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TAMBAÚ/SP - O biólogo e fotógrafo da natureza Antonio Bordignon iniciou mais um grande projeto em Tambaú, que contempla a observação de aves e introdução das noções da preservação da natureza e descobrimento de seus potenciais junto aos tambauense e turistas, mas especialmente às crianças. Acompanhado pelo Coordenador de Turismo, Esporte e Cultura Edenir Belluc e o responsável pelas manutenções do Parque “Manga”, os trabalhos começaram na última terça-feira, dia 12/07, com o registro por fotos e vídeos das espécies que habitam ou visitam o “Celtra”, onde já foram flagradas dezenas de espécies. Esta catalogação será importante para o prosseguimento do projeto, que nas próximas semanas será apresentado de maneira completa a toda população.

Com décadas de experiência como biólogo, Antonio é um dos maiores profissionais da área no Brasil, tendo atuado em diversas regiões do país e do mundo, com participação em expedições, captura e soltura responsável de serpentes, resgate de animais, trabalho no Instituto Butantan entre outras habilidades. "Estamos muito felizes e otimistas com a presença do biólogo Antonio Bordignon em Tambaú. Os cuidados com nossas belezas naturais, com os animais e o meio ambiente são fundamentais para incentivarmos boas práticas de educação ambiental”, afirmou o Prefeito Dr. Leonardo Spiga Real.

BELO HORIZONTE/MG - Os jacarés da Lagoa da Pampulha são atrações do cartão postal de Belo Horizonte. Conhecidos como “gordos e tranquilos” desde que uma matéria do Estado de Minas viralizou nas redes sociais, esses animais seguem chamando atenção de quem tem a chance de observá-los.

Todos os jacarés que vivem ali são da espécie papo amarelo, considerada de pequeno porte, mas esses animais podem chegar a mais de dois metros de comprimento. Apesar da boca comprida, eles não são predadores de mamíferos grandes.

A alimentação consiste em peixes, aves e moluscos – entre eles, o caramujo africano, espécie invasora que se multiplica rapidamente e transmite doenças ao ser humano. Assim, os jacarés ajudam no controle da população desse invasor e consequentemente no equilíbrio ecológico da região.

Os animais só começaram a ser monitorados oficialmente em 2017, segundo Leonardo Maciel, gerente de Defesa dos Animais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Atualmente, existem cerca de 20 adultos e 11 filhotes. Os dados são estimativas, pois o monitoramento é feito visualmente, sem que localizadores sejam colocados diretamente nos animais – esse procedimento só pode ser feito pelo Ibama.

 

Natureza

A poluição não tem sido um impeditivo para a reprodução da espécie, mas os jacarés preferem pontos em que recebem água nova, dos afluentes limpos, afirmou Maciel. E buscam áreas com mais vegetação para colocar seus ninhos, como perto do Parque Ecológico.

“A natureza procura sempre se adaptar, encontrar algum jeito de se perpetuar ali. A Lagoa não é considerada um reservatório único, são vários pontos com diferentes níveis de poluição. Nos locais com melhor qualidade da água, várias espécies sobrevivem. Os jacarés costumam procurar essas regiões”, afirmou Leonardo.

Não há consenso sobre como os jacarés do papo amarelo foram parar lá. Entre as hipóteses está a de que algum morador colocou a espécie no local e que ela foi se reproduzindo; ou ainda, que eles teriam vindo do zoológico de Belo Horizonte após uma enchente. Outra hipótese é que eles já existiam no local antes da Lagoa ser criada.

A reprodução dos jacarés é considerada baixa, pelas características biológicas do animal e pelo fato de que, enquanto filhotes, eles são uma presa fácil para diversos predadores. Entre eles, a garça branca, que pode ser vista regularmente na Lagoa da Pampulha.

Os bichos têm expectativa de vida igual a de um ser humano, em torno de 80 anos, quando criados na natureza – em cativeiro, podem viver ainda mais.

 

Equilíbrio ecológico

Mesmo em um ambiente “altamente antropizado”, nas palavras de Maciel, os jacarés vivem em um equilíbrio ecológico com as demais espécies. Desde que o monitoramento começou, não foram registrados casos de superpopulação desses animais, nem ameaças às demais espécies da Lagoa.

A presença dos jacarés na Pampulha não representa ameaça aos seres humanos. O jacaré do papo amarelo é considerado uma espécie “naturalmente tímida”, afirmou Maciel. Os acidentes só ocorrem quando as pessoas tentam tocar, brincar ou segurar o animal. Nenhum acidente desse tipo foi registrado na Lagoa da Pampulha até hoje.

Além disso, não há qualquer dado sobre transmissão de zoonoses pelos jacarés.

 

 

 

* Estagiário sob supervisão do subeditor Thiago Prata

Leonardo Godim / EM.com.br

ESPANHA - Os espanhóis têm ficado sob a sombra dos parques, ido à praia ou optado por bebidas geladas para enfrentar temperaturas sufocantes de até 43°C, enquanto o país experimenta sua segunda onda de calor neste ano.

O sol quente do verão combinado com uma frente de ar quente do norte da África elevou as temperaturas, disseram os meteorologistas da estatal AEMET no domingo, 10, e a onda de calor pode durar até 14 de julho.

A temperatura mais alta registrada foi de 43°C no entorno do rio Guadalquivir, perto de Sevilha, no sul do país, e em Badajoz, no oeste espanhol, disseram os meteorologistas.

O porta-voz da AEMET, Ruben del Campo, disse à Reuters que as temperaturas podem chegar a 44°C em Córdoba ou Extremadura, no sul da Espanha.

Em junho, os espanhóis enfrentaram a mais antecipada onda de calor desde 1981, de acordo com a AEMET, com temperaturas superiores a 40°C em partes do centro e do sul da Espanha.

 

 

Por Jon Nazca e Susana Vera / REUTERS

BELO HORIZONTE/MG - As mudanças climáticas impulsionadas pelas ações humanas proporcionaram um aumento na intensidade das chuvas que atingiram o Nordeste do Brasil no fim de maio e no início de junho, principalmente no estado de Pernambuco.

Segundo pesquisadores, sem o aquecimento global, os eventos ocorridos seriam um quinto menos intensos.

As informações são de estudo do World Weather Attribution, divulgado na terça (5). A pesquisa foi realizada por cientistas do Brasil, Reino Unido, Holanda, França e Estados Unidos.

As análises foram realizadas a partir de modelos climáticos que simulam o evento meteorológico em um cenário sem a emissão de gases do efeito estufa e no cenário atual, com aquecimento do planeta em cerca de 1,2°C.

A climatologista Friederike Otto, da Universidade Imperial College de Londres, no Reino Unido, explica que o objetivo desse tipo de estudo é analisar a relação de eventos meteorológicos intensos com as mudanças climáticas. Segundo ela, isso é importante para entender as possibilidades de eventos similares acontecerem e como eles seriam sem as mudanças do clima.

O pesquisador Lincoln Alves, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), afirma que o trabalho incluiu a caracterização do evento, para entender o quão raro foram as chuvas em comparação com o histórico.

Foram selecionadas 75 estações pluviométricas na região que possuíam dados ao menos desde a década de 1970 para realizar o estudo. As análises foram feitas a partir da quantidade de chuva que caiu na região em recortes de um período de sete dias e de um período de 15 dias.

Tais eventos meteorológicos raros são mais prováveis de acontecer atualmente que em um cenário sem aquecimento global. No entanto, a partir do estudo não é possível mensurar o quanto as mudanças climáticas fazem com que esses eventos aconteçam no futuro.

Entre os dias 27 e 28 de maio, o estado de Pernambuco recebeu em 24 horas mais de 70% da chuva esperada para todo o mês. Somente em Pernambuco, ao menos 129 pessoas morreram em decorrência das chuvas. Outros estados como Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe também foram afetados.

Desde o último fim de semana, temporais voltaram a preocupar alguns estados do Nordeste. Oito pessoas morreram e dezenas de cidades entraram em situação de emergência em Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Outro elemento apontado pelos pesquisadores que agravou as consequências das chuvas na região metropolitana do Recife foram os problemas de vulnerabilidade da população. O aumento da urbanização não planejada em áreas de risco de inundação e encostas íngremes ampliaram a exposição das pessoas aos riscos causados pela chuva.

Segundo Edvânia Pereira dos Santos, da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), a cidade do Recife e a região metropolitana são muito vulneráveis, devido a fatores como a alta densidade demográfica e o fato de a cidade ter sido construída ao redor de rios.

De acordo com Alexandre Köberle, pesquisador do Grantham Institute na Universidade Imperial College de Londres, os sistemas de alerta realizados por órgãos municipais, estaduais e federais auxiliam na redução dos danos nesse tipo de tragédia. Segundo ele, esses sistemas podem ser melhorados para que ações antecipadas mais eficazes sejam realizadas.

Santos, que fez parte do estudo, explica que a APAC atua em parceria com a Defesa Civil para emitir tais alertas e orientar a população.

De acordo com ela, a agência vem trabalhando para melhorar a comunicação com a população sobre a importância dos alertas meteorológicos e sobre medidas a serem tomadas. Segundo ela, muitas pessoas não veem importância nos avisos ou não sabem como proceder para evitar consequências mais graves.

Santos diz que desde março a agência monitorava a possibilidade da ocorrência de fortes chuvas neste ano, devido a fenômenos como a La Niña e o aquecimento do Atlântico. Com esses prognósticos a Defesa Civil atua para tomar as medidas possíveis e necessárias.

 

 

ISAC GODINHO / FOLHA

COLÔMBIA - Uma espécie de tubarão com dentes chatos que viveu há milhões de anos foi identificada pela primeira vez no nordeste da Colômbia, a partir de numerosos fósseis, informou à AFP um dos pesquisadores responsáveis pela descoberta.

A espécie, batizada de ‘Strophodus rebecae’ foi encontrada no município de Zapatoca, departamento de Santander. Estudos revelam que viveu há 135 milhões de anos, media entre quatro e cinco metros e possuía dentes semelhantes a peças de dominó, que lhe serviam para esmagar o alimento, mais do que para cortar e rasgá-lo como os tubarões atuais, de dentes afiados, aponta a pesquisa.

Os paleontólogos Edwin Cadena, da Universidade do Rosario, e Jorge Carrillo, da Universidade de Zurique, Suíça, trabalharam por quase 10 anos naquela área para concretizar a descoberta.

“São muitos indivíduos, fósseis encontrados em diferentes pontos ao redor da área de Zapatoca, que, somados, estamos certos de que pertencem à mesma espécie”, disse Cadena. Além disso, trata-se do primeiro registro de um peixe da família Strophodus no hemisfério sul do planeta, conhecido então como Gondwana e que era formado por América do Sul, África, Austrália, Índia e Antártica.

“Existem registros do mesmo gênero na América do Norte e na Europa, principalmente na Alemanha e na Suíça, mas este é o primeiro registro que temos de todo esse grupo de tubarões para a parte sul do planeta”, explicou Cadena.

A descoberta permite estudar como era o ecossistema do mar cretáceo da Colômbia, os predadores e presas que o habitavam. “Esses tubarões certamente tiveram um papel ecológico importante, porque, com seus dentes, podiam esmagar presas como peixes, mas também invertebrados, e, por sua vez, servir de presas para grandes répteis que estavam nesse entorno, gerando um controle ecológico do ecossistema”, explicou Cadena.

Os fósseis estão na Universidade do Rosario, em Bogotá e fazem parte de sua coleção paleontológica, enquanto um museu é construído em Zapatoca com condições para exibi-los.

A revista científica “PeerJ” publicou a pesquisa colombiana.

 

 

AFP

ISTOÉ DINHEIRO

SÃO CARLOS/SP - O Departamento de Fiscalização da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano intensificou as vistorias em virtude de denúncias de incêndios provocados em terrenos baldios para fazer a limpeza do local, o que é proibido por força de Lei 
A Lei Municipal nº 15.751/11 estipula que é proibido o emprego de fogo como forma de limpeza de vegetação, lixo ou qualquer detritos e objetos, nos imóveis edificados e não edificados.
A Lei pune os proprietários dos terrenos que forem denunciados por incêndio. A multa para flagrante é de R$ 5,53 por metro quadrado. A pessoa autuada tem prazo de 30 dias para recorrer. Passando esse prazo, o valor da multa vai para dívida ativa do município.
De acordo com o diretor de Fiscalização, Rodolfo Penela, somente esse ano já foram recebidas 137 denúncias. “Somente na última segunda-feira, dia 27, foram registradas 7 autuações em relação a ocorrência de fogo em terrenos particulares”, revelou o diretor.
Sem controle e com incidência sobre qualquer forma de vegetação, os incêndios, em terrenos, matas ou florestas prejudicam a vegetação, causam a morte de animais silvestres, aumentam a poluição do ar, diminuem a fertilidade do solo, além de oferecer risco de queimaduras, acidentes com vítimas e causar problemas de saúde na população.
Segundo Rodolfo Penela, a atenção e cuidados devem ser redobrados nessa época do ano. “A população deve denunciar os incêndios em terrenos. O fiscal vai até o local para analisar a situação. A intenção não é multar, mas alertar os proprietários para que mantenham seus terrenos limpos, evitando problemas”, afirmou.
A ausência de chuvas favorece ocorrência de fogo em matas e florestas. Pequenos cuidados e atitudes simples podem prevenir os incêndios, portanto não jogue cigarros ou fósforos acessos nas rodovias; não faça fogueira ou queimada perto da rede elétrica, em dias quentes ou com ventos fortes; soltar, fabricar ou vender balões é crime e pode causar muitos acidentes; soltar fogos de artifícios é proibido em São Carlos e as fagulhas podem dar início a incêndios; na área rural esse é o período para fazer os aceiros, faixas ao longo das cercas onde a vegetação é completamente eliminada da superfície do solo. A finalidade é prevenir a passagem do fogo para área de vegetação, evitando-se assim queimadas ou incêndios.  Ele protege cercas, postes, balancins e arames; as queimadas comprometem a segurança do motorista, já que a fumaça reduz a visibilidade, o que pode levar a acidentes, principalmente colisões traseiras. No caso do motorista se deparar com alguma queimada na rodovia, além de avisar os órgãos competentes, ele pode tomar algumas precauções para prevenir acidentes, como fechar os vidros do veículo; manter distância segura do veículo da frente; trafegar com farol baixo acesso; não ligar o pisca alerta com o veículo em movimento e não parar na faixa de rolamento. 
As denúncias podem ser feitas na Ouvidoria da Prefeitura de São Carlos pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone 3362-1080.  A Defesa Civil (199), o Corpo de Bombeiros (193) e a Guarda Municipal (153), também recebem denúncias.

NEPAL - O Nepal está considerando realocar o Everest Base Camp devido a preocupações ambientais. De acordo com o diretor-geral do Departamento de Turismo do Nepal, Taranath Adhikari, a localização do Acampamento Base enfrenta algum risco devido ao derretimento da geleira Khumbu próxima.

“Recebemos recomendações de várias partes interessadas para realocar o acampamento base. Embora nenhuma decisão tenha sido tomada ainda, estamos levando essas sugestões muito a sério”, disse Adhikari.

Essas partes interessadas incluem moradores locais, montanhistas e especialistas em meio ambiente. No entanto, quaisquer mudanças importantes no Monte Everest, o pico mais alto do mundo, não serão feitas às pressas.

Como as atividades de pesquisa só podem ser realizadas durante a primavera, pode levar de 2 a 3 anos para tomar uma decisão. Alguns estudos ocorreram durante a temporada de escalada da primavera deste ano, que geralmente atinge o pico em maio.

Uma vez que as partes envolvidas concluam sua pesquisa, provavelmente precisarão apresentar uma proposta ao governo nepalês. O Gabinete do Nepal teria a palavra final sobre uma decisão.

Adhikari citou “atividades antropogênicas” – também conhecidas como comportamentos humanos – e mudanças climáticas como questões que afetam o acampamento base. A geleira Khumbu está derretendo a uma velocidade mais rápida que a taxa natural.

Esta não é a primeira vez que as partes interessadas soam o alarme sobre os danos ambientais no Monte Everest.

Um estudo no Nature Portfolio Journal of Climate and Atmospheric Science publicado no início deste ano revelou que o gelo se formou ao longo de um período de 2.000 anos na geleira South Col derreteu em cerca de 25 anos .

Paul Mayewski, líder da expedição e diretor do Instituto de Mudanças Climáticas da Universidade do Maine, disse à CNN que as descobertas mostraram “uma mudança completa do que foi experimentado naquela área, provavelmente durante todo o período de ocupação por humanos em as montanhas.”

As mudanças climáticas estão afetando muitos dos lugares mais preciosos do mundo.

“O Nepal sozinho não pode reduzir as emissões de carbono e o impacto do aquecimento global.” disse Adhikari. “No entanto, podemos mitigar alguns problemas fazendo esse tipo de medidas temporárias”.

Ele acrescentou: “Por um lado, queremos preservar a montanha e a geleira. Por outro lado, não queremos afetar a economia da montanha”.

Equilibrar os desejos de escalar o Everest com as necessidades das comunidades locais tem sido um desafio constante no Nepal. O turismo é a quarta maior indústria do país, empregando 11,5% dos nepaleses de alguma forma, seja trabalhar em um hotel ou pousada ou guiar turistas estrangeiros nas montanhas mais altas do mundo.

As licenças para escalar o Everest custam US$ 11.000 por pessoa. Uma parte desse dinheiro é destinada a comunidades próximas à montanha.

Os riscos do montanhismo também são graves. Em 2015, o Nepal baniu alpinistas iniciantes do Everest alegando preocupações de segurança e superlotação.

Deixar que muitos alpinistas subam dentro do curto período de tempo permitido pelo clima pode resultar em ”engarrafamentos“, que muitas vezes têm resultados mortais.

O acampamento base do Monte Everest fica a 5.400 metros (17.700 pés) acima do nível do mar.

Um local proposto para um novo acampamento base pode ser de 200 a 300 metros (656 a 984 pés) abaixo da altitude atual.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

CAMBOJA - Um pescador cambojano capturou uma arraia gigante de 300 quilos no rio Mekong, o maior peixe de água doce registrado na história, segundo os cientistas.

Batizada de Boramy – “lua cheia” na língua khmer – por sua forma arredondada, a fêmea de quatro metros de comprimento foi liberada depois que um chip eletrônico foi colocado para estudar seus movimentos e comportamento.

Pescada na província de Stung Treng, norte do Camboja, a arraia pesava o dobro de um gorila médio, de acordo com os cientistas.

“Em 20 anos de pesquisa de peixes gigantes em rios e lagos em seis continentes, este é o maior peixe de água doce que encontramos ou que já foi documentado em qualquer lugar do mundo”, afirmou Zeb Hogan, diretor do ‘Wonders of the Mekong’ (Maravilhas do Mekong), um projeto de conservação financiado pelos Estados Unidos.

“É uma descoberta absolutamente surpreendente e justifica os esforços para a melhor compreensão dos mistérios que cercam esta espécie e o incrível trecho de rio onde ela vive”.

Ameaçada pela pesca excessiva, a poluição e a perda de seu habitat, a arraia gigante de água doce é uma espécia protegida.

O espécime bateu o recorde de um bagre de 293 quilos pescado em 2005 no mesmo rio, no norte da Tailândia.

O Mekong é um dos rios mais longos da Ásia (4.350 quilômetros) e abriga a biodiversidade aquática mais importante do mundo depois do rio Amazonas, com mais de 1.000 espécies de peixes.

Exemplares gigantescos de até três metros comprimento são encontrados em suas águas que, com profundidade de até 80 metros, podem abrigar variedades ainda maiores, segundo os cientistas.

Vital para a sobrevivência de milhões de pessoas no sudeste asiático, o Mekong e sua fauna estão ameaçados pelas dezenas de barragens construídas por Pequim na China, Laos ou Camboja e pela poluição.

 

 

As informações são da IstoÉ.

Hardcore

SÃO PAULO/SP - “Abelhas jataí, ótimas para polinizar seu jardim, fazemos envios para todo o Brasil”. Anúncios como esse não são raros na internet e, em alguns cliques, é possível adquirir a própria colônia de abelhas sem ferrão. Esse comércio, no entanto, sem as devidas autorizações e cuidados, é ilegal e uma das principais ameaças à conservação de espécies brasileiras. O biólogo e pesquisador do Instituto Nacional da Mata Atlântica (Inma) Antônio Carvalho desenvolveu métodos de mineração de dados na internet para analisar anúncios de vendas de abelhas sem ferrão. Ele desvendou uma rede de vendedores que opera ilegalmente o comércio em mercados de vendas online no Brasil. A pesquisa foi publicada na revista inglesa Insect Conservation and Diversity e divulgada pela Agência Bori. Carvalho encontrou na internet vendedores de 85 cidades brasileiras. A maioria está localizada em áreas da Mata Atlântica, que comercializam colônias de abelhas a preços que vão de R$ 70 a R$ 5 mil. Ao todo, o pesquisador mapeou 308 anúncios de vendas ilegais entre dezembro de 2019 e agosto de 2021. Juntos, esses anúncios somavam R$ 123,6 mil. As vendas são feitas em espaços de fácil acesso. A maior parte, 79,53%, por exemplo, está no Mercado Livre.

Existem, no Brasil, mais de 240 espécies de abelhas sem ferrão. Os principais grupos visados pelos vendedores nos 308 anúncios observados no estudo foram jataí (Tetragonisca angustula), diversas espécies de uruçu (Melipona spp.), mandaguari (Scaptotrigona spp.) e abelhas-mirins (Plebeia spp.). Entre as mais cobiçadas estão a uruçu-capixaba (Melipona capixaba) e a uruçu-nordestina (Melipona scutellaris), abelhas em perigo de extinção.

“A gente já trabalha com essas espécies há muito tempo e já sabe que estão sendo inseridas a uma velocidade muito grande, principalmente nos últimos anos, por causa do tráfico e por causa da venda clandestina pela internet”, diz Carvalho. “Eu posso citar vários problemas que podem levar inclusive ao desaparecimento dessas abelhas, favorecendo a crise mundial de polinizadores que a gente vem enfrentando”, alerta.

 

Desequilíbrio ambiental

O estudo mostra que o comércio ilegal de abelhas pode gerar sérios desequilíbrios ambientais. “As abelhas são responsáveis pela polinização de quase todas as plantas que a a gente conhece e utiliza”, diz, Carvalho. “Elas visitam uma flor e levam o pólen de outra. Por isso têm frutos e grande diversidade nas florestas. Sem pedir nada em troca, as abelhas acabam protegendo o ambiente de forma geral.  A função ecossistêmica delas é importantíssima”.

O pesquisador explica que introduzir espécies em novos ambientes sem os devidos cuidados pode causar desequilíbrios, prejudicando a reprodução das plantas e, consequentemente, a produção de alimentos no campo e nas cidades, além de ameaçar espécies locais de abelhas e outros insetos.

As abelhas podem ainda levar consigo alguns parasitas que não são comuns a esse novo ambiente, com o risco de contaminar a fauna local. Além disso, as abelhas transportadas podem não se adaptar ao clima do novo local e morrer.

 

O que diz a lei

Carvalho ressalta que a criação de abelhas, mesmo em áreas urbanas, não é proibida e nem a sua comercialização, mas é necessário que os interessados tenham os devidos registros nos órgãos ambientais e que sejam tomados cuidados para evitar prejuízos à fauna e à flora local.

De acordo com a Resolução 496/2020 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a criação de abelhas-nativas-sem-ferrão deve ser “restrita à região geográfica de ocorrência natural das espécies” e é necessária autorização ambiental para a comercialização. Para transportá-las, é necessária a emissão de Guia de Transporte Animal (GTA), documento oficial de emissão obrigatória para o trânsito intradistrital e interestadual de animais.

“Eu vi no meu trabalho que a maioria dos vendedores comercializa até três colônias por anúncio. Então, são raros os que chamo no trabalho de vendedores regulares, ou seja, os profissionalizados, aqueles que fazem e sabem que estão fazendo errado e vendem muitas colônias”, explica Carvalho.

Para ele, além de ações por parte do governo, com fiscalizações e conscientização e ação conjunta da comunidade científica e da comunidade em geral, uma forma de combater o comércio ilegal é conscientizando os próprios criadores.

“Eu trabalho com meliponicultores há muitos anos, vejo que a lei veio e eles ainda não se adaptaram. Vejo que a principal forma é a educação dos meliponicultores para o problema, para que entendam que eles são as principais vítimas, porque as próprias colônias deles podem sofrer com a inclusão de parasitas no ambiente onde estão fazendo seus negócios. Trazer os meliponicultores para o nosso lado é muito importante”, defende o pesquisador. 

 

Combate ao comércio ilegal 

Em nota, o Mercado Livre diz que, conforme preveem os seus termos e condições de uso, é proibido o anúncio de espécies da flora e fauna em risco ou em extinção. A venda é proibida pela legislação ou pelas normas vigentes, assim como o anúncio de espécies de fauna silvestre. “Diante disso, assim que identificados, esses anúncios são excluídos e o vendedor notificado, podendo até ser banido definitivamente”.

A empresa informa ainda que combate proativamente “o mau uso de sua plataforma, que conta com tecnologia e equipes dedicadas para identificação e moderação dos conteúdos. Além disso, atua rapidamente diante de denúncias que podem ser feitas pelo poder público, por qualquer usuário diretamente nos anúncios ou por empresas que integram seu programa de proteção à propriedade intelectual”.

A nota acrescenta que o Mercado Livre não é responsável pelo conteúdo gerado por terceiros, conforme prevê o Marco Civil da Internet e a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para plataformas de intermediação, mas que mesmo assim, atua no combate à venda de produtos proibidos e auxilia as autoridades na investigação de irregularidades.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi procurado, mas não se posicionou até o fechamento desta matéria.

Este texto foi originalmente publicado pela Agência Brasil de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original.

 

 

ecycle

EUA - Reduzir a poluição do ar, causada principalmente pelos combustíveis fósseis, aumentaria em até dois anos a expectativa de vida, de acordo com um estudo da Universidade de Chicago divulgado nesta terça-feira (14).

"Reduzir de forma permanente a contaminação do ar no mundo para cumprir as recomendações da OMS adicionaria 2,2 anos à expectativa de vida do ser humano", afirma o texto.

O percentual de micropartículas na atmosfera é particularmente elevado em países do sudeste asiático, onde o crescimento econômico está retirando milhões de pessoas da pobreza, em troca de gastos consideráveis de energia.

A expectativa de vida na região poderia aumentar em até cinco anos se a poluição fosse reduzida aos padrões recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo o relatório do Instituto de Política Energética da Universidade de Chicago.

A OMS endureceu as escalas de medição das micropartículas (que causam câncer) no ano passado, para alertar e promover a implementação de medidas de saúde.

De acordo com a organização, as micropartículas com tamanho equivalente ou inferior a 2,5 mícrons (aproximadamente o diâmetro de um fio de cabelo humano) são capazes de passar dos pulmões para o sangue, o que aumenta as probabilidades de câncer.

Segundo os novos critérios da OMS, o nível máximo de concentração destas partículas (conhecido como PM2.5) não deveria superar 15 microgramas por metro cúbico em um período de 24 horas, ou 5 mcg/m3 como média ao longo de um ano.

Nos estados indianos de Uttar Pradesh e Bihar, com quase 300 milhões de habitantes, a expectativa de vida poderia aumentar oito anos com a adoção de medidas. Na capital, Nova Délhi, poderia aumentar até 10 anos.

"O ar limpo representa anos de vida adicionais para todos os habitantes do planeta", afirma a principal autora do relatório, Crista Hasenkopf.

Bangladesh, Índia, Nepal ou Paquistão, assim como partes do centro e oeste da África e América Central, também sofrem com os elevados níveis de poluição.

 

 

AFP

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