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PARIS - O governo francês reduziu sua perspectiva de crescimento para 2023, mas não vê necessidade de revisar sua meta de déficit orçamentário como resultado, disse o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, nesta terça-feira.

A economia da França agora deve desacelerar de estimados 2,5% de expansão este ano para 1% no próximo, abaixo do ritmo de 1,4% esperado antes, afirmou Le Maire a jornalistas enquanto delineava as principais previsões que sustentam o projeto de lei orçamentária de 2023, que será apresentado ainda este mês.

"Estamos mantendo uma previsão de crescimento positiva, mas estamos a ajustando para (refletir) a realidade da situação internacional, as tensões do mercado de energia e as dificuldades de nossos parceiros comerciais", disse Le Maire.

Apesar da perspectiva mais fraca, ele disse que abandonar os planos do país de reduzir o déficit do setor público de estimados 5% da produção econômica este ano para menos de 3% em 2027 não era uma opção.

 

 

Por Leigh Thomas / REUTERS

FRANÇA - Em um contexto de temor de uma crise energética na Europa, o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu, nesta segunda-feira (5), para os franceses a "se comprometerem com a sobriedade" a fim de evitar o racionamento de gás e de eletricidade neste inverno. Após uma videoconferência com o chanceler alemão, Olaf Scholz, Macron invocou a solidariedade entre os países europeus nesta luta, reiterando seu apoio a uma cobrança extra aos operadores de energia para contornar a crise.

"Não devemos brincar com o medo, não estamos nessa situação" de racionamento, assegurou o presidente durante uma entrevista coletiva dedicada à crise energética. “Temos o nosso destino nas mãos porque, desde fevereiro, fizemos muitas ações e porque conseguirmos impor a solidariedade e a sobriedade”, “a solução está nas nossas mãos”, insistiu.

"Todos temos de nos mexer!", continuou o presidente, apelando para uma "mudança de comportamentos", como "colocar o ar condicionado um pouco menos frio" e "o aquecimento um pouco menos forte do que o habitual" quando o inverno chegar, disse, citando a temperatura de 19 graus como exemplo.

“Se coletivamente soubermos nos comportar com mais sobriedade e economizar energia em todos os lugares, não haverá racionamento e não haverá cortes”, insistiu Macron, lembrando o objetivo de alcançar “10% de economia de energia”.

 

Conversa com Scholz

Três dias depois de presidir um Conselho de Defesa Energética, o presidente Macron se reuniu, na tarde desta segunda-feira, por videoconferência, com o chanceler alemão Olaf Scholz. Os dois líderes discutiram soluções para lidar com a possibilidade de uma paralisação total do fornecimento de gás russo.

Macron anunciou que a França estava comprometida em fornecer mais gás para a Alemanha que, em troca, poderia fornecer eletricidade, se a crise de energia assim exigir, neste inverno. "Vamos finalizar as ligações de gás para poder entregar gás à Alemanha (...), se houver necessidade de solidariedade", e esta "se colocará em condições de produzir mais eletricidade em situações de pico”, explicou.

Emmanuel Macron também se declarou "a favor de práticas comuns de compra de gás" na Europa, para comprar "mais barato", além de limitar o preço do gás russo entregue por gasoduto.

 

"Mecanismo de contribuição europeu"

Emmanuel Macron ainda se declarou a favor da União Europeia (UE) impor uma contribuição aos operadores de energia que, segundo ele, fariam "lucros indevidos" com o aumento dos preços atacadistas da eletricidade no continente. Uma posição em uníssono com a Alemanha.

"Estamos defendendo um mecanismo de contribuição europeu (...) que seria, portanto, solicitado aos operadores de energia", declarou Emmanuel Macron, enquanto a Comissão Europeia prepara um plano para conter a subida dos preços da eletricidade.

Em vez de um imposto nacional sobre os super lucros, a França apoia um mecanismo não fiscal, em nível europeu, que permitiria recuperar parte dos lucros obtidos pelos produtores de eletricidade, seja carvão, renovável ou nuclear, que hoje produzem energia a baixo custo, mas revendem a preços recordes.

Os preços europeus da eletricidade, independentemente do seu método de produção, estão de fato correlacionados com o preço do gás, que atingiu níveis históricos desde a guerra na Ucrânia. “Esta contribuição poderia ser reembolsada aos Estados para financiar as suas medidas nacionais orientadas” para famílias e empresas, como escudo tarifário, explicou. A Alemanha também defende esse tipo de mecanismo junto à Comissão. 

Se a União Europeia não adotar uma contribuição especial para os fornecedores de energia, então "voltaremos aos debates nacionais", completou o presidente francês, que de momento exclui a criação de um imposto especial francês sobre as empresas do setor energético.

"Para reduzir a volatilidade dos preços, acreditamos que é essencial termos medidas para combater as práticas especulativas", acrescentou Macron, referindo-se às variações de preços muito acentuadas nas últimas semanas na Europa. "O nosso desejo é que possam existir mecanismos de controle destas operações especulativas em nível europeu", disse o presidente.

Macron também declarou que não vê "evidências" da "necessidade" de um novo gasoduto entre a França e a Espanha, o projeto Midcat, apoiado por Madri e Berlim, mas visto com desconfiança por Paris. Na Europa, “precisamos de mais interligação elétrica”, mas “não estou convencido de que precisemos de mais interligação de gás, cujas consequências, em particular no ambiente e nos ecossistemas, são grandes”, explicou.

 

Alemanha vai estender a vida útil de nucleares

O governo da Alemanha decidiu estender o período de funcionamento de duas de suas três usinas nucleares até o mês de abril, conforme recomendado pelos gerentes de rede de transporte de energia. O anúncio também foi feito nesta segunda-feira, quando Olaf Sholz discutiu a crise energética com o seu colega francês.

As últimas três usinas nucleares alemãs deveriam encerrar suas atividades no final do ano, de acordo com o calendário adotado pelo governo da ex-chanceler Angela Merkel. Uma decisão tomada após o desastre de Fukushima, no Japão, em 2011.

As duas centrais, localizadas no sul do país – onde pressões sobre a infraestrutura energética são particularmente grandes – permaneceriam abertas até abril de 2023 para lidar com possíveis desabastecimentos de energia no inverno que vai chegar.

O ministro da Economia alemão, Robert Habeck, explicou que esta decisão foi tomada devido à redução do fornecimento de gás russo, enfatizando, no entanto, que isso não põe em causa a decisão do país de abandonar a energia nuclear.

 

 

(Com informações da AFP)

RFI

FRANÇA - O brasileiro Pedro Gonçalves, o Pepê, assegurou a medalha de bronze na canoagem slalom, que estreia nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, na etapa da Copa do Mundo de Canoagem, na Comuna de Pau, nos Pirineus Franceses. A compatriota Ana Sátila competiu no feminino e terminou na quarta posição.

O paulista Pepê, de 29 anos, chegou em terceiro lugar na prova de hoje (28) em Pau, vencida pelo francês Boris Neveu. A prata ficou com o italiano Giovanni de Gennaro.

Representante brasileiro na Olimpíada de Tóquio em 2021, Pepê vem fazendo uma temporada exitosa este ano no slalom extreme. Em junho ele já conquistara o ouro na etapa de Augsburg (Alemanha) e bronze na etapa de Praga (República Tcheca). 

 

 

AGÊNCIA BRASIL

ARGÉLIA - No segundo dia de uma visita à Argélia, ex-colônia francesa no Magreb africano, o presidente francês, Emmanuel Macron, convidou os dois países a olharem para o passado “com coragem” e incitou os jovens argelinos a recusarem o sentimento “anti-França”, espalhado por “redes estrangeiras". Os passos rumo a uma autêntica reconciliação entre França e Argélia são lentos, nota um especialista ouvido pela RFI.

Macron chegou nesta quinta-feira (25) à Argélia, um fornecedor de gás cada vez mais importante para a Europa, a fim de "relançar" uma relação marcada pelo ressentimento do período colonial e da guerra pela independência. O presidente francês declarou nesta sexta-feira (26) que a busca pela "verdade" e pelo "reconhecimento" é mais importante do que pelo "arrependimento" sobre o “passado doloroso” que une os dois países e envenena, até hoje, a relação entre Paris e Argel.

"Muitas vezes ouço que, sobre a questão da memória e a questão franco-argelina, somos constantemente convocados a escolher entre o orgulho e o arrependimento", declarou o presidente francês durante uma coletiva de imprensa na capital argelina. "Quero a verdade, o reconhecimento, senão nunca avançaremos", insistiu, salientando que essa busca poderá ser mais fácil para a nova geração que, como ele, "não é filho da guerra da Argélia". "Devemos enfrentar esta história com coragem, com lucidez, com verdade", acrescentou.

Na véspera, após uma primeira reunião com o presidente argelino, Abelmadjid Tebboune, foi anunciada a criação de uma comissão franco-argelina de historiadores para olhar para os "primórdios da colonização com a sua dureza, com a brutalidade destes acontecimentos", mas também sobre os "desaparecidos", observou Macron.

"Não é arrependimento, de forma alguma", sublinhou o chefe de Estado, respondendo antecipadamente às críticas dos saudosos da Argélia francesa, e excluindo, mais uma vez, a apresentação de um pedido de desculpas, há muito esperado por Argel.

 

Página dolorosa

Há anos a Argélia pede um trabalho de memória sobre os 132 anos de colonização francesa, e não apenas dos últimos sete anos da guerra de independência (1954-1962).

Esta comissão será composta por cinco ou seis historiadores de cada lado, com "talvez um trabalho inicial dentro de um ano, que depois marcaremos com gestos comuns", esboçou Emmanuel Macron. "Vamos abrir todos os arquivos para eles (...) O presidente argelino me disse: também estou abrindo o meu", observou.

Em entrevista à RFI, Hasni Abidi, diretor do Centro de Estudos e Pesquisas sobre o Mundo Árabe e Mediterrâneo (Cermam) e professor na Universidade de Genebra, avaliou que, na comparação com seus antecessores no cargo, "Macron escolheu uma abordagem mais voluntarista que parece agradar uma parte dos argelinos”. “Mas ela é gradual”, ressalta.

“É uma página muito dolorosa, que é muito difícil de virar. Há, de um lado, demandas argelinas, e, de outro, uma capacidade limitada da França de respondê-las”, afirma o especialista, lembrando que desde sua primeira campanha presidencial, o chefe de Estado francês mencionou que os crimes cometidos pelos franceses na Argélia constituíram crimes contra a humanidade.

Uma dessas demandas era justamente a abertura de um trabalho mútuo de pesquisa sobre o passado, ressaltou o coautor de 60 Ans après les Accords d’Evian, regards croisés sur une mémoire plurielle (60 Anos depois dos Acordos de Evian, olhares cruzados sobre uma memória plural, em tradução livre).

 

Juventude e o sentimento anti-França

Macron também tem como foco nesta viagem o encontro com a juventude argelina. Ele pediu para que os jovens do país e da África como um todo "não se deixem levar" pela "enorme manipulação" de “redes", controladas remotamente por potências estrangeiras, que apresentam a França como "inimiga" de seus países.

"Só quero dizer à juventude africana: explique-me o problema e não se deixe levar, porque seu futuro não é anti-França", declarou Macron, questionado pela imprensa sobre "o desencanto com a França" em certos países do continente.

"Sim, a França é criticada. Criticada pelo passado, (...) porque deixamos os mal-entendidos se instalarem por muito tempo, e também porque há uma imensa manipulação", explicou.

"Vamos ser claros: muitos dos ativistas do Islã político têm um inimigo, a França. Muitas das redes que são empurradas secretamente pela Turquia, pela Rússia, pela China, têm um inimigo: a França", continuou ele, denunciando a "influência, a agenda neocolonial e imperialista" desses países.

"Pode ter sido o combate de seus avós, de seus pais, (…) mas vamos seguir em frente", acrescentou, reconhecendo que leva "tempo para reconstruir a confiança". "Mas faço isso com paciência, empenho e carinho pelo continente africano e pela Argélia”, assegurou o líder francês.

 

"Mortos pela França"

Esta é a segunda vez que Macron visita a Argélia como presidente, após uma primeira visita em dezembro de 2017. Ao visitar o cemitério europeu Saint-Eugène, o principal de Argel durante a colonização francesa, ele colocou uma coroa de flores ao pé do monumento aos "mortos pela França”.

O presidente francês caminhou por um longo tempo nos setores cristãos e militares e se deteve particularmente na praça judaica onde repousa o ator e diretor Roger Hanin.

 

 

Com informações da AFP

RFI

PARIS - Em meio a críticas nacionais e internacionais, o presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu na quinta-feira (28) o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, também conhecido como (MBS) para um jantar de trabalho em Paris.

Bin Salman, governante de fato da Arábia Saudita, está em sua primeira viagem oficial à Europa desde o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, em 2018, na embaixada do país em Istambul. Bin Salman é acusado pelos serviços secretos americanos de ter aprovado a operação que matou o jornalista.

O encontro com Macron é o mais recente sinal da reaproximação do Ocidente com o governante saudita, após quase quatro anos de isolamento internacional. Antes de viajar a Paris, bin Salman esteve na Grécia, onde se reuniu com autoridades.

A visita à Europa ocorre em um momento em que o Ocidente corteja o principal produtor de petróleo do mundo em meio à guerra na Ucrânia e às negociações nucleares vacilantes com o Irã.

A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, disse que Macron questionaria o príncipe sobre questões de direitos humanos, mas também buscaria garantir o fornecimento de energia de outros lugares que não a Rússia.

"Obviamente, não se trata de deixar de lado nossos princípios. Não se trata de questionar nosso compromisso em favor dos direitos humanos. O presidente certamente terá a oportunidade de conversar sobre isso com Mohammed bin Salman", afirmou Borne.

"Em um contexto em que sabemos que a Rússia está cortando e ameaçando cortar ainda mais o fornecimento de gás, e onde temos tensões sobre os preços da energia, acho que os franceses não entenderiam se não falássemos com os países que são precisamente produtores de energia'', justificou ela.

 

Macron amplamento criticado

A noiva de Khashoggi, Hatice Cengiz, expressou indignação com a decisão de Macron.

"Estou escandalizada e indignada que Emmanuel Macron esteja recebendo, com todas as honras, o carrasco de meu noivo, Jamal Khashoggi", disse Hatice Cengiz.

"O aumento nos preços da energia por causa da guerra na Ucrânia não pode justificar isso. Em nome da suposta realpolitik, nós absolvemos a pessoa responsável pela política saudita em relação aos oponentes políticos", disse ela.

O grupo Democracy for the Arab World Now (DAWN), com sede em Washington, entrou com uma ação na França contra o líder saudita.

"Como parte das convenções da ONU contra tortura e desaparecimentos forçados, a França é obrigada a investigar um suspeito como Bin Salman se ele estiver em território francês", disse Sarah Leah Whitson, diretora executiva do DAWN.

Outra ONG, a TRIAL International, com sede na Suíça, apresentou uma queixa nesta quinta-feira.

Políticos franceses também manifestaram sua desaprovação com o encontro. "O corpo desmembrado do jornalista Khashoggi está no cardápio do jantar entre Macron e MBS?", escreveu no Twitter o político ambientalista francês Yannick Jadot, que disputou o primeiro turno das eleições presidenciais no início deste ano.

A viagem do príncipe herdeiro à Europa ocorre semanas após uma visita do presidente dos EUA, Joe Biden, à Arábia Saudita.

"A reabilitação do príncipe assassino será justificada na França como nos Estados Unidos por argumentos de realpolitik. Mas, na verdade, é a barganha que predomina, convenhamos", escreveu a secretária-geral da Anistia Internacional, Agnes Callamard, no Twitter.

Ao se encontrarem em Jeddah, Biden e bin Salman cumprimentaram-se de forma fria, apenas com um "choque de punhos".

Embora o governo americano afirme que o cumprimento, que remete a certo distanciamento, ocorreu por precauções contra a covid-19, jornalistas especulam que Biden teria evitado apertar a mão de Salman por seu histórico de desrespeito à imprensa e aos direitos humanos. Desta forma, uma foto dos dois se cumprimentando calorosamente não cairia bem ao americano.

 

Jornalista crítico ao reino saudita

Khashoggi era residente nos Estados Unidos, onde trabalhava como colaborador do jornal americano The Washington Post. Em 2 de outubro de 2018, ele compareceu ao consulado saudita em Istambul para preencher documentos a fim de se casar com sua noiva turca.

Segundo autoridades americanas e turcas, um esquadrão saudita que o aguardava no local o estrangulou e desmembrou seu corpo, que nunca foi recuperado. O jornalista era um crítico da concentração autoritária de poder por Mohammed bin Salman e escreveu vários artigos que denunciavam o príncipe.

Em fevereiro deste ano, o governo americano divulgou um relatório de inteligência sugerindo que Bin Salman, que exerce a função de chefe de governo no reino saudita, estaria por trás da morte do jornalista.

O documento, tornado público pelo governo do presidente Joe Biden, afirma ser altamente improvável que o assassinato de 2018 tenha ocorrido sem o aval do príncipe.

A ação se encaixaria em um padrão adotado por Bin Salman de "apoiar medidas violentas contra dissidentes no exterior", diz o texto. O príncipe saudita, contudo, nunca foi alvo de sanções americanas.

 

 

(AFP, AP, dpa, Reuters)

dw.com

FRANÇA - Na França, os embutidos, que fazem parte dos hábitos alimentares da população, sendo consumidos por 94% dos franceses de maneira regular, estão na mira das autoridades de saúde do país. A Agência Nacional de Segurança Sanitária (Anses) publicou nesta terça-feira (12) um relatório alertando para os perigos da adição do nitrito e nitrato nos alimentos, e relacionando o seu consumo ao risco de câncer colorretal.

Quanto maior a exposição a esses compostos, maior o risco de câncer na população, informou o estudo, que levantou ainda a hipótese de outros tipos da doença também estarem associados a essas substâncias

Segundo a instituição, a sociedade é exposta de maneira constante aos nitratos, que estão presentes, inclusive, na água e nos vegetais, e compõem, naturalmente, o solo e se acumulam nas plantas. Entretanto, o grande problema é o uso como aditivo alimentar, o que acontece especialmente nos embutidos e carnes processadas. Desta forma, a Anses recomenda que o consumo desses produtos não ultrapasse os 150 gramas semanais.

De acordo com a Anses, a grande maioria dos franceses não ultrapassa as recomendações de doses diárias desses produtos, admitidas pela Autoridade Europeia de Saúde Alimentar (EFSA). Mesmo assim, quanto menor o consumo de nitritos e nitratos, melhor para o bem-estar da população. Em um país em que uma pessoa chega a consumir 30 quilos da chamada “charcuterie” por ano, a recomendação da Anses vem como um alerta para uma mudança imediata nos hábitos alimentares.

 

Recomendações também ao mercado de alimentos

A adição de nitratos e nitritos nos embutidos tem como objetivo principal limitar o desenvolvimento de bactérias que causam doenças, como a salmonela e a listeria. Ainda assim, de acordo com a agência, a redução do uso dessas substâncias pode ser prevista, com medidas adicionais para o controle do risco de contaminação por outros meios. Estas ações devem ser adaptadas a cada categoria de produto.

Para o presunto cozido, por exemplo, a Anses recomenda que a redução de nitritos seja acompanhada pela diminuição do prazo de validade. Já para o presunto cru, deve ser feito o controle do nível de sal e da temperatura durante as etapas de produção do produto.

 

 

RFI

FRANÇA - A imprensa francesa desta quarta-feira (6) destaca o discurso de política geral da primeira-ministra Elisabeth Borne na Assembleia Nacional para apresentar as diretrizes de seu programa de governo para os próximos cinco anos.

O jornal Libération analisa os principais os principais temas que estarão em pauta dos debates do parlamento francês. Para a publicação, não há dúvidas de que o poder de consumo dos franceses estará no centro das atenções, com dois projetos que serão apresentados já na quinta-feira a serem votados até o final de agosto.

Nos dois textos, as medidas vão custar para os cofres públicos, de acordo com Libération, mais de 20 bilhões de euros. "O grande desafio do executivo e dos deputados partidários do presidente Emmanuel Macron é de canalizar as propostas alternativas da oposição, na Assembleia e na mídia, e aprovar os textos com o apoio de alguns opositores ou contar com a abstenção", explica o diário.

O governo também deve propor, como previsto, o fim do imposto que financia o audiovisual público, o aumento dos subsídios sociais, de entre 3,5 a 4%, a criação de uma ajuda alimentar em forma de cheque, a regulamentação do preço dos aluguéis e reajuste do parâmetro de indexação à inflação dos salários de funcionários públicos.

Para Le Figaro, a autoridade de Elisabeth Borne "já está fragilizada" e tentará mostrar sua legitimidade diante de uma assembleia dividida e pouco amigável. A aliança de oposição Nupes, anunciou na terça-feira que apresentará uma moção de censura para derrubar seu governo. De acordo com o jornal, outro desafio de Borne é o de não se intimidar diante de ministros experientes como Bruno Le Maire, da Economia, e Gérald Darmanin, do Interior.

De acordo com Le Parisien, o discurso da primeira-ministra, escrito a mão por ela mesma além das principais linhas de seu projeto de governo, contém elementos de sua história pessoal. Mas o principal objetivo de Borne durante quase uma hora de discurso será principalmente de tentar conquistar a oposição, afirma o jornal.

 

 

RFI

SÃO PAULO/SP - O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o ex-governador Márcio França (PSB) formataram um acordo para estar juntos na disputa estadual e tentam agora impedir que o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) feche uma aliança com o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), representante do presidente Jair Bolsonaro (PL) no pleito pelo governo de São Paulo. Márcio França deve disputar o Senado.

Em mais um gesto para unificar PT e PSB em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) almoçou no domingo no apartamento de França. Além das esposas, Lucia França e Rosângela da Silva, a Janja, estavam presentes Haddad e Ana Estela, Geraldo e Lu Alckmin. No encontro, que praticamente selou o acordo, França pediu mais prazo para anunciar sua desistência da disputa estadual e disse que pretende conversar com Kassab, o que deve acontecer na quarta-feira, 6.

Lula e Haddad ainda sonham em trazer o PSD para a coligação. Para isso, Márcio França estaria disposto a abrir mão de indicar o vice e a suplência para contemplar Kassab. Com o PSD em seu palanque, Haddad ampliaria em 40 segundos seu tempo de TV no horário eleitoral.

A leitura no PT e no PSB, porém, é de que a base de Kassab em São Paulo é conservadora e antipetista. Por isso, o ex-prefeito estaria mais próximo de fechar com Tarcísio, que teria o ex-prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth (PSD), como vice.

Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira, 30, Haddad segue na liderança com 28% das intenções de voto, contra 16% de França, 12% Tarcísio e 10% Rodrigo Garcia (PSDB). No cenário sem França, Haddad vai para 34% das intenções de voto, enquanto Rodrigo e Tarcísio empatam com 13%.

Enquanto Haddad e França fazem uma última tentativa de atrair Kassab, a prioridade do ex-governador Rodrigo Garcia (PSDB) é trazer de volta o União Brasil. Após o deputado federal Luciano Bivar, presidente da legenda e pré-candidato presidencial, ameaçar romper com os tucanos devido ao apoio do PSDB à senadora Simone Tebet (MDB-MS), o governador intensificou as conversas e jantou com Bivar em São Paulo no sábado.

No encontro, o presidenciável do União Brasil disse que espera ajuda do governador para sua candidatura em troca de um apoio que será determinante para Rodrigo Garcia ter a hegemonia do horário eleitoral na TV e rádio. “O União Brasil quer reciprocidade do PSDB no plano nacional. O processo de sobrevivência dos tucanos passa por São Paulo e o Bivar é uma peça chave. Rodrigo Garcia é um grande nome, mas o que está em jogo é uma questão macro”, disse o deputado federal Junior Bozella (SP), que integra a direção estadual do União Brasil.

Segundo o parlamentar, a ideia é que Rodrigo Garcia divulgue uma carta pública e faça uma resolução da executiva do PSDB paulista anunciando apoio a Bivar na corrida presidencial. Antes de encontrar Garcia, o pré-candidato do União Brasil esteve em Porto Alegre com o ex-governador e candidato à reeleição Eduardo Leite (PSDB), a quem fez o mesmo pedido em troca de apoio local.

Essa exigência, porém, pode abrir uma crise com o MDB, outro aliado estratégico de Rodrigo Garcia. Bivar teria exigido exclusividade no palanque do tucano. Ou seja: sem Simone Tebet.

 

 

Pedro Venceslau / ESTADÃO

KIEV - Os líderes da França, Alemanha, Itália e Romênia disseram na quinta-feira (16) que estão prontos para conceder à Ucrânia o status de candidato "imediato" para adesão à União Europeia (UE), e para apoiá-la militarmente "enquanto for necessário", durante uma primeira visita conjunta a Kiev.

"Todos nós apoiamos o status de candidato imediato a membro [do bloco europeu]", disse o presidente francês, Emmanuel Macron, após conversas com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, e o presidente romeno, Klaus Iohannis.

"Este status envolverá também a consideração da situação dos Bálcãs Ocidentais e da vizinhança, em particular a Moldávia", acrescentou o líder francês, que detém a presidência rotativa da UE até 30 de junho.

Olaf Scholz também disse que esperava uma "decisão positiva" da União Europeia sobre a concessão do status de candidato à Ucrânia e à vizinha Moldávia. Será necessário "fazer tudo o que for necessário" para "encontrar uma unanimidade" dentro da UE para lançar estes procedimentos, acrescentou.

"Hoje, a mensagem mais importante de nossa visita é que a Itália quer a Ucrânia na União Europeia", disse Mario Draghi. "Estamos em um ponto de inflexão em nossa história. O povo ucraniano está defendendo todos os dias os valores da democracia e da liberdade que são a base do projeto europeu, do nosso projeto. Não podemos arrastar nossos pés e atrasar este processo" de adesão, o que levará tempo, continuou ele.

O bloco deve decidir por unanimidade sobre esta questão na cúpula da UE nos dias 23 e 24 de junho. Entre os 27, os países do Leste Europeu apoiam o pedido, mas outros, como a Dinamarca e a Holanda, expressaram reservas.

O presidente Zelensky enfatizou que a União Europeia estava "à beira de decisões históricas". "Os ucranianos já ganharam o direito (...) ao status de candidato" e estão "prontos para trabalhar" para que a Ucrânia se torne um "membro pleno da UE", enfatizou.

 

Apoio "inequívoco"

Os líderes franceses e alemães, que chegaram a Kiev pela manhã, também se comprometeram a continuar seu apoio militar aos ucranianos. "Estamos ajudando a Ucrânia na entrega de armas, continuaremos a fazê-lo enquanto a Ucrânia precisar", disse Scholz, que foi criticado por atrasar a entrega a Kiev.

Emmanuel Macron anunciou que a França entregaria "seis [canhões] César adicionais" à Ucrânia, armas autopropulsionadas conhecidas por sua precisão, das quais 12 já haviam sido entregues. Ele disse ainda que a França "está ao lado da Ucrânia desde o primeiro dia" e que os franceses estavam "ao lado dos ucranianos sem qualquer ambiguidade", durante uma breve visita com seus homólogos europeus a Irpin, um subúrbio de Kiev devastado pela guerra.

O presidente francês tem sido fortemente criticado na Ucrânia nos últimos dias por dizer que a Rússia não deveria ser "humilhada" e por manter um diálogo regular com Vladimir Putin. "A decisão cabe ao presidente Macron, mas não tenho certeza se o presidente russo está pronto para ouvir alguma coisa", disse Zelensky ao ser questionado sobre o assunto por um repórter. "Não se trata apenas de Emmanuel, acho que nenhum líder no mundo de hoje pode forçar individualmente a Rússia a parar a guerra".

 

"Faça a Europa, não a guerra"

Durante sua visita a Irpin, os líderes da UE passearam pelas ruas, parando em frente aos edifícios destruídos pelos combates ou por um carro queimado, e fazendo perguntas a seu guia, o ministro ucraniano da Descentralização, Oleksiy Chernyshov.

Macron parou diante de um desenho em um muro com a mensagem "Faça a Europa, não uma guerra". "Esta é a mensagem certa", comentou ele. "É muito comovente ver isto". "Nós reconstruiremos tudo", prometeu Mario Draghi.

Antes de deixar Irpin, o presidente francês elogiou o "heroísmo" dos ucranianos, e falou das "marcas da barbárie", "os primeiros vestígios do que são crimes de guerra". O chanceler Scholz denunciou "a brutalidade da guerra da Rússia, que visa simplesmente a destruição e a conquista".

Centenas de civis foram mortos nas cidades de Irpin, Bucha e Borodianka durante a ocupação russa da área em março. Estão em andamento investigações internacionais para determinar quem foi responsável por estes crimes de guerra, que os ucranianos acusam as forças russas de cometer.

Enquanto se aguarda a decisão da UE, o chanceler alemão confirmou que Zelensky "aceitou (seu) convite" para participar da próxima cúpula do G7 na Baviera, de 26 a 28 de junho, e depois da cúpula da OTAN, a ser realizada em Madri.

 

 

(Com informações da AFP)

RFI

FRANCA/SP - O Franca fez valer o fator casa e derrotou o Flamengo por 80 a 65, na noite desta quinta-feira (9) no ginásio Pedrocão, para garantir o título do Novo Basquete Brasil (NBB), principal campeonato da modalidade no país. O grande destaque da equipe de São Paulo no jogo decisivo foi o ala-pivô Lucas Dias, que somou 19 pontos e 14 rebotes.

Com a vitória desta quinta, a equipe da Capital do Basquete Brasileiro (como é conhecida a cidade na qual é sediada a equipe paulista) fechou a série final da competição em 3 a 1, após vencer o primeiro confronto, disputado em Franca, por 85 a 79, triunfar no segundo, no Maracanãzinho, por 64 a 62, e perder o terceiro, fora de casa, por 81 a 75.

O Franca não era campeão nacional desde 1999, antes da era NBB. Após derrotar o Rubro-Negro carioca o time de São Paulo amplia ainda mais a sua hegemonia como maior campeão nacional, com o total de 12 conquistas.

Para alcançar esta conquista o fator casa foi de grande importância para a equipe de São Paulo, que venceu todas as 21 partidas que disputou no Pedrocão nesta temporada, inclusive as duas pela série final.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

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