SÃO CARLOS/SP - Com apoio do Instituto Internacional de Ecologia (IIE) e do Instituto Mário de Andrade aconteceu em junho, no Centro de Empreendedorismo Cultural Mário de Andrade em São Carlos, o lançamento do livro, “SÃO CARLOS e o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Presente – Futuro (2023-2030)”, o quinquagésimo livro do professor doutor e pesquisador José Galizia Tundisi.
Publicado pela editora Scienza e financiado pelo IIE, com contribuição da Cátedra UNESCO de Águas Urbanas, o livro, que já está na segunda tiragem e com projeto para se transformar em e-book, apresenta um panorama atual e indica o que deve ser feito para São Carlos ser uma Cidade Sustentável e uma Cidade Inteligente. Com uma visão sistêmica da cidade, Tundisi reúne experiências, vivências, conceitos, ideias, projetos, programas e políticas públicas para que São Carlos possa ser uma cidade sustentável até 2030. “Esse é um tempo razoável para se desenvolver o projeto, uma vez que São Carlos já tem uma infraestrutura de pesquisa, de desenvolvimento tecnológico e científico que permite avançar além do que já existe”, projeta Tundisi.
“SÃO CARLOS e o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Presente – Futuro (2023-2030)” está sendo distribuído gratuitamente (mediante pedido via e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.). Pesquisadores e personalidades indicam que o trabalho passou a ser referência, também, para demais municípios que têm a mesma perspectiva de sustentabilidade.
Para o Engenheiro Civil, José Antonio Zerbetto, que trabalhou na SABESP por 10 anos e que atua no SAAE São Carlos há mais de três décadas, a estratégia de grande alcance, trazida no livro, é a de implantar o mais rapidamente possível as ações, com a participação da educação, ciência, tecnologia e inovação, motivações, políticas públicas avançadas, participação ativa da sociedade e visão do futuro. “Durante meus 45 anos de profissão e convivência com o saneamento e o Meio Ambiente acompanhei o desenrolar dos tempos, do crescimento populacional e das condições climáticas e vi que o passado nos ensina e que o futuro tem que chegar com ações presentes. Foi assim que o mestre professor Tundisi, ao longo dos seus 53 anos em São Carlos, se preocupou e se dedicou, desenvolvendo estudos e pesquisas científicas e tecnológicas para termos hoje um Desenvolvimento Sustentável. Com esses retratos do passado, das observações, das pesquisas técnicas, científicas e tecnológicas realizadas, o livro direciona os caminhos a serem traçados”.
O livro é prefaciado por três importantes nomes: Glaucius Oliva, Professor Titular Sênior da USP, Presidente do CNPq 2011-2015 e Vice-Presidente para São Paulo da Academia Brasileira de Ciência (2023-2025); Adriano D. Andricopulo, Professor Titular da USP, Presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) e Carlos Alberto Valera, Promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Coordenador Regional das Promotorias de Justiça e Defesa do Meio Ambiente das Bacias Hidrográficas dos Rios Paranaíba e baixo Rio Grande e Coordenador do Núcleo Integrado para Tutela da Água e do Solo.
Sobre o autor
Atual Secretário Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Carlos e com uma vasta e reconhecida trajetória como acadêmico e pesquisador, José Galizia Tundisi tem formação em História Natural pela Universidade de São Paulo (1962), mestrado em Oceanografia na University Of Southampton (1966) e doutorado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade de São Paulo (1969).
É Presidente fundador do Instituto Internacional de Ecologia (IIE) de São Carlos e da Associação Instituto Internacional de Ecologia e Gerenciamento Ambiental (IIEGA).
Especialista em limnologia e gerenciamento e recuperação de ecossistemas aquáticos, José Tundisi recebeu inúmeros prêmios entre os quais se destacam as condecorações Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico (1994) e a Comenda Rio Branco (1996). Internacionalmente é um nome importante em gestão de recursos hídricos.
Em fevereiro de 2022, foi escolhido para receber a Medalha Naumann-Thienemann da International Society of Limnology (SIL), a mais alta honraria concedida internacionalmente por contribuições científicas para a limnologia.
Obra contempla quarenta anos de estudos conduzidos por pesquisador da UFSCar
SÃO CARLOS/SP - O professor Vadim Viviani, do Departamento de Física, Química e Matemática (DFQM-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está lançando o livro "Vaga-lumes e outros insetos bioluminescentes da Mata Atlântica: Biodiversidade, Importância Biotecnológica e Ambiental", pela editora Dialética.
O livro é o resultado de quatro décadas de estudos conduzidos por Viviani com esses insetos, apresentando pela primeira vez no Brasil e no mundo, a riqueza de vaga-lumes da Mata Atlântica, seus aspectos biológicos e ecológicos, bem como aspectos bioquímicos de sua bioluminescência e as aplicações bioanalíticas desenvolvidas pelo autor e seu grupo com as luciferases (as enzimas que transformam energia química em energia luminosa).
"Vaga-lumes são símbolos bioluminescentes da nossa biodiversidade noturna. Seus sinais luminosos são utilizados para fins de comunicação e reprodução, embelezando as nossas noites de campo. As substâncias luminescentes e informações genéticas isolados desses enigmáticos organismos trouxeram importantes informações para a ciência, e beneficiaram a humanidade através de inúmeras aplicações analíticas nos campos biomédico, ambiental e industrial", afirma Viviani.
O Brasil é o país com a maior diversidade de vaga-lumes do mundo. Apesar de sua riqueza e de sua importância científica e biotecnológica, pouca atenção tem sido dada a esse fascinante grupo de insetos no Brasil. O livro apresenta, pela primeira vez, a riqueza de espécies de vaga-lumes e outros insetos bioluminescentes que ocorrem na Mata Atlântica do estado de São Paulo.
"Apresento primeiramente o que é a bioluminescência, em que organismos ela ocorre, como é gerada por reações bioquímicas e para que finalidades é utilizada. Em seguida, abordo a diversidade e os aspectos gerais da biologia, e a ecologia das principais espécies encontradas nesse bioma. Finalmente, destaco a importância científica e ambiental dos vaga-lumes, e a aplicação biotecnológica dos seus reagentes químicos, luciferina e luciferase", descreve o pesquisador.
"Com esse livro, espero mostrar por que os vaga-lumes são importantes símbolos da nossa biodiversidade, cuja preservação e investigação podem trazer inúmeros benefícios para o desenvolvimento sustentável da sociedade", conclui Viviani.
O livro "Vaga-lumes e outros insetos bioluminescentes da Mata Atlântica: Biodiversidade, Importância Biotecnológica e Ambiental" pode ser encontrado no site da editora Dialética, em loja.editoradialetica.com.
Em "Laura: Uma Maternidade Especial", livro recém-publicado pela Editora Inverso, Suely Schmidt fala sobre trajetória de resiliência e amor
FLORIANÓPOLIS/SC - No silêncio de um quarto de hospital, há 33 anos, começou a jornada de Suely Schmidt, uma mãe que teve a vida totalmente transformada quando recebeu a notícia de que sua filha, Laura, tinha síndrome de Down e, mais tarde, diagnosticada com autismo severo. Essa trajetória de resiliência e amor deu vida ao livro "Laura: Uma Maternidade Especial", obra recém-lançada pela editora Inverso.
Com uma narrativa honesta, Suely compartilha os desafios, as descobertas e as alegrias de criar Laura, desde o diagnóstico inesperado. “Lembro como se fosse hoje o dia em que ela nasceu. Os médicos estavam conversando durante o meu parto e, de repente, ficou um silêncio total. Quando o médico me apresentou a minha filha, não colocou ela no meu colo, mostrou ela à distância e eu achei estranho. No dia seguinte, antes de trazê-la, ele veio na porta do quarto e disse para mim: ‘a sua filha tem todos os estigmas do mongolismo’. Foi assim - dessa forma e com esses termos - que o mundo caiu em cima de mim”, relembra Suely.
A obra também trata de temas essenciais como a falta de uma rede de apoio para famílias em situações semelhantes, estigmas sociais e inclusão - da dificuldade de encontrar escolas adequadas para atender às necessidades de Laura, passando pela busca por tratamentos médicos e o acesso a medicamentos, até o suporte necessário para enfrentar o isolamento social causado pela pandemia de Covid-19.
A ideia de escrever o livro "Laura: Uma Maternidade Especial" ganhou força em 2022, quando Laura foi levada para uma instituição especializada. Até então, Suely escrevia esporadicamente sobre suas experiências e sentimentos. Estes escritos iniciais serviram como uma forma de processamento emocional para Suely. Após discutir o projeto com outras pessoas e receber estímulos positivos, especialmente de outras mães de pessoas com deficiência, ela decidiu levar adiante o projeto de transformar suas reflexões em livro.
“Eu conto a minha história toda desde a gravidez até dois anos atrás. Tudo o que eu vivi com ela, as minhas dificuldades, os meus erros e os meus acertos. É uma história de aceitação e de amor, mas também de realidade. Escrevi para que outras mães que vivem situações semelhantes possam encontrar forças e não se sintam sozinhas”, relata Suely.
Causa da pessoa com deficiência virou missão da família
Para além de ser uma história de luta e superação, Laura é também uma celebração da diversidade e da beleza única de cada ser humano. O nascimento dela aproximou a família do setor social. Suely impulsionou uma série de iniciativas importantes em prol da causa das pessoas com deficiência. Deu palestras, ajudou a fundar a Reviver Down, uma associação que luta em prol de pessoas com a síndrome de down, foi uma das fundadoras da Lar Assistido, organização que divulgava a importância de criar moradias assistidas para pessoas com deficiência intelectual, além de participar da criação do Ambulatório de Síndrome de Down no Hospital de Clínicas.
"A Laura foi um presente na minha vida. Com o passar do tempo, aprendi muito com ela e me tornei uma pessoa melhor. O meu filho mais velho, Alexandre, tomou um rumo pela área social. Fundou a ASID, que trabalha pela inclusão socioeconômica da pessoa com deficiência. Meu ex-marido também fez parte de várias associações. Foram todos trabalhos desenvolvidos graças à Laura”, finaliza Suely.
Serviço
Laura, Uma Maternidade Especial - Suely Schmidt
Editora Inverso, 144 páginas
Sobre a autora
Suely Schmidt nasceu em Santa Catarina, é formada em História e Nutrição, Mestra em Educação e Doutora em História. Tem dois filhos e dois netos. Após o nascimento de Laura, que tem síndrome de Down, participou da criação da Associação Reviver Down, em Curitiba, cujo objetivo foi a junção de pais na busca de informações e trocas de experiências acerca dessa síndrome. Também participou da criação do Ambulatório de Síndrome de Down no Hospital de Clínicas da UFPR.
SÃO CARLOS/SP - Na última quarta-feira (22), o auditório da Embrapa Instrumentação foi palco do evento de lançamento do livro "Pegadas", de autoria de Celso Casale. Este evento foi marcado por um gesto nobre: todos os recursos obtidos com a venda da obra serão destinados à nova UTI Neonatal da Santa Casa de São Carlos.
O evento foi aberto por Silvio Crestana, chefe-geral da Embrapa Instrumentação e um dos fundadores da instituição. Na sequência, Celso Casale, presidente da empresa Casale e autor do livro, teve a palavra, seguido pelo provedor Antonio Valerio Morillas Junior e pela diretora de Práticas Assistenciais da Santa Casa, Dra. Carolina Toniolo Zenatti.
A construção da nova UTI Neonatal “Airton Salvador Leopoldino” contou com o apoio do Grupo Bandeirantes e, para que a unidade possa iniciar suas operações, é necessária a aquisição de novos equipamentos clínicos e de suporte. O investimento necessário para equipar a UTI é de R$ 2.916.371,47.
Durante o evento, o provedor da Santa Casa, Antonio Valerio Morillas Junior, destacou a importância da unidade. “Com a nova unidade pronta, a UTI passará a ter 22 leitos, sendo 10 de UTI Neonatal e mais 12 de cuidados intermediários, o que permitirá um aumento de cerca de 50% no número de atendimentos. Bebês que nascem prematuros, abaixo do peso ou que desenvolvem alguma patologia durante a gestação ou ao nascer precisam desse tipo de leito. Nos últimos anos, a unidade manteve sua taxa de ocupação acima de 100% durante todo o ano e essa nova instalação vai ajudar muito nos atendimentos”, afirmou Morillas Junior.
Por sua vez, a diretora do hospital, Dra. Carolina, ressaltou a importância de iniciativas como a de Celso Casale na captação de recursos. Ela enfatizou que ações com essa são fundamentais para a manutenção e ampliação dos serviços oferecidos pela Santa Casa. “O lançamento do livro e a doação dos recursos arrecadados representam um importante passo para a melhoria das condições de atendimento neonatal na Santa Casa, garantindo que mais bebês tenham acesso aos cuidados necessários desde os primeiros momentos de vida”, disse a médica.
Após a cerimônia de abertura do evento, foi realizada uma sessão de autógrafos, e o público presente pôde adquirir os exemplares. Em seguida, Celso Casale foi convidado a integrar a Irmandade da Santa Casa, fortalecendo ainda mais seu vínculo com a instituição e seu compromisso com a causa. “Gostaria de agradecer à direção da Santa Casa, ao Dr. Antonio Valerio Morillas Junior, por todo o trabalho que realizam e por me darem a honra de integrar a Irmandade da Santa Casa. O livro é muito especial para mim e espero que cada página de 'Pegadas' inspire não apenas reflexão, mas também ação e solidariedade. Juntos, podemos fazer a diferença”, destacou Casale.
Pontos de venda do livro:
- Santa Casa (entrada da provedoria)
Endereço: Rua Paulino Botelho de Abreu Sampaio, 573 - Jardim Pureza.
- Santa Casa Clínicas
Endereço: Rua 15 de Novembro, 921 - Parque Santa Mônica, São Carlos.
- Casale
Endereço: Rodovia Washington Luís, km 237, São Carlos.
SÃO CARLOS/SP - Foi lançado oficialmente no dia 06 do corrente mês, sob os auspícios do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) e do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), o livro “Bernhard Gross – entrevista e outros escritos”, uma publicação organizada por Alfredo Tiomno Tolmasquim*, Antonio Augusto Passos Videira* e Cássio Leite Vieira*, que aborda, ao longo das suas 106 páginas, a última entrevista dada em 2001 por aquele que, para muitos, é o “pai” da física moderna no Brasil. Comemorando o 90º aniversário da chegada deste cientista ao Brasil, a publicação apresenta, ainda, a carreira do Prof. Bernhard Gross, diversos textos sobre o início da física no Brasil e a disseminação internacional dessa área do conhecimento desenvolvida no nosso país.
O lançamento do livro ocorreu nas instalações do MAST e igualmente de forma online, com as presenças do diretor do órgão, Prof. Marcio Pereira Rangel, da diretora do INT, Profª Iêda Maria Vieira Caminha, e dos autores da publicação. De forma remota, o diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, marcou presença e agradeceu a realização do evento, bem como a forma como os autores do livro souberam relatar a vida científica do Prof. Bernhard Gross, tendo ressaltado a importância do homenageado para a pesquisa em física da matéria condensada, principalmente nos eletretos, que teve um grande impacto no então denominado Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC/USP).
“Nos anos 1980, o Grupo de Eletretos desenvolveu microfones de eletreto num projeto para a Telebras, a partir dos conhecimentos gerados pelo Prof. Gross. Um projeto de cooperação para transferir tecnologia para a sociedade, como esse da Telebras, era uma marca do trabalho do Prof. Gross que teve contribuições importantes tanto para a física fundamental quanto para a tecnologia”, pontuou o docente na sua participação online, tendo igualmente sublinhado que, além de ter sido um cientista de renome internacional, o Prof. Bernhard Gross deixou uma marca indelével no IFSC/USP. “Essa marca está devidamente perpetuada no reconhecimento que o IFSC/USP prestou ao Prof. Gross, atribuindo o seu nome ao nosso Grupo de Polímeros, bem como na Biblioteca e no “Prêmio Bernhard Gross”, atribuído todos os anos aos estudantes com alto desempenho acadêmico. O Prof. Gross era um ser humano de grandes qualidades, cujas humildade e generosidade eram faces marcantes em sua personalidade”, sublinhou o diretor do IFSC/USP, que agradeceu a oportunidade por estar representando, no evento, toda a comunidade de sua Unidade, especialmente os colegas do “Grupo de Polímeros Bernhard Gross”.
*Alfredo Tiomno Tolmasquim – Pesquisador Titular do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST);
*Antonio Augusto Passos Videira – Professor Titular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e pesquisador visitante no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF);
*Cássio Leite Vieira – Jornalista especializado em ciências exatas e historiador de Física;
Margareth Tassinari realiza encontro e sessão de autógrafos de "Por um vaso de hortênsias" neste sábado (16/03), às 18 horas
CAMPINAS/SP - Margareth Tassinari promove evento de lançamento do livro Por um vaso de hortênsias em Campinas neste sábado (16/03). Sessão de autógrafos acontecerá na Livraria Leitura do Parque Dom Pedro Shopping, a partir das 18 horas.
A obra, que marca a estreia da fonoaudióloga e professora na literatura, narra a história de habitantes da mesma rua sem saída de uma cidade segura e próspera. Ao pensar uma utopia possível, a autora mostra os conflitos, as peculiaridades e os comportamentos de personagens de oito casas diferentes, que vivem num mundo sem desigualdades de gênero, preconceitos sociais e diferenças de classe.
Neste enredo composto majoritariamente por mulheres, a escritora lança um olhar para as distintas formas de amor e como elas aparecem no cotidiano ao tratar sobre os relacionamentos entre pares românticos, avós e netos, irmãos, amigos e vizinhos. Todos os personagens possuem os próprios antagonismos, mas estão em busca de um mesmo objetivo: encontrar momentos mais felizes.
FICHA TÉCNICA
Título: Por um vaso de hortênsias
Autora: Margareth Tassinari
Editora: Insular
ISBN: 9788552404101
Páginas: 128
Preço: R$ 46 (físico)
Onde encontrar: Editora Insular
Lançamento do livro “Por um vaso de hortênsias”
Quando: sábado (16/03)
Horário: 18 horas
Onde: Livraria Leitura do Parque Dom Pedro Shopping
Endereço: avenida Guilherme Campos, 500, loja 170 – Jardim Santa Genebra, Campinas
Sobre a autora: Nascida na cidade de Campinas, em São Paulo, Margareth Tassinari é fonoaudióloga clínica. Também ministrou aulas no Centro Universitário São Camilo e na Universidade São Francisco. Apaixonada por livros desde a infância e com interesse particular pela literatura russa, agora explora o mercado literário com o lançamento de Por um vaso de hortênsias, que marca sua estreia como autora.
Saúde coletiva, ações afirmativas e uso de TICs estão entre os assuntos
SÃO CARLOS/SP - Quais as novas temáticas estudadas pela Ciência, Tecnologia e Sociedade? Para atualizar as discussões desse campo, foi publicado, em formato digital e gratuito, o livro "Novas agendas científicas para sociedades em transformação". A obra, publicada pela editora Pontes, é organizada por docentes do Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (PPGCTS), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
"Entre os temas, o livro contempla a questão da saúde coletiva - temática bastante relevante no cenário da pandemia de Covid-19 -, as ações afirmativas, o acesso e uso das tecnologias da informação e comunicação no contexto do envelhecimento, além de temáticas de gênero e de cultura, agendas que estão em transformação e presentes nos debates do campo das CTS", afirma Wilson José Alves Pedro, um dos organizadores do livro, junto aos professores Márcia Niituma Ogata, Luzia Sigoli Fernandes Costa e Luciana de Souza Gracioso.
A obra possui 14 capítulos cujos temas foram norteadores de discussões do IX Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Sociedade - Qual interdisciplinaridade queremos? Novas agendas científicas para sociedades em transformação. O evento foi realizado na UFSCar em outubro de 2021, pela Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias (Esocite-BR), com apoio do PPGCTS/UFSCar e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O livro está disponível para download gratuito no site da Pontes Editores, através do link https://bit.ly/47urLGD.
Publicado pela EdUFSCar, obra tem autoria de Andreza Aruska de Souza Santos
SÃO CARLOS/SP - Um olhar dirigido para o Brasil no final do ciclo de crescimento econômico patrocinado pela exportação de commodities, entre os anos de 2002 e 2013, com foco nos locais onde essas matérias exportadas são produzidas. Essa história, com base em pesquisa, está contada nas páginas da obra "Memória Seletiva - o patrimônio cultural e o extrativismo no Brasil", de autoria de Andreza Aruska de Souza Santos e publicada pela Editora da Universidade Federal de São Carlos (EdUFSCar).
Ela é formada em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB), com mestrado em Estudos Globais, doutorado em Antropologia Social, e atual diretora do Brazil Institute no King's College London. O livro que está sendo lançado é resultado da pesquisa de doutorado da autora realizada na University of St Andrews (Reino Unido), com 18 meses de trabalho de campo.
De acordo com a pesquisadora, o Brasil é conhecido internacionalmente por seus processos participativos, como o orçamento participativo em Belo Horizonte, conferências urbanas e até mesmo seus protestos, como os de junho de 2013. Mas, a maioria dos exemplos vem de grandes cidades, como Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. Em cidades pequenas e médias, a relação das pessoas em espaços participativos é diferente, onde há um processo de intimidação que vem de uma rede de apoio e de sobrevivência que gera uma codependência em economias mais informais e com menos residentes. Nesse contexto, o licenciamento ambiental, que exige negociação com comunidades atingidas, como no caso da mineração, foi examinado. "Eu olhei o processo de licenciamento de obras minerarias em Ouro Preto. Como a sociedade civil dialoga com empresas e poder público, para negociar mitigações de danos, eu explico o processo de dependência da mineração, as relações sociais locais, os vínculos econômicos, o déficit habitacional e as divisões sociais - tudo isso aparece durante as negociações e impede resultados melhores. Eu olho a construção da memória nacional por meio de Ouro Preto e a seletividade dessa memória. Dessa forma, a ligação da mineração com a cultura e o desenvolvimento fica literalmente cimentada em monumentos, casarões, estátuas", explicou Santos.
Ainda segundo a autora, a mineração do passado deixou esse legado material no local, e a do presente preserva esse legado usando a cultura como mecanismo de compensação para danos ambientais, como exemplo citado por ela, a de Inhotim, em Brumadinho. Esses monumentos não são nem próximos e nem proporcionais ao dano, mas geram essa memória seletiva positiva da mineração. "Localmente, essa memória é contestada, mas contestar e protestar não é uma opção a todos. A pobreza, a informalidade, a dependência econômica de uma grande indústria, tudo isso silencia", complementou.
Para ela, a exploração de minério tem alto impacto ambiental. A mitigação desse impacto com medidas compensatórias ou até mesmo embargo de obras passa por mecanismos participativos com comunidades afetadas e poder público. A pobreza, a dependência municipal das arrecadações minerais, tudo isso gera uma intimidação e cooptação.
Diante de todo esse estudo, a autora faz as considerações. "A democracia participativa precisa se atentar para as desigualdades econômicas e sociais. Não é possível imaginar que as pessoas vão corrigir injustiças, como as ambientais e econômicas, se elas impedem as pessoas de fazer uma participação efetiva. É necessário que os municípios diversifiquem a economia, invistam em fundos soberanos, para que haja uma menor dependência econômica das empresas para que possa ocorrer uma discussão mais justa, efetiva e proporcional. A pobreza e a dependência econômica geram uma pauta de luto e protesto, mas não conseguem gerar, na mesma proporção, uma capacidade de mobilização e de manutenção dessa mobilização. Assim, injustiças em acordos minerários acontecem, com enormes danos ambientais e sociais, como nos casos de Mariana, Brumadinho e Maceió", finalizou.
O livro "Memória Seletiva - o patrimônio cultural e o extrativismo no Brasil" pode ser adquirido no site da EdUFSCar (www.edufscar.com.br), onde há mais informações.
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