No ano, setor segue em alta, fechando com faturamento de R$ 12,7 bilhões e aumento de 46,6% no mês
SÃO PAULO/SP - O faturamento do turismo nacional de julho ficou 25,8% abaixo do resultado consolidado no mesmo período de 2019, o que corresponde a R$ 4,4 bilhões a menos nas receitas do setor, já descontada a inflação do período. As informações são do levantamento do Conselho de Turismo (CT) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados da Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês, entretanto, o setor obteve um faturamento de R$ 12,7 bilhões, alta de 46,6%. Em termos absolutos, isso representa R$ 4 bilhões a mais em relação a julho de 2020. No entanto, é importante considerar que, nesse mesmo período, no ano passado, o setor ainda enfrentava um momento crítico, por isso, base de comparação ficou fragilizada. No acumulado do ano, de janeiro a julho, houve crescimento de 2,9%, mas também queda de 15,9% nos 12 meses.
A atividade mais impactada pela retração segue sendo o transporte aéreo, que, na comparação com o mesmo mês do ano pré-pandemia, registrou queda de 44,8%. Como a vacinação não atingiu um porcentual adequado para redução total das restrições, o que implica menos viagens, em julho, especificamente, apesar do período de férias, a oferta de assentos nos voos domésticos ficou 22% abaixo de 2019.
O cenário ainda de muitas incertezas também limita a operação das cadeias hoteleiras e de restaurantes, serviços que estão 24,2% abaixo do nível de antes da crise sanitária. A variação ficou próxima da registrada pelo grupo de atividades culturais, recreativas e esportivas (-26,9%).
Com a menor oferta de voos, aliada às restrições ainda existentes pelo País, as famílias optaram por realizar viagens de proximidade, utilizando carros próprios, alugados ou ônibus, fazendo estes setores alcançarem cada vez mais rápido os patamares pré-pandemia. Contudo, o grupo de locação de veículos, agências e operadores de turismo sofreu queda de 7,7% na comparação com julho de 2019, enquanto o transporte terrestre apontou uma retração de 6,3%.
Única atividade a crescer em todas as comparações, o transporte aquaviário obteve alta de 21,4% em relação a 2019. O faturamento em julho deste ano foi de R$ 40 milhões, o mais baixo entre os setores analisados – são poucas cidades e regiões do País que utilizam balsas, ferries e barcos para o deslocamento.
No ano, as atividades que têm colaborado mais para a retomada do turismo nacional pertencem ao grupo de serviços de alojamento e alimentação, com alta de 7,4%, seguido de transporte terrestre, com variação positiva de 8,9%. As contribuições absolutas para o resultado geral de 2,9% foram de 2 e 1,7 pontos porcentuais (p.p.), respectivamente. No campo contrário, o destaque fica por conta do transporte aéreo, com queda de 4,3% e participação de -1 p.p no resultado geral do semestre.
Para a Federação, diante dos números, é possível imaginar uma recuperação mais forte do turismo no fim deste ano e início de 2022, em virtude das férias, de mais pessoas vacinadas e de mais flexibilizações das atividades. Entretanto, a economia terá desafios, como inflação elevada, crise hídrica, falta de oportunidades no mercado de trabalho, crédito mais caro, entre outros pontos, que devem conduzir o cenário a um ritmo de crescimento mais fraco e, por consequência, um poder de compra mais restrito, impactando, negativamente o setor de serviços e turismo.
No primeiro mês pandêmico no Brasil, março de 2020, setor viu receitas caírem 22,3%; na comparação com o mesmo mês de 2019, retração é de mais de um terço
SÃO PAULO/SP - O último mês do verão, quando muitas pessoas ainda estariam viajando pelo País, seguiu sendo ruim para o turismo brasileiro, como já era a tônica: segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), março foi de queda de 17,6% no faturamento em relação ao mesmo mês de 2020 – quando, já impactado pela chegada do covid-19 ao País, o setor caiu 22,3%.
Uma outra comparação ajuda a compreender melhor a crise do turismo: o faturamento de R$ 8,82 bilhões de março de 2021 foi mais de um terço menor (36%) do que aquele registrado há dois anos, em março de 2019 – no último ano sem pandemia. Em outras palavras, o setor perdeu um terço do tamanho agora, em relação àquele contexto pré-pandêmico.
O número aumenta também o prejuízo do turismo nacional durante a pandemia, que já é R$ 67,7 bilhões entre março de 2020 e o mesmo mês deste ano. Isso significa que, em meio à crise, o setor perdeu mais de um terço do seu tamanho (-38,1%). No acumulado de 2021, a retração também é expressiva: -26,5%.
Para a Federação, estes dados indicam um quadro complexo, em que o turismo não consegue encontrar caminhos para iniciar uma recuperação. Considerando a baixa expressiva no faturamento de março do ano passado, quando as pessoas entravam em quarentena, a queda de agora é ainda mais negativa, porque aponta que as atividades turísticas estão piores agora até mesmo do que naquele primeiro momento da crise.
SÃO PAULO/SP - Os Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que o faturamento da indústria de transformação subiu 1,6% em dezembro de 2020 na comparação com novembro. Mesmo com a pandemia do novo coronavírus (covid-19), as vendas reais encerraram o ano com alta de 0,8% em relação a 2019.
A pesquisa, divulgada hoje (4), identificou ainda que o emprego aumentou 0,2% em dezembro em relação ao mês anterior, o quinto mês consecutivo com alta nas contratações no setor industrial.
De acordo com os dados, a utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria alcançou 80,6% em dezembro, acima da média no ano de 2020, de 76,4%. Esse indicador trata do percentual de máquinas comprometidas na produção, o que, segundo a CNI, em dezembro, aponta para atividade bastante aquecida.
Para a entidade, o resultado aponta a continuidade da recuperação da indústria, que teve início logo após as fortes quedas de maio e abril e durou todo o segundo semestre do ano passado. De acordo com a CNI, entretanto, os dados não apontam para um setor sem problemas no pós-crise, mas mostram que a indústria conseguiu reagir à pandemia, ainda que a recuperação econômica não esteja consolidada.
O índice de horas trabalhadas na produção registrou alta de 2,5% em dezembro de 2020 na comparação com novembro. É a oitava alta consecutiva do índice, que acumula crescimento de 38% no período.
Por outro lado, a massa salarial paga pela indústria caiu 0,8% em dezembro do ano passado, frente ao mês anterior. O rendimento médio pago aos trabalhadores da indústria também recuou 3,4% em dezembro de 2020 na comparação com novembro.
De acordo com a CNI, a queda na massa salarial e na renda em dezembro são resultado do que ocorreu nos meses mais críticos da pandemia, quando houve antecipação de férias, férias coletivas e pagamento de 13º salário. “Em anos típicos, normalmente há o pagamento de 13º salário e um maior número de férias em dezembro de cada ano, o que aumenta a massa salarial e os rendimentos pagos aos trabalhadores”, explicou a entidade.
*Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
Resultado vem após setor registrar alta de 54,5% no faturamento no segundo semestre; FecomercioSP aponta para importância de digitalização
SÃO PAULO/SP - O comércio eletrônico paulista faturou 23,8% a mais no terceiro trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado, indica a Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizada em parceria com Ebit|Nielsen. O montante de R$ 6,87 bilhões faturado no intervalo de tempo analisado foi R$ 1,3 bilhão acima do resultado de 2019.
A receita, apesar de expressiva, é menor do que a do segundo semestre, quando o setor cresceu 54,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Considerando apenas o acumulado de 2020, o crescimento no faturamento real do e-commerce no Estado de São Paulo é de 30,9%, em comparação a 2019 – um aumento de R$ 19,9 bilhões.
Para a Federação, os dados reforçam o entendimento de que o comércio eletrônico foi fundamental para gerar renda e garantir a sobrevivência dos negócios que tiveram de fechar as portas em meio à pandemia. Além disso, aponta para a importância de promover uma digitalização dos negócios, como abrir uma comunicação mais fluida com os clientes via redes sociais, aplicativos e marketplaces.
Ainda de acordo com a Entidade, as compras de Natal e o balanço da Black Friday, ocorrida na última semana, devem manter os números do quarto trimestre em elevação.
A subida do faturamento no terceiro trimestre foi encabeçada principalmente pelo desempenho de bens duráveis, que representaram um faturamento de R$ 4,9 bilhões no período – 36,5% a mais do que no terceiro trimestre de 2019. Segundo a FecomercioSP, isso se explica pela necessidade de as pessoas, em quarentena, ajustarem os itens domésticos, tanto para o trabalho como para a educação a distância.
Os produtos semiduráveis tiveram aumento de 12,5% (R$ 1,2 bilhão), enquanto os não duráveis caíram 14,4% (prejuízo de R$ 772 milhões) na comparação com 2019.
Como seguir faturando no e-commerce?
Além da digitalização dos negócios – cada vez mais mandatória para as empresas –, como canais de vendas, redes sociais e estratégias de marketing e comunicação, a FecomercioSP orienta, ainda, que os empresários do e-commerce façam uma gestão mais rigorosa do fluxo de caixa.
Isso significa, em outras palavras, reduzir despesas, evitar endividamentos e manter os custos operacionais estáveis – tudo para atravessar o período de incertezas econômicas como o atual.
Tão importante quanto é ter uma gestão de estoque dinâmica e estratégica, identificando as mercadorias que têm menos saída e encontrando táticas de vendas para que elas não fiquem paradas. Uma maneira de fazer isso, para a Federação, é promover liquidações.
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE) é realizada trimestralmente pela FecomercioSP a partir de informações fornecidas pela Ebit|Nielsen. Além de dados de faturamento real, número de pedidos e tíquete médio, a pesquisa permite mensurar a participação do comércio eletrônico nas vendas totais do varejo paulista. As informações são segmentadas em 16 regiões, que englobam todos os 645 municípios paulistas e abrangem todas as atividades varejistas constantes do código CNAE 2.0.
Em 2018, a PCCE passou a trazer também informações sobre as vendas de três categorias de bens de consumo: duráveis, semiduráveis e não duráveis. Entre os bens duráveis estão automóveis e veículos, blu-ray, brinquedos, casa e decoração, CDs, colecionáveis, construção e ferramentas, discos de vinil, DVDs, eletrodomésticos, eletrônicos, fotografia, games, informática, instrumentos musicais, joias e relógios, telefonia e celulares. Os semiduráveis são compostos por itens de arte e antiguidade, artigos religiosos, bebês e cia, esporte e lazer, indústria, comércio e negócios, livros, moda e acessórios, natal, papelaria e escritório. Já entre os não duráveis estão: alimentos e bebidas, assinaturas e revistas, perfumaria e cosméticos, petshop, saúde, serviços, sexshop e tabacaria.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
SÃO PAULO/SP - O faturamento do setor de turismo no Brasil foi de R$ 70,4 bilhões no acumulado de janeiro a agosto de 2020, resultado que representa uma redução de 33,6% em comparação a igual período de 2019. O levantamento, divulgado ontem (21), é da Fecomercio-SP, baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No período analisado, o resultado negativo do setor foi puxado principalmente pela queda nas viagens aéreas (retração de 68,8%) e pelos serviços de hospedagem e alimentação (diminuição de 43,2%). Atividades culturais, recreativas e esportivas também apresentaram redução relevante, de 33,3%, de janeiro a agosto de 2020.
“Apesar dos resultados, o setor tem motivos para ficar mais otimista com os próximos meses: além da saída gradativa do isolamento, como se viu nos feriados nacionais de setembro e outubro, muitas operadoras de turismo brasileiras já têm pacotes fechados para o primeiro semestre de 2021”, destacou a Fecomercio-SP.
A entidade ressaltou, no entanto, que os empresários do setor devem ser transparentes com seus clientes sobre as condições das viagens, informando as condições das operações de restaurantes, comércio e serviços, assim como sobre a estrutura médica disponível em cada destino.
*Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil
MUNDO - O grupo IAG anunciou nesta quinta-feira uma queda de 83% do faturamento no terceiro trimestre e um prejuízo operacional de 1,3 bilhão de euros (1,54 bilhão de dólares) devido ao impacto da pandemia no tráfego aéreo
No ano passado, no terceiro trimestre o grupo registrou um lucro operacional de 1,4 bilhão de euros (1,65 bilhão de dólares) no período, antes de gastos excepcionais.
Em seus resultados preliminares, o grupo matriz da British Airways e da Iberia, entre outras companhias aéreas, adverte que devido às novas restrições de viagens pela segunda onda de covid-19 sua capacidade de voo será de apenas 30% no quarto trimestre na comparação com 2019.
*Por: AFP
No entanto, o comércio varejista e o setor de serviços tiveram altas contidas no mês de março, já refletindo o fechamento dos estabelecimentos não essenciais na última semana do mês
SÃO PAULO/SP - As vendas do comércio eletrônico no Estado de São Paulo registraram alta de 15,6% no primeiro trimestre de 2020, em relação ao mesmo período de 2019, com um faturamento real de R$ 5,5 bilhões. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE), elaborada pela FecomercioSP em parceria com a Ebit/Nielsen.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o desempenho do varejo online tem sido melhor do que o do varejo físico, ainda mais com a quarentena iniciada no fim do mês de março. Um panorama mais amplo deve ser retratado nos próximos resultados dos meses de abril e maio. Contudo, o faturamento do comércio eletrônico representa apenas 3% do total do comércio varejista no Estado de São Paulo. Então, mesmo grandes altas desse segmento no segundo trimestre não serão capazes de compensar os valores perdidos durante o fechamento dos negócios não essenciais, nos últimos meses.
Por outro lado, já foi observada uma queda de 4,1% no valor do tíquete médio, ou seja, o valor médio gasto com uma compra online, o que significa que esse segmento deve sentir o processo de redução das rendas das famílias, resultado do desemprego e da alta do endividamento.
Outros resultados
No primeiro trimestre de 2020, os bens duráveis seguiram na liderança do faturamento do comércio eletrônico, concentrando 63,6% das receitas e com um tíquete médio de R$ 666,11. O comércio de bens semiduráveis representou 21,5% das vendas, com um valor médio de R$ 204,38. Já os não duráveis tiveram uma parcela de 14,8% do faturamento, com tíquete médio de R$ 200,49. Os pedidos das vendas online atingiram 15,2 milhões no mesmo período.
Em contrapartida, o comércio varejista e o setor de serviços tiveram altas contidas no mês de março (1,3% e 2,17% respectivamente), na comparação com o mesmo período de 2019, isso porque já houve paralisação das atividades essenciais na última semana do mês. As vendas do varejo no Estado de São Paulo atingiram R$ 61,5 bilhões. Já no setor de serviços, o faturamento foi de R$ 31,8 bilhões.
A estimativa da Federação é de queda acentuada na apuração dos próximos meses, os prejuízos alcançados nos meses de março, abril e maio devem atingir mais de R$ 44 bilhões, com perda diária de R$ 659,7 milhões ao varejo paulista.
Quanto ao fechamento do ano, a FercomercioSP prevê queda de 11% no faturamento varejista na comparação com 2019, com baixa de R$ 83,4 bilhões – dos quais R$ 61,7 bilhões se referem à parte do comércio considerado não essencial, que precisou ficar de portas fechadas durante o período da quarentena.
Nota metodológica
PCCE
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE) é realizada trimestralmente pela FecomercioSP a partir de informações fornecidas pela Ebit|Nielsen. Além dos dados de faturamento real, número de pedidos, tíquete médio, a pesquisa permite mensurar a participação do comércio eletrônico nas vendas totais do varejo paulista. As informações são segmentadas em 16 regiões que englobam todos os 645 municípios paulistas e abrangem todas as atividades varejistas constantes do código CNAE 2.0.
Em 2018, a PCCE passou a trazer também informações sobre as vendas de três categorias de bens de consumo: duráveis, semiduráveis e não duráveis. Entre os bens duráveis estão automóveis e veículos, Blu-ray, brinquedos, casa e decoração, CDs, colecionáveis, construção e ferramentas, discos de vinil, DVDs, eletrodomésticos, eletrônicos, fotografia, games, informática, instrumentos musicais, joias e relógios, telefonia e celulares. Os semiduráveis são compostos por itens de arte e antiguidade, artigos religiosos, bebês e cia, esporte e lazer, indústria, comércio e negócios, livros, moda e acessórios, natal, papelaria e escritório. Já entre os não duráveis estão: alimentos e bebidas, assinaturas e revistas, perfumaria e cosméticos, petshop, saúde, serviços, sexshop e tabacaria.
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