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Em prol de sua comunidade - Instituto de Física adere ao “Apoia USP”

 

SÃO CARLOS/SP - O grande destaque dentre os vários eventos que aconteceram no IFSC/USP nos dias 03 e 04 de outubro, foi certamente a realização da iniciativa “Atenção à Saúde Mental e Inclusão na Universidade”, que teve o foco de congregar ao seu redor toda a comunidade universitária do Campus USP de São Carlos - estudantes e servidores docentes e não docentes - e ainda a comunidade externa à Universidade.

Promovido pelas Comissões de Inclusão e Pertencimento (CIPs) das Unidades do Campus USP de São Carlos, em conjunto com o “Apoia USP” - Serviço de Apoio Psicossocial do Campus -, este evento contou com o apoio da Diretoria do IFSC/USP e do Grupo Coordenador de Cultura e Extensão do nosso Campus.

De fato, esta iniciativa abriu um espaço importante para uma reflexão sobre o modelo de cuidado em saúde mental na USP de São Carlos, bem como uma discussão sobre os vários desafios que se colocam, relacionados ao autismo na Universidade e as possibilidades que se apresentam no cuidado que deverá ser implementado em situações de crise. Em simultâneo, este evento assinalou o ingresso do IFSC/USP no “Apoia USP”, que abre portas para ampliar o atendimento psicossocial no Instituto, iniciado anteriormente com a iniciativa “IFSC e o bem estar de sua comunidade”.

Através de vários palestrantes, especialistas, o evento abordou temas que remeteram à necessidade de se pensar em um ambiente universitário mais saudável em termos de inclusão de pessoas com diferentes necessidades, especialmente aquelas que se inserem em quadros de neurodivergência, com destaque para o espectro autista no âmbito escolar. “Hoje, sabemos de casos de alunos do nosso Instituto diagnosticados com transtorno do espectro autista (TEA) e essa informação chegou até nós por mero acaso, ou seja, não de forma oficial. Já passou da hora de debatermos isso!. Nós temos que trabalhar para construir esse caminho no sentido de abrir um canal de informação e poder criar políticas - quer no IFSC, quer na própria USP - para apoiar essas pessoas, e todas as demais que apresentem qualquer necessidade, e ajudar a tornar o nosso ambiente mais inclusivo”, destaca o Prof. Fernando Paiva, presidente da Comissão de Inclusão e Pertencimento do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

No que diz respeito ao evento, o Presidente da CIP do IFSC/USP sublinha que ele superou todas as expectativas, quer em termos do número de participantes, quer ainda - e mais importante - no envolvimento e participação do público na reflexão e discussão dos temas. “Essa participação justificou todo o esforço”, comemora Fernando Paiva, acrescentando que “esta foi uma porta que se abriu para que eventos como este possam ser periódicos no Campus, em todas as Unidades. Tudo isso, associado às campanhas que a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP vem desenvolvendo, irá gerar uma comunidade mais atenta e receptiva a esse tipo de assunto. Estou muito feliz!”, conclui o docente.

“Apoia USP”

Para a assistente social da Prefeitura do Campus USP de São Carlos e integrante da equipe “Apoia USP”, Drª Emanuela Pap da Silva, a avaliação que faz sobre este evento é, de fato, bastante positiva. “Foram dois dias em que pudemos estar presencialmente conversando sobre temas tão importantes e atuais no contexto da nossa Universidade, e foi muito bom termos um público significativo de estudantes, funcionários e docentes do nosso Campus e também da comunidade externa, que participou e debateu ativamente conosco estes temas. Penso, também, que foi um evento inaugural e muito representativo para a entrada do IFSC no “Apoia USP”, que chega somando e colaborando com as demais unidades de ensino e da Prefeitura do Campus na consolidação e expansão do “Apoia USP” para a nossa comunidade universitária. É muito bom ver os esforços coletivos na construção de uma comunidade acadêmica mais acolhedora e mobilizada pelo bem-estar das pessoas que fazem parte dela”, sublinhou.

Testemunho

Mariana (nome fictício) veio com 17 anos para o IFSC/USP. Aluna brilhante, de excelência máxima em todo o seu percurso escolar, vencedora de prêmios em diversas olimpíadas do conhecimento, praticando natação, canto e piano, eis que após o período da pandemia entrou em depressão, com grandes dificuldades em fazer amigos, algo que nunca tinha acontecido anteriormente. A mãe, Arminda (nome fictício), sublinha o fato de a família ter dado todo o apoio quando da mudança da jovem para São Carlos. Contudo, o caminho de Mariana estava sendo cada vez mais penoso, já que além de não conseguir fazer amizades no IFSC/USP, a jovem começou a enfrentar dificuldades em terminar os exercícios, algo que para ela era impensável devido ao seu currículo escolar – de excelência. Em face a esse quadro, Arminda levou a filha a psicólogos e psiquiatras e o diagnóstico foi que a jovem estava inserida no espectro autista. “Neste momento está sendo acompanhada. Já perdeu um ano e meio no seu curso. Embora ela saiba perfeitamente as matérias, os seus conteúdos, o fato é que não consegue sentar e estudar. ‘Estou só, isolada’, desabafa ela comigo, ao que eu respondo que ela precisa interagir com seus colegas, criar vínculos, amizades, embora tenha havido situações em que foram os seus próprios colegas que se afastaram dela”, relata Arminda.

O caso de Mariana insere-se exatamente nos objetivos do evento “Atenção à Saúde Mental e Inclusão na Universidade” e nesse espaço que está sendo aberto no Campus USP de São Carlos para uma reflexão e ação sobre o modelo de cuidado em saúde mental. Arminda acompanhou todo o evento e, no final, afirmou que retirou dele todas as informações, dialogou com os demais participantes, colocou questões e estabeleceu contatos com os profissionais que poderão ajudar na resolução do problema de Mariana. “Essa ajuda vai ser determinante para a recuperação de minha filha”, conclui a mãe de Mariana.

EUA - Parece algo que Elon Musk poderia ter inventado: “Doença X”. Na verdade, o termo foi cunhado há anos como uma forma de levar os cientistas a trabalhar em contramedidas médicas para ameaças infecciosas desconhecidas – novos coronavírus, como o que causa a covid-19, por exemplo – em vez pensar apenas nas conhecidas, como o vírus ebola. A ideia era incentivar o desenvolvimento de tecnologias de plataforma, como vacinas, terapias medicamentosas e testes de diagnóstico, que pudessem ser rapidamente adaptadas e implementadas em resposta a uma série de surtos futuros com potencial epidêmico ou pandêmico.

1. O que é a Doença X?

É o nome um tanto misterioso para uma doença causada por uma ameaça microbiana atualmente desconhecida, mas séria. Em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adicionou a Doença X a uma pequena lista de agentes patogênicos considerados de alta prioridade para pesquisa, juntamente com assassinos conhecidos, como a síndrome respiratória aguda grave (SARS) e o ebola. A covid-19, causada por um novo coronavírus, era um exemplo de Doença X quando desencadeou a pandemia no final de 2019.

O vasto reservatório de vírus que circulam na vida selvagem é visto como uma fonte provável de mais doenças deste tipo. Isso se deve a seu potencial para se espalhar e infectar outras espécies, incluindo seres humanos, dando origem a uma infecção contra a qual as pessoas não terão imunidade.

2. Qual é o sentido de estudar a Doença X?

Como afirma a OMS, trata-se de “permitir uma preparação precoce e transversal em pesquisa e desenvolvimento que também seja relevante” para uma doença desconhecida. A crise humanitária desencadeada pela epidemia de ebola de 2014-2016 na África foi um sinal de alerta. Apesar de décadas de pesquisa, não havia produtos prontos para serem implementados a tempo de salvar mais de 11 mil vidas. Em resposta, a OMS criou um plano para acelerar o desenvolvimento de uma série de ferramentas para “doenças prioritárias”. A lista atual inclui:

  • Covid-19
  • Febre hemorrágica da Crimeia-Congo
  • Doença pelo vírus ebola e doença pelo vírus Marburg
  • Febre de Lassa
  • Síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e SARS
  • Vírus Nipah e doenças henipavirais
  • Febre do Vale do Rift
  • Zika
  • Doença X

 

3. Como vão as pesquisas para a próxima pandemia?

Demorou apenas 326 dias desde a divulgação da sequência genética do vírus SARS-CoV-2 até a autorização da primeira vacina contra a covid, graças em parte ao trabalho realizado desde 2017 na preparação para a Doença X.

Agora, grupos como a Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI, na sigla em inglês) estão apoiando plataformas de vacinas de resposta rápida que poderiam desenvolver novas imunizações no prazo de 100 dias após o surgimento de um vírus com potencial pandêmico, sob um plano de 3,5 bilhões de dólares. Outros esforços em andamento incluem:

 

  • Atualizar o Regulamento Sanitário Internacional e desenvolver um novo acordo global para proteger o mundo de emergências futuras;
  • Um novo fundo, aprovado pelo Banco Mundial, para prevenção, preparação e resposta a pandemias;
  • Um Centro para Inteligência sobre Pandemias e Epidemias da OMS em Berlim, visando acelerar o acesso a dados importantes e desenvolver ferramentas analíticas e modelos preditivos para avaliar potenciais ameaças;
  • O Projeto Global Virome, que visa descobrir ameaças virais zoonóticas e impedir futuras pandemias;
  • Uma iniciativa de 5 bilhões de dólares do governo dos Estados Unidos para desenvolver vacinas e tratamentos de próxima geração para a covid-19, chamada Project NextGen;
  • 262,5 milhões de dólares em financiamento para uma rede nacional americana para detectar e responder de forma mais eficiente a emergências de saúde pública;
  • Estabelecimento de um centro global para terapêutica pandêmica

Ainda assim, numerosos desafios ameaçam minar esses esforços, como sistemas de saúde esgotados e enfraquecidos, um crescente movimento anticientífico que aumentou a hesitação vacinal e a possibilidade de os governos acabarem com a prioridade do financiamento para detecção e preparação de surtos à medida que a sensação de risco se dissipa.

 

 

Marthe Fourcade, da Bloomberg, contribuiu para esta reportagem. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

por Jason Gale / ESTADÃO

Inovações tecnológicas do IFSC/USP já beneficiaram cerca de cinco mil pacientes de todo o país

 

SÃO CARLOS/SP - A Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC), fruto de uma feliz parceria entre essa entidade e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está comemorando oito anos de sua criação, com uma atividade intensa dedicada à saúde e à qualidade de vida da sociedade.

As largas dezenas de pesquisadores que passaram por essa Unidade ao longo destes anos - pós-doutorandos, doutorandos, mestrandos e alunos de iniciação científica - contribuíram em larga escala para a formação de novos profissionais que viriam auxiliar no desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias à base de laser e protocolos para tratamento de pacientes com os mais variados quadros clínicos - câncer de pele, onicomicose (micose da unha), úlceras venosas diabéticas e arteriais, fibromialgia, artrose e sequelas de Covid, entre outros. É um vasto trabalho desenvolvido e executado no IFSC/USP, que culminou com a introdução de novas metodologias dedicadas aos mais diversos tratamentos e o lançamento de vários equipamentos que foram absorvidos pela indústria nacional e que hoje se encontram ao dispor de todos, tudo isso tendo como foco a sociedade.

Para o Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, coordenador da UTF, essa Unidade está se renovando a cada dia, sendo que, nos últimos anos, foram adicionados protocolos para a realização de novos tratamentos para doenças, como, por exemplo, tendinite, burcite, capsulite adesiva, sequelas pós-covid e, ainda estudos sobre o sono. A área de odontologia, coordenada pelo pesquisador e pós-doutorando do IFSC/USP, Dr. Vitor Hugo Panhóca, também tem estado em destaque, com o desenvolvimento de vários projetos de tratamentos relacionados, entre outros, com a recuperação de olfato e paladar (sequelas da Covid), mucosite, paralisia facial e, mais recentemente, minimizando as consequências da Doença de Parkinson, com resultados muito expressivos. Uma das mais recentes pesquisas na UTF, atualmente em curso, diz respeito às substanciais alterações tecnológicas que foram feitas visando potencializar a utilização do laser em processos de cicatrização, estando neste momento ocorrendo a fase experimental de tratamentos em fissuras mamárias, um projeto liderado pela pesquisadora Drª Sabrina Peviani, fisioterapeuta e especialista em saúde da mulher, em estreita colaboração com a médica pediatra Dra. Renata Bagnato, cuja missão é acompanhar de perto os processos. “De fato, estamos testando um novo dispositivo tecnológico diferenciado, à base de laser, cujo objetivo é facilitar o processo de cicatrização das fissuras mamárias, já que elas provocam bastantes dores nas lactantes, criando impactos negativos na amamentação. É uma visão diferenciada por parte do cientista do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, responsável por todas as pesquisas desenvolvidas na UTF”, pontua Antonio de Aquino Junior.

Com cerca de cinco mil atendimentos registrados ao longo destes oito anos, a UTF continua seu caminho na busca por inovações tecnológicas desenvolvidas no IFSC/USP, devidamente aprovadas e posteriormente disseminadas entre os profissionais de saúde, beneficiando, assim, todos quantos necessitam de atendimento e tratamentos para as mais diversas doenças.

USP de São Carlos faz chamada de pacientes                 

 

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e o Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no mesmo Instituto uma nova pesquisa-piloto para tratamento de fissuras mamárias, um projeto que irá durar trinta dias com chamada de dez pacientes lactantes voluntárias, com idades iguais ou superiores a 18 anos.

O novo tratamento, com supervisão do Comité de Ética, é feito através de aplicação de laser nas fissuras mamárias, sendo que este projeto também abrirá um espaço para difundir orientações para futuras mães, tendo em vista prevenir o aparecimento de fissuras nos seios, resultado de diversos fatores como o posicionamento da mãe e do bebê na hora da amamentação.

A pesquisadora fisioterapeuta, Drª Sabrina Peviani*, será a responsável por este projeto, lembrando que essas fissuras geralmente ocorrem mais no início da amamentação e também através de um conjunto de fatores que levam a esse quadro. “Faremos uso de dois instrumentos importantes: o primeiro, passar as orientações às lactantes e o segundo, o tratamento com laser. Para o tratamento das fissuras, com o uso da nossa tecnologia, calculamos a realização de entre três e seis sessões em cada paciente e em dias alternados. Conforme forem sendo obtidos os resultados desta primeira fase do projeto, iremos ainda este ano fazer uma chamada de cem lactantes que tenham fissuras mamárias para consolidar a pesquisa e com ela publicar um artigo científico, sendo que já sabemos que o laser é uma indicação para esse tratamento”, pontua a pesquisadora, acrescentando que nesta chamada de dez lactantes, apenas não poderão se inscrever pacientes que tenham algum processo infeccioso, como, por exemplo, candidíase e histórico oncológico ativo. “Ainda, acreditamos que o uso da tecnologia e da metodologia proposta, seja um divisor de águas na qualidade de amamentação do bebê e sem dores para as mamães”, acrescenta a pesquisadora.

Os pesquisadores vêem benefícios muito grandes neste tratamento rápido, não-invasivo e indolor, atendendo a que a amamentação não é um processo fácil. Sabrina Peviani espera que com esse seu projeto possa auxiliar essas lactentes, principalmente minimizando as dores causadas pelas fissuras mamárias, que são o primeiro passo para o desmame precoce, podendo esse quadro levar a infecções mais complexas.

Com uma nova metodologia na aplicação do laser, este tratamento insere-se numa evolução dos equipamentos e protocolos desenvolvidos no IFSC/USP, em prol da sociedade, e que tem trazido vários benefícios aos mais diversos tipos de pacientes - tratando dores, doenças crônicas, etc.. Agora, com este tratamento, chegou a vez de se procurar uma melhora da qualidade de vida para as lactantes e para os bebês já no início de suas vidas. O projeto ocorre sob orientação do Prof. Vanderlei Bagnato e com a colaboração do Dr. Aquino Aquino, coordenador da Unidade de Terapia Fotodinâmica da Santa Casa, uma unidade clínica do IFSC/USP.

As lactantes interessadas em participar deste projeto-piloto deverão se inscrever, desde 18/09, na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC).

Contato - (16) 3509-1351 Secretária - Mônica

*Sabrina Peviani (44) é Fisioterapeuta, formada na UFSCar em 2003, com Doutorado e Pós-Doutorado na mesma Universidade. Atua na área de Fisioterapia de Saúde da Mulher, sendo autora deste projeto-piloto de Pós-Graduação no IFSC/USP.

Estudo da UFSCar avalia o trabalho híbrido, remoto e presencial

 

SÃO CARLOS/SP - Investigar de que forma o ambiente de trabalho - no escritório, em casa e trabalho híbrido - afeta os comportamentos físicos e os indicadores de saúde física e mental, percepção de produtividade e a qualidade do sono de trabalhadores administrativos. Esse é o objetivo central de pesquisa de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação  em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 
A pesquisa é realizada pela doutoranda Marina Caldeira, sob orientação da professora Ana Beatriz de Oliveira, docente do Departamento de Fisioterapia da Universidade. "Esse estudo é importante para que possamos conhecer os impactos causados na saúde do trabalhador de acordo com o seu ambiente de trabalho. Os resultados permitirão informações valiosas para traçar políticas públicas trabalhistas, para que empresas públicas e privadas conheçam os riscos e benefícios de cada ambiente de trabalho na saúde do funcionário, e fornecerão evidências para a literatura científica da área", avalia a pesquisadora.
De acordo com ela, os postos de trabalho tornaram-se mais sedentários e isso pode ser atribuído à evolução de tecnologias de comunicação e informação, que possibilitaram a oferta de arranjos de trabalho mais flexíveis, como a oportunidade de trabalhar de casa, principalmente para trabalhadores administrativos. Na Europa, a modalidade de trabalho remoto, ou home office, já era conhecida, mas, no Brasil, essa possibilidade veio com a pandemia de Covid-19, a partir da necessidade do distanciamento social por um longo período. Com a vacinação e o retorno às atividades presenciais, a organização do trabalho híbrido, que intercala dias de trabalho em casa e outros dias no escritório, também se tornou uma realidade para muitos profissionais.
Marina Caldeira expõe que o trabalho em casa e o trabalho híbrido, em menor extensão, durante a pandemia, causaram impactos nos comportamentos físicos e na saúde física e mental dos trabalhadores. "Contudo, pouco se sabe como os novos arranjos de trabalho impactam a saúde dos trabalhadores no contexto pós pandêmico", considera. É nesse cenário que a pesquisadora propõe a realização do estudo para entender e comparar os impactos desses três ambientes tanto na saúde física quanto nos fatores biopsicossociais dos trabalhadores. "O que já sabemos é que os longos períodos de trabalho na postura sentada oferecem maior risco de desenvolvimento de doenças musculoesqueléticas e cardiovasculares", complementa Caldeira.

Pesquisa
Para desenvolver o projeto, a equipe de pesquisa vai utilizar um acelerômetro, sensor vestível, que será fixado na coxa da pessoa voluntária por um período de 7 a 14 dias para mensurar o comportamento físico do participante. O equipamento é pequeno e fica imperceptível, podendo ser usado, inclusive, durante o banho. Além disso, os voluntários também responderão questionários eletrônicos para avaliação dos indicadores de saúde física e mental, percepção de produtividade e qualidade do sono.
Além dos dados utilizados para a pesquisa, os voluntários receberão uma devolutiva sobre seus comportamentos físicos levantados durante o uso do sensor.
Podem participar da pesquisa trabalhadores entre 18 e 65 anos, que atuem quatro horas, ou mais, na frente de um computador. Os interessados podem ser de São Carlos e região e a equipe de pesquisa irá até o local para fixar e retirar o sensor. Pessoas interessadas em participar do estudo devem acessar este formulário de inscrição (https://forms.gle/d7tuF8yaUuSiqssL9). Projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 67899423.0.0000.5504)

BRASÍLIA/DF - A polarização política no Brasil entre os apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda é uma realidade entre o eleitorado mesmo após quase um ano da eleição presidencial de 2018. Segundo pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira, 15, 29% dos eleitores se definem como petistas convictos, enquanto 25% afirmam ser bolsonaristas raiz.

Segundo a pesquisa, a parcela neutra – que diz não estar ligada nem a Lula nem a Bolsonaro – representa 21% do eleitorado. Aqueles que dizem ser mais próximos do petismo são 11% e os mais alinhados ao bolsonarismo, 7%, enquanto 1% afirma não saber.

Desde a primeira edição dessa pesquisa, em dezembro de 2022, a parcela de petistas convictos diminuiu três pontos percentuais, indo de 32% para 29%. Por outro lado, a quantidade de bolsonaristas raiz se manteve a mesma, estável em 25% ou com oscilação dentro da margem de erro.

A permanência de apoiadores fiéis a Bolsonaro ocorre ao mesmo tempo em que o ex-presidente é alvo – direta ou indiretamente – de cinco investigações diferentes. Desde que deixou a Presidência, há nove meses, ele também teve o celular apreendido no âmbito das investigações sobre as fraudes nos cartões de vacinação e os sigilos fiscal e bancário quebrados no bojo da operação sobre a venda de joias recebidas durante viagens oficiais. Nesse mesmo período, também viu aliados próximos serem presos.

A pesquisa Datafolha foi realizada com 2.016 pessoas nos dias 12 e 13 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

 

Aprovação estável de Lula

Nesta quinta-feira, 14, o Datafolha mostrou que a taxa de aprovação do governo Lula está estável enquanto a reprovação teve um crescimento entre os eleitores. Segundo o levantamento, 38% consideram a gestão do petista boa ou ótima, enquanto que 30% a avaliam como regular. Outros 31% acham o mandato do presidente ruim ou péssimo, e 2% não souberam opinar.

Também foi perguntado aos eleitores sobre a expectativa para o governo no futuro. Para 43% do eleitorado, será bom ou ótimo. Os que veem uma piora são 28%. Outros 27% preveem um mandato regular.

 

 

por Natália Santos / ESTADÃO

Participação é presencial, no Laboratório de Estudos do Comportamento Humano (LECH) da UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo na área de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está buscando identificar os processos envolvidos na aprendizagem da linguagem e, para isso, convida estudantes de graduação para participação na modalidade presencial. "A pesquisa investiga como aprendemos a relação entre símbolos de maneira gradual, com diferentes experiências do nosso cotidiano", explica Maria Fernanda Andrade Alvarez, graduanda em Psicologia da UFSCar. Ela participa da coleta de dados do trabalho, que tem como responsável Ramon Marin, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi). 
Para desenvolver o estudo, será aplicado, através do computador, um Procedimento de Ensino de Comportamento Simbólico. "A tarefa consiste na observação e seleção de figuras que serão apresentadas na tela do computador; ela não é uma tarefa complexa, mas exige atenção do participante. Para evitar que o participante se sinta cansado da tarefa, pausas serão programadas", detalha a responsável pelo trabalho.
Podem participar estudantes de graduação e pós-graduação de qualquer curso e universidade. A participação consiste apenas em uma etapa, presencial, realizada no Laboratório de Estudos do Comportamento Humano (LECH), no Edifício Carolina Bori, na área Sul do Campus São Carlos, com duração de 40 a 120 minutos. Para participar, basta manifestar interesse para a pesquisadora Maria Fernanda Andrade Alvarez através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..br ou WhatsApp (35) 99875-6566. Dúvidas podem ser esclarecidas também por esses canais.
A pesquisa, intitulada "Uma Análise da Aprendizagem Gradual de Comportamento Simbólico", tem orientação da professora Deisy G. de Souza, do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar, e conta com apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 44816421.5.0000.5504).

SÃO CARLOS/SP -O docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, irá receber, em janeiro do próximo ano, o “Prêmio Willis E. Lamb de Ciência do Laser e Óptica Quântica” durante o “The Winter Colloquium on the Physics of Quantum Electronics (PQE)”, que ocorrerá na cidade de Snowbird (Utah - EUA)

O “Prêmio Willis E. Lamb de Ciência Laser e Óptica Quântica” é concedido anualmente a renomados cientistas mundiais por suas notáveis contribuições nas áreas de laser e óptica quântica, sendo que essa distinção homenageia Willis E. Lamb, físico e ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1955 por suas descobertas relativas à estrutura fina do espectro de hidrogênio. Por outro lado, um dos maiores destaques foi sua contribuição para a eletrodinâmica quântica, por meio do deslocamento de Lamb, sendo que na última parte de sua carreira ele se dedicou ao campo das medições quânticas.

Pesquisas iniciais remetem para um novo tratamento

 

SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), que desenvolvem seus trabalhos em colaboração com a Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC), na denominada Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), têm-se deparado várias vezes, ao longo do tempo, com pacientes procurando tratamento para patologias que não são muito vulgares. Habituados a tratar pacientes com tendinites, artrite reumatoide, ou mesmo artroses, os fisioterapeutas da UTF foram recentemente confrontados com um paciente apresentando artrite gotosa (hiperuricemia), uma doença inflamatória provocada pelo aumento da taxa  de ácido úrico no sangue causada pela deposição de cristais nas articulações e com tendências para um desgaste prematuro.

A pesquisadora do IFSC/USP e fisioterapeuta, Drª Ana Carolina Negraes Canelada, salienta os efeitos dessa doença, que apresenta um aumento significativo de dores e uma acentuada diminuição dos movimentos. “A hiperuricemia é derivada de uma má alimentação caracterizada por refeições ricas em carne, sal, açúcar e também pelo excesso de consumo de álcool”. Recentemente, os pesquisadores da UTF atenderam um paciente sofrendo com inúmeras crises intensas ao longo de um mês inteiro, tendo sido diagnosticado com  artrite gotosa (gota), tendo sido submetido ao tratamento com o uso de laser e ultrassom, obviamente sem interromper a medicação que se encontrava prescrita pelos médicos. “Realizei esse tratamento durante vinte sessões e o que mais me chamou a atenção durante esses dois meses e meio que durou o procedimento, foi que esse paciente não teve uma única crise durante esse período, retomando o seu cotidiano, mas dessa vez recuperando a sua qualidade de vida”, comemora a pesquisadora.

Por outro lado, na UTF estão sendo atendidos, atualmente, dois pacientes com a denominada “dor neuropática”, classificada igualmente no quadro de patologias incomuns. Essa dor deriva de uma lesão, de uma disfunção do sistema nervoso periférico e do sistema nervoso central. “Essa é uma dor diferente das outras mais comuns, agudas, já que ela se assemelha a agulhadas e queimações semelhantes  a choques elétricos. Essas dores são  instantâneas e não são prolongadas. Há um tempo atrás, atendi - e ainda estou atendendo - uma paciente com neuralgia  pós-herpética e também com neuralgia no nervo trigêmeo.  Quanto à neuralgia  do trigêmeo, ela se dá na região crânio facial e surge devido a vários  fatores: uma compressão de vasos periféricos, lesões tumorais, podendo aparecer também através de uma reativação do vírus varicela zoster, que é a catapora. E a incidência normal dessa patologia gira em torno de 4,5 a cada cem mil indivíduos, principalmente mulheres com idades compreendidas entre os 60 e os 70 anos”, pontua Ana Carolina.

De fato, essa paciente tratada por Ana Carolina chegou até à UTF com dores na região da mandíbula, sensação de choques elétricos, pontadas, agulhadas, tendo informado os pesquisadores de que vinha sofrendo dessa condição há muito tempo, tendo, entretanto, testado vários tratamentos - sem sucesso -, mantendo a administração de analgésicos muito fortes, contudo, com pouco efeito na dor neuropática. “Quando a paciente chegou para fazer o tratamento, ela alegou que morria de medo de mastigar, de realizar o movimento da mastigação. Então, ela triturava antecipadamente os alimentos e tomava sopa e outros líquidos para não ter que realizar a mastigação. Ao final da quinta sessão, na visita seguinte, a paciente comentou com um sorriso: “Eu estou tão feliz! Participei de um churrasco, comi carne, mastiguei carne e estou tomando menos um comprimido do lote que tomava antes do tratamento”. Ainda não terminamos o processo com  ela, já que ainda está em tratamento. De zero a dez - sendo que o zero significa ausência total de dor -, segundo a própria avaliação da paciente, ela classificou o seu estado atual em 3”, conclui a pesquisadora.

O Dr. Antonio Eduardo Aquino Junior, coordenador dos tratamentos que se realizam na UTF, destaca a importância de futuramente se abrir uma nova fronteira para tratamentos de patologias incomuns. “Ao identificar esses casos raros, incomuns, cujas primeiras abordagens já nos deram uma orientação muito positiva, nossa proposta é que, após a submissão dos artigos científicos relativos a esses estudos, podemos avançar em mais experimentos e pesquisas para, junto com novos pacientes, conseguirmos consolidar esse novo tratamento”.

Aplicação conjugada de laser e ultrassom

 

SÃO CARLOS/SP - A partir de resultados obtidos no tratamento das consequências da fibromialgia, desenvolvido no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e no Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID da FAPESP alocado no mesmo Instituto, surge agora a possibilidade de se desenvolver  um tratamento específico para melhorar a qualidade do sono de quem sofre com esse incômodo que compromete a saúde e a qualidade de vida.

Os fisioterapeutas Vanessa Garcia (42) e Tiago Zuccolotto (23) são os pesquisadores-colaboradores do IFSC/USP que começaram a estudar e a testar este novo tratamento com base em Terapia Fotossônica, através da aplicação conjugada de laser e ultrassom. “Através dos tratamentos realizados em doentes fibromiálgicos começamos a perceber que uma de suas queixas era sobre a má qualidade do sono. Pelos relatos dos pacientes, soubemos que a maioria deles não conseguia ter uma boa noite de sono, o que, nesse caso, ia gerando mais estresse, alteração de humor e com um aumento das dores. Conforme íamos aplicando o tratamento, o primeiro testemunho dos pacientes foi na melhora da qualidade do sono, algo que também conseguimos verificar quando estivemos no projeto de tratamentos em pacientes Pós-COVID. Ou seja, o que conseguimos observar foi que o uso conjugado de laser e ultrassom consegue restabelecer a qualidade do sono, e foi aí que abrimos esta nova linha de pesquisa essencialmente dedicada a quem sofre com esse distúrbio”, pontua Vanessa Garcia.

Tiago Zuccolotto comemora o fato de estar entrando em um novo desafio, abrindo uma nova porta para um tratamento que poderá, em um futuro próximo, beneficiar muita gente. “Tem muitas pessoas que fazem uso de medicamentos fortes para induzir o sono. Nossa intenção é avançar nesta pesquisa e desenvolver um novo tratamento indolor que possa melhorar a ação dos medicamentos, agindo como uma terapia associativa, restabelecendo a qualidade de vida das pessoas que sofrem com esse distúrbio”, sublinha Tiago.

Este projeto de pesquisa, que se iniciou em janeiro de 2022, já envolveu dezoito pacientes não fibromiálgicos, ou seja, apenas com distúrbios de sono - mulheres com idades acima dos trinta anos - em um teste inicial de dez sessões ao longo de vinte dias. Contudo, a pergunta é inevitável - só mulheres, porquê? “Para este início de pesquisa escolhemos mulheres com idades iguais ou situadas um pouco acima dos trinta anos, já que acima dos quarenta ou quarenta e cinco anos elas já entram na situação de menopausa, que provoca uma alteração hormonal que acaba também afetando tanto a parte emocional, quanto o sono, podendo desencadear crises de ansiedade e estado de depressão.

Assim, nos concentramos em pacientes mulheres com idades iguais ou acima dos trinta anos, nesta primeira fase do projeto”, conclui Tiago.

Os dados obtidos até o momento e que foram utilizados no trabalho de conclusão de curso dos pesquisadores acima identificados, alunos de fisioterapia da UNICEP, despontam como uma opção interessante para que a Terapia Fotossônica seja associada ao tratamento medicamentoso que é amplamente recomendado. O trabalho foi recentemente encaminhado a uma revista científica internacional para ser apreciado. Após a publicação do manuscrito, a técnica de tratamento será disponibilizada para profissionais interessados que queiram beneficiar seus pacientes, aponta o Dr. Antonio E. de Aquino Junior, coordenador do estudo.

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