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Expectativa é elaborar diretrizes aplicadas à prática de profissionais que prestam assistência a gestantes e parturientes

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de Iniciação Científica (IC), desenvolvida no curso de Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está buscando voluntárias que estejam no pós-parto (até seis meses) de parto vaginal. O objetivo do estudo é verificar o que influencia a sensação de dor durante o parto em mulheres que tiveram parto vaginal e identificar o que pode contribuir para uma melhor satisfação com o parto. As participantes deverão apenas responder um questionário online, com duração média de 15 minutos. 
O trabalho é feito pela graduanda em Fisioterapia Alice Moralez de Figueiredo, sob orientação de Patricia Driusso, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, e coorientação de Ana Carolina Sartorato Beleza, também professora do DFisio, e da doutoranda Jordana Barbosa da Silva, do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPFt).
De acordo com Figueiredo, "a análise de fatores preditores relacionados à experiência e à dor durante o trabalho de parto e parto vaginal de mulheres brasileiras pode contribuir para a elaboração de novas diretrizes relacionadas à prática clínica de profissionais de saúde que prestam assistência a gestantes e parturientes, uma vez que algumas ações e características associadas positiva ou negativamente à experiência da dor poderiam ser avaliadas e modificadas previamente, por meio da educação em saúde". 
Atualmente, a taxa de cesárea no Brasil é de 55%, número que excede as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera ideal a taxa de cesárea entre 10 e 15%. Conforme relata Alice Figueiredo, diversos fatores podem interferir na redução dos índices de parto vaginal e aumento da taxa de cesarianas, sendo eles o medo do parto vaginal, estresse durante a gestação, falta de suporte social, depressão e ansiedade. "Dentre esses fatores, destaca-se a dor, presente no momento do trabalho de parto e durante o parto vaginal", completa.
Diante disso, a expectativa é comprovar que há fatores associados à satisfação e à dor relacionados ao trabalho de parto e parto vaginal. "Com os resultados, nossa intenção é contribuir na elaboração de novas diretrizes para a prática clínica de profissionais de saúde que prestam assistência a gestantes e parturientes", afirma a graduanda da UFSCar.
Para realizar o estudo, estão sendo convidadas mulheres que estão no pós-parto vaginal, no máximo há seis meses, de qualquer idade e região do País. As interessadas precisam apenas responder este questionário online (https://bit.ly/questionarioparto) até o mês de abril. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética da UFSCar (CAAE: 48779121.4.0000.5504).

BRASÍLIA/DF - A Procuradoria-Geral da República denunciou ao STF (Supremo Tribunal Federal) o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pela prática do crime de homofobia.

A denúncia foi assinada no sábado (29) e apresentada pelo vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros.

Ribeiro disse que a homossexualidade não seria normal e atribuiu sua ocorrência a "famílias desajustadas". As declarações foram proferidas em entrevista de setembro de 2020 ao jornal O Estado de S. Paulo.

Procurada, a assessoria do ministro ainda não se manifestou.

Segundo a denúncia, "ao afirmar que adolescentes homossexuais procedem de famílias desajustadas, o denunciado discrimina jovens por sua orientação sexual e preconceituosamente desqualifica as famílias em que criados, afirmando serem desajustadas, isto é, fora do campo do justo curso da ordem social".

Caso o STF aceite a denúncia, o ministro pode se tornar réu neste caso. O relator do processo é o ministro Dias Toffoli.

Medeiros afirmou na denúncia que o ministro desqualificou um grupo humano em um meio de comunicação, "depreciando-o com relação a outros grupos em razão de orientação sexual".

De acordo com o vice-PGR, o ministro "avilta integrantes desse grupo e seus familiares, emitindo um desvalor infundado quanto a pessoas". A denúncia diz que o ministro adota prática discriminatória vedada e induz outros grupos sociais a tratarem essa discriminação como legítima.

Quando a PGR pediu para investigá-lo, o ministro escreveu nas redes sociais que não teve objetivo de ser discriminatório e pediu desculpas.

"Venho esclarecer que minha fala foi interpretada de modo descontextualizado. Jamais pretendi discriminar ou incentivar qualquer forma de discriminação em razão de orientação sexual. Ademais, trechos da fala, retirados de seu contexto e com omissões parciais, passaram a ser reproduzidos nas mídias sociais, agravando interpretação equivocada e modificando o real sentido daquilo que se pretendeu expressar", escreveu em sua conta no Twitter.

A PGR pediu a abertura de investigação com base na Lei nº 7.716, que define os crime resultantes de preconceito. Em 2019, o STF equiparou a homofobia aos crimes previstos nesta legislação —entendimento que sempre encontrou resistência entre lideranças evangélicas.

De acordo com a PGR, o ministro se recusou a realizar um acordo com o Ministério Público para não ser denunciado e confessar o crime.

 

 

JOSÉ MARQUES E MARCELO ROCHA / FOLHA

BRASÍLIA/DF - O número de matrículas na educação infantil registrou queda de 7,3% entre os anos de 2019 e 2021. Segundo informações da primeira etapa do Censo Escolar 2021 divulgadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na segunda-feira (31), nesse período, 653.499 crianças de até 5 anos saíram da escola.  

O índice de crianças matriculadas em creches caiu 9% entre 2019 e 2021. A queda mais expressiva foi registada na rede privada, que apresentou uma redução de 21,6% de 2019 a 2021. Na rede pública, a queda foi de 2,3% nesse período. Ao todo, o Censo Escolar 2021 registrou 69,9 mil creches em funcionamento no Brasil.

Em todas as etapas da educação, foram registradas, em 2021, 46,7 milhões de matrículas – cerca de 627 mil a menos em comparação a 2020, o que corresponde a uma redução de 1,3%. A rede municipal atende à maioria (49,6%) dos alunos. A rede estadual é a segunda maior (32,2%), seguida pela privada (17,4%). A União (rede federal) é responsável por 0,8% dos alunos matriculado. O país tem, ao todo, 178,4 mil escolas de educação básica.

O Censo Escolar 2021 apontou estabilidade com relativo aumento do número de matrículas nos anos finais do ensino fundamental. A etapa educacional é a maior entre todas na educação básica, com 26,5 milhões de alunos. Em 2020, o país contabilizou 11.928.415 estudantes do 6º ao 9º ano. Já em 2021, houve 11.981.950 matrículas nesses mesmos anos – um acréscimo de mais de 53 mil alunos.

O levantamento mostrou também que a proporção de alunos do ensino fundamental matriculados em tempo integral voltou a aumentar. Entre 2019 e 2020, a taxa caiu de 9,6% para 7,6% nos anos iniciais e de 9,3% para 6,9% nos anos finais. Já em 2021, foram registrados 8,5% e 9,2%, respectivamente. No caso dos primeiros anos da etapa educacional, o patamar de estudantes em tempo integral é praticamente o mesmo do ano que precedeu a pandemia de covid-19.

De acordo com a pesquisa, também houve aumento no número de matrículas no ensino médio. Foram registrados 7,8 milhões alunos em 2021 – um acréscimo de 2,9% em relação a 2020. Segundo o Inep, há uma tendência de evolução nas matrículas nos últimos dois anos do segmento educacional, com crescimento de 4,1% entre 2019 e 2021. Nessa etapa, o número de alunos em tempo integral aumentou significativamente na rede pública – de 13,8% para 16,4% em um ano. Na rede privada, a evolução foi menor, saindo de 5,4% para 5,8% entre 2020 e 2021.

Redes de ensino

A rede municipal é a principal responsável pela oferta dos primeiros anos do ensino fundamental. São 10,1 milhões de alunos (69,6%), o que corresponde a 84,8% dos alunos da rede pública. Nos anos iniciais, 18% dos alunos frequentam escolas privadas. A proporção do segmento diminuiu 7,1 pontos percentuais entre 2020 e 2021.

Já a rede estadual responde por 40% das matrículas dos anos finais do ensino fundamental, com 4,8 milhões de alunos. Nessa etapa, há uma divisão majoritária de responsabilidade entre estados e municípios – a rede municipal atende 5,3 milhões de alunos (44,7%). As escolas privadas reúnem 15% das matrículas. Ao todo, 12 milhões de estudantes cursam os anos finais do ensino fundamental no Brasil.

A rede estadual tem a maior participação no ensino médio, atendendo 6,6 milhões de alunos (84,5%). Nela, também está a maioria dos estudantes de escolas públicas (96%). Em seguida, estão as redes privada, com cerca de 935 mil alunos (12%), e federal, com 229 mil matrículas (3%), respectivamente.

Educação profissional 

O número de estudantes matriculados na educação profissional apresentou queda considerada pequena em meio ao cenário de pandemia. Em 2020, foram registrados 1.936.094 alunos no segmento. Em 2021, foram 1.892.458 matrículas. As matrículas da educação profissional estão principalmente concentradas na rede estadual, representando 42,6% do total, seguida pelas redes privada e federal, com 37,7% e 17,6%, respectivamente.

Censo Escolar

A primeira etapa do Censo Escolar 2021 traz informações sobre todas as escolas, os professores, os gestores e as turmas (nas suas diferentes etapas), além de revelar dados relativos a alunos e suas características.

Em 2021, foram registrados 2,2 milhões de professores e 162.796 diretores na educação básica brasileira. O Censo Escolar 2021 mostrou que maioria dos profissionais que exercem o cargo de direção têm formação superior (89,5%) e é mulher (80,7%).

A segunda etapa do Censo Escolar 2021 será realizada a partir de fevereiro. O Inep aplicará o questionário “Resposta educacional à pandemia de covid-19 no Brasil” pelo segundo ano consecutivo.

O levantamento foi feito pela primeira vez na edição de 2020, com o objetivo de verificar as consequências da crise sanitária no sistema educacional, além de mapear as estratégias adotadas para minimizar os danos no ensino e na aprendizagem.

 

 

Por Heloisa Cristaldo – Repórter da Agência Brasil 

Pesquisa na área de Educação Especial da UFSCar busca voluntários

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está buscando caracterizar as atividades acadêmicas de estudantes com deficiência visual do Ensino Superior em situação de ensino remoto, durante a pandemia de Covid-19. Para isso, convida voluntários para uma entrevista online.
"Sabe-se que, conforme os alunos com deficiência avançam nas etapas de ensino, eles enfrentam maiores dificuldades e isso não é diferente com aqueles que apresentam deficiência visual. Quanto mais avançam nas etapas de ensino, como o Superior, eles ficam em número reduzido e enfrentam mais barreiras", relata Josana Carla Gomes da Silva, doutoranda do Programa em Educação Especial (PPGEEs) da UFSCar e responsável pela pesquisa. "Considerando as possíveis barreiras e dificuldades apresentadas a esses estudantes, gostaríamos muito de compreender, a partir da visão dos alunos com deficiência visual que estão ou estiveram matriculados no Ensino Superior e cursaram aula durante a pandemia, como foi a experiência do ensino remoto", complementa a pesquisadora.
Segundo Silva, "a partir dessas informações, é possível planejar futuras ofertas de aulas e cursos nas universidades, pensando especificamente no acesso das pessoas com deficiência visual, assim como fomentar novas discussões que podem auxiliar na modificação e formulação de políticas públicas".
Para investigar o tema, estão sendo convidados voluntários para responderem uma entrevista online, pela plataforma Google Meet, com duração de 40 minutos. Os interessados devem ter alguma deficiência visual, ser estudantes universitários, com 18 anos ou mais, e ter cursado aulas no ensino remoto durante a pandemia. Para participar, é preciso preencher o formulário online, em https://bit.ly/3240Zsw, ou entrar em contato com a pesquisadora Josana Silva pelo WhatsApp (16) 99147-9590 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. 
O estudo tem orientação da professora do Departamento de Psicologia (DPsi) Carolina Severino da Costa e apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 52226421.1.0000.5504).
Especialistas abordam, em 40 episódios no YouTube, todos os artigos da CF88

 

SÃO CARLOS/SP - Está disponível no YouTube, com acesso aberto e gratuito, o curso de extensão sobre a Constituição Federal de 1988, com a participação de juristas e especialistas de diversas áreas lendo e debatendo integralmente os artigos, em mais de 40 episódios. O conteúdo está disponível em https://bit.ly/31V3RIN
O curso é o único nesse formato na Internet. Além da leitura dos artigos da CF88, o conteúdo apresenta as soluções que a CF88 traz no texto e aponta problemas na própria redação; e transforma as principais críticas do senso comum em aprendizagem constitucional. 
Os episódios são resultado do curso de extensão "A Ciência da CF88: Ler a Constituição Federal de 1988 - Integralmente", ofertado de janeiro a junho de 2021 pelo Departamento de Educação (DEd) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Segundo Vinício Carrilho Martinez, docente do DEd e responsável pelo curso, "mais de 50 pessoas se revezaram nesta luta afirmativa dos direitos fundamentais. Essa foi nossa pequena contribuição na defesa da cidadania democrática e da liberdade", relata o professor. "Convidamos para que assistam todos os episódios e se inscrevam no canal 'A ciência da CF88' no YouTube (youtube.com/c/ACiênciadaCF88) - para que possam compartilhar do conhecimento construído e repartido por juristas, cientistas sociais, mulheres, negros, comunicadores, professores e estudantes. Tivemos até mesmo a participação de duas crianças, além de convidados do exterior", celebra Martinez.
Para ele, "um povo sem história e sem conhecer seus direitos está fadado a ser subjugado. A importância de conhecer a Constituição Federal de 1988 está nisso, uma vez que a Constituição é a garantia dos próprios direitos. A essência da Constituição está na defesa dos direitos fundamentais e das garantias democráticas. Além de destacar a liberdade, a educação, a saúde pública, o meio ambiente, a cultura e de conclamar ao processo civilizatório. Também, por isso, denominamos de Carta Política, com a consagração do espaço público, da polis, da civilidade e da urbanidade".
Além do curso, foi lançada gratuitamente a primeira edição da revista "A Constituição de 1988" (https://bit.ly/3HY6o47), que apresenta os artigos da Constituição de maneira clara e sucinta. O objetivo da publicação é levar a CF88 para estudantes do Ensino Fundamental e Médio, sobretudo nas escolas públicas. 
Mais informações sobre a iniciativa estão em www.instagram.com/acienciadacf88/.
UFSCar tem pós-graduação na área com inscrições abertas. Aulas começam em março

 

SÃO CARLOS/SP - O fenômeno da violência, que permeia relações humanas ao longo da história, segue atingindo de forma contundente diferentes grupos sociais. Com indicadores epidemiológicos alarmantes em todo o mundo, a violência - seja física, psicológica, sexual, institucional ou estrutural - foi naturalizada e, muitas vezes, ainda é justificada e aceita socialmente. Estudos científicos realizados no Brasil e em outros países têm alertado que as vítimas correm mais risco de desenvolverem problemas psicológicos, como por exemplo, estresse pós-traumático, quadros de ansiedade e depressão, assim como problemas de adaptação social e dificuldade em se relacionar.
"Apesar dos seres humanos não apresentarem nenhum tipo de marcador genético que indique predisposição a comportamentos violentos, a violência está tão impregnada nas nossas relações que, de fato, acreditamos que ela é necessária para a própria organização da sociedade. Há discursos que legitimam essas situações e fortalecem o imaginário social para que elas permaneçam intactas. Mas a violência é algo que pode ser desconstruído, de forma que sejam estabelecidos relacionamentos interpessoais respeitosos, dialógicos e horizontalizados", explica o professor Alex Pessoa, do Departamento de Psicologia (DPsi) e pesquisador do Laboratório de Análise e Prevenção da Violência (LAPREV), ambos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
De uma forma geral, crianças, adolescentes, mulheres e idosos são os grupos mais vulneráveis. Mesmo não sendo algo natural, a violência está presente na vida de todos, seja na própria família, dentro de casa ou na sociedade. "Por exemplo, a violência ocorre contra crianças como uma suposta forma de educação. Quando uma criança leva uma palmada, ela não está sendo submetida a um processo educativo. Ela desenvolve medo. Ou seja, ela não se apropria ou aprende sobre uma conduta que é inadequada e deve ser corrigida", afirma Pessoa.
O professor da UFSCar diz que apesar da agressão física - um empurrão, um soco ou mesmo uma cena de homicídio -, vir a mente quando pensamos em violência, outros vários tipos de condutas, como o bullying, o abuso e a exploração sexual, também podem causar diversos tipos de problemas de saúde, físicos e mentais. Além disso, nem sempre a violência é notada de imediato. Ela pode ser um processo longo e naturalizado. "Muitas vezes as vítimas do machismo, de relacionamentos abusivos, de racismo, não se dão conta do que estão sofrendo quando estão sendo agredidas. É importante que práticas educativas sejam experimentadas para que pessoas de diferentes grupos sociais possam olhar para essa situação e entender que isso não é natural e que deve ser desconstruído", alerta o pesquisador.
De acordo com ele, o suporte social é fundamental para lidar com efeitos adversos provocados por situações de violência. Para isso, o professor da UFSCar defende a implementação de programas de prevenção e intervenção para que as vítimas tenham acesso a conhecimentos que as ajudem a compreender e desnaturalizar eventuais situações de violência a que estejam expostas. "Nós temos que intervir para que não ocorram mais. Na medida em que a pessoa tem a possibilidade de acessar um serviço de saúde, de assistência, ela também tem a possibilidade de refletir e diminuir os sintomas decorrente das situações abusivas", explica o especialista.
Segundo o pesquisador, nos últimos anos, foram conquistados diversos avanços no sentido de proteger as vítimas, porém, ainda há muito a ser feito em relação a estratégias efetivas que atendam às necessidades dessas pessoas. "Nós tivemos evoluções jurídicas importantes nas últimas duas décadas, mas sem dúvida nós ainda temos um caminho longo a percorrer. Existem ainda problemas estruturais no atendimento às vítimas como também de responsabilização dos agressores. O fato de haver uma mobilização social mais intensa levou muitas vítimas de violência a falarem sobre o que sofrem e a buscarem ajuda, mas é um desafio enorme", aponta.
Na visão do professor Alex Pessoa, a academia tem um papel fundamental na mudança dessa realidade, seja produzindo pesquisas científicas, conhecendo e analisando os dados disponíveis, mas também entendendo a demanda e promovendo cursos para capacitar profissionais. "Na UFSCar, historicamente, muitas pesquisas foram feitas para entender e avaliar como a violência se manifesta na sociedade brasileira em diferentes instâncias. Hoje, sabemos que para enfrentar esse fenômeno, ajudar a prevenir novos casos e conseguir atender as vítimas, todos os setores da sociedade precisam estar capacitados. Precisamos que o professor esteja qualificado para lidar com as vítimas de violência nas escolas, precisamos de psicólogos, dos funcionários que trabalham na rede de saúde, dentre outros. Quanto maior número de pessoas preparadas para lidar com as vítimas maior é a chance de uma intervenção precoce e menor são as sequelas", conclui ele.
O LAPREV da UFSCar, referência em todo o Brasil, oferece um curso de especialização de Atendimento Psicossocial a Vítimas de Violência, para formar e habilitar profissionais com o objetivo de prevenir casos e atender vítimas em diferentes espaços. Os alunos aprendem a desenvolver programas baseados na realidade psicológica e social das famílias brasileiras e a implementar ações de atendimento, para que essas vítimas se sintam fortalecidas, busquem uma rede de apoio e acabem com o ciclo de violência a que elas estão expostas. Profissionais de diferentes áreas do conhecimento que desejam trabalhar com a temática, sejam psicólogos, assistentes sociais, formados em Direito, profissionais da Educação, enfermeiros, médicos, dentre outros, podem participar. As inscrições da pós-graduação já estão abertas. Mais informações na plataforma Box UFSCar, em www.box.ufscar.br.
Inscrições em processo seletivo são online e devem ser feitas até 16 de fevereiro

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) do campus sede da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) divulgou os editais do processo seletivo para os cursos de mestrado e doutorado, com ingresso em 2022. As inscrições podem ser feitas exclusivamente pelo site do Programa (www.ppge.ufscar.br), até 16 de fevereiro, conforme detalhado nos editais específicos de mestrado e doutorado. 
O processo seletivo para mestrado e doutorado será composto por três fases: análise e prova de arguição do projeto de pesquisa, ambas eliminatórias; e análise de currículo, fase classificatória.
O PPGE conta com sete linhas de pesquisa: "Educação em Ciências e Matemática"; "Educação Escolar: Teorias e Práticas"; "Educação, Cultura e Subjetividade", "Estado, Política e Formação Humana"; "Formação de Professores e outros Agentes Educacionais"; "História, Filosofia e Sociologia da Educação"; e "Práticas Sociais e Processos Educativos".
Todas as informações sobre o processo seletivo, incluindo cronograma completo, documentação exigida, vagas e procedimentos de inscrição, devem ser conferidas nos editais e demais documentos, disponíveis em www.ppge.ufscar.br, onde também há detalhes sobre o Programa.

Tratamento de lesões causadas pelo vírus HPV (condilomas/verrugas)

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está convocando pacientes mulheres com idades entre os 18 e 60 anos, que sejam portadoras de lesões do tipo condilomas/verrugas causadas pelo vírus HPV na região genital.

Esta pesquisa está sendo desenvolvida no Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e tem como principal objetivo comparar a Terapia Fotodinâmica com o tratamento convencional, tornando este procedimento uma realidade para o tratamento de condilomas.

Nesta pesquisa não poderão participar mulheres grávidas e lactantes, ou que apresentem quadro de imunossupressão (portadora do vírus HIV, indivíduos transplantados ou em quimioterapia).

Trabalho foi premiado como melhor pôster apresentado em congresso na área de Ergonomia

 

SÃO CARLOS/SP - A pesquisa "Associação entre os aspectos psicossociais do trabalho e a dor multirregional em profissionais de saúde - estudo transversal", desenvolvida no Departamento de Fisioterapia (DFisio) e no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), recebeu o prêmio de Melhor Pôster do XXI Congresso Brasileiro de Ergonomia, realizado em novembro do ano passado. O trabalho tem como autoras Tatiana Sato, docente do DFisio; Beatriz Suelen Ferreira de Faria, graduanda em Fisioterapia e pesquisadora de Iniciação Científica (bolsa Fapesp - 2020/06027-1); e Josiane Sotrate Gonçalves, doutora pelo PPGFt.
O estudo avaliou 55 profissionais de saúde do Hospital Universitário (HU) da UFSCar entre novembro de 2017 e fevereiro de 2018 por meio de dois questionários - um sobre aspectos psicossociais do trabalho e outro para investigar a dor multirregional (em diversas regiões do corpo de forma simultânea). Os dados foram analisados entre 2020 e 2021 e o levantamento mostrou que alguns aspectos psicossociais como conflitos entre família e trabalho, significado e compromisso com o trabalho e percepção geral de saúde foram associados com a dor multirregional nos profissionais de saúde.
Tatiana Sato relata que o conflito família-trabalho é uma problemática comum enfrentada pelas equipes de saúde. "O que encontramos nesse estudo foi que esse conflito entre trabalho e família aumentou a chance de o trabalhador relatar a dor multirregional. Em relação ao significado e compromisso com o trabalho, notamos que quanto maior a presença desses aspectos psicossociais no local de trabalho, menor a presença de dor multirregional entre os trabalhadores. Dessa forma, esses aspectos parecem ser fatores de proteção para a saúde dos trabalhadores e podem ser enfatizados como estratégias para melhorar as condições de saúde nessa população. A percepção geral de saúde também foi associada à dor multirregional, o que pode indicar que a dor multirregional afeta a saúde de forma global", detalha a docente. No entanto, ela reforça que os resultados foram obtidos em um estudo transversal e que somente uma pesquisa longitudinal teria uma conclusão mais precisa.
Sato acrescenta que esse assunto tem sido estudado com diversos grupos de trabalhadores e os profissionais de saúde são um dos grupos mais afetados, sendo que 66% relatam dor multirregional. "Esses trabalhadores têm que lidar com situações que envolvem altas demandas físicas, emocionais e mentais, tais como manusear pacientes, permanecer em pé e andando durante turnos de trabalho que podem durar até 12 horas. Além disso, lidam com a alta demanda de pacientes, a complexidade do cuidado, a convivência com a dor e sofrimento, falta de apoio de supervisores e colegas; todos esses fatores podem amplificar os efeitos da demanda física de trabalho na saúde desses profissionais", considera.
Nesse contexto, o estudo aponta para um caminho que possa tornar o trabalho mais significativo, oferecer suporte e assistência, valorizar e reconhecer a importância do trabalho e manter os profissionais de saúde ativamente dedicados. "Essas poderiam ser algumas medidas para melhorar as condições de trabalho e saúde nessa população. Além disso, caberia também compreender melhor as demandas físicas, mentais e emocionais do trabalho e porque o trabalho pode gerar conflitos na relação familiar", relata Sato. A professora da UFSCar destaca a importância dessa categoria profissional para a sociedade e reconhece que cuidar deles é também cuidar da saúde da população. "A melhora das condições de saúde desses trabalhadores irá resultar na melhora da qualidade de vida e, consequentemente, na qualidade do serviço prestado de forma segura, humana e eficiente", afirma.
Inscrições, online, estão abertas de 25 de janeiro até 25 de fevereiro

 

O Cursinho Pré-Universitário Educação e Cidadania (CEC), do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que prepara as pessoas para o ingresso no Ensino Superior, está com inscrições abertas, de 25 de janeiro a 25 de fevereiro, para a formação de novas turmas em 2022. As aulas estão previstas para começarem no dia 7 de março. 
O CEC é um projeto de extensão gratuito que visa fomentar, de forma interdisciplinar e por meio da democratização dos meios de produção científica, a formação cidadã crítica de educandos para que não apenas sejam aprovados em vestibulares, mas também tenham condições de vivenciar os diversos aspectos da vida universitária, o exercício do diálogo e da democracia. 
O Cursinho Educação e Cidadania iniciou suas atividades em 2009, idealizado por docentes da UFSCar com a finalidade de preparar estudantes de baixa renda que pretendam transpor a barreira do vestibular para ingressar o Ensino Superior público. Desde o inicio das atividades do CEC, mais de 600 alunos fizeram parte do projeto.

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