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RIO DE JANEIRO/RJ - O nadador Léo de Deus, aos 30 anos, é um dos mais experientes dos 26 integrantes da delegação brasileira da natação para a Olimpíada. O atleta está na reta final de preparação para a disputa da terceira edição de Jogos Olímpicos da carreira.

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Em entrevista coletiva promovida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) nesta sexta-feira (16), o atleta explicou o foco total na prova dos 200 metros (m) borboleta. “Em Londres e no Rio eu nadei os 200 m costas também, mas todo mundo sabe que os 200 m borboleta é a minha principal prova e agora foquei nisso. Se formos falar dos primeiros 100 m, tem nomes mais fortes do que eu, Kristof Milak, Daya Seto, Caeleb Dressel, entre outros atletas. Então o meu grande objetivo nos 200 m é ficar dentro da marca de 54s nessa primeira metade sem um esforço tão grande para conseguir voltar bem e ficar na casa de 1min54s. Assim, acredito que posso ir para a final e conseguir chegar bem”, declarou.

Nos Jogos de Londres (2012) ele foi à semifinal dos 200 m costas, terminando em 13º lugar. E, nos 200 m borboleta, ficou em 21º lugar. No Rio de Janeiro, em 2016, ele quebrou o recorde brasileiro nos 200 m costas, com o tempo de 1min57s, e terminou em 13º lugar nas semifinais. Nos 200 m borboleta, com a marca de 1min56s77, terminou em 13º lugar nas semifinais. “Com esses resultados todos e vários outros que consegui durante minha carreira, como o tricampeonato pan-americano, acabei chegando à conclusão, em 2019 junto com meu técnico, de que a chance de fazer algo grande estava mesmo nos 200 m borboleta, e coloquei em prática essa estratégia. É fundamental uma passagem forte na primeira metade, mas sem se desgastar tanto”, afirmou.

Mesmo sendo um veterano em edições de Jogos Olímpicos, ele não esconde o nervosismo às vésperas do começo das provas. “O frio na barriga é o mesmo daquele que senti em Londres, quando era um menino. Porém, agora me sinto na minha melhor forma física e mental e pronto para fazer a melhor Olimpíada da minha carreira”, concluiu.

As competições da natação estão programadas para ocorrerem entre os dias 24 e 31 de julho no Centro Aquático de Tóquio.

 

 

*Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional

*AGÊNCIA BRASIL

JAPÃO - Quando a chama olímpica adentrar o Estádio Nacional de Tóquio para a cerimônia de abertura da Olimpíada, em 23 de julho, o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, estará mentalmente cruzando os dedos. Contra tudo e todos, Suga insistiu em manter esta edição da competição, apesar da opinião contrária da imensa maioria dos japoneses ― 86%, conforme as pesquisas, temem uma nova onda ou uma nova variante de covid-19 durante o evento ―, dos profissionais sanitários e inclusive de algumas destacadas empresas e anunciantes. Até o imperador Naruhito está “preocupado”, segundo a Casa Imperial.

Há muita coisa em jogo neste torneio marcado pela pandemia, que acabará ocorrendo sem público e com Tóquio pela quarta vez em estado de emergência sanitária. O primeiro-ministro ― que apostou todo o seu (hoje baixíssimo) prestígio na cartada única da realização da Olimpíada ― arrisca o cargo nas eleições gerais que terá que convocar no máximo até outubro. O país se expõe a um vexame de dimensões épicas. Sobretudo diante da vizinha e eterna rival China, que em fevereiro também fará sua Olimpíada (a de Inverno de Pequim-2022). Mas, especialmente, está em jogo a economia. Segundo vários analistas, dadas as limitações de público e mobilidade, financeiramente o Japão tem pouco a ganhar imediatamente com a realização do evento. E muito a perder.

Se tudo tivesse saído conforme se previa quando a capital nipônica apresentou sua candidatura, estes seriam os “Jogos da Recuperação” para o país. Como os de 1964, também em Tóquio, marcaram a volta do Japão à comunidade internacional depois do ostracismo do pós-guerra, os de 2020 deveriam celebrar o renascimento após o triplo desastre de Fukushima, uma década atrás, quando um terremoto, um tsunami e o pior acidente nuclear do mundo em trinta anos deixaram mais de 20.000 mortos e devastaram toda aquela região.

O próprio adiamento provocado pela pandemia no ano passado deveria reforçar esta ideia. Os Jogos, dizia o então primeiro-ministro Shinzo Abe, marcariam de fato uma recuperação, porém não só japonesa, e sim global, depois da vitória sobre o vírus.

Não foi bem assim. O Japão, afligido nos últimos meses por uma quarta onda de infecções, prende a respiração diante da possibilidade de que o evento se torne um foco de supercontágio que desate uma quinta onda. Ou que a anormalidade que cerca esta edição da Olimpíada, transformada em uma imensa bolha sem espectadores estrangeiros e com as delegações esportivas trancadas na Vila Olímpica, sem álcool nem preservativos grátis para os atletas, possa se tornar ainda mais estranha se um aumento de contágios obrigar a endurecer ainda mais as estritas restrições já em vigor.

Uma análise do centro de estudos Dai-ichi Life Research Institute assinado por seu economista-chefe, Toshihiro Nagahama, calcula que o novo estado de emergência em Tóquio e a prorrogação das medidas em Okinawa (sul) podem acarretar perdas de 1,2 trilhão de ienes (57,2 bilhões de reais) no consumo. “É inevitável que, devido ao estado de emergência, haja mais pressão para restringir a atividade econômica”, aponta Nagahama.

O Instituto de Pesquisas Daiwa calculava, antes das novas medidas anunciadas nesta quinta-feira, que os benefícios econômicos durante os Jogos se situariam em 520 bilhões de ienes (24,8 bilhões de reais), dos quais 70 bilhões viriam do gasto das delegações esportivas e dos espectadores (se existissem), e 150 bilhões dos lares que acompanhem os Jogos à distância.

A estimativa de prejuízo com uma eventual nova emergência

O economista-executivo do Nomura Research Institute, Takahide Kiuchi, também calcula em quase um trilhão de ienes o prejuízo que a nova emergência causará. Kiuchi considera que, se tivesse ocorrido em circunstâncias normais, os Jogos teriam gerado lucros de 1,81 trilhão de ienes (86,3 bilhões de reais). No blog da sua instituição, ele aponta que, sem espectadores nas arquibancadas, os benefícios econômicos se reduziriam a 1,66 trilhão de ienes, uma perda de quase 8% em relação à estimativa para uma Olimpíada a todo gás. Kiuchi, no entanto, observava que “se a realização dos Jogos causar um aumento drástico nos casos de covid-19, forçando assim o Governo a declarar um novo estado de emergência, as perdas econômicas resultantes serão substancialmente maiores”.

A consultoria GlobalData vai no mesmo sentido. Seu analista Aditi Dutta Chowdhury comenta que “os grandes eventos esportivos, como os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, geram investimentos em infraestruturas que alcançam seu maior nível dois ou três anos antes do acontecimento. No caso das Olimpíadas de Tóquio, as atividades do setor da construção mostraram um ótimo comportamento entre 2018 e 2019. Durante a competição em si, os lucros são gerados pelo consumo dos atletas visitantes, do público estrangeiro que visita a cidade anfitriã e seus arredores, e pelas audiências nacionais das transmissões”.

Contribuição econômica dos jogos deve ser pequena

Dados estes fatores, a Global Data acredita que, com a incerteza e o veto ao público estrangeiro, os Jogos contribuirão muito pouco para o crescimento econômico nipônico, já que “não compensarão as perdas geradas pelas frequentes restrições nas cidades japonesas” impostas na luta contra a pandemia. Segundo a empresa, o fato de a maioria dos japoneses estar contra a celebração do megaevento esportivo pode prejudicar a audiência das competições. E recorda que algumas delegações já cancelaram jornadas de treino prévias aos Jogos, reduzindo o lucro para os anfitriões.

Contudo, o grande desastre seria uma nova onda de covid-19 em decorrência dos Jogos, obrigando à imposição de novas restrições em um país onde a campanha de vacinação começou em ritmo muito lento, só ganhando velocidade a partir do mês passado, e onde menos de 15% da sua população de 120 milhões de habitantes já recebeu a pauta completa de imunização.

Como o resto das grandes economias, com exceção da China, a do Japão foi muito golpeada pela pandemia. Nesta semana, Suga anunciou um novo estado de emergência sanitária que estará em vigor até 22 de agosto em Tóquio, por causa do aumento de casos. É a quarta vez que a capital entra em estado de emergência. O terceiro, que afetou também outras nove prefeituras do país, foi mais suave que os anteriores, mas se prolongou por quase dois meses. As emergências anteriores causaram uma contração de 4,8% no PIB japonês em 2020 e de 3,9% no primeiro trimestre deste ano, após uma revisão dos dados iniciais.

Antes de começarem a ser detectados os primeiros contágios pelo coronavírus no seu território, o Japão já tinha entrado em 2020 com uma situação delicada. O impacto do supertufão Hagibis e a elevação de 8% para 10% na alíquota do imposto geral sobre mercadorias tinham deixado a economia à beira da recessão técnica em 2019.

Novo pacote de estímulos

Para tratar de paliar os efeitos econômicos da covid-19, o Governo aprovou ao longo de 2020 gigantescos pacotes de estímulo num valor de 3 trilhões de dólares (quase o dobro do PIB brasileiro). A medida expandiu em 102 trilhões de ienes (4,9 trilhões de reais) a já gigantesca dívida nipônica, a maior dos países industrializados: 1,22 quatrilhão de ienes, ou 58 trilhões de reais, 257% do seu PIB. E, conforme publicou o jornal Nikkei, Suga cogita uma nova rodada de estímulos antes de convocar eleições em setembro, que alguns analistas calculam que será de 20 a 30 trilhões de ienes. Em suas declarações ao anunciar o novo estado de emergência, o primeiro-ministro não descartou aplicar uma nova injeção se julgar necessário.

Espera-se que as últimas restrições ― e a lentidão da campanha de vacinação ― mantenham os indicadores no terreno negativo no período entre abril e junho. Mas, na segunda metade do ano, a recuperação deveria começar, pois o consumo poderá voltar ao ritmo habitual quando a população estiver imunizada. Se tudo correr bem e não houver uma quinta onda que obrigue a novas medidas rigorosas, a OCDE prevê o fechamento de 2021 com uma recuperação de 2,6%; no começo de 2022, seriam alcançados níveis do PIB prévios à pandemia, e nesse ano a economia aumentaria 2%.

“O ambiente externo é, em geral, favorável a Tóquio em 2021, dada a precoce recuperação da economia da China e o superestímulo dos Estados Unidos”, avalia a companhia de seguros de crédito Euler Hermes, acionista do Solunion. A China, segunda maior economia do mundo, é o principal sócio comercial do Japão; Os EUA, a maior, são seu grande aliado político e militar.

Há alguns indícios para um precavido otimismo. Em maio, as exportações dispararam no seu maior ritmo desde 1980, 49,6%. As vendas para a China aumentaram 23,6%; para os EUA, 87,9% Uma pesquisa do Banco do Japão sobre a confiança dos industriais apontava no começo deste mês que as grandes firmas preveem aumentar seu gasto de capital em 9,6% no ano fiscal que acaba em março de 2022 no Japão.

Problemas estruturais continuam

Mas, independentemente da conjuntura pontual, o arquipélago asiático continua sem resolver seus eternos problemas estruturais que o levaram a um crescimento quase plano nas últimas três décadas. Uma população envelhecida ― o sistema de previdência e de saúde pública é um dos fatores que contribuem justamente para a elevada dívida nacional ―, atrasos na digitalização com relação a outros países avançados e a escassa incorporação da mulher ao mundo trabalhista ― onde enfrenta a salários mais baixos que os dos homens ― são algumas das pragas que assolam a terceira maior economia mundial. A falta de eficiência é outra: o Centro de Produtividade do Japão indica que a produtividade nacional por trabalhador caiu 0,3% por ano entre 2015 e 2019, enquanto a produtividade por hora cresceu apenas 0,4% no mesmo período. São, segundo o próprio Governo japonês, as cifras mais baixas entre os países do Grupo dos Sete, os mais desenvolvidos do planeta.

Paradoxalmente, as drásticas mudanças provocadas pela pandemia podem abrir as portas a reformas trabalhistas que antes pareciam impossíveis, como o teletrabalho e a flexibilidade de horário em uma cultura profissional de sólida tradição presencial. Segundo uma pesquisa do governo local de Tóquio em julho de 2019, apenas 25,1% das companhias estabelecidas na capital permitiam o trabalho à distância naquela época; em abril deste ano, já eram 56,6%.

Em sua estratégia de crescimento para os próximos anos, apresentada em junho, o Governo de Suga estabeleceu a descarbonização ― prometeu alcançar a neutralidade de carbono até 2050, para o que dotou um fundo de dois trilhões de ienes para facilitar a inovação ambiental, entre outras medidas ― e a transformação digital. Entre outras propostas, prevê tornar a cadeia de produção do setor automotivo menos propensa a emissões e incentivar o uso da inteligência artificial em atividades como a venda de produtos financeiros e a inspeção de veículos. Contempla deste modo a criação de um novo organismo digital que simplifique as operações dos governos nacional e locais.

Relação com a China deve reforçar segurança econômica

A estratégia de estímulo econômico também prevê que este país, apanhado entre sua intensa relação econômica com a China e seus estreitos laços de segurança com os Estados Unidos, reforce sua segurança econômica ― ante as tensões entre Pequim e Washington ― mediante a melhora de sua cadeia de suprimentos de semicondutores, um dos elos frágeis da sua economia expostos durante a pandemia.

O Japão se propõe a reduzir os riscos de interrupções em suas cadeias para produtos-chaves, de baterias a terras-raras, passando por equipamentos médicos. A estratégia também revela a importância de atrair indústrias de semicondutores ao Japão e de estimular a competitividade deste setor nacional. Conforme indica o documento, a fatia de mercado global dos chips nipônicos caiu para 10% em 2019, quando em 1988 dominava metade das vendas mundiais. Por outro lado, quase dois terços da demanda interna são cobertos com importações.

Mas as mudanças mais drásticas, claramente, terão que esperar. Controlar a pandemia continua sendo a prioridade número um. E, em todo caso, o calendário político terá um papel importante: em setembro, Suga se submete à reeleição como líder do seu partido, o Liberal Democrata (PLD). É preciso que haja eleições gerais antes de 21 de outubro, quando expira o mandato dos deputados na Câmara Baixa. Em meados de 2022, é a vez da Câmara Alta.

“Para Suga, o principal é garantir a sobrevivência em longo prazo da sua Administração. E quando se pensa nas reformas econômicas, as mais necessárias se encontram no lado da oferta: o que fazer com as pequenas e médias empresas que quebram, os créditos com inadimplência, as regiões… Mas são reformas dolorosas para os cidadãos e a sociedade em geral. Assim, dadas as considerações eleitorais, a Administração estará por ora mais centrada no lado da demanda. Para as reformas de grande calado será preciso esperar até o último trimestre de 2022”, calcula Yasuhide Yahima, economista-chefe do laboratório de ideias NLI Research Institute, em videoconferência organizada pelo centro de imprensa estrangeira do Japão.

Até as eleições deste ano, o ritmo da campanha de vacinação já deve estar mais acelerado, e também já estará mais claro qual foi o real dividendo dos Jogos. “Talvez não levem a um benefício financeiro substancial”, observa a analista Chowdhury, “mas, se forem um sucesso, o Japão pode se tornar o pioneiro em organizar um grande evento internacional numa época sem precedentes”.

UM EVENTO MUITO SEGUIDO PELO MERCADO

A Bolsa japonesa continua sendo uma grande desconhecida para a maioria dos investidores em todo o mundo. Desde o começo do ano, a evolução do Nikkei 225, o principal índice mercantil nipônico, tem sido muito irregular. Começou o período com energia, para depois se desinflar pouco a pouco. Desde janeiro, a rentabilidade acumulada é de 5%.

Embora os especialistas acreditem que o impacto dos Jogos na economia japonesa será limitado e que em parte já está descontado pelas cotações, opinam que as ações japonesas poderiam entrar na moda se o evento transcorrer sem complicações sanitárias. “O castigo sofrido pelas ações japonesas parece excessivo dada a boa evolução dos resultados empresariais, que superaram amplamente as expectativas dos analistas. O índice de dividendos disparou 19% desde o final de 2020, inclusive mais que nos Estados Unidos e Europa. Portanto, é um bom momento, por sua recuperação cíclica e valorização atrativa, para aumentar posições na Bolsa japonesa”, defende em um recente relatório Roberto Scholtes Ruiz, responsável por investimento na Espanha do UBS. Já Silvia Dall’Angelo, economista do Federated Hermes, recorda que o efeito positivo de uma Olimpíada para o país anfitrião é menor nos países desenvolvidos que nos emergentes. No caso concreto do Japão neste ano, é provável que o pano de fundo da covid-19 limite ainda mais os já escassos benefícios dos Jogos. As atuais restrições às viagens significam que o turismo receberá um impulso muito limitado pelo evento, enquanto a confiança dos consumidores – que ainda se encontra em níveis historicamente baixos – deve se beneficiar do eventual sucesso dos Jogos Olímpicos tanto quanto de uma maior aceleração na administração da vacina. Diego Elices, diretor-geral de investimentos do A&G, considera que os Jogos podem ter um efeito mais amplo sobre o mercado mundial: “Dependendo de como os fatos se desenrolem, uma percepção de reabertura econômica definitiva ou a sensação de que a pandemia pode se prolongar poderia impactar as Bolsas. O mero fato de acontecerem já é uma boa notícia e pode ser uma injeção de otimismo”.

 

 

 

*Por:  Macarena Vidal Liy / EL PAÍS

JAPÃO - O governo do Japão anunciou que Tóquio não receberá torcedores durante os eventos dos Jogos Olímpicos-2020. A decisão, entretanto, não é válida para outras províncias japonesas, que também receberão alguns outros eventos da Olimpíada. Neste caso, cada sede irá decidir se terá espectadores ou não. A decisão ocorre devido ao aumento no número de casos de infectados pela covid-19, especialmente pela nova variante Delta (indiana). A reunião teve a presença de membros do COI e do Comitê Organizador dos Jogos.

O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira por Tamayo Marukawa, ministra responsável pela organização do evento. A medida ocorre horas após a decisão do governo japonês de adotar o estado de emergência na capital do país durante toda a competição. A Olimpíada ocorrerá de 23 de julho a 8 de agosto, e o estado de emergência estará em vigor até o dia 22 do próximo mês. Os japoneses estão preocupados com o avanço da doença e lentidão da vacinação no país. Atletas brasileiros já chegaram ao Japão, assim como de outras nações.

Nos últimos dias, a cidade de Tóquio registrou um aumento do número de infectados pelo novo coronavírus, o que levou o primeiro-ministro, Yoshihide Suga, a tomar a decisão pelo estado de emergência. Porém, segundo ele, as medidas poderão ser revistas e, eventualmente flexibilizadas caso o sistema de saúde japonês apresente melhorias e caso a vacinação em massa da população japonesa gere resultados promissores, o que ainda não aconteceu. Entretanto, para evitar que novos casos surjam, foi tomada a decisão de vetar a presença de público nas arenas. Apenas delegações e pessoal credenciado estão autorizados.

"Chegamos a um acordo de que não haverá espectadores nas instalações esportivas de Tóquio", disse a ministra do Jogos Olímpicos Tamayo Marukawa. A maior parte das arenas estão localizadas na capital japonsesa, cidade-sede da disputa, conforme o leitor pode verificar nesse multímidia do Estadão.

A decisão encerra todas as medidas feitas para evitar o contágio de covid-19 em relação à presença de torcedores nas disputas. O COI já havia anunciado que o Japão não receberia público estrangeiro e que devolveria o dnheiro de quem cobrou ingressos. Depois disso, tirou a presença dos voluntários de fora do pais, concentrando apenas nas pessoas que se voluntariaram para ajudar nos Jogos do Japão. As restrições foram aumentando até mesmo para atletas e jornalistas, que não poderão circurlar como nas edições anteriores pela cidade. Os competidores também ficarão restritos em seus alojamentos na Vila Olímpica, sem circular pelo espaço. As provas serão disputadas e os atletas terão de deixar o país em até 48 horas.

A abertura da Olímpiada-2020 está marcada para o dia 23 deste mês. Porém, já haverá eventos esportivos antes desta data. A seleção brasileira feminina, por exemplo, entra em campo dia 21 diante da China, em duelo válido pelo Grupo F do futebol feminino. A modalide de beisebol também terá partidas realizadas antes da tradicional cerimônia.

Também nesta semana, os Organizadores de Tóquio-2020 anunciaram que o público da cerimônia de abertura será minino, para convidados e chefes de Estado. Não haverá arquibancadas lotadas. Ainda assim, o COI (Comitè Olímpico Internacional) não dá nenhum indício de os Jogos não acontecerão na data prevista. Os ajustes de público e de organização contribuem para que o evento não corra mais risco de ser cancelado, como se admitia meses atrás.

A disputa ainda terá de enfrentar a reprovação dos japoneses., que, em sua maioria, não querem os Jogos nesse momento, com a população preocupada com a covid-19. De ¨65% até 88% dos japoneses ouvidos nas pesquisas mais recentes não aprovavam os Jogos no Japão. O COI e o Comitê decidiram levar o evento adiante. O Japão realizou os Jogos de 1964, mas teve a competição de 1940 cancelada por causa da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

 

 

*Por: ESTADÃO

CROÁCIA - A seleção brasileira de basquete masculino foi derrotada pela Alemanha por 75 a 64 na final do Pré-Olímpico da modalidade, disputado em Split na Croácia. Como estava em jogo apenas uma vaga à Olimpíada de Tóquio, mesmo tendo vencido os três primeiros jogos, com o vice-campeonato, o time brasileiro não participará do torneio japonês. O grande destaque brasileiro foi o pivô Anderson Varejão com 14 pontos. O cestinha da partida foi o alemão Wagner, com 28 pontos.

Depois da vitória parcial no primeiro quarto (17 a 14), ao final da primeira metade do jogo, o Brasil já estava atrás no placar por apenas dois pontos: 36 a 34. No final do terceiro quarto, o placar apontava uma desvantagem brasileira de 52 a 46. Depois de cair para a Alemanha, o Brasil vê interrompida uma sequência de duas participações em Jogos Olímpicos na modalidade, em Londres e no Rio de Janeiro.

 

 

Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional

*AGÊNCIA BRASIL

JAPÃO - Tóquio decidiu tirar a primeira parte do revezamento da tocha olímpica da capital das vias públicas, informou o governo metropolitano nesta terça-feira (29), já que a quantidade de infecções do novo coronavírus (covid-19) dá sinais de estar disparando novamente.

O revezamento da tocha deve chegar à capital no dia 9 de julho, passando principalmente pelos subúrbios e ilhas mais distantes, antes de atravessar o centro da cidade de 17 de julho até a cerimônia de abertura dos Jogos em 23 de julho.

Durante os primeiros oito dias até 18 de julho, as cerimônias de acendimento da tocha ocorrerão sem espectadores, e o revezamento não será realizado em vias públicas, disse o governo metropolitano - mas os revezamentos nas ilhas acontecerão em vias públicas.

O governo de Tóquio decidirá em breve como realizar o revezamento da tocha na segunda metade da etapa da capital, enquanto acompanha cuidadosamente a situação do coronavírus.

O Japão não sofreu os surtos de vírus explosivos vistos em outras partes, mas só recentemente emergiu de uma quarta onda de infecções.

Um declínio no ritmo de surgimento de casos novos e uma aceleração na vacinação levaram as autoridades a amenizar um estado de emergência em Tóquio e outros oito municípios em 20 de junho.

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Mas com a aproximação da Olimpíada, especialistas temem um novo aumento de casos em Tóquio e a disseminação de variantes mais altamente transmissíveis. Os Jogos também enfrentam a resistência de uma parcela substancial do público.

 

 

*Por Linda Sieg, Daniel Leussink e Kiyoshi Takenaka / REUTERS

JAPÃO - A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na segunda-feira (21) que debaterá com autoridades do Japão e o Comitê Olímpico Internacional (COI) como administrar os riscos da covid-19 depois que os organizadores anunciaram que alguns espectadores poderão assistir presencialmente aos Jogos de Tóquio.

Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, disse que as taxas de infecção japonesas estão caindo e que os números são favoráveis na comparação com outros países que têm realizado eventos de larga escala.

Até 10 mil espectadores serão aceitos nos locais de competição da Tóquio 2020, disseram os organizadores da Olimpíada nesta segunda-feira, uma decisão que se chocou com a recomendação de alguns especialistas, que alertaram que realizar o evento sem torcedores seria a opção menos arriscada.

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"O que nos deixa contentes é que as taxas de doença caíram persistente e constantemente no Japão ao longo das últimas semanas", disse Ryan em uma coletiva de imprensa em Genebra.

"Estamos cientes desta decisão hoje, e estamos acompanhando com o COI e com autoridades japonesas. Teremos mais uma conversa com elas e sua força-tarefa nesta semana para analisar esta nova decisão a respeito do público na Olimpíada".

Os espectadores estrangeiros já foram proibidos de comparecer ao evento, que começa no dia 23 de julho em meio à oposição pública e a uma preocupação profunda com um ressurgimento de infecções.

 

 

*Por Stephanie Nebehay (com reportagem adicional de Emma Farge) REUTERS

JAPÃO - Uma das heroínas do esporte japonês e membro do Comitê Olímpico do Japão, a ex-judoca Kaori Yamaguchi disse nesta sexta-feira (4) que sua nação foi "encurralada" para levar adiante os Jogos de 2020, apesar da oposição pública em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Os comentários de Yamaguchi aumentaram a tensão em todo o Japão, onde a Olimpíada foi adiada no ano passado, mas agora deve começar no dia 23 de julho, mesmo em meio a uma quarta onda de infecções de covid-19.

A maioria dos japoneses se opõe à realização dos Jogos, mas alguns atletas estrangeiros devem começar a chegar e os organizadores insistem que o evento esportivo global de 15 bilhões de dólares continua nos trilhos.

Yamaguchi, que conquistou uma medalha de bronze nos Jogos de Seul de 1988, acusou o Comitê Olímpico Internacional (COI), o governo do Japão e o comitê organizador da Tóquio 2020 de impedirem o diálogo e ignorarem a opinião pública.

"Para que e para quem será esta Olimpíada? Os Jogos já perderam o sentido, e estão sendo realizados só para ser realizados. Acredito que já perdemos a oportunidade de cancelar", escreveu ela em um artigo de opinião para a agência de notícias Kyodo.

Espectadores estrangeiros já foram proibidos de assistir aos Jogos, e os japoneses também podem ser barrados do que os organizadores prometem ser um evento em uma "bolha" desinfetada para minimizar o risco de contágio, e ao mesmo tempo dar alegria a um mundo assolado pela covid-19.

 

 

*Por Chang-Ran Kim e Linda Sieg / REUTERS

RIO DE JANEIRO/RJ - A 50 dias da abertura da Olimpíada, o Brasil contabiliza 232 vagas confirmadas em Tóquio 2020. Desse total, 63 foram asseguradas por desportistas inseridos no Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) das Forças Armadas. Entre as 17 modalidades com atletas militares está o vôlei de praia, cuja dupla feminina que representará o país nos Jogos é formada pelas terceiros-sargentos Ágatha Rippel (Marinha) e Eduarda Lisboa, mais conhecida como Duda (Exército) . As parceiras estão juntas há quatro anos e têm no currículo a medalha de prata na Rio 2016. Nesta temporada, já conquistaram ouro, prata e bronze nas etapas de Cancún (México) do Circuito Mundial. 

O PAAR foi criado em 2008 pelo antigo Ministério do Esporte - atual Ministério Cidadania - em parceria com o Ministério da Defesa, com o objetivo de contribuir para o fortalecimento da equipe militar em eventos esportivos de alto nível. Além dos benefícios da carreira militar - assistência médica, incluindo nutricionista e fisioterapeuta - os atletas que integram o PAAR têm a sua disposição centros de treinamento no Rio de Janeiro, tais como o da Marinha (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes-Cefan), do Exército (Centro de Capacitação Física do Exército-CCFEX e Complexo Esportivo de Deodoro) e o da Aeronáutica (Universidade da Força Aérea - Unifa).

Outro destaque entre os atletas do PAAR é Gabriel Constantino. Aos 26 anos, o terceiro-sargento do Exército é especialista da prova dos 110 metros com barreiras. O carioca afirma que integrar o PAAR, em meio à pandemia, foi fundamental para manter o alto desempenho.

“Tivemos diversas adaptações e não seria possível eu treinar com tão alta performance. Continuei mantendo meus treinos, fisioterapia, acompanhamento médico e com nutricionista. Graças ao Programa, chego para representar o Exército e o Time Brasil nas Olimpíadas de Tóquio”, destacou o velocista em depoimento ao site do Ministério da Defesa.

Ainda no atletismo, os militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica contribuíram com 17 medalhas para a delegação brasileira no Campeonato Sul-Americano da modalidade. Ao todo, foram dez ouros, duas pratas e cinco bronzes. O torneio ocorreu no final de maio, em Guayaquil (Equador).

Da canoagem slalom, Ana Sátila, terceiro-sargento da Aeronáutica, garantiu a vaga olímpica no Campeonato Mundial, na Espanha, em 2019. Mesmo classificada, a atleta, de 25 anos, passou por dificuldades para manter o ritmo da preparação por causa da pandemia.

“Fiquei quatro meses treinando em casa, mas a gente conseguiu manter bem a parte física”, disse a atleta que, pela primeira vez na carreira, competirá em duas categorias da canoagem, a K1 (caiaque) e a C1 (canoa).

Nesta sexta-feira (4) terá início a aplicação da segunda dose da vacina contra o novo coronavírus (covid-19) no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte e Fortaleza. A imunização de atletas olímpicos e paralímpicos teve início no último dia 14, após a doação de vacinas pela Comitê Olímpico Internacional (COI). Uma ação interministerial - Ministérios da Defesa, da Saúde e da Cidadania - com apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Paralímpico Brasileiro (COB) comanda a logística de vacinação de atletas pelo país. Até o momento, mais de 1280 integrantes do Time Brasil foram vacinados com a primeira dose.

 

 

 

*Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional

*AGÊNCIA BRASIL

RIO DE JANEIRO/RJ - Classificado para os Jogos Olímpicos de Tóquio, o mesatenista Hugo Calderano mantém uma intensa rotina de preparação no CT Time Brasil, no Rio de Janeiro, visando a recuperação completa das dores no ombro que o incomodavam nos treinamentos na Alemanha. A dedicação é total para chegar 100% em Tóquio.

Isolado por conta de protocolos de segurança, Calderano tem apenas a companhia da irmã, Sofia, estudante de Educação Física e Fisioterapia e da equipe médica do Comitê Olímpico do Brasil. “Foi muito bom voltar para o Rio. Não voltava desde dezembro de 2019. O Sol, o clima, a comida e o ambiente me fazem sentir muito bem. O processo de recuperação está caminhando bem. Estou aqui há pouco mais de uma semana, estou me sentindo bem, sem nenhuma dor. Daqui a pouco já quero treinar na mesa”, disse o carioca à assessoria da Confederação Brasileira da modalidade (CBTM).

A previsão é que o atleta retorne aos treinamentos com intensidade em Ochsenhausen, na Alemanha, nas próximas semanas. “Estou confiante. Todos os fisioterapeutas e médicos são muito competentes, estão me dando muita confiança. Por causa da pandemia, a preparação vai ser bem atípica e ainda terei tempo suficiente para me preparar bem para Tóquio”, avisa.

Calderano é um dos cerca de 80 atletas que treinam no CT Time Brasil, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. “Não existe atleta sem trabalho multidisciplinar. A gente alia saúde com performance. Isso inclui o trabalho médico, fisioterapia, preparação física, massoterapia, nutrição, trabalho de recuperação, descanso, preparação mental, biomecânica, fisiologia, entre outros. O fator psicológico é determinante para o atleta performar numa Olimpíada. Buscar os limites traz riscos. O atleta está sempre numa linha tênue. Aí entra o trabalho da equipe multidisciplinar, para dosar as cargas, juntamente com as comissões técnicas”, explicou o médico Rodrigo Sasson.

O trabalho preventivo, corrigindo possíveis falhas para evitar lesões, é considerado fundamental. “O mais importante da fisioterapia esportiva é ajudar o técnico a conduzir melhor as cargas. Essa simbiose é muito importante. Dando esse suporte, conseguimos que o atleta esteja mais tempo treinando e não saia de seu planejamento”, ressalta Ronaldo Aguiar, o coordenador de fisioterapia do COB. 

Na preparação, além do técnico Francisco Arado, o Paco, da Seleção Brasileira, Calderano  é acompanhado diretamente pelos técnicos Jean-René Mounié e Michel Blondel;  pelo fisioterapeuta Mikael Simon e pelo psicólogo Makis Chamalidis. “Nossa relação é muito boa. É realmente uma equipe. Tive bastante sorte de encontrá-los. O Jean-René é o cara que mais me conhece, talvez um pouco abaixo da minha mãe. Não posso deixar de mencionar o Michel Blondel. O trabalho que eles fazem, as horas que eles pensam em mim, pensando em como eu posso evoluir, qual o próximo passo na minha carreira. A relação é muito forte. O resultado é consequência”, finaliza Calderano.

 

 

*Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional

*Agência Brasil

RIO DE JANEIRO/RJ - A Petrobras confirmou, através de entrevista coletiva virtual na quarta-feira (26), a renovação por mais um semestre do patrocínio ao esporte olímpico e paralímpico. Segundo a estatal, o investimento, desde 2018, no ciclo dos Jogos de Tóquio, foi de aproximadamente R$ 11 milhões.

No encontro virtual com a imprensa estiveram presentes oito dos 22 membros do Time Petrobras. Darlan Romani, do arremesso do peso, foi um dos atletas que atendeu a imprensa. O catarinense falou sobre os efeitos do novo coronavírus (covid-19), que contraiu recentemente, e sobre a expressiva marca alcançada pelo americano Ryan Crouser no último final de semana. O campeão olímpico na Rio 2016 alcançou a marca de 23,01 metros e se tornou o terceiro atleta na história a ultrapassar os 23 metros.

“Ele é a grande esperança de quebra do recorde mundial, que é de 23,12 metros. É claro que é um adversário muito forte para Tóquio, mas tudo pode acontecer. É questão de um segundo que pode mudar toda a vida do atleta. Prova disso foi o último Mundial. Eu estava com a medalha garantida até o último arremesso e acabei ficando de fora do pódio no detalhe. A minha preparação foi um pouco prejudicada também nas últimas semanas, pois acabei pegando covid-19. Mas agora estou completamente recuperado e pronto para brigar pela medalha em Tóquio”, disse o arremessador.

 

A dupla Martine Grael e Kahena Kunze, campeã olímpica na classe 49fx nos jogos do Rio de Janeiro, também participou do evento diretamente da Espanha, onde segue se preparando para a Olimpíada de Tóquio. Elas falaram sobre as lembranças da conquista de cinco anos atrás e as diferenças das duas edições olímpicas.

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“Na verdade, dou uma olhada na medalha do Rio de Janeiro bem de vez em quando. Só para ter certeza de que ela continua bem guardada lá em casa. O nosso foco está totalmente nessa campanha. Não queremos ficar olhando muito para trás. Tento viver bem no presente. Precisamos focar no momento que estamos vivendo agora”, comentou Martine. “Aquela vitória no Rio de Janeiro foi sensacional, mas temos consciência de que a competição em Tóquio vai ser totalmente diferente. Estaremos longe de casa, sem a torcida e vamos contar com várias coisas que fogem do nosso controle para termos sucesso, como o clima, por exemplo”, completou Kahena.

O nadador paralímpico Daniel Dias, que vai se aposentar das piscinas após a Paralímpiada desse ano, também participou do evento e falou sobre a projeção que faz de um evento perfeito para sair de cena da melhor maneira possível após uma carreira tão exitosa. “A decisão da aposentadoria já tinha sido tomada há algum tempo. Por isso, imaginava poder me despedir em um cenário bem diferente do que estamos vivendo. Queria as arquibancadas cheias, mas é claro que agora quero entregar a minha melhor versão, dar o melhor de mim. Estive lá em Tóquio em 2018 e vi que todos estão esperando ansiosamente esses Jogos. Então, quero chegar lá e fazer o melhor possível para que a festa seja o mais completa possível”, declarou o atleta, que, em 16 anos de carreira, faturou 24 medalhas paralímpicas, 40 em Mundiais, e 33 em Parapan-Americanos, tendo 100% de aproveitamento desde 2007 em torneios continentais.

Além desses quatro atletas, também participaram do evento os velocistas paralímpicos Petrúcio Ferreira e Veronica Hipólito, o canoísta Isaquias Queiroz e o arqueiro Marcus Vinicius D'Almeida. Completam a equipe de atletas apoiados pela empresa a maratonista aquática Ana Marcela Cunha, as duplas de vôlei de praia Ágatha e Duda e Alison e Alvaro, os skatistas Pedro Barros e Letícia Bufoni, a boxeadora Bia Ferreira, os ginastas Arthur Nory e Flávia Saraiva, o triplista Almir Júnior, o halterofilista Fernando Reis, o judoca Antônio Tenório e a saltadora Silvânia Costa. Criado pela companhia em 2015, o projeto conquistou 20 medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

 

 

 

*Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional

*Agência Brasil

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