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BRASÍLIA/DF - Crianças que frequentaram o segundo ano da pré-escola em 2020, com nove meses de atividades remotas devido à pandemia de covid-19, tiveram perda de 6 a 7 meses de aprendizagem em linguagem e matemática se comparadas àquelas que vivenciaram o mesmo período da pré-escola em 2019, com ensino presencial.

O dado sobre o ritmo de aprendizagem das crianças antes, durante e depois da pandemia mostra ainda que aquelas que frequentaram o segundo ano da pré-escola em 2022, com a volta das atividades presenciais, tiveram ganho de 1 a 2 meses, na comparação com os alunos do mesmo período letivo em 2019.

As informações são do estudo Recomposição das aprendizagens e desigualdades educacionais após a pandemia covid-19: um estudo em Sobral/CE, produzido por pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Oportunidades Educacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LaPOpE).

Embora os dois grupos de crianças (2020 e 2022) tenham vivido ao menos parte da pré-escola com ensino remoto, os resultados sugerem que as ações realizadas pela rede de ensino para mitigar os impactos da pandemia surtiram efeito nas crianças que concluíram a etapa em 2022.

Apoiada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, a pesquisa estimou os efeitos da pandemia no curto e médio prazo e traz evidências inéditas sobre a recuperação do aprendizado, com destaque para a qualidade da educação ofertada.

Para chegar aos resultados, o estudo acompanhou o desenvolvimento de 1.364 crianças matriculadas na rede pública municipal de Sobral (CE), que frequentaram o segundo ano da pré-escola entre 2019 e 2022.

A pesquisa observou que o grupo de crianças que vivenciou o segundo ano da pré-escola em 2020 – com maior período remotamente – aprendeu o equivalente a 39% em linguagem e 48% em matemática, se comparado àquele que frequentou esta etapa em 2019, de modo presencial. Já o grupo que terminou a pré-escola em 2022 aprendeu o equivalente a 111% em linguagem e 115% em matemática, na comparação com o grupo que frequentou o segundo ano da etapa em 2019.

De acordo com os pesquisadores, os resultados mostram os efeitos da reabertura das escolas sobre os ritmos de aprendizagem. As crianças do grupo de 2020, por exemplo, que vivenciaram o primeiro ano da pré-escola presencialmente, sofreram com a interrupção das atividades presenciais e a oferta remota na conclusão da etapa educacional.

Segundo Mariane Koslinski, pesquisadora do LaPOpE e uma das responsáveis pelo estudo, as incertezas da pandemia, as interrupções nas atividades, presenciais ou não, e todo o período de adaptação ao modelo remoto impactaram diretamente no ritmo de aprendizagem dessas crianças, que tiveram aprendizagem aquém daquelas que concluíram a etapa em 2019.

A pesquisadora destacou, no entanto, que a recuperação do ritmo de aprendizagem das crianças que concluíram a educação infantil em 2022 chama ainda mais atenção. “É curioso porque, como as crianças do grupo de 2020, as do ano passado também viveram parte da etapa no regime remoto”, disse Mariane, em nota.

“O que os resultados indicam é que, provavelmente, as ações da rede de educação de Sobral foram importantes para mitigar os efeitos da pandemia e acelerar o ritmo de desenvolvimento dessas crianças”, completou.

Entre as ações, a pesquisadora destacou programas de busca ativa, ampliação da oferta de tempo integral e a implementação de novo currículo para a Educação Infantil alinhado àBase Nacional Comum Curricular (BNCC).

Os pesquisadores reforçam ainda que os resultados do estudo não devem ser interpretados como um retrato do que aconteceu no resto do país. “A ausência de coordenação nacional nos anos de pandemia gerou um cenário extremamente desafiador para os gestores municipais e as respostas para os desafios da pandemia foram muito desiguais e inconsistentes quando comparamos estados e municípios pelo país”.

Para a gerente de Conhecimento Aplicado e especialista em educação infantil da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Beatriz Abuchaim, o desafio neste momento ultrapassa as esferas educacionais. “Diversas evidências mostram que a pandemia afetou desigualmente as famílias em questão de renda, acesso a serviços e a redes de apoio. Tudo isso trouxe impactos para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças”, afirmou Beatriz, em nota.

“Nesse sentido, as ações devem ser integradas e contemplar diversas esferas e níveis de governo. A responsabilidade por montar essa estratégia não pode ser só da área de educação”, acrescentou.

Recomendações

Os pesquisadores apresentam uma série de recomendações para os gestores de diferentes níveis a fim de mitigar os problemas apontados. Para o Ministério da Educação é recomendado que haja um protagonismo na elaboração de um plano nacional de recuperação de aprendizagem com aporte de recursos e apoio técnico para guiar as ações das secretarias estaduais e municipais de educação.

Já as secretarias estaduais de educação devem, entre outros pontos, oferecer apoio técnico e financeiro para que os municípios elaborem e implementem suas estratégias. As secretarias municipais de educação, por sua vez, devem implementar programas de busca ativa de crianças com foco na educação infantil e elaborar diagnósticos sobre os efeitos da pandemia no desenvolvimento das crianças e nas taxas de abandono e evasão escolar.

Os diretores e professores podem promover maior integração entre famílias e escolas incorporando estratégias bem-sucedidas de comunicação com famílias utilizadas durante a pandemia.

 

 

Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil

Estudo vai analisar habilidades funcionais e participação social de crianças de todo o Brasil

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está realizando o e-FollowKids - projeto de avaliação remota das habilidades funcionais e da participação social em crianças a partir de 12 meses. Para isso, familiares e/ou cuidadores de crianças entre 10 e 13 meses podem participar do estudo que pretende identificar possíveis atrasos no desenvolvimento desses bebês e orientar as famílias conforme cada caso.
A pesquisa é conduzida pela doutoranda e fisioterapeuta Raissa Abreu, sob coordenação de Nelci Adriana Cicuto Ferreira Rocha, docente do Departamento de Fisioterapia da UFSCar, e tem participação de outros fisioterapeutas do Laboratório de Análise do Desenvolvimento Infantil (LADI) da Universidade, além da parceria de médicos e centros de acompanhamento de bebês e crianças no estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
O projeto vai avaliar o desenvolvimento de crianças nas idades de 12, 18 e 24 meses, com o objetivo de identificar, o quanto antes, possíveis alertas para atraso no desenvolvimento. De acordo com os pesquisadores, o protocolo criado pela equipe tem a intenção de colocar a família como centro do cuidado da criança e identificar fatores externos que podem facilitar ou dificultar suas atividades e participação.
As crianças avaliadas no estudo podem ter apresentado, ou não, algum risco ao nascer, como prematuridade; baixo peso; internação em UTI; complicações como falta de oxigênio e necessidade de reanimação cardiorrespiratória ou convulsões. De acordo com os pesquisadores, "os estudos mostram que bebês que possuem esses tipos de risco podem ter atraso no desenvolvimento, e a fisioterapia nos primeiros dois anos de vida pode ajudar a diminuir esses atrasos, auxiliando no desenvolvimento do bebê, pois nessa fase as chances de recuperação são maiores".
Diante disso, as crianças participantes serão avaliadas, em formato online, aos 12, 18 e 24 meses, sendo que cada avaliação ocorre em duas etapas: preenchimento de formulários e entrevista telefônica com o cuidador principal. Para participar do estudo, as crianças não devem ter nenhuma deficiência. Interessados em se integrar à pesquisa devem preencher este formulário eletrônico (https://bit.ly/40iQ1Ij).Ao final da pesquisa, a equipe entregará às famílias um relatório com os resultados, sugestões e orientações com o objetivo de potencializar os resultados de habilidades funcionais e a participação da criança dentro dos contextos em que ela está inserida (casa, creche e comunidade). Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 60443522.5.0000.5504).

SÃO CARLOS/SP - Na sequência de um projeto clínico iniciado em 2021 visando o tratamento de mulheres portadoras de alopecia androgenética – calvície padrão feminina -, jovens pesquisadoras formadas pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estão iniciando um novo projeto clínico, desta vez com a utilização de um tônico de curcumina e óleos essenciais e aplicação de fotobiomodulação com laser de baixa potência, projeto que está lançando agora uma chamada para 16 mulheres voluntárias, com faixa etária entre os 18 e 50 anos, que apresentem rarefação difusa dos cabelos na região frontal e parietal do couro cabeludo.

Não poderão participar desta chamada mulheres que tiveram covid-19 há menos seis meses e que apresentem início da menopausa, doenças graves – como tumores malignos ou benignos, lúpus, psoríase, diabetes, lesões de pele de qualquer natureza, que tenham distúrbios psicológicos e hormonais, portadoras de marca-passo, quadro de anorexia, bulimia ou desnutrição, ou que estejam em tratamento de hemodiálise, fumantes, usuárias de drogas, e voluntárias que já estavam em tratamento para queda de cabelos.

Este estudo, conduzido pela Drª Alessandra Drª Alessandra Keiko Lima Fujita, doutora em ciências na área de Biofotônica pelo IFSC/USP e na área de disfunções capilares e pesquisadora responsável por este projeto de pesquisa, e por Patricia Kaori Shiraishi, terapeuta capilar especializada em disfunções do couro cabeludo, formada pela Associação Brasileira de Tricologia, incluirá dez sessões de tratamento (uma por semana) e ocorrerá na “K Quadrado – Espaço de Beleza e terapia integrativa”, Rua Visconde de Inhauma, 1515, São Carlos.

As voluntárias interessadas nesta pesquisa poderão se inscrever através do Whatsapp (16) 98110-9219.

Trabalho desenvolvido na pós-graduação em Física foi escolhido como Artigo de Destaque

 

SÃO CARLOS/SP - O artigo "Tuning the conductance topology in solids", que conta com a participação de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), do Programa de Pós-Graduação em Física (PPGF), foi escolhido como Artigo de Destaque (FA) no Journal of Applied Physics. São autores do artigo: o aluno de mestrado do PPGF, Rafael Schio Wengenroth Silva; Victor Lopez Richard, professor do Departamento de Física (DF) da UFSCar; Ovidiu Lipan professor do Departamento de Física da Universidade de Richmond, EUA; e Fabian Hartmann, professor da Cátedra de Física Técnica da Universidade de Würzburg, Alemanha.
O artigo analisa sistematicamente as causas e efeitos do surgimento natural ou intencional de fenômenos de memória no transporte de cargas elétricas em sólidos e nanoestruturas, reduzindo-os a ingredientes básicos. A memória a que se refere o trabalho está relacionada à dependência do estado condutivo da história anterior do sistema (histórico do estímulo elétrico prévio).
A pesquisa surgiu de peculiaridades interessantes associadas a efeitos de memória, como respostas histeréticas de corrente com múltiplos cruzamentos e efeitos indutivos aparentes (ou capacitâncias negativas), que aparecem de maneira natural em muitos sistemas físicos e dependem de fatores externos tais como, por exemplo, formas de pulsos de voltagem, amplitudes, frequências e temperatura. O objetivo do trabalho foi conseguir explicar teoricamente a natureza desses desafiantes efeitos e a maneira de prevê-los e controlá-los.
"Neste artigo, somos capazes de demonstrar inequivocamente que esses são fenômenos bastante universais, relacionados à inércia de aprisionamento e liberação de portadores de carga fora do equilíbrio, ao mesmo tempo em que fornecemos uma descrição física unificada, resultando em um modelo analítico compacto. Foi incluída uma representação geométrica que traz uma perspectiva diagramática intuitiva em termos topológicos para descrever os efeitos discutidos: múltiplos cruzamentos, assim como as respostas aparentemente capacitivas ou indutivas", explicou Richard.
O pesquisador ainda explica sobre o destaque concedido à pesquisa: "Os editores da Revista acharam que o artigo era um dos melhores da revista e decidiram promovê-lo como Artigo em Destaque (Featured Article). Uma vez publicado, o artigo é exibido com destaque na página inicial da revista e é identificado com um ícone ao lado do título do artigo. Além disso, foi escolhido como capa dessa edição da revista".
O trabalho teve o apoio financeiro do CNPq. Confira a seguir a íntegra do artigo (https://aip.scitation.org/doi/full/10.1063/5.0142721)
Estudo convida crianças de um ano e meio a dois anos para participação

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida no Laboratório de Interação Social da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), do Departamento de Psicologia, busca voluntários para testar a eficácia de dois procedimentos com música no ensino inicial da fala para crianças pequenas. Poderão participar crianças com idade entre um ano e meio e dois anos e meio, sem ou com diagnóstico de atrasos ou transtornos do desenvolvimento.
Durante a pesquisa, as crianças terão a oportunidade de aprender cantando e tocando instrumentos musicais. "A música pode favorecer o engajamento das crianças no processo de aprendizagem por ser uma atividade prazerosa e motivadora", explica Josiane Fernanda Covre, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) e responsável pelo trabalho.

Participação
Os encontros serão individuais, sempre na companhia do adulto, realizados uma ou duas vezes por semana, de acordo com a disponibilidade das famílias participantes, no período de um a três meses, e acontecerão presencialmente no Campus São Carlos da UFSCar. Os interessados podem se inscrever e tirar suas dúvidas respondendo ao formulário online disponível em https://bit.ly/3JVI6dE ou entrando em contato direto com a pesquisadora pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou WhatsApp (16) 99796-0144.
O estudo, intitulado "Efeito de um procedimento de ensino com música no comportamento ecoico de crianças pequenas", é orientado pela professora Maria Stella Gil, do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 66885923.0.0000.5504)
Estudo convida voluntários para participação presencial

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa na área da Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que ensina o uso de aplicativos de celular para idosos, está convidando participantes. O objetivo é promover o letramento de idosos, por meio das potencialidades da tecnologia de Programação de Contingências para o Desenvolvimento de Comportamentos (PCDC) e do paradigma de Equivalência de Estímulos.
"A PCDC é uma tecnologia de ensino que tem como ênfase o estabelecimento de objetivos (comportamentos-objetivo) a partir de questões socialmente relevantes, isto é, problemas vivenciados pelos aprendizes e/ou sua comunidade que poderiam ser solucionados a partir do repertório ensinado", explica Vitor Duncan Marinho, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) da UFSCar, responsável pelo estudo. Já a equivalência de estímulos "é um paradigma comportamental que prevê que as pessoas aprendem mais do que aquilo que lhes é diretamente ensinado, isto é, o ensino de algumas relações faz emergir outras sem que seja necessário o ensino direto", completa.
Para avaliar essas ferramentas no letramento digital de idosos, a pesquisa convida voluntários para participar como aprendizes. Os critérios de participação são: ter 60 anos de idade ou mais, saber ler e escrever, possuir acuidade visual normal ou corrigida (uso de óculos) e ter acesso a um celular Android. Além disso, deve faltar ao participante o domínio em, ao menos, uma das funções a serem ensinadas: (1) manter o dispositivo conectado; (2) usar botões de navegação; (3) fazer e receber chamadas; (4) usar a câmera; (5) acessar aplicativos; (6) usar o navegador; (7) usar o cliente de e-mail; (8) usar o WhatsApp; ou (9) usar o YouTube.
"Os voluntários serão ensinados sobre o uso dos aplicativos que indicarem interesse em aprender. Assim, a vantagem proporcionada a eles é aprender a usar tais aplicativos e, com isso, ter acesso a suas utilidades", explica o pesquisador. 
A participação será realizada em formato presencial, em sessões individuais, na sala do Laboratório de Estudos Aplicados a Aprendizagem e Cognição (LEAAC), que fica no Departamento de Psicologia (DPsi), na área Sul do Campus São Carlos da UFSCar. Para manifestar interesse, basta entrar em contato com o pesquisador responsável pelo WhatsApp (11) 99887-2360 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
A pesquisa, intitulada "Aplicação da PCDC ao ensino do uso de dispositivos Android para idosos a partir da formação de classes de equivalência", é orientada pelos professores João dos Santos Carmo, do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar, e Nádia Kienen, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), e tem o apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 52804421.8.0000.5504).
Autora da tese, Sara Munhoz, recebeu prêmio do Instituto Norberto Bobbio em São Paulo

 

SÃO CARLOS/SP - A tese de doutorado "A paixão do acesso: uma etnografia das ferramentas digitais e da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça", de Sara Munhoz, defendida no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ganhou o primeiro lugar na categoria "pós-graduação stricto sensu" do Prêmio Raymundo Magliano Filho, fomentado pelo Instituto Norberto Bobbio (INB). 
Para desenvolver a pesquisa, Sara Munhoz, que cursou o doutorado do PPGAS de 2017 a 2022, utilizou documentos do STJ e da Secretaria de Jurisprudência do Tribunal para analisar as técnicas de divulgação e recomendações digitais após os julgamentos. A pesquisadora investigou as possibilidades de enunciação da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça a fim de contribuir para uma análise do que se considera uma justiça democrática e cidadã.
A tese teve a orientação do professor Jorge Luiz Mattar Villela, do Departamento de Ciências Sociais (DCSo) da UFSCar, e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e está disponível gratuitamente no Repositório da UFSCar (https://bit.ly/3UnFYAg). 
No estudo, são descritas "as relações complexas e cada vez mais entrelaçadas entre o direito e a informática, e entre os conceitos de acesso e de democratização da justiça, a partir de um vasto arquivo do Superior Tribunal de Justiça (que incluiu tanto acórdãos e súmulas como documentos institucionais como relatórios, manuais, boletins e notícias do tribunal)". Um dos diferenciais do trabalho, segundo a autora, foi lidar com materiais inéditos para descrever procedimentos técnico-administrativos até então negligenciados pela bibliografia especializada, que usualmente se dedica às etapas que tornam possível a transformação de inquéritos em processos e de processos em sentenças, "mas ainda não havia examinado os movimentos e transformações que continuam a ser produzidos depois de já tomadas as decisões judiciais". E destaca: "Ao privilegiar os circuitos burocráticos e as sínteses digitais ulteriores aos julgamentos, a tese expande o alcance da bibliografia, incluindo agora a sua vinculação profunda com a informática, sem a qual já não se pode mais julgar". 
Além disso, continua a autora, "a tese inverte o importante tema do acesso, examinando-o não a partir das portas de entrada dos tribunais, como de costume, mas pelo que o STJ se empenha em expelir: informações digitalmente divulgadas, organizadas a partir de decisões técnico-políticas que se submetem, necessariamente, às urgências aceleratórias contemporâneas". O trabalho também adensa os debates crescentes em torno do poder persuasivo das ferramentas de busca digitais, "demonstrando como um dos mais importantes serviços de funcionamento do Estado e da democracia são dependentes de sua lógica e de seu funcionamento", argumenta Munhoz. 

O prêmio
O Instituto Norberto Bobbio (INB) é uma instituição sem fins lucrativos que visa fortalecer a sociedade civil e aprofundar a experiência democrática no Brasil. O Prêmio Raymundo Magliano Filho foi criado em homenagem ao ex-presidente da Bolsa de Valores de São Paulo e fundador do INB. A premiação, que deverá acontecer anualmente, tem como objetivo reconhecer trabalhos acadêmicos que contribuem para a ampliação da participação cidadã. O foco deste ano foram trabalhos e iniciativas voltados para questões relacionadas à democracia, igualdade e inovação cidadã. A cerimônia da primeira edição aconteceu no último dia 7 de março e contou com representantes do Consulado Italiano, do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). 
"É uma honra e uma alegria ter sido escolhida como uma finalista", disse a autora da tese durante a premiação em São Paulo. "É uma alegria porque, embora a confecção de uma tese envolva sempre muita gente, ela também é uma tarefa criativa bastante solitária. Depois de anos de trabalho, saber que meu texto, meu argumento e minhas reflexões reverberaram, fizeram sentido, tiveram importância inclusive para colegas de outras áreas, de outras disciplinas, é maravilhoso. Estou certa de que a Antropologia tem muito a contribuir nos debates a respeito do Estado e do Direito, principalmente por deslocar conceitos e perspectivas excessivamente cristalizadas como a de democracia e a de acesso".
A live de premiação está disponível no YouTube, em https://bit.ly/432MK2x. A pesquisa também será publicada em livro pela Editora Hucitec, na Coleção Antropologia Hoje. Mais informações sobre o estudo podem ser solicitadas diretamente com Sara Munhoz pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Desvendado todo o processo de maturação da proteína Protease

 

SÃO CARLOS/SP - Na sequência do trabalho desenvolvido no Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar) - https://cibfar.ifsc.usp.br/ um CEPID da Fapesp alocado no IFSC/USP e coordenado pelo Prof. Glaucius Oliva -, ao qual demos o devido destaque em março passado (VER AQUI),

https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/resistencia-a-medicamentos-compromete-avancos-no-combate-a-covid-19-pesquisadores-do-cibfar-investigam-acao-das-variantes-da-protease/ pesquisadores desse centro de pesquisa conseguiram recentemente desvendar todo o processo de maturação da proteína Protease, presente no genoma do SARS-Cov-2, um estudo que foi publicado na prestigiada revista “Nature Communications”.

Nos anteriores estudos os pesquisadores conseguiram acompanhar grande parte do processo bioquímico por que essa proteína passa até chegar à sua forma madura, com exceção do primeiro passo da sequência, que só agora foi visualizado e entendido, como explica o responsável por essa pesquisa, Dr. Andre Schützer de Godoy.

“Nos primeiros estudos, foram muito bem descritos os passos da maturação da Protease, com exceção do passo inicial, sendo que isso era fundamental para entender todo o processo. Por termos utilizado a cristalografia como técnica escolhida para elaborarmos todos os estudos, contudo ela se mostrou ineficaz para descrever o estado inicial do processo. Foi nesse momento que optamos por utilizar outra técnica que, embora já tenha sido criada há algum tempo, tem sofrido melhorias significativas nos últimos anos - a Crio-Eletro Microscopia Eletrônica e, graças a essa técnica, conseguimos observar o primeiro passo da maturação da proteína, algo que é inédito”, comemora o pesquisador.

Com este estudo, os pesquisadores conseguiram completar o entendimento de todo o mecanismo, algo que é importantíssimo para o desenvolvimento de novos fármacos para combater de forma eficaz o SARS-CoV-2.

Este estudo contou com a colaboração de pesquisadores de instituições de pesquisa do Reino Unido.

Para acessar o artigo científico desta pesquisa, clique AQUI https://www.nature.com/articles/s41467-023-37035-5

Estudo pode apoiar tratamentos que utilizam a laserterapia em diferentes aplicações

 

SÃO CARLOS/SP - Um projeto de Iniciação Científica do Departamento de Fisioterapia(DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está convidando voluntários para estudo que pretende estabelecer um padrão para a penetração da luz (laser vermelho e infravermelho) na pele humana. Com base nos levantamentos do estudo, os diferentes tratamentos à base da laserterapia podem indicar a potência correta para potencializar os efeitos desejados.
A terapia com luz, por meio do laser vermelho ou infravermelho, é indicada para o tratamento de diferentes casos, como aceleração na produção de fibras colágenas, estimulação de cicatrização de tecidos no pós-operatório cirúrgico, ação analgésica e anti-inflamatória, bioestimulação na cicatrização de tecidos profundos, dentre outros. No entanto, para garantir a efetividade desses tratamentos, é preciso mensurar e aplicar corretamente a potência da luz, garantindo que ele penetre na pele humana e alcance o tecido necessário.
Diante disso, o graduando em Fisioterapia da UFSCar Otávio Bernardes Dutra, sob orientação de Cleber Ferraresi, docente do DFisio, desenvolve um projeto para aplicar o laser juntamente com o uso de dermocosmético e pretende checar se esse produto pode auxiliar na penetração de luz na pele humana. "A expectativa do estudo é que o dermocosmético melhore a penetração e, consequentemente, a absorção da luz, para tecidos mais profundos, potencializando os efeitos do laser para a reabilitação", relata o estudante. 
Para realizar o estudo, são convidadas pessoas entre 40 e 60 anos, com índice de massa corporal (IMC) entre 18,5 e 29,9. Os participantes não podem ter tatuagem na região anterior da coxa, ou possuir dificuldade cognitiva para relatar sensação térmica. Pessoas interessadas devem preencher este formulário eletrônico (https://bit.ly/3KOfYLv), até o mês de julho. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética da UFSCar (CAAE: 58955422.0.0000.5504).
Estudo convida voluntários para participação

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa na área da Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está trabalhando com um modelo de análise experimental da gamificação. Para isso, estão sendo convidados voluntários acima de 18 anos para participação presencial no Campus São Carlos.
"Gamificação é o uso de elementos de jogos em outros contextos, seja educacional, venda de produtos, mídias sociais, entre outros", explica Alceu Regaço dos Santos, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) da UFSCar e responsável pelo estudo. "O objetivo da pesquisa é estudar gamificação de uma maneira experimental. Estou utilizando um procedimento de ensino já bem descrito e utilizado na literatura, e verificando o efeito de diferentes elementos de gamificação na aprendizagem dos participantes", completa o pesquisador.
"Esse estudo é importante por três motivos principais: verificar se a gamificação é vantajosa mesmo em procedimentos que já funcionam e são eficazes, abrir um caminho para se testar elementos específicos da gamificação e desenvolver um software gamificado que possa ser utilizado por outras pessoas", elenca Santos.
Pode participar qualquer pessoa acima de 18 anos. A pesquisa é presencial, no Campus São Carlos da UFSCar, totalmente computadorizada e acontece em dois dias: no primeiro, a participação dura entre 30 e 70 minutos e, no segundo dia, cerca de 15 minutos. Dúvidas podem ser esclarecidas com o pesquisador responsável pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (11) 99419-0099 (também WhatsApp).
A pesquisa, intitulada "Gamificação aplicada ao procedimento de Matching-to-Sample", tem orientação do professor Júlio de Rose, do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar, e conta com apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 57225522.8.0000.5504).

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