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CUIABÁ/MT - A arara-azul, também conhecida como arara-azul-grande, é uma ave que pertence à família Psittacidae e ao gênero Anodorhynchus. Trata-se de um animal que se destaca pela beleza, tamanho e comportamento. Atualmente, a ave encontra-se ameaçada de extinção devido à caça, ao comércio clandestino (tráfico de animais) e à degradação de seu habitat em decorrência do desmatamento.

Por gerar grande visibilidade, a arara-azul é uma espécie-bandeira do Brasil. Para sobreviver, essa ave necessita da preservação de toda uma cadeia de espécies, além de grandes extensões de área em bom estado de conservação.

Na América do Sul, além da arara-azul-grande, a maior espécie, é comum a presença de mais duas espécies de araras-azuis, também pertencentes ao gênero Anodorhynchus: a arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus) e a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari). Vale ressaltar que a arara-azul-de-lear também está ameaçada de extinção, enquanto a arara-azul-pequena é considerada extinta.

 

Família dos psitacídeos

A família dos psitacídeos é composta por araras, papagaios, periquitos, jandaias, maracanãs e tuins. Todas essas aves apresentam características e estruturas muito semelhantes, como cabeça larga, bico forte e curvo especializado em quebrar e descascar sementes, mandíbula de largura incomum e plumagens com cores extravagantes. Por isso, qualquer espécie de psitacídeo é facilmente reconhecida.

Os psitacídeos podem ser encontrados ao longo de diversas áreas tropicais do planeta, sendo o Brasil uma das regiões mais ricas em indivíduos dessa família. Ao todo, a família é constituída de 78 gêneros, nos quais estão distribuídas 332 espécies. Segundo o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO), cerca de 84 dessas espécies vivem no Brasil.

 

Arara-azul

Como o nome sugere, a arara-azul destaca-se por sua coloração predominantemente azul-cobalto, com regiões em amarelo ao redor dos olhos e na mandíbula inferior. Apesar de a grande maioria de suas penas serem azuis, a parte interna das asas dessa ave é preta. Além disso, a arara-azul apresenta a pele em volta da mandíbula na forma de fita e mede em torno de um metro.

Os hábitos peculiares da arara-azul chamam atenção. Ela é considerada uma ave social, sendo encontrada voando em pares ou em grupos. Nos finais de tarde, as araras-azuis se reúnem em árvores “dormitórios”, que funcionam como áreas de descanso. Por isso, as araras-azuis apresentam alta capacidade de socialização entre os membros do grupo.

 

Habitat da arara-azul

A arara-azul habita áreas abertas de regiões tropicais do Brasil, Paraguai e Bolívia. No Brasil, essas aves são encontradas principalmente no Pantanal, onde ocupam bordas de cordilheiras, paredões rochosos e locais afetados por ações antrópicas. A arara-azul também está presente em regiões de veredas no Cerrado. Além disso, elas podem ser encontradas em algumas áreas da Amazônia, ao longo de formações florestais e em matas secas.

 

Alimentação da arara-azul

A arara-azul apresenta um bico forte e curvo especializado em quebrar e descascar sementes. Por isso, sua dieta é restrita a frutos de palmeiras, tais como buriti, licuri e macaúba. Geralmente, a arara-azul é observada alimentando-se em bandos. Esse tipo de alimentação é uma forma importante de proteção contra predadores. Além disso, por conta dos ciclos de migração, as araras-azuis possuem um papel ecológico fundamental na dispersão de sementes.

 

Reprodução da arara-azul

A arara-azul começa a desenvolver sua família por volta dos sete anos. Uma característica interessante dessas aves é que elas apresentam comportamento monogâmico, com formação de casais que permanecem unidos até mesmo fora da estação reprodutiva. Esses pares dividem tarefas entre si, como o cuidado com os filhotes e com o ninho.

Durante a reprodução, a fêmea passa a maior parte do tempo no ninho, cuidando da incubação dos ovos, enquanto o macho se responsabiliza por alimentá-la. Além disso, as araras-azuis constroem espaços para serem utilizados na reprodução. Normalmente, utilizam alguma cavidade iniciada por outras aves e aumentam o tamanho da área.

Nos primeiros meses de vida, os filhotes são muito fracos e podem sofrer predação ou parasitismo. Por isso, eles permanecem no ninho por cerca de três meses, alçando voo somente após esse período. No entanto, o filhote só se separa dos pais após 12 meses. Estima-se que a expectativa de vida dessas araras seja de 50 anos.

 

A arara-azul está em extinção?

A arara-azul é uma espécie que não está extinta. No entanto, essa ave está classificada como vulnerável na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Segundo a lista, a população de araras-azuis está em decréscimo. As principais ameaças contra a espécie são a caça para o comércio ilegal e a destruição de seu habitat.

 

Arara-azul-de-lear

Diferente da arara-azul-grande, a arara-azul-de-lear apresenta uma coloração azul-esverdeada na cabeça e no pescoço. Ao redor dos olhos, há um anel de cor amarelo-claro. As asas e a cauda, por sua vez, são azul-cobalto. Essa ave pode atingir cerca de 75 cm de comprimento. Por conta dos programas de conservação, o número de indivíduos dessa espécie vêm aumentando.

A arara-azul-de-lear viveu cercada de histórias e mistérios por mais de 250 anos. Na década de 1970, pesquisadores descobriram que essa ave habita regiões da Caatinga baiana e que se alimenta principalmente de licuri. Além disso, concluíram que a espécie apresentava um número baixo de indivíduos.

Por isso, foram iniciados programas de conservação dessa arara-azul. Atualmente, a população passa de mil indivíduos, com uma clara tendência de aumento. O fato demonstra que os esforços da sociedade, quando coordenados e executados de forma satisfatória, podem salvar espécies da extinção.

 

Arara-azul-pequena

A arara-azul-pequena foi a primeira ave a ser considerada extinta no Brasil. De acordo com pesquisas, essa ave habitava áreas savânicas entre o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No Brasil, era encontrada no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ela apresentava uma coloração azul-esverdeada na cabeça e no pescoço, e possuía uma pele em volta da mandíbula com formato de gota. Além disso, a arara-azul-pequena media cerca de 70 cm.

Os registros históricos e os dados sobre sua antiga população são escassos. Sabe-se que poucos indivíduos foram capturados para zoológicos e museus e que o último exemplar conhecido morreu no zoológico de Londres em 1912. Desde então, não existe qualquer informação confiável sobre a arara-azul-pequena.

A principal causa para o desaparecimento da arara-azul-pequena foi a caça para alimentação das tropas envolvidas na guerra do Paraguai. Outro fator diz respeito à derrubada da principal fonte de alimento dessa arara para dar espaço a atividades agropastoris.

 

Projeto de educação ambiental Arara-Azul

Além de promover a preservação da biodiversidade do Pantanal, o projeto Arara-Azul possui o objetivo de proteger todas as espécies de araras-azuis existentes no país. Organizado pelo Instituto Arara-Azul, o projeto conta uma equipe em tempo integral para desenvolver as atividades de monitoramento, manejo e pesquisa nas áreas de atuação.

Os pesquisadores desse instituto também monitoram ninhos naturais e artificiais dessas aves. Desde 1999, o número de araras-azuis subiu de 1500 para 5000 no Pantanal. Faça a sua parte e ajude a salvar as araras-azuis ameaçadas de extinção.

 

 

Equipe eCycle

EUA - A 9ª edição da Cúpula das Américas — que acontece até sexta-feira (10/6) em Los Angeles, nos EUA — tem como foco, nas palavras do governo americano, "construir um futuro sustentável, resiliente e equitativo".

E a expectativa é de que o presidente democrata Joe Biden proponha declarações conjuntas a seus pares — como o presidente Jair Bolsonaro —, com políticas e planos para conservação ambiental e mudanças climáticas.

A Cúpula das Américas coincide com a realização da Conferência de Mudança Climática de Bonn, na Alemanha, que discute até o dia 16 de junho os avanços alcançados desde a assinatura do acordo do clima na COP26, em novembro do ano passado, em Glasgow, na Escócia.

Na ocasião, líderes mundiais se comprometeram com novas metas para reduzir suas emissões, diminuir o uso de combustíveis fósseis e acabar com o desmatamento.

 

Será que eles estão cumprindo suas promessas?

Emissões: possível queda neste ano

O que foi acordado?

Em Glasgow, os países concordaram em apresentar planos climáticos mais ambiciosos, incluindo cortes nas emissões de dióxido de carbono (CO2).

 

Por que isso importa?

O dióxido de carbono é um gás de efeito estufa que causa mudanças climáticas. A redução das emissões é necessária para ajudar a manter os aumentos de temperatura dentro de 1,5°C. Acima disso, poderia causar uma "catástrofe climática", segundo cientistas da ONU.

 

O que foi feito?

Os países receberam um prazo até setembro para apresentar novos planos — mas atualmente apenas 11 de 196 países fizeram isso.

No entanto, análises recentes sugerem que a China apresentou uma redução contínua nas emissões desde o verão de 2021. Isso pode ter um impacto significativo, uma vez que o país é responsável por 27% das emissões mundiais.

 

O que é a COP e a Conferência de Mudanças Climáticas de Bonn?

- Todos os anos, os governos do mundo se reúnem em uma cúpula climática chamada Conferência das Partes (COP, na sigla em inglês);

- A 26ª edição (COP26) foi realizada em Glasgow, no ano passado; a COP27 será em Sharm-el-Sheikh, no Egito, neste ano;

- A Conferência de Mudança Climática de Bonn acontece no meio caminho entre as duas COPs — para checar os avanços.

 

Combustíveis fósseis: crise energética ameaça avanço

O que foi acordado?

A COP26 incluiu um plano para reduzir o uso de carvão — que é responsável por 40% das emissões anuais de CO2.

Os líderes mundiais também concordaram em reduzir os subsídios "ineficientes" a petróleo e gás. São ajudas financeiras governamentais que reduzem artificialmente o preço dos combustíveis fósseis.

 

Por que isso importa?

O órgão de ciência climática da ONU, o IPCC, diz que os combustíveis fósseis são responsáveis ​​por 64% das emissões de CO2 do mundo.

 

O que foi feito?

Existem agora 34 países considerando novas usinas de carvão, em comparação com 41 no início do ano passado.

A China, o maior consumidor de carvão, concordou em parar de financiar "completamente todos os projetos de energia a carvão no exterior".

No entanto, a Índia — o segundo maior consumidor de carvão — anunciou em abril que estava aumentando a produção de energia a carvão e reabrindo 100 usinas.

Os subsídios aos combustíveis fósseis também aumentaram em 2021, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE). Mas Sabrina Muller, analista de políticas da Universidade London School of Economics, no Reino Unido, acredita que esta é uma medida de curto prazo para se afastar do gás russo.

 

Desmatamento: Brasil dificulta avanço global

O que foi acordado?

Mais de 100 países — com cerca de 85% das florestas do mundo — prometeram acabar com o desmatamento até 2030.

 

Por que isso importa?

Esta medida é vista como vital, já que as árvores absorvem cerca de 10% do CO2 emitido a cada ano.

 

O que foi feito?

Metade das florestas do mundo estão em apenas cinco países — Rússia, Brasil, Canadá, Estados Unidos e China —, então suas ações podem fazer grande diferença.

Em abril, o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma ordem executiva para proteger florestas antigas em terras do governo.

Mas no Brasil — que abriga mais da metade da floresta amazônica — o desmatamento aumentou 69% em relação ao ano passado.

Frances Seymour, do grupo de pesquisa World Resources Institute (WRI), disse que isso não é surpreendente "à luz do relaxamento da fiscalização ambiental" pelo governo brasileiro.

Outro desafio está na Rússia, que está enfrentando uma temporada significativa de incêndios florestais — e perdeu 6,5 milhões de hectares de floresta para o fogo no ano passado.

 

Ação climática: dinheiro extra, mas é necessário mais

O que foi acordado?

Os países mais ricos concordaram em fornecer US$ 100 bilhões por ano às nações em desenvolvimento para a ação climática até o final de 2022 — uma promessa que não foi cumprida em 2020.

 

Por que isso importa?

As nações em desenvolvimento precisam de dinheiro para deixar para trás os combustíveis fósseis, fazendo coisas como investir em tecnologias verdes. Também precisam se preparar para os piores impactos das mudanças climáticas.

 

O que foi feito?

Apesar de União Europeia, EUA, Canadá e Austrália terem aumentado as promessas de financiamento, o WRI diz que eles precisam gastar mais por causa de sua riqueza relativa e emissões anteriores.

O Reino Unido, a França, a Alemanha e o Japão estão compatíveis ou fornecendo mais do que o necessário.

 

Metano — situação piorou

O que foi acordado?

Um programa para cortar 30% das emissões de metano até 2030 foi acordado por mais de 100 países.

Os grandes emissores — China, Rússia e Índia — ainda não aderiram, embora a China tenha chegado a um acordo com os EUA para trabalhar na questão.

 

Por que isso importa?

O metano é atualmente responsável por um terço do aquecimento global causado pelos seres humanos.

 

O que foi feito?

No ano passado, os níveis de metano apresentaram seu maior aumento anual desde o início dos registros, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA.

A agricultura e o setor de energia são as principais fontes de metano — e o aumento do uso de petróleo e gás devido ao alívio das medidas contra a covid pode ser parcialmente responsável.

 

 

BBC NEWS

IBATÉ/SP - Assim como outras importantes datas, o Meio Ambiente também tem seu dia especial, 05 de junho. Esta data foi estabelecida pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1972, durante à Conferência de Estocolmo, na Suécia, marcando assim um encontro importante entre vários países na busca da defesa do meio ambiente. 
No Brasil, a partir de 1974, foi iniciado um trabalho específico de preservação do meio ambiente, através da criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente, com o objetivo de sensibilizar as pessoas da importância de lutar contra a degradação da natureza. Em razão da modernidade e da praticidade da vida, o lixo tem aumentado e levado a natureza ao caos da poluição e da destruição.
Sabendo de sua importância, a Secretaria de Educação proporcionou aos docentes e gestores da Rede Municipal de Ensino, uma palestra on-line denominada “Meio Ambiente, juntos pela proteção do planeta”, ministrada pela coordenadora Carla Cristina Castanheiro dos Santos, com foco na trajetória histórica da educação ambiental global, resíduos sólidos urbanos/domésticos, geração de resíduos no Brasil e estimativa por habitante e sugestões de ações que visam a mitigação dos impactos de ordem ambiental. 
 Para o Secretário Municipal de Educação, Alexandre Moraes Gaspar, é necessário mais do que informações e conceitos, mas atitudes e formação de valores. “O tema será trabalhado no âmbito das escolas municipais de Ibaté, nas diferentes etapas de ensino, conforme orientações da Política Nacional de Educação Ambiental, Lei nº 9.795/99, que orienta a prática integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades de ensino, sensibilização de pessoas e formação docente. O objetivo é estimular práticas sustentáveis de redução, reutilização e reciclagem de materiais”, salientou.
O Secretário destacou a importância dos professores e funcionários na conscientização dos alunos em relação ao tema e sobre a relevância da data. “Os docentes e os funcionários são fundamentais na conscientização dos alunos, e fazem isso com maestria. O Dia Mundial do Meio Ambiente é uma data que merece destaque, entretanto, não basta apenas plantar uma árvore ou separar o lixo nesse dia. É necessário que sejam feitas campanhas de grande impacto que mostrem a necessidade de mudanças imediatas nos nossos hábitos”, concluiu.
As coordenadoras Carla e Rosemary Gaudêncio destacaram a importância da conscientização sobre o Meio Ambiente. “Sabemos que precisamos tomar atitudes em nosso cotidiano para colaborar com o meio ambiente. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças e etc.); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar ideias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas são algumas atitudes que podem fazer a diferença. É muito importante que as crianças desde cedo aprendam e tomem consciência de como ajudar o meio ambiente”, finalizaram as coordenadoras.

No período de 10 a 12 de junho o Sesc será palco para o Encontro Ambiental de São Carlos, com debates, oficinas, bate-papos, exibição de filme e visitas mediadas    

 

SÃO CARLOS/SP - O EA 2022 retoma uma série de encontros de educação ambiental realizados em São Carlos nos anos 2000. Este ano, além da troca de experiências e da valorização dos projetos, ações e atividades em Educação Ambiental (EA) realizadas localmente, visa incentivar a apropriação do ProMEA-SC, o Programa Municipal de Educação Ambiental de São Carlos. O EA 2022 propõe revisitar o histórico da criação do ProMEA-SC, pontuando como a educação ambiental em São Carlos pode dialogar com suas áreas temáticas e linhas de ação e assim identificar suas fortalezas e lacunas e apontar caminhos para sua consolidação. 
 

Organização: CGEA - Conselho Gestor de Educação Ambiental de São Carlos; REA-SC - Rede de Educação Ambiental de São Carlos; CDCC/USP - Centro de Divulgação Científica e Cultural da Universidade de São Paulo; SMMACTI - Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação e Prefeitura Municipal de São Carlos 

Parceria: Sesc São Carlos  

Apoio: UNICEP 

visita mediada   

Trilha da Natureza UFSCar: aquecendo para o EA 2022 

Com equipe da Trilha da Natureza 

Dia 10/6, sexta, das 7h30 às 10h  

Ponto de encontro: UFSCar - Departamento de apoio à educação ambiental/ DGR 

Grátis 

Inscrições:  www.bit.ly/trilha-EA2022 

Inscrição e Credenciamento 
Espaço para inscrição e credenciamento no EA 2022. As inscrições podem ser realizadas previamente de forma online por meio do link: https://forms.gle/9twFURmQqfJLPvCQ6 
Dia 10/6, sexta, às 18h 
Foyer do teatro 
  

Mesa de Abertura 
Com membros do Conselho Gestor de Educação Ambiental de São Carlos e autoridades convidadas 
O enraizamento do Programa Municipal de Educação Ambiental de São Carlos (ProMEA-SC) e a sua articulação com os movimentos nacionais. 
Na mesa de abertura do EA 2022 é apresentado um breve histórico do processo de criação do ProMEA-SC no âmbito da atuação da Rede de Educação Ambiental de São Carlos (REA-SC) e parceiros e dos EAs realizados nos anos 2000 até a promulgação do Programa em 2008.  
A discussão aborda ainda a constituição do Conselho Gestor de Educação Ambiental (CGEA), a revisão do ProMEA-SC pelo Conselho e, finalmente, a relação entre a articulação local e os movimentos nacionais de educação ambiental. 

 

José Galizia Tundisi 
Professor Titular aposentado da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP). Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências. Secretário Municipal de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação de São Carlos. 


Flávio Okamoto 
Bacharel em Direito pela USP. Promotor de Justiça desde 2002, tendo sido titular em Taquarituba, Barretos, Taquaritinga e São Carlos. Atualmente é o 7o Promotor de Justiça de São Carlos, com atuação na área ambiental. 

Flávia Torreão Thiemann 
Educadora ambiental com doutorado e pós-doutorado na área pela UFSCar. Sócia-fundadora da Fubá Educação Ambiental e vice-presidente da Associação para Proteção Ambiental de São Carlos (APASC). Foi Assessora de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de São Carlos de 2005 a 2008. Membro do Conselho Gestor de Educação Ambiental de São Carlos. 

Mariano Maudet 
Formado em Ciências Biológicas pela USP.  Mestre em Conservação de Fauna pela UFSCar e FPZSP. Especialista em Gestão Ambiental pela UFSCar. Especialista Ambiental pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Atual Coordenador do Conselho Gestor de Educação Ambiental de São Carlos CGEA-SC (gestão 2021-2022).
 

 

Participação virtual 
Marcos Sorrentino  
Biólogo e pedagogo formado na UFSCar. Mestre e doutor em Educação com três pós-doutorados na área de Educação Ambiental e Sustentabilidade. Ativista e professor desde os anos 1970, participou da fundação da Associação para Proteção Ambiental de São Carlos (APASC) e foi diretor de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, de 2003 a 2008. Atualmente é professor sênior na USP e professor visitante na UFBA. 

Mediação de Daniela Baptista  
Educadora ambiental e gestora de projetos socioambientais. É graduada em Oceanologia pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e especialista em Educação Ambiental pelo CRHEA/USP. Atua junto à Associação Veracidade. É membro do Conselho Gestor de Educação Ambiental de São Carlos. 


Dia 10/6, sexta, às 19h30 

Teatro 
Grátis 
Retirada de ingressos na Central de Atendimento, com 1 hora de antecedência. Lugares limitados. 

Acessível em Libras 
Livre 
 

oficina 

Ativando um minhocário do zero 
Com integrantes do grupo gestor do Programa Lixo Menos é Mais do Sesc 
Minhocário é um dispositivo composto geralmente por três caixas plásticas, onde se dá a reciclagem do lixo orgânico caseiro, com as minhocas transformando os restos de comida em adubo (húmus). Nesta vivência experimentaremos ativar um minhocário do zero para entendermos juntos todas as etapas deste processo. 
Dia 11/6, sábado, das 11h às 12h30 
Galpão 
Grátis - Entrega de senhas no local da atividade, com 30 minutos de antecedência. Lugares limitados. 

Livre 

 

instalação

São Carlos por suas bacias 
Com Centro de Divulgação Científica e Cultural da Universidade de São Paulo - CDCC-USP 
Por meio de maquetes e outros recursos gráficos e visuais, a instalação contextualiza a ocupação urbana na perspectiva das principais microbacias hidrográficas da cidade, com o intuito de dar visibilidade aos impactos causados pela ocupação humana, assim como de levantar a reflexão sobre possíveis maneiras de minimizá-los. 
Dia 11/6, sábado, das 11h às 18h 
Galpão. Grátis. Livre 

 

debate 
Apresentação de trabalhos de educação ambiental do EA 2022 
Apresentação em formato de pôster de trabalhos em educação ambiental desenvolvidos na cidade que foram submetidos e selecionados no âmbito do EA 2022. A sessão de pôsteres estará organizada em blocos temáticos que representam as linhas de ação do ProMEA-SC: 
a) Políticas públicas, legislação e instâncias tomada de decisão; 
b) Formação continuada e fortalecimento de coletivos e espaços educadores; 
c) Desenvolvimento de ações de Educação Ambiental; 
d) Captação de recursos; 
e) Produção de materiais didáticos, científicos e de comunicação. 
Um espaço de intercâmbio de experiências e percepções sobre os temas levantados. Em cada agrupamento, haverá facilitação e registro das discussões. 
Dia 11/6, sábado, das 13h30 às 15h30 
Galpão 
Grátis - Lugares limitados 

 

bate-papo 
Plenária 
A Rede de Educação Ambiental de São Carlos (REA-SC) apresenta o "Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global", uns dos documentos-base para a elaboração do ProMEA-SC. 

Espaço de compartilhamento e sistematização das discussões realizadas nos grupos temáticos e de proposição de encaminhamentos para fortalecimento do ProMEA-SC no município.  
No segundo semestre de 2022, está prevista a realização da 3ª Jornada Internacional de Educação Ambiental, com foco na construção da Rede Internacional do Tratado de Educação Ambiental. A apresentação será conduzida pela REA-SC, que é uma das redes da malha da Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA). 
Dia 11/6, sábado, das 16h às 18h 
Galpão 
Grátis - Lugares limitados. 
 

oficina 

Tem jataí no meu quintal 
Com Juliana Massimino Feres e Marianna Tojal Araújo, biólogas com experiência em criação de abelhas nativas 
Esta vivência apresenta o universo das abelhas nativas por meio de seu maior representante: a colmeia de jataí.  
Os participantes vão observar colmeias, aprender a identificar uma diversidade de abelhas, a construir ninhos temporários de captura e a criar abelhas no próprio quintal! Além de experimentar o mel da jataí e conhecer suas propriedades medicinais e terapêuticas. 
Dia 12/6, domingo, das 10h às 12h 
Galpão 
Grátis - Entrega de senhas na Central de Atendimento, com 30 minutos de antecedência. Lugares limitados. 
Livre 

 

visita mediada 

Caminhada pelo Parque Linear do Córrego do Gregório 
Com educadores do Sesc e da Rede de Educação Ambiental de São Carlos (REA-SC) 
Caminhada de intensidade leve por trecho do Parque Linear do Córrego do Gregório, isto é, a área verde localizada na marginal, em frente ao Sesc São Carlos. Além de praticar atividade física, o grupo participa de uma atividade de interpretação ambiental, conhecendo um pouco mais sobre os rios e ocupação da cidade.  
Ponto de encontro: Área verde em frente ao Sesc. 
Distância aproximada: 4 km 
Não esqueça de usar chapéu ou boné, filtro solar, repelente e de levar sua garrafa de água. 
Dia 12/6, domingo, das 9h30 às 11h 
Atividade externa 
Grátis - Inscrições no local e horário da atividade. Lugares limitados. 
12 anos 

 

Exibição de filme 
Pantanal: a boa inocência de nossas origens 
Brasil. 2019. Cor. Dir.: Eduardo Nunes e Izabella Faya. 75 min. Documentário. 
Esse documentário mostra o dia a dia de moradores da maior planície alagada do mundo, no coração da América do Sul, um dos locais mais desafiadores para o ser humano. Partindo do olhar dos personagens, vamos entender melhor o frágil equilíbrio entre homem e natureza num lugar onde é impossível não entender que somos parte de algo muito maior, no qual o movimento das secas e das enchentes determina a forma de viver. 
Dia 12/6, domingo, às 16h30 
Teatro 

Grátis. - Retirada limitada a 1 ingresso por pessoa, com 1h de antecedência. Lugares limitados. 
14 anos 


Produção: 3 Tabela Filmes e Produções Artísticas Ltda 
Elenco: Lourenço Pereira Leite, João Batista da Cruz, Elmo da Silva Santos, Roberto dos Santos Rondon, Marcos Almeida Dias, Zé Floresta, Claudia Regina Sala de Pinho, Silvano Carmo de Souza, Marina da Silva Lara, Maria Antônia da Silva Rondon, Laureana da Silva Rondon, Allan Carlos Rondon Bozoki, Lauane Rondon Bazoki. 
Apresenta músicas de Almir Sater e poemas de Manoel de Barros. 
Todo filmado no Pantanal, a maior planície de inundação do mundo 

Serviço:

Data: de 10 a 12 de junho

Ingressos: Grátis. Lugares limitados

Local: Unidade São Carlos – Av. Comendador Alfredo Maffei, 700 – Jd. Gibertoni – São Carlos – SP

Mais informações pelo telefone: 3373-2333

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação realiza a partir da próxima semana, de 6 a 12 junho, a Semana Verde dentro da programação em comemoração ao Dia do Meio Ambiente.
Vários setores estarão envolvidos no evento com atividades presenciais com oficinas, encontros, lives e painéis. Confira a programação completa:  

6 DE JUNHO - SEGUNDA-FEIRA - 18H - Abertura da Semana do Verde com Prof. José Galízia Tundisi – Secretário de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação. Na sequência início do 1º Simpósio do Fogo: Incêndios e Queimadas em São Carlos
LOCAL: Paço Municipal de São Carlos

7 DE JUNHO - TERÇA-FEIRA - 9H - Oficina de Formação de Guia de Ecoturismo Sustentável de Base Comunitária, com Dr. Matheus Reis INSCRIÇÃO: https://forms.gle/9vSLPiToLbe9Lt626 
LOCAL: PARQUE DO BICÃO

8 DEJUNHO - QUARTA-FEIRA -  9H - Live: Técnicas de Observação e Contemplação da Natureza, com Dr. Matheus Reis 
INSCRIÇÕES: https://forms.gle/WQxBc2BkJHGozLSg6

9 DE JUNHO - QUINTA-FEIRA - 14H ÀS 17H - Evento on-line: Painel Drenagem Sustentável CONVIDADOS: Jozrael - Presidente do CBH -TJ Arquiteta Renata Bovo Perez - Professora da UFSCar Arquiteta Luciana Schenk - Professora do IAU-USP 
LINK: https://sigrh.sp.gov.br/cbhtj/agenda 
ORGANIZAÇÃO: CBH-TJ 

10 DE JUNHO - SEXTA-FEIRA - 9H - Visita ao Sítio São João - Escola da Floresta 
LOCAL: SÍTIO SÃO JOÃO
6 A 10 DE JUNHO - 18H ÀS 20H - 1º Simpósio do Fogo: Incêndios e Queimadas em São Carlos 
LOCAL: Auditório do Paço Municipal

10 A 12 DE JUNHO – Encontro de Educação Ambiental EA2022
LOCAL: SESC São Carlos 
INSCRIÇÃO: https://forms.gle/9twFURmQqfJLPvCQ6
Dia 10/06 – 18h30 – abertura
Dia 11/06 – 9h às 18h
Dia 12/06 – 9h às 12h
ORGANIZAÇÃO: CGEA, SMMACTI, CDCC/USP, REA, PMSC APOIO: SESC São Carlos e UNICEP

AUSTRÁLIA - Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Austrália Ocidental descobriu em Shark Bay, na costa oeste do país, a maior planta do mundo.

A erva marinha da espécie “Posidonia australis” foi localizada a cerca de 800 km ao norte da cidade Perth, e se estende por 180 km. A equipe de cientistas também estima que a planta tenha pelo menos 4.500 anos.

O estudo foi publicado na quarta-feira (1º) pela revista científica Proceedings of the Royal Society B.

De acordo com Jane Edgeloe, principal responsável pela pesquisa, sua equipe coletou amostras de brotos de ervas marinhas do outro lado da baía e examinou 18 mil marcadores genéticos para criar uma “impressão digital” em cada uma.

“A resposta nos surpreendeu – havia apenas uma! É isso, apenas uma planta expandiu mais de 180 km em Shark Bay, tornando-a a maior planta do mundo”, disse Edgeloe.

A planta também se destaca por sua resiliência. “Ela parece ser realmente resistente, pois experimentou uma ampla gama de temperatura e salinidade, além de condições extremas de luz alta, condições que juntas seriam muito estressantes para a maioria das plantas”, disse Elizabeth Sinclair, autora sênior do estudo.

Os cientistas montaram uma série de experimentos em Shark Bay para entender como essa planta sobrevive e prospera sob condições tão variáveis.

 

 

Go Outside.

CAMPINAS/SP - Onça parda, lobo guará, guaxinim, veado, cachorro do mato. Esses são alguns dos animais que circulam nos arredores do campus da Unicamp em Campinas. Junto à flora da Mata Atlântica, as espécies compõem as belezas nativas do território. No entanto, estão em situação de risco devido ao avanço da urbanização e à derrubada da mata. Para permitir o trânsito seguro dos animais e recuperar as espécies da flora, o Projeto Corredores Ecológicos no Campus da Unicamp e Região foi aprovado pela Comissão de Planejamento Estratégico Institucional da Universidade (Copei).

Os corredores ecológicos irão restabelecer e conectar remanescentes de mata nativa na região da Fazenda Argentina, área de 1,4 milhão de metros quadrados adquirida pela Unicamp em 2014. A conexão entre os fragmentos de mata deverá permitir a troca gênica das espécies de fauna e flora, evitando sua degeneração. O plano também contempla a conexão e recuperação de nascentes de água.

A previsão é que, em cinco anos, sejam criados 217.000m² de corredores ecológicos, 300.000m² de área de plantio, 92 metros de passadores de fauna e 6.500 metros de cercamentos de corredores. O plantio está previsto para ser iniciado na próxima estação chuvosa, a partir de setembro, e seguirá o mapeamento das espécies nativas realizado pela professora do Instituto de Biologia (IB) Dionete Santin.

A proposta de criação dos corredores e recuperação de nascentes integra o Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS), criado para ser um distrito modelo em sustentabilidade. O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, destaca que o projeto está alinhado ao compromisso da Universidade com os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Os ODS propõem metas para a eliminação de problemas globais, como pobreza, desigualdades, fome e degradação ambiental, a serem cumpridas até 2030.

O projeto de corredores ecológicos é fundamental para que a ocupação da Fazenda Argentina e, de modo mais abrangente, de toda a área do HIDS, se dê de forma sustentável, refletindo o compromisso da Unicamp com a agenda de 2030 da ONU, pontua Meirelles.

 

Recuperação da mata nativa e das nascentes

Na área em que está localizada a Fazenda Argentina, há fragmentos da Mata Atlântica, bioma que perdeu 88% da sua vegetação nativa devido à ação humana. O distrito de Barão Geraldo, onde se localiza o campus de Campinas da Unicamp, também é caracterizado por ser uma zona de transição entre os biomas da Mata Atlântica e Cerrado, o que favorece uma grande diversidade de espécies.

Segundo a coordenadora do Serviço de Áreas Verdes da Divisão de Meio Ambiente da Unicamp, Camila Santos, a degradação da vegetação da região se deu em razão da expansão urbana e do uso do solo para agropecuária. As características da degradação dificultam a regeneração da mata de forma natural. Há alguns fatores que impedem que a mata se regenere. Por exemplo, aqui é uma área rural com bastante capim, um solo muito mexido por causa da agropecuária. Por isso é importante fazer os plantios, avalia.

Outro fator decisivo para a regeneração da flora é a presença de animais. Os passadores, além de permitirem a circulação segura, irão promover a disseminação das espécies da mata. O projeto contempla passadores superiores, para fauna arborícola, e inferiores, para fauna terrestre. Os passadores inferiores são implantados quando há uma sobreposição entre um corredor e uma via de trânsito, de forma que os animais consigam fazer a transposição, explica a coordenadora de Sustentabilidade da Unicamp, Thalita Dalbelo.

A conexão e recuperação de nascentes, também contemplada na proposta, será importante para propiciar água aos animais. A Fazenda Argentina abriga parte da bacia do Rio das Pedras e o Ribeirão Anhumas. Ao recompor a mata ao longo dos corpos d’água, evitam-se processos de erosão e assoreamento, garantindo melhoria na qualidade da água. 

 

Corredores ecológicos da Unicamp integram projeto macrorregional

Os corredores dão sequência às ações de preservação ambiental da DMA da Unicamp. Em 2012, observando o elevado número de atropelamentos de animais, o órgão iniciou a instalação de placas de advertência para motoristas e o cercamento parcial das Áreas de Preservação Permanente (APP) localizadas no campus. Em um ano, houve uma diminuição de 70% nos atropelamentos.

Depois disso, teve início a implantação de corredores que interligam manchas de floresta e de APPs. Em 2016, a Prefeitura de Campinas estabeleceu o Plano Municipal do Verde, cujas resoluções foram elaboradas com a participação da Unicamp. Foi uma contribuição nossa ao município de Campinas e agora daremos início a esse plano, afirma Thalita.

O plano prevê linhas de conectividade para Campinas e região metropolitana, dentro das quais se inserem os corredores a serem implementados na Fazenda Argentina. Participamos desse projeto macrorregional de integração dos nossos corredores com os de fora do território da Unicamp para viabilizar a sobrevivência das espécies em toda a região. Dessa forma, teremos uma comunicação segura entre os fragmentos, evitando que os animais venham para as vias e sejam atropelados, explica o coordenador do Centro de Monitoramento Animal (CEMA) da DMA, Paulo de Tarso.

A previsão é que dez anos após o plantio já exista uma mata amadurecida. O monitoramento do crescimento da vegetação e do uso dos corredores pelos animais será constante.

 

Proposta contribui para a persistência de espécies

Além de conectar os fragmentos de mata e recuperá-los, os corredores contribuem para o fortalecimento genético das espécies da fauna. Quando os animais estão isolados em um mesmo espaço, pode ocorrer perda da adaptabilidade e até extinção. Possibilitar que animais de uma mesma espécie tenham contato com indivíduos de outros grupos permite a troca genética entre eles e a viabilização desses grupos no ambiente regional como um todo, diz Paulo, idealizador do projeto.

Ele destaca que os corredores buscam devolver um equilíbrio mínimo às espécies, o que é relevante não só para elas, mas também para a saúde pública. Sem isso, estamos sujeitos a problemas como a pandemia de Covid-19. Há microorganismos circulando em ambientes selvagens. Quando invadimos e degradamos esses espaços, eles passam a ter acesso a nós, aponta.

Os benefícios que os sistemas naturais promovem, denominados serviços ecológicos, poderão ser fortalecidos por meio do projeto. Dentre eles, a redução da temperatura e melhoria na qualidade do ar. A implantação dos corredores visa reduzir o impacto da fragmentação, promovendo uma conectividade maior. Talvez nunca mais tenhamos uma mata contínua, mas podemos mitigar o problema. Enquanto existirem, os corredores poderão garantir uma troca mínima de genes entre populações de plantas e animais e permitir que fauna e vegetação caminhem pelos corredores, o que promove a manutenção dos serviços ecológicos, explica o coordenador de patrimônio do HIDS e professor de Zoologia do Instituto de Biologia da Unicamp, Wesley Silva.

 

Corredores ecológicos integram missão do HIDS

O Projeto Corredores Ecológicos é de responsabilidade da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI) e conta com a contribuição de diversos órgãos da Unicamp. Além da Divisão de Meio Ambiente da Prefeitura Universitária, há a participação da Diretoria Executiva de Direitos Humanos (DeDH) e de unidades de ensino. O envolvimento de múltiplas áreas para a utilização do espaço como um laboratório vivo é incentivado pela Reitoria.

Integrada ao HIDS, a proposta alinha-se à preocupação da Universidade em fortalecer ações direcionadas à sustentabilidade. A coordenadora do componente físico-espacial do HIDS e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, Gabriela Celani, indica que o projeto de ocupação da Fazenda Argentina está sendo elaborado levando em conta a proteção dos corredores ecológicos e das APPs. Redução da densidade de construções nas regiões próximas aos corredores e zonas de amortecimento são medidas que ela cita como possibilidades.

O projeto do HIDS e dos corredores pode servir de modelo para outras universidades. Sabemos que muitos campi estão em zonas periurbanas como a nossa e estão implantando regiões de conhecimento, áreas em que há parques tecnológicos e incubadoras de empresas. Com a aproximação de instituições de pesquisa e desenvolvimento, ocorre um processo de urbanização. Nosso exemplo de como lidar com situações de fragilidade ambiental poderá ser uma referência para outras universidades, afirma.

 

 

 

Este texto foi originalmente publicado por Jornal da Unicamp de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND.

TEXTO: LIANA COLL

CAMPO GRANDE/MS - A Embrapa Pantanal (MS) e a Embrapa Gado de Corte (MS), em parceria com a Associação Brasileira de Produtores Orgânicos (ABPO), avaliaram a dinâmica do desenvolvimento da cadeia produtiva de bovinos criados em sistema orgânico no Pantanal Sul-Mato-Grossense. Em apenas três anos, de 2013 a 2016, foi registrado aumento acima de 200% no número de animais e na quantidade de carne proveniente dessa cadeia. O número de produtores e abates cresceu mais de 100% no mesmo período. Crescimento exponencial dos abates mensais com certificação de carne sustentável também foi observado no período de junho de 2020 a maio de 2021.  

Segundo os autores do estudo, todas as regiões do Pantanal têm vocação para a produção de carne orgânica. Boas práticas de produção, certificadas, com atendimento a requisitos que vão do tipo de alimento fornecido ao rebanho ao cumprimento de legislação específica (leia nesta matéria), dão direito ao uso de selos de carne orgânica e sustentável.

A pecuária é a principal atividade econômica da região pantaneira e vem sendo desenvolvida de maneira extensiva há mais de 200 anos, com a utilização racional dos recursos naturais, principalmente das forrageiras nativas.  "A crescente produção de carne orgânica e sustentável pode ser uma opção capaz de contribuir para que se mantenham as boas condições de conservação ambiental do bioma”, afirma o pesquisador da Embrapa Urbano Abreu, líder das atividades sobre a temática.

A produção na região atende ainda à demanda do mercado consumidor por produtos obtidos por meio de sistemas de produção ambientalmente corretos e socialmente justos. Isso agrega valor ao produto, além de oferecer uma carne de melhor qualidade ao consumidor. Abreu lembra que uma parcela da população mundial se preocupa com a utilização de compostos químicos na produção animal. Os processos de pecuária orgânica seguem critérios de qualidade que incentivam a conservação ambiental, a saúde humana, os direitos dos trabalhadores e o bem-estar animal”, destaca, afirmando que há muitas oportunidades no mercado de orgânicos. “Em especial, para os certificados premium e gourmet e de vínculo com a origem”, completa, ressaltando que os produtos também ajudam a valorizar o bioma.

Propriedades certificadas

Atualmente, de acordo com o Gerente-Executivo da ABPO, Silvio Balduíno, há fazendas certificadas em produção de carne orgânica e sustentável em todas as regiões pantaneiras do Mato Grosso do Sul (MS). As marcas Korin, Wessel, Malunga, Farmi, Taurinos e Bio Carnes já comercializam o produto nos mercados interno e externo. Há seis indústrias frigoríficas credenciadas para fazer o abate desses animais: Boibrás Ind. Com. Carnes e Sub Produtos Ltda (São Gabriel do Oeste), Frima Frigorífico Marinho Ltda (Corumbá), JBS (Campo Grande), Frigo Balbinos (Sidrolândia), Frizelo Frigoríficos Ltda (Terenos) e Naturafrig Alimentos Ltda (Rochedo).

Pesquisas em Pecuária Orgânica e Sustentável

A produção de carne orgânica no Pantanal iniciou-se com a formação da ABPO, que elaborou um protocolo de produção, no qual foram incorporados os conceitos de qualidade e sustentabilidade nas bases social, ambiental e econômica.  Os pesquisadores da Embrapa, juntamente com parceiros da ABPO e WWF, deram início às pesquisas relacionadas à produção de pecuária orgânica no Pantanal em 2004. Ao longo dos  anos, foram realizados estudos de casos de implantação e desenvolvimento de sistemas orgânicos no Pantanal, com levantamento de custos e análises dos pontos que apresentavam necessidade de pesquisa analítica dos sistemas de produção. Quem organiza e decide sobre os sistemas são os produtores pantaneiros.

O estudo avaliou a quantidade de carne orgânica produzida, número de produtores, reses e lotes abatidos em Mato Grosso do Sul (2013-2016). A análise mostrou a evolução da cadeia produtiva da carne orgânica: gargalos, oportunidades e demandas, além da taxa de crescimento médio. As avaliações mostraram um crescimento acima de 200% no número de animais e da quantidade de carne dessa cadeia produtiva, e acima de 100% no número de produtores e de abates. Os números avaliados em apenas três anos mostram que o interesse do consumidor por esse tipo de carne diferenciada é crescente.

Por outro lado, o peso médio individual das carcaças diminuiu 0,6%, provavelmente refletindo o direcionamento da ABPO em trabalhar com fêmeas mais jovens com melhor acabamento. Esse aspecto é de fundamental importância para a análise da eficiência econômica desses sistemas de produção. Pois a redução da idade do animal ao abate pode levar ao aumento da produtividade por unidade de área pelo uso mais eficiente do espaço das fazendas, com menor tempo e custo de produção. Isso mostra que a adoção de novas tecnologias será necessária para o desenvolvimento das cadeias da carne orgânica e sustentável visando ao aumento da produtividade e redução de perdas. As informações geradas possibilitam direcionar o crescimento dessa cadeia de forma mais eficiente com o objetivo de gerar lucro.

Vários criadores pantaneiros vêm se associando, com o objetivo de se beneficiar desse sistema natural de criação e procurando alternativas tecnológicas para aumentar a produtividade animal. Após o marco legal da Carne Sustentável do Pantanal de MS, ocorrido em novembro de 2018, e, apesar da pandemia, o mercado se organizou. E no período de junho de 2020 a maio de 2021 foi observado um crescimento exponencial (Figura 1) dos abates mensais com certificação de carne sustentável

Modo de produção diferenciado

O pesquisador Urbano Abreu explica que a superação dos desafios da produção diferenciada de alimentos requer harmonizar abordagens tradicionais com adoção de visões sistêmicas, que considerem o funcionamento específico e a integração dos diferentes elementos da cadeia agroalimentar. “As dificuldades próprias do Pantanal como a logística, a falta de estradas e de escolas, o isolamento geográfico, as dificuldades em desenvolver agricultura para alimentação dos animais, o ciclo das cheias e secas, entre outras variantes, são desafios naturais nesse sistema de produção”.

Urbano detalha, em relação ao sistema orgânico, que existem restrições impostas pela legislação, principalmente nas questões nutricionais, uma vez que não se pode utilizar uréia (derivado de petróleo) para melhor aproveitamento da forrageira com fibra grosseira (capim seco). “Além da proibição da utilização de cultivares transgênicas, tais como soja, milho e outras que só podem ser adotadas até determinado limite. Os produtos para formulação das rações de engorda não transgênicas são atualmente escassas no mercado”, completa o pesquisador.

Legislação

Embora a produção pecuária bovina no Pantanal esteja bem próxima a um sistema orgânico de produção, para a sua certificação são exigidos alguns critérios e procedimentos básicos. A legislação da produção orgânica está estabelecida na Lei nº 10.831/03, conhecida como a “Lei dos Orgânicos”, regulamentada pelo Decreto no 6.323, de 27 de dezembro de 2007, bem como na Instrução Normativa nº64/2008 substituída pela IN 46/2011, considerada como uma das principais regulamentações (Brasil, 2008 e 2011), uma vez que visa orientar os processos e as práticas de manejo da produção animal e vegetal brasileira.

O pesquisador ressalta que todas as fazendas certificadas obrigatoriamente necessitam de um Responsável Técnico (RT) treinado - veterinário, zootecnista ou engenheiro agrônomo. Elas são acompanhadas por dois tipos de certificadoras: a primeira direcionada para rastreabilidade dos animais, realizada do nascimento dos bezerros ao abate, ligada ao SISBOV do Ministério da Agricultura; e uma segunda relacionada ao ajuste do sistema de produção (orgânico ou sustentável). 

 

Políticas públicas para a cadeia produtiva

Em 2018, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul aprovou legislação que oficializa o incentivo fiscal para produção de carne orgânica, com a criação do Subprograma “Carne Sustentável e Orgânica do Pantanal”, no âmbito do Programa de Avanços na Pecuária de Mato Grosso do Sul (Proape), por meio da Resolução conjunta Sefaz/Semagro nº 074, de 22 de novembro de 2018 (Mato Grosso do Sul, 2018).

A certificação de Carne Sustentável da ABPO segue o protocolo registrado junto ao CNA. O Subprograma foi criado junto com a ABPO e tem por objetivo fomentar a competitividade e incentivar a pecuária bovina de baixo impacto ambiental no Pantanal. Essa política estimula a produção baseada no modelo tradicional, com baixo nível de intervenção nos recursos naturais existentes na região para linha de produtos característicos e diferenciados, com maior agregação de valor e devidamente certificados, por empresas independentes de terceira parte acreditadas pelo Inmetro.

Em paralelo, as normas do programa da carne orgânica segue o protocolo nacional de propriedades que se enquadram na lei federal do Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica. O IBD Certificação é que faz a certificação dos dois programas.

Segundo Silvio Balduíno, os pecuaristas da região que se dedicarem à produção de uma proteína orgânica ou sustentável poderão optar por duas premiações, para  receber o plus pela certificação - para o sistema orgânico (devem seguir a legislação de produção orgânica determinada pelo Lei Federal n° 10831), isenção de 67% do ICMS. E para o sistema sustentável (adoção do protocolo da ABPO), com isenção de 50% do ICMS.

Cátia Urbanetz, Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pantanal, ressalta que o trabalho da empresa desenvolvido sobre o tema tem favorecido o desenvolvimento da cadeia produtiva na região. “A geração de informações técnicas e análises realizadas pela Embrapa Pantanal em parceria com a ABPO embasaram políticas estaduais de isenção fiscal de 67% do imposto devido em operações com bovinos orgânicos certificados. Isso gerou impacto econômico para os produtores rurais, reafirmando o papel relevante da instituição junto a eles e ao governo do estado do Mato Grosso do Sul”, afirmou Cátia.

Raquel Brunelli d´Avila / Embrapa Pantanal

ALEMANHA - O asteroide que provocou a extinção de boa parte das espécies de dinossauros há 66 milhões de anos não selou somente o destino dos animais, mas também alterou a rota evolutiva de plantas, flores e frutas. É essa a conclusão de um estudo recente, realizado por pesquisadores do Centro Alemão de Pesquisa Integrada em Biodiversidade (iDiv) e da Universidade de Leipzig: a extinção dos dinossauros provocou mudanças radicais no comportamento e no futuro da vegetação do planeta a partir de então.

O princípio de tal efeito é ligado diretamente à extinção em massa dos animais: muitos deles eram herbívoros, e as ausências, no consumo e manipulação das plantas e frutas causaram uma redução na velocidade evolutiva média e no desdobramento em novas espécies vegetais. A conclusão contraria a ideia recorrente de que, com o desaparecimento dos animais, as vegetações viveram uma explosão de crescimento, diversificação e evolução.

Já a velocidade de plantas com grandes frutos, segundo o estudo, permaneceu praticamente constante, com o tamanho dos frutos aumentando no período após a extinção. “Assumimos, portanto, que a falta de influência de grandes herbívoros levou a vegetações mais densas nas quais plantas com sementes e frutos maiores tinham uma vantagem evolutiva”, afirmou Renske Onstein, pesquisador que liderou o estudo, realizado a partir da análise de plantas fossilizadas e outras ainda vivas.

De acordo com a pesquisa, ao longo dos primeiros 25 milhões de anos que sucederam o asteroide, a vegetação enfrentou mudanças expressivas, com diversas plantas perdendo mecanismos de defesa, como espinhos, enquanto outras começaram a crescer frutos maiores. “Assim, pudemos refutar a suposição científica anterior de que a presença de grandes frutos de palmeiras dependia exclusivamente de mega-herbívoros”, diz o autor. “Traços de defesa sem predadores aparentemente não ofereciam mais vantagens evolutivas”, explicou o cientista.

Segundo o estudo, com a perda das defesas das plantas, os animais menores também passaram a comer grandes frutas e, assim, espalhar suas sementes. Não por acaso, essas defesas retornaram na maioria das espécies de palmeiras, quando os novos mega-herbívoros surgiram, como elefantes e rinocerontes. O estudo foi publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society.

 

 

Vitor Paiva / HYPENESS

PANAMÁ - Localizado ao norte do Panamá, o Vale do Anton possui uma atração natural que parece saídas das mais fantásticas páginas da literatura, mas que floresce em plena vida real: algumas árvores no local são quadradas. Sim, ao invés do esperado formato circular, os troncos dessas árvores possuem um desenho quadrado ou retangular que há muitos anos espantam a comunidade científica e atrai os turistas para conhecer a região, posicionada sobre as cinzas de um antigo e gigante vulcão inativo – que, não por acaso, ganhou o apelido de “Vale das árvores quadradas”, se tornando uma verdadeira atração popular.

Muita gente encontra explicação para o formato especial das árvores no fato do “Vale das Árvores Quadradas” se localizar dentro do segundo maior vulcão adormecido do mundo, mas a verdade é que a comunidade científica ainda não encontrou a razão por trás do peculiar desenho dos troncos na região. A maior parte dos “arboles cuadrados” são do tipo Quararibea asterolepis, uma espécie nativa da América Central e da América do Sul, e até mesmo os anéis, representando a “idade” de cada árvore, possuem o o desenho quadrado no interior dos troncos.

Cientistas ligados à Universidade da Flórida, nos EUA, vêm tentando desvendar o motivo do raro desenho encontrado nas árvores da região do Vale do Anton, e chegaram a pegar algumas mudas para plantá-las em outro local, a fim de descobrir se elas manteriam sua característica peculiar e cresceriam no formato. A conclusão comprovou que os troncos quadrados estão ligados ao ambiente da região do Panamá, já que as árvores cresceram em formato arredondado quando replantadas em outro local.

Há quem não enxergue nada de especial nas árvores, e nem sequer as perceba como realmente quadradas, tratando a lenda do “Vale das Árvores Quadradas” como algo natural ou simplesmente projetado para atrair turistas à região. Seja como for, o fato é que não é todo dia que encontramos uma porção de árvores quadradas na natureza, especialmente crescendo exclusivamente dentro de um dos maiores vulcões adormecidos do mundo – trata-se, portanto, de uma aventura especial, que vale a visita e o mistério.

 

 

 

Vitor Paiva / HYPENESS

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