 de fevereiro.

Nossa redação recebe diversas denúncias de servidores públicos e pais sobre o que está acontecendo no dia a dia nas escolas.

Primeiro, devido a pandemia e aos protocolos estabelecidos, quando um professor apresenta sintomas de síndrome gripal, imediatamente o servidor é afastado para se proteger e proteger crianças e colegas de trabalho, até aí tudo certo, porém como não existe gestão, não existe professor substituto e os alunos ficam em casa, isso se os pais tiverem com quem deixar seus filhos.

 Aliás, enquanto estiver a pandemia, muitos casos de suspeita ou confirmação de covid-19 vão acontecer. Nesta situação, não pensaram em ter professores substitutos? 

Segundo, as escolas permaneceram fechadas por quase  dois anos, porém a secretária Wanda está no cargo há 1 ano. Neste um ano a gestora da pasta visitou as escolas? 

Não choveu neste 1 ano para saber se chove dentro do equipamento público? Não observou os demais problemas estruturais? As escolas foram preparadas (álcool em gel...) para receber as crianças, professores e funcionários? Na boa, o que a professora Wanda fez neste 1 ano?

No final das contas os que sofrem são os alunos, pais e professores pela falta de comprometimento e gestão da atual direção da secretaria de educação. Que fique claro, não estamos falando do pessoal, mas do profissional que deixa a desejar.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

A Câmara Municipal realizou a audiência pública ontem (9), proposta pelo vereador Paraná Filho, na qual foram debatidas as péssimas condições das escolas da rede municipal de ensino, o não retorno às aulas em algumas unidades e o recesso dos professores. 

Realizada em formato hibrido – presencial e online – a audiência foi aberta pelo presidente da Câmara, vereador Roselei Françoso, e conduzida pelo vereador Paraná Filho, com presença da secretária municipal de Educação, Wanda Hoffmann, de vereadores e de representantes de órgãos e entidades que atenderam ao convite do Legislativo. O evento foi acompanhado de grande número de profissionais de educação da rede municipal e pais de alunos.

Compareceram representantes do Sindispam (Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos de São Carlos), Vigilância Sanitária, Defesa Civil, Conselho Tutelar e Conselho Municipal de Educação e Conselho de Alimentação Escolar.

No início da audiência, Paraná Filho explicou o teor do requerimento de sua autoria - aprovado por unanimidade na sessão de terça-feira -, apontando os problemas existentes em escolas municipais e solicitando a convocação da secretária. Conforme demonstrou por meio de slides, entre as precárias condições dos prédios escolares foram apontadas  rachaduras, infiltrações, goteiras, móveis e equipamentos em má condições de uso, além de infestação de roedores.

Foram citadas irregularidades nos CEMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) Bruno Panhoca, Maria Alice Vaz de Macedo, Professor Homero Frei, Professora Maria Consuelo Brandão Tolentino, Renato Jensen, Ruth Bloem Souto.

Durante a reunião usaram a palavra os vereadores Paraná Filho,Roselei Françoso,Raquel Auxiliadora,Azuaite França,Professora Neusa,Bira e Bruno Zancheta.

A secretária informou que vem tomando providências conforme a tramitação própria do serviço público para a implementação de medidas necessárias. “Podem ter certeza que estamos à disposição para fazer o melhor e nos comprometemos a melhorar essa situção”. A rede municipal atende a uma clientela de 18.900 crianças.Ao se manifestar sobre problemas verificados nas unidades, inclusive com relação ao retorno das aulas, a secretaria informou que garantirá os 200 dias letivos previstos em lei.

Ao final da reunião o vereador Paraná agradeceu a todos pela presença e reforçou a urgência do atendimento das demandas apresentadas e informou que a ata do encontro será enviada ao Ministério Público. “Cobramos a quem de direito e de uma forma à altura daquilo que precisa ser feito”, declarou. Os encaminhamentos incluíram reunião na próxima sexta feira no CEMEI Maria Alice Vaz de Macedo, empenho para agilizar o PDDE (programa de repasse direto de recursos para reparos e manutenção de escolas), informação sobre providências da alçada da Vigilância Sanitária e manifestação da Câmara à Vara da Fazenda Pública com referência ao reinício de aulas no CEMEI Ruth Bloem Souto.

 

Atividade é gratuita e online; as inscrições já estão abertas

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Telessaúde para Idosos com Demência da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) promove, no dia 16 de fevereiro, nova edição da "Oficina para cuidadores e familiares de idosos como Alzheimer e outras demências". A atividade é gratuita e será transmitida, ao vivo, pelo YouTube. O tema desta edição será "Causas e principais sintomas de demência". As inscrições já estão abertas.
A temática da Oficina será apresentada por Francisco de Assis Carvalho do Vale, médico e docente do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar. A atividade também é aberta para pessoas que se interessam pela temática, mesmo que não atuem diretamente com idosos portadores de demência.
A oficina tem início às 20 horas e as inscrições devem ser feitas por este formulário eletrônico (https://bit.ly/3J4yawo). O link para o evento será enviado para os inscritos.
O programa de Telessaúde é ofertado pelo Laboratório de Pesquisa em Saúde do Idoso (LaPeSI) da UFSCar. Todas as informações sobre o projeto e as edições da Oficina podem ser acessadas no Instagram (@projetotelessaude.ufscar) ou solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

BRASÍLIA/DF - O resultado das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 já está disponível para consulta. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) antecipou a divulgação dos resultados finais do exame de sexta-feira (11) para 4ª feira (9). As notas estão disponíveis na Página do Participantes.

Para acessar o site é necessário utilizar o login único da plataforma gov.br. Caso o participante não lembre a senha da conta cadastrada, basta acessar a página acesso.gov.br, digitar o CPF e clicar em “Avançar”. Em seguida, clicar em “Esqueci minha senha”, selecionar uma das formas de recuperação (por meio do aplicativo Meu gov.br, do Internet Banking de bancos conveniados, por e-mail ou por mensagem de texto – SMS), preencher os campos solicitados e gerar uma nova senha. 

As notas do Enem podem ser usadas para acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (ProUni). Os participantes podem ainda pleitear financiamento estudantil em programas do governo, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e se candidatar a uma vaga em instituições de ensino superior que têm convênio com o Inep.

O Enem 2021 foi aplicado pelo Inep nos dias 21 e 28 de novembro. A reaplicação do exame ocorreu nos dias 9 e 16 de janeiro de 2022. Ao todo, mais de 2,1 milhões de candidatos em todo o país fizeram as provas.

 

 

Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil 

Inscrições podem ser feitas até 13 de fevereiro

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas no processo seletivo para os cursos de mestrado acadêmico, mestrado com bolsa externa, doutorado acadêmico, doutorado com bolsa externa e doutorado direto, com ingresso no primeiro semestre de 2022. 
O Programa conta com três linhas de pesquisa: Indivíduos e Populações; Comunidades e Ecossistemas; e Aplicações Ecológicas. As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de fevereiro. 
Todas as informações, incluindo número de vagas, procedimentos de inscrição e cronograma, devem ser conferidas nos editais específicos, disponíveis no site www.ppgern.ufscar.br, onde constam mais informações sobre o Programa. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

SÃO CARLOS/SP - O presidente da Câmara Municipal de São Carlos, Roselei Françoso, atendendo solicitação do vereador Paraná Filho, convocou a secretária municipal de Educação, Wanda Hoffmann, para uma reunião na Sala das Sessões do Legislativo nesta quarta-feira (9) às 15h com o objetivo de serem tratados assuntos relacionados às péssimas condições das unidades escolares, do não retorno às aulas em algumas unidades e ainda sobre o recesso dos professores da rede municipal de ensino.

A Prefeitura Municipal de São Carlos há tempos está sendo alertada por esta Casa de Leis acerca das péssimas condições das unidades escolares de nosso município, dentre elas, rachaduras, infiltrações, goteiras, móveis e equipamentos em má condições de uso, além de infestação de roedores”, argumentou o vereador Paraná Filho.

O parlamentar ainda afirmou que devido às irregularidades, os CEMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) Bruno Panhoca, Maria Alice Vaz de Macedo, Professor Homero Frei, Professora Maria Consuelo Brandão Tolentino, Renato Jensen, Ruth Bloem Souto não poderão funcionar por tempo indeterminado.

A Secretaria de Educação, relatou Paraná, não informa quando será efetivamente iniciada a manutenção nas unidades escolares nem quando será o retorno das aulas presenciais nessas escolas. “Este fato poderá influenciar diretamente na rotina dos pais de alunos, diretores, professores, merendeiras e principalmente prejudicar e muito as crianças da rede municipal de ensino neste início de ano letivo”, disse.

O vereador ainda solicitou que fossem convidados para a reunião representantes do Ministério Público Estadual, do SINDSPAM (Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos de São Carlos), da Defensoria Pública, da OAB São Carlos/SP, da Vigilância Sanitária, da Defesa Civil e do Conselho Municipal de Educação.

Para participar da reunião de forma online, acesse o link do Zoom: https://us06web.zoom.us/j/83855939623?pwd=Qk15dlk4bEN5Mjlwa2ZtTWdQOWNxUT09.

Trabalho, coordenado por docente do Campus Lagoa do Sino da UFSCar, aponta importância de estudo e preservação ambiental

 

BURI/SP - Pesquisadores de seis instituições brasileiras redescobriram uma espécie de perereca considerada extinta: a Phrynomedusa appendiculata, descrita em 1925, por Adolpho Lutz, encontrada inicialmente em Santa Catarina e vista apenas três vezes na natureza - a última delas há 52 anos (em 1970), em Santo André (SP).
Medindo sete centímetros, o animal possui coloração verde vivo, com superfície lateral laranja brilhante, e foi encontrado pelos pesquisadores depois de percorrerem diversas trilhas de difícil acesso na região de Capão Bonito (SP), em 2011, em área de Mata Atlântica. Para chegar até o local, o grupo percorreu uma longa estrada de terra, seguida de cerca de 20 quilômetros de trilha.
A redescoberta ocorreu no escopo da criação do Parque Estadual Nascentes do Paranapanema (Penap), que constitui uma nova unidade de conservação no estado de São Paulo. A ação foi coordenada por Alexandre Camargo Martensen, docente no Centro de Ciências da Natureza (CCN), do Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e hoje a área preservada é gerida pela Fundação Florestal do Estado.
"Esta foi uma das áreas que eu amostrei durante o meu mestrado e, desde então, busquei financiamento para detalhar os estudos com o objetivo de protegê-la", lembra Martensen.

Descrição e características
No total, foram encontrados em Capão Bonito 16 indivíduos adultos, além de girinos. Uma das pererecas foi acrescentada à coleção do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP).
O registro trouxe dados inéditos e detalhados sobre a espécie, antes incompletos e pouco conhecidos, que envolvem características acústicas (gravação de sons emitidos pelo animal), morfológicas (forma, estrutura, tamanho, cor e tipo) e ecológicas (ambiente no qual o animal foi encontrado).
"Gravamos sua vocalização para conseguir, por meio de inteligência artificial, identificar estes cantos e, assim, buscar a espécie em outros locais, já que, até o momento, ela só foi encontrada em duas pequenas lagoas marginais do Penap", explica Martensen.
Em relação às características ecológicas, a espécie foi encontrada em um local raro para ambientes de planalto, a lagoa marginal, diferente do tradicional riacho, que é mais comum nestas áreas. Segundo o docente, isso justifica o fato de o animal ter sido visto pouquíssimas vezes na natureza.
"Estas lagoas geralmente aparecem quando a água chega em ambientes de planície, planos, sem tanta variação de altitude, pois começa a perder a velocidade e a meandrar. Em planaltos, a água costuma descer bem rápido, por isso se formam riachos, com fundo de pedra e areia, não essas lagoas. No entanto, encontramos um local específico de planalto que tem meandros e rios abandonados, coberto com uma exuberante floresta aluvial, formando estas lagoas marginais. Foi neste ambiente que achamos as pererecas. Agora, no âmbito do meu projeto Jovem Pesquisador, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), tentaremos encontrá-las em outros lugares que tenham estas mesmas características peculiares", registra.
Outro trabalho feito pelos pesquisadores foi o sequenciamento genético da espécie, o que permitiu compará-la com outras espécies próximas. "As análises de DNA permitiram que detalhássemos seu grau de parentesco com as demais espécies já encontradas em museus, além de confirmarmos que se trata mesmo da Phrynomedusa appendiculata, uma espécie bem pouco conhecida", informa o docente da UFSCar.

Importância e conservação
Segundo Martensen, a Phrynomedusa appendiculata é importante no controle de populações de insetos e serve de alimento para outras espécies. Além disso, por ser um anfíbio, ajuda no entendimento do equilíbrio ecológico. "Por nascerem e crescerem em água e, depois, irem para a terra, são animais sensíveis a mudanças ambientais ou de qualidade da água, por exemplo", enumera.
Após a redescoberta da espécie, os próximos passos envolvem ampliar os conhecimentos sobre ela, entendendo melhor a sua biologia e sua reprodução, inclusive para pensar em estratégias de conservação. 
Para preservá-la, o pesquisador alerta que são necessárias ações que envolvem desde o controle de acesso ao local, até pensar em estratégias de manejo para recuperá-la em locais que talvez já tenha habitado e que não existem mais. 
"As áreas de cabeceiras dos rios precisam permanecer protegidas e limpas, o que evita, além de doenças, trazer sedimentos morro abaixo, o que alteraria a qualidade da água e a capacidade do animal de sobreviver. Também é preciso entender o que o bicho precisa para sobreviver e reproduzir em determinado local. Às vezes é muito pouco, como água limpa e cobertura florestal", avalia.
Redescobertas como esta mostram que, mesmo tão devastada pelo ser humano, a Mata Atlântica ainda conserva uma enorme diversidade de espécies; muitas delas, antes consideradas extintas, ainda sobrevivem em trechos da floresta. "Uma hipótese para explicar este fato é que o enorme dinamismo da vegetação nativa - que, apesar dos desmatamentos, tem enormes ganhos de florestas devido à intensa regeneração natural - permite que as espécies consigam se acomodar ao longo do tempo e sobreviver. No entanto, serve como alerta para preservar essa rica biodiversidade e evitar, de fato, a extinção das espécies", pondera Martensen.
O estudo foi publicado em artigo - Rediscovery of the rare Phrynomedusa appendiculata (Lutz, 1925) (Anura: Phyllomedusidae) from the Atlantic Forest of southeastern Brazil - na revista científica Zootaxa e pode ser acessado em https://bit.ly/3uuzWD1. Assinam a publicação, além de Martensen, da UFSCar, pesquisadores da USP, Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Universidade do Porto (em Portugal), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Ecosfera Consultoria e Pesquisa em Meio Ambiente - todas instituições parceiras da pesquisa.
A expedição de campo foi financiada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), e os estudos que buscam aprofundar as informações biológicas da espécie pela Fapesp.

SÃO PAULO/SP - O Brasil atingiu o maior patamar, desde 2012, de crianças de 6 e 7 anos que não sabem ler e escrever. No ano passado, chegou a 40,8% a fatia da população dessa faixa etária que não havia sido alfabetizada, o equivalente a 2,4 milhões.

Os dados são de um estudo divulgado nesta terça-feira (8) pelo Todos pela Educação, com base na Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE. Na pesquisa, os responsáveis pelos domicílios responderam se suas crianças sabiam ler e escrever.

Por lei, as crianças deveriam ter assegurado o direito de aprender a ler e a escrever até o fim do 2º ano do ensino fundamental, ou seja, aos 7 anos. O país, no entanto, atingiu o recorde dos últimos dez anos de crianças sem acesso a esse direito. Em 2012, 28,2% da população dessa idade não estava alfabetizada, cerca de 1,7 milhão.

O aumento de crianças de 6 a 7 anos nessa situação ocorreu durante a pandemia de Covid-19. Em 2019, 1,4 milhão não tinha sido alfabetizada (25,1% da população dessa faixa etária).

O impacto é ainda maior entre as crianças mais pobres, pretas e pardas. Além de terem tido menos oportunidade de continuar estudando a distância, foram esses alunos que ficaram mais tempo com as escolas fechadas no país.

"Os dados reforçam o que outras pesquisas já apontaram, a pandemia teve impactos brutais no aprendizado das crianças e reforçou as imensas desigualdades que já existiam no país. É urgente colocar em prática políticas que tenham como prioridade o ensino das crianças mais pobres, pretas e pardas", diz Gabriel Corrêa, gerente de políticas educacionais do Todos pela Educação.

Entre as crianças que moram nos 25% de domicílios mais pobres do país, 51% não sabem ler e escrever. Já entre as que moram nos 25% mais ricos, 16,6% ainda não tinham aprendido.

As crianças pretas e pardas, que já tinham o direito menos assegurado em anos anteriores, foram ainda mais impactadas. A diferença entre o percentual de crianças brancas e pretas que não sabiam ler e escrever subiu de 8,5 pontos percentuais para 12,3 entre 2019 e 2021.

Em 2019, 20,3% das crianças brancas não sabiam ler e escrever. O percentual subiu para 35,1%, em 2021. No mesmo período, entre as crianças pretas, a proporção cresceu de 28,8% para 47,4%. Entre as pardas, subiu de 28,2% para 44,5%.

"As crianças negras e as mais pobres tiveram menos oportunidade de continuar estudando durante a pandemia, principalmente por terem tido menos acesso ao ensino remoto. Por isso, precisamos de ações que sejam pensadas para quem foi mais prejudicado. Infelizmente, não é o que estamos vendo", diz Corrêa.

Desde o início da pandemia, o Ministério da Educação, que tem uma secretaria exclusiva para a alfabetização, não desenvolveu nenhum programa ou destinou recursos extras às escolas para evitar prejuízos nessa fase de aprendizado. Questionada, a pasta não respondeu sobre suas ações.

Segundo Corrêa, com a ausência do governo federal, é importante que os estados apoiem técnica e financeiramente os municípios para garantir a qualidade da educação nos primeiros anos escolares. "As escolas municipais são responsáveis pela maioria das matrículas nos anos iniciais do fundamental, mas não podemos achar que o desafio é só ter as crianças dentro da sala de aula, precisamos garantir educação de qualidade. E os estados precisam ajudar."

Na cidade mais rica do país, nem mesmo a matrícula de todas as crianças dessa idade foi garantida no início deste ano letivo. Em São Paulo, até 14 mil alunos que estão ingressando no 1º ano do ensino fundamental não tiveram vaga assegurada pelo governo estadual nem pela prefeitura.

"É o reflexo da falta de planejamento e cooperação entre o governo e a prefeitura. Essa situação dá um indicativo do tamanho do desafio que estados e municípios mais pobres podem ter pela frente se não tiverem organização e apoio. Garantir escola é só o primeiro passo, nós precisamos de escola de qualidade", diz Corrêa.

 

 

ISABELA PALHARES / FOLHA

Interessados devem exercer a mesma função em outras instituições federais; inscrições até 15/2

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições na chamada pública de redistribuição para o cargo de médico veterinário para atuação no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), do Campus São Carlos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Está sendo ofertada uma vaga e os interessados devem se inscrever até o dia 15 de fevereiro.
A redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago, no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo poder, ocorrendo sempre no interesse da Administração e observando-se a equivalência de vencimentos entre os cargos envolvidos. A atual seleção destina-se aos servidores ocupantes de cargo de Médico Veterinário de Instituições Federais com interesse na redistribuição do seu cargo para a UFSCar. Dentre as funções do candidato selecionado, estão a atuação no Biotério Central do Campus São Carlos e a responsabilidade técnica dos demais biotérios da Instituição, na manutenção ou na experimentação animal, além da atuação em situações específicas de aulas práticas onde há a necessidade de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) da Universidade. 
O processo seletivo desta redistribuição constará de análise do Curriculum Vitae ou Lattes e análise do Plano de Trabalho. As inscrições devem ser feitas até 15 de fevereiro pelo e-mail redistribuicao.progpe@ufscar.br, conforme as orientações do edital disponível no link https://bit.ly/34xWtnp, que tem as informações completas sobre a seleção.
Projeto de doutorado da UFSCar busca voluntárias que receberão avaliação e tratamento gratuitos

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está oferecendo tratamento gratuito para mulheres que sofrem com a incontinência urinária de esforço. O trabalho é realizado no Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher (LAMU) pela doutoranda Ana Paula Rodrigues Rocha, sob orientação de Patricia Driusso, docente do Departamento de Fisioterapia da UFSCar e coordenadora do LAMU.
O objetivo principal da pesquisa é avaliar os efeitos econômicos de diferentes frequências semanais do treinamento da musculatura do assoalho pélvico para mulheres com incontinência urinária de esforço. "Este estudo é importante, pois ele pode beneficiar as mulheres com um tratamento já comprovado. Com essa pesquisa, estamos verificando os custos de um tratamento e a viabilidade de fazê-lo com eficiência e no menor custo possível para que seja acessível à maior parte da população", destaca Ana Paula Rocha.
De acordo com a pesquisadora, a incontinência urinária de esforço ocorre quando há perda de urina diante de um esforço, como espirro, realização de atividade física ou deslocamento de um objeto mais pesado, por exemplo. O problema é muito comum entre as mulheres e uma das causas é a fraqueza da musculatura do assoalho pélvico. "O que acontece muitas vezes é que as mulheres normalizam a perda de urina como algo que pode acontecer com qualquer um. Para a gente, é importante que as mulheres tenham em mente que a incontinência urinária pode ser tratada e que pode melhorar em diversos aspectos da qualidade de vida delas", reforça a pesquisadora.
Durante a pesquisa, será ofertado para as participantes um treinamento muscular do assoalho pélvico para melhorar a força e a função dessa musculatura. "A expectativa é que os todos os grupos tenham melhora, inclusive o grupo domiciliar que teria o menor custo", aborda Rodrigues. As voluntárias serão avaliadas e divididas em diferentes grupos: com treinamentos presenciais uma ou duas vezes por semana e um grupo que fará o treinamento domiciliar. Todas as participantes também responderão questionários e passarão por reavaliação e acompanhamento após as sessões de treinamento do assoalho pélvico.
As atividades presenciais serão realizadas na UFSCar seguindo todas as medidas sanitárias em relação à Covid-19. A equipe da pesquisa já está vacinada e as participantes também precisam estar com a vacinação completa.
Para desenvolver o estudo, estão sendo convidadas mulheres, a partir de 18 anos, que tenham tido perda urinária no último mês e que residam em São Carlos (SP). As interessadas devem preencher este formulário eletrônico (https://bit.ly/3ocn7ta) até o final do mês de março. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 05999118.3.0000.5504).

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