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Mais de 100 jovens brasileiros já participaram do estudo, que recebeu prêmio internacional na área de Fisioterapia

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, realizada no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), foi premiada durante o Congresso Mundial de Fisioterapia, ocorrido em Dubai, neste ano. Concorrendo com pesquisas de todas as partes do mundo e em diferentes ramos da Fisioterapia, a pesquisa da UFSCar recebeu o prêmio "Apresentação de pôster de destaque da Fisioterapia Mundial: região da América do Sul". Em linhas gerais, o estudo busca compreender como está sendo o processo de transição para a vida adulta de adolescentes e jovens adultos com paralisia cerebral (PC) no Brasil. Mais de 100 participantes de todas as regiões brasileiras já foram avaliados durante a pesquisa, que ainda recebe voluntários para as últimas análises.
A pesquisa é conduzida pela doutoranda Camila Araújo Santos Santana, sob orientação de Ana Carolina de Campos, do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, e tem parceria com pesquisadores da McMaster University, do Canadá, e da University Medical Center Utrecht, da Holanda. O estudo tem apoio financeiro da Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Programa Capes PrInt-UFSCar e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). 
De acordo com Camila Araújo, a compreensão do processo de transição para a vida adulta de jovens com deficiência ainda é pouco explorada no Brasil, o que dificulta a organização dos serviços e políticas públicas para atender às reais demandas dessa população. "Este é um estudo que, em uma de suas etapas utilizou de metodologia participativa para o envolvimento do público, e incluiu os próprios jovens com PC como reais parceiros. Os dados deste estudo trarão informações inéditas sobre diversas áreas da vida dos jovens com paralisia cerebral, que poderão ser utilizadas por profissionais de outras áreas além de Fisioterapia", aponta a pesquisadora.  
O principal objetivo da pesquisa é entender as experiências dos jovens com PC durante a fase de transição para a vida adulta em diversas áreas da vida e identificar fatores influenciadores para a aquisição de autonomia em participação. Até agora, o estudo já levantou dados importantes: "a identificação de fatores de maior impacto pessoal e social para um processo de transição para a vida adulta com maior ou menor autonomia, como a influência da idade, do capacitismo e a acessibilidade", destaca ela.
A pesquisa será concluída em 2024 e ainda há vagas para a participação de adolescentes, entre 13 e 17 anos, que tenham diagnóstico de PC e consigam compreender e responder perguntas de simples à média complexidade. A participação consiste em resposta de questionários e pessoas interessadas podem entrar em contato pelo e-mail cassantana@estudante.ufscar.br ou pelo Instagram do projeto, também nomeado de "Futuro à vista na Paralisia Cerebral".

Premiação
Os resultados dos trabalhos premiados no Congresso Mundial de Fisioterapia foram divulgados recentemente e a pesquisadora celebrou o reconhecimento. "A importância do estudo já vinha sendo destacada pelos próprios participantes, e ter o reconhecimento também de profissionais em um evento internacional foi a confirmação que estamos realizando um trabalho de relevância", comemora Camila Araújo.
Mais informações sobre a pesquisa podem ser acessadas no Instagram (@futuroavista.transicao).

Estudo da UFSCar busca participantes para testes e exames como espirometria e bioimpedância

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de mestrado, do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem por objetivo compreender, de um modo geral, como o comportamento do sistema cardiopulmonar influencia o desempenho dos asmáticos durante a prática do exercício. A pesquisa é feita no Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar (Lacap) e está convidando voluntários para realizarem testes e exames gratuitos.
O estudo é conduzido pela mestranda Gabriele Da Dalto Pierazzo, sob orientação de Adriana Sanches Garcia de Araújo, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio), e coorientação de Cássia da Luz Goulart, pós-doutoranda do PPGFt.
A asma é uma doença que acomete os pulmões, acompanhada de uma inflamação crônica dos brônquios, espécies de tubos que levam o ar para dentro dos pulmões. A doença pode ser mais leve ou chegar a interferir nas atividades diárias do paciente. Dentre os principais sintomas estão dificuldade para respirar, dor no peito, tosse e respiração ofegante. Geralmente, a asma é controlada com inaladores de resgate, que tratam os sintomas, e inaladores de controle (esteroides), que os previnem. Os casos graves podem exigir inaladores de ação prolongada que mantêm as vias aéreas abertas, bem como esteroides orais.
De acordo com Gabriele Pierazzo, o foco da pesquisa é compreender o comportamento do oxigênio nos músculos, a dilatação da artéria que fica no braço e o controle cardíaco de pacientes asmáticos durante o exercício. Os participantes realizarão diferentes testes e exames para avaliar todas as questões. "A expectativa é que o estudo traga novos conhecimentos sobre como a asma afeta as pessoas. Esse resultado pode ser aplicado na prática clínica por meio de novas estratégias de intervenção em fisioterapia cardiopulmonar e em outros atendimentos de pessoas com asma", aponta a pesquisadora.
Para desenvolver a pesquisa, estão sendo convidadas pessoas, entre 18 e 60 anos, que tenham diagnóstico de asma e que não sejam fumantes. Os exames e testes serão feitos em duas visitas ao Lacap, conforme agendamento com os participantes. As pessoas interessadas em participar podem entrar em contato pelo telefone (14) 98171-1017 ou pelo e-mail gabrielepierazzo@estudante.ufscar.br. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 73352223.8.0000.5504).

SÃO PAULO/SP - Na reta final de seu primeiro ano de mandato, o presidente Lula (PT) manteve sua avaliação estável. O petista fecha 2023 com 38% de aprovação dos brasileiros, enquanto 30% consideram seu trabalho regular, e o mesmo número, ruim ou péssimo.

Os dados são da quarta rodada de pesquisa do Datafolha sobre a popularidade do presidente, que ouviu 2.004 eleitores em 135 cidades do Brasil na terça (5). A margem de erro média é dois pontos para mais ou para menos.

Os números se mostraram praticamente imutáveis ao longo das quatro aferições ao longo do mandato. A única variação expressiva ocorreu entre junho e setembro, quando a reprovação subiu de 27% para 31%, ainda assim nada que caracterizasse um tombo.

O perfil da aprovação presidencial é bem homogêneo, com as nuances seguindo as linhas básicas da campanha eleitoral: é mais bem avaliado entre nordestinos (48%, num grupo que representa 26% da amostra) e quem tem menos escolaridade (50% nesses 28% dos ouvidos).

Na mesma linha, sua reprovação sobe a 39% entre os 22% com curso superior e os 15% que moram no Sul. O maior índice é visto nos 4% mais ricos: 47% dessas pessoas que ganham mais de 10 salários mínimos mensais veem Lula como ruim ou péssimo.

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Apesar de algumas iniciativas de aproximação, o petista não teve sucesso em ganhar o coração evangélico, grupo de 28% do eleitorado muito influente politicamente, geralmente associado ao bolsonarismo. Nele, sua reprovação é de 38%, ante 28% registrados entre católicos (52% da população ouvida).

Um grupo que se destaca é o dos mais jovens, que forma 15% do eleitorado, no qual Lula atinge a maior taxa de avaliação regular (40%) --um sinal de que a política tradicional adotada pelo petista pode ter apaziguado os ânimos após os turbulentos anos de Jair Bolsonaro (PL, 2019-2022) e a apoplexia golpista do 8 de janeiro, mas talvez não tenha grande apelo no eleitorado futuro.

O entorno presidencial pode comemorar tal estabilidade em meio a um ano arrastado na política, com decisões longamente proteladas, como a escolha dos novos titulares do STF (Supremo Tribunal Federal) e da PGR (Procuradoria-Geral da República), e constantes atritos com o centrão de sua base parlamentar.

A gestão Lula também foi marcada até aqui pela falta de novas marcas, tendo reciclado com maior ou menor grau de repaginação diversos programas de seus mandatos anteriores, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o Bolsa Família.

Esse marasmo se reflete na avaliação crescente e majoritária de que Lula fez menos do que o esperado neste primeiro ano.

O Datafolha aferiu em março 51% dos eleitores dizendo isso; são 57% agora. Já aqueles que acham que ele superou expectativas oscilaram de 18% para 16%, assim como os que dizem que ele fez o esperado (25% para 24%).

No cenário internacional, aposta de destaque do presidente após o ostracismo proposital da gestão Bolsonaro, o desempenho de Lula acabou sendo marcado por contradições e vaivéns, como na questão da Guerra da Ucrânia, na relação com os Estados Unidos e Europa ou na agenda ambiental ambígua.

Assim, o bom resultado relativo pode ser debitado da economia, que deverá ter um crescimento acima do esperado, de 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto) e, mais importante, registra inflação estável e as menores taxas de desemprego desde 2014. Isso, em política, é popularidade na veia.

O país fechou os três primeiros trimestres do ano com 7,6% de desemprego, e com 100,2 milhões de pessoas com alguma atividade remunerada.

Lula voltou ao governo para um inédito terceiro mandato após ter liderado o Brasil de 2003 a 2010. Tal condição, como os números mostram, lhe tirou o frescor de novidade política e o levou a não repetir o desempenho de seu primeiro mandato: no fim de 2003, ele tinha 42% de ótimo/bom, 41% de regular e 15%, de ruim/péssimo.

Números semelhantes tinha Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao fechar 1995, enquanto Dilma Rousseff (PT) marcava 59% de aprovação, 33% de regular e 6%, de reprovação em 2011. Em relação a eleitos pela primeira vez à mesma altura do mandato, Lula supera bem Fernando Collor (PRN), que em 1991 tinha só 23% de ótimo/bom, 40% de regular e 34% de ruim/péssimo.

Já na comparação direta com Bolsonaro, que segue sendo seu maior opositor político até pela conveniência que a polarização traz ao petista, Lula se sai melhor. No fim de seu primeiro ano, quando não havia começado o período mais agudo da gestão, o então presidente tinha 30% de aprovação, 32% de avaliação regular e 36% de ruim/péssimo.

Os dados são fotografias, por óbvio. FHC e Dilma foram reeleitos, mas a sucessora de Lula acabou sofrendo impeachment em 2016, assim como Collor renunciou em 1992 para evitar o mesmo destino. E o criticado Bolsonaro quase venceu Lula no ano passado, perdendo o segundo turno por apenas 1,8 ponto percentual.

 

 

por IGOR GIELOW / FOLHA de S.PAULO

Resultados foram publicados em artigo derivado de pesquisa da UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - Os ecossistemas de água doce enfrentam sérios problemas devido a proliferações de algas nocivas, a exemplo da Prymnesium parvum ou "alga dourada". Um trabalho publicado no mês de setembro em uma revista científica demonstrou o alto potencial invasor dessa alga em reservatórios da América do Norte, Europa e Austrália, embora a presença de populações tóxicas da espécie já tenha sido reportada em ambientes aquáticos no Brasil. A publicação é derivada da pesquisa de doutorado do primeiro autor do artigo, Rafael Lacerda Macêdo, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 
O artigo, intitulado "Towards effective management of the marine-origin Prymnesium parvum (Haptophyta): A growing concern in freshwater reservoirs?" ("Em busca do manejo eficaz da alga de origem marinha Prymnesium parvum: Uma crescente preocupação em reservatórios de água doce?"), foi publicado na revista científica Harmful Algae e está disponível em https://bit.ly/3QzIlOR
No estudo, foram utilizadas "técnicas avançadas de Modelos de Distribuição de Espécies (SDM) para avaliar o risco de invasão de P. parvum em reservatórios de diferentes partes do mundo: na América do Norte, Europa e Austrália. O estudo alerta para o fato de que o potencial de invasão do P. parvum é muito maior do que se pensava, abrangendo áreas geográficas muito mais extensas. Isso é preocupante, pois essa espécie pode colonizar várias bacias e regiões em que ainda não se tem registro de sua ocorrência", alertam os autores.
"A Prymnesium parvum é comumente referida como alga dourada devido aos pigmentos de fucoxantina encontrados em seus cloroplastos [organelas que ocorrem nas células de plantas e algas]; trata-se de uma microalga unicelular que possui dois longos flagelos [filamentos finos e compridos] que permitem o movimento e auxiliam na absorção de nutrientes", descreve Macêdo. "Seu sucesso como invasora dá-se, entre outras coisas, à capacidade eurihalina (capacidade de tolerar grandes variações de salinidade) e euritérmica (capacidade de tolerar grandes variações de temperatura) do organismo", explica o pesquisador. "Ela é capaz de tolerar, por exemplo, salinidades que variam, na Escala Prática de Salinidade, de 3 PSU (ligeiramente acima da água doce) a 30 PSU (água do mar), e temperaturas entre 2 e 30°C, além, ainda, da sua capacidade mixotrófica (capacidade de alternar o mecanismo de obtenção de energia entre eutotrofia - quando efetuam a síntese de moléculas orgânicas através da fotossíntese - e heterotrofia - a partir da obtenção de fontes orgânicas externas). Ao alcançar áreas não nativas, ainda por meios não totalmente claros (possivelmente por água de lastro não tratada), essas características a tornam uma alga altamente competitiva, dominando a comunidade planctônica onde ela invade, com riscos à fauna e ao ambiente locais".
O trabalho é destinado, principalmente, a tomadores de decisão como órgãos ambientais de países afetados ou sob risco de nova invasão da alga, além da comunidade civil em geral que faz uso recreacional e utiliza para consumo a água proveniente de reservatórios, explica Macêdo. "O risco é maior principalmente durante períodos de estiagem quando algas nocivas aumentam seu potencial tóxico devido ao aumento da salinidade. A alga dourada já tem registro de ocorrência no Brasil e pode causar danos ambientais como mortandade de peixes, além de prejuízos econômicos e sociais se não houver monitoramento em estágios iniciais da invasão", ressalta o pesquisador. Ainda não há modelagem preditiva para avaliar riscos de invasão pela alga dourada no Brasil, porém outros fatores como mudanças climáticas e a instabilidade do nicho da espécie, como descrito por Macêdo, podem colocar os ecossistemas aquáticos brasileiros na rota de mais uma espécie invasora nociva.
O estudo de Rafael Macêdo, orientado pela professora Odete Rocha, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva (DEBE) da UFSCar e uma das autoras do artigo, surgiu a partir do contato com o pesquisador Phillip Haubrock, pós-doutorando no Department of River Ecology and Conservation do Senckenberg Research Institute and Natural History Museum, de Frankfurt, na Alemanha, que também assina o artigo. Macêdo atualmente desenvolve seu projeto de pós-doutoramento acerca de espécies invasoras aquáticas na Freie Universität, Berlim, também na Alemanha. Para ele, "esse trabalho ressalta a importância de conexões e colaborações entre profissionais de diferentes áreas e países".
Estudo convida pais de crianças de 5 a 12 anos de idade para participação online

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo na área de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está investigando as percepções paternas acerca das práticas educacionais positivas e negativas com seus filhos e filhas. Para isso, convida pais para preencherem um formulário online.
"As práticas educativas parentais são um conjunto de estratégias específicas utilizadas pelos pais em diferentes contextos e que tem como objetivo educar, socializar e regular determinados comportamentos que podem ser considerados inadequados", explica Thais F. Accica, graduanda em Psicologia na UFSCar e responsável pelo estudo. "Nesse sentido, existem práticas que são consideradas positivas e que colaboram para com o desenvolvimento da criança, e práticas negativas, que podem causar impactos desfavoráveis à mesma", complementa.
Segundo a pesquisadora, as mudanças sociais e rearranjos familiares impactam diretamente a forma com a qual as crianças são educadas e se desenvolvem, sendo assim, essencial pesquisar o tema para que a literatura esteja sempre atualizada. "A escolha de contemplar apenas a percepção paterna acerca do assunto vem da lacuna existente na literatura de pesquisas que são voltadas para o público de pais e/ou responsáveis que se consideram figuras paternas. Mesmo em pesquisas que são abertas para ambas as figuras parentais, percebe-se que a maior parte dos respondentes são figuras maternas", relata a pesquisadora.
Podem participar pais de crianças de 5 a 12 anos de idade. A participação é online, em uma única etapa, e consiste no preenchimento do formulário online disponível em https://bit.ly/3ul612e. O tempo estimado de resposta é de 15 a 25 minutos. Dúvidas podem ser esclarecidas com a pesquisadora Thais Accica pelo telefone (19) 97409-4069 (com WhatsApp) ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..br
A pesquisa, intitulada "Explorando o outro lado: percepção paterna de práticas parentais positivas e negativas", tem orientação da professora Débora de Hollanda Souza, do Departamento de Psicologia (DPsi), e consiste numa monografia de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 71323223.1.0000.5504).
Objetivo é identificar se diferentes marcas de contraceptivos podem alterar o tecido muscular

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, realizada no Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas, parceria entre a Unesp e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pretende comparar o uso de dois diferentes tipos de contraceptivos orais e as possíveis alterações que podem causar na massa muscular. Para isso, nesta primeira etapa, o estudo convida mulheres residentes em São Carlos a responderem um questionário online para compreender melhor o perfil desse público. A pesquisa é feita por Nathalia Dias, sob orientação de Cleiton Augusto Libardi, docente do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH) da UFSCar.
De acordo com a pesquisadora, os estudos realizados até o momento investigaram a diferença entre a progestina, chamada de drospirenona, e outros tipos de progestinas na retenção hídrica e outros hormônios relacionados com a retenção hídrica, como por exemplo, a aldosterona. "Nosso objetivo é afunilar mais ainda nessa questão, especificamente avaliando o músculo esquelético", explica Dias.
A ideia é investigar o impacto de apenas dois tipos de contraceptivos orais no músculo esquelético, uma vez que os estudos que olharam para esse desfecho normalmente combinam diversas marcas de contraceptivos orais, o que gera uma confusão nos resultados.
A pesquisadora relata que o estudo é importante para entender se diferentes marcas de contraceptivos orais podem acarretar alterações no tecido muscular. "Este estudo poderá ser aplicado visando uma maior inclusão de mulheres que tomam contraceptivos orais nos estudos, visto que esta ainda é uma temática que causa alguns conflitos aos pesquisadores, justamente por não existir um corpo suficiente de evidências", relata a doutoranda.
A partir do volume de dados alcançados nessa primeira etapa, o próximo passo é realizar a pesquisa e as avaliações diretamente com as mulheres.
Neste momento, mulheres que tenham entre 18 e 35 anos e moram em São Carlos podem colaborar com o estudo respondendo o questionário online, acessível no link https://bit.ly/3PKLXi3. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 40156120.3.0000.5504).
Trabalho sobre psicologia na área da criatividade convida voluntários universitários

 

SÃO CARLOS/SP - Respostas criativas podem ser melhoradas depois de assistir a um curta-metragem animado? Um trabalho na área da Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) busca avaliar essa questão e, para isso, está convidando universitários para participação presencial. 
"A criatividade é a capacidade de estabelecer relações e criar ideias e respostas inovadoras a partir de estímulos específicos (como uma pergunta) e do conhecimento prévio da pessoa", define André Cazzoli Vieira, estudante do curso de graduação em Psicologia e responsável pelo estudo. Segundo ele, "a utilização do curta animado foi proposta para ser uma espécie de treinamento no tipo de cenário exposto nele, para testar se essa intervenção breve é capaz de aumentar e/ou melhorar as reflexões produzidas sobre esse cenário".
Assim, a pesquisa busca testar se um curta-metragem animado, que tem cerca de seis minutos, pode ser utilizado como intervenção para melhorar a criatividade.
O trabalho, intitulado "O uso de um curta animado como intervenção de curto prazo sobre a criatividade", tem orientação da professora Patrícia Waltz Schelini, do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar, conta com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e é voltado para a produção de uma monografia de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). 

Como participar
Podem participar da pesquisa estudantes universitários de 18 a 25 anos. Os participantes passam por um pré-teste e um pós-teste; o tempo total de participação é de meia hora e ocorre presencialmente no DPsi, localizado na área Sul do Campus São Carlos da UFSCar.
Os interessados devem responder o formulário online https://bit.ly/3FobPuc. Dúvidas podem ser esclarecidas com o pesquisador André Vieira pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..br ou pelo WhatsApp (16) 99294-2658. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 70529023.2.0000.5504).
Objetivo é identificar se diferentes marcas de contraceptivos podem alterar o tecido muscular

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, realizada no Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas, parceria entre a Unesp e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pretende comparar o uso de dois diferentes tipos de contraceptivos orais e as possíveis alterações que podem causar na massa muscular. Para isso, nesta primeira etapa, o estudo convida mulheres residentes em São Carlos a responderem um questionário online para compreender melhor o perfil desse público. A pesquisa é feita por Nathalia Dias, sob orientação de Cleiton Augusto Libardi, docente do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH) da UFSCar.
De acordo com a pesquisadora, os estudos realizados até o momento investigaram a diferença entre a progestina, chamada de drospirenona, e outros tipos de progestinas na retenção hídrica e outros hormônios relacionados com a retenção hídrica, como por exemplo, a aldosterona. "Nosso objetivo é afunilar mais ainda nessa questão, especificamente avaliando o músculo esquelético", explica Dias.
A ideia é investigar o impacto de apenas dois tipos de contraceptivos orais no músculo esquelético, uma vez que os estudos que olharam para esse desfecho normalmente combinam diversas marcas de contraceptivos orais, o que gera uma confusão nos resultados.
A pesquisadora relata que o estudo é importante para entender se diferentes marcas de contraceptivos orais podem acarretar alterações no tecido muscular. "Este estudo poderá ser aplicado visando uma maior inclusão de mulheres que tomam contraceptivos orais nos estudos, visto que esta ainda é uma temática que causa alguns conflitos aos pesquisadores, justamente por não existir um corpo suficiente de evidências", relata a doutoranda.
A partir do volume de dados alcançados nessa primeira etapa, o próximo passo é realizar a pesquisa e as avaliações diretamente com as mulheres.
Neste momento, mulheres que tenham entre 18 e 35 anos e moram em São Carlos podem colaborar com o estudo respondendo o questionário online, acessível no link https://bit.ly/3PKLXi3. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 40156120.3.0000.5504).

Em prol de sua comunidade - Instituto de Física adere ao “Apoia USP”

 

SÃO CARLOS/SP - O grande destaque dentre os vários eventos que aconteceram no IFSC/USP nos dias 03 e 04 de outubro, foi certamente a realização da iniciativa “Atenção à Saúde Mental e Inclusão na Universidade”, que teve o foco de congregar ao seu redor toda a comunidade universitária do Campus USP de São Carlos - estudantes e servidores docentes e não docentes - e ainda a comunidade externa à Universidade.

Promovido pelas Comissões de Inclusão e Pertencimento (CIPs) das Unidades do Campus USP de São Carlos, em conjunto com o “Apoia USP” - Serviço de Apoio Psicossocial do Campus -, este evento contou com o apoio da Diretoria do IFSC/USP e do Grupo Coordenador de Cultura e Extensão do nosso Campus.

De fato, esta iniciativa abriu um espaço importante para uma reflexão sobre o modelo de cuidado em saúde mental na USP de São Carlos, bem como uma discussão sobre os vários desafios que se colocam, relacionados ao autismo na Universidade e as possibilidades que se apresentam no cuidado que deverá ser implementado em situações de crise. Em simultâneo, este evento assinalou o ingresso do IFSC/USP no “Apoia USP”, que abre portas para ampliar o atendimento psicossocial no Instituto, iniciado anteriormente com a iniciativa “IFSC e o bem estar de sua comunidade”.

Através de vários palestrantes, especialistas, o evento abordou temas que remeteram à necessidade de se pensar em um ambiente universitário mais saudável em termos de inclusão de pessoas com diferentes necessidades, especialmente aquelas que se inserem em quadros de neurodivergência, com destaque para o espectro autista no âmbito escolar. “Hoje, sabemos de casos de alunos do nosso Instituto diagnosticados com transtorno do espectro autista (TEA) e essa informação chegou até nós por mero acaso, ou seja, não de forma oficial. Já passou da hora de debatermos isso!. Nós temos que trabalhar para construir esse caminho no sentido de abrir um canal de informação e poder criar políticas - quer no IFSC, quer na própria USP - para apoiar essas pessoas, e todas as demais que apresentem qualquer necessidade, e ajudar a tornar o nosso ambiente mais inclusivo”, destaca o Prof. Fernando Paiva, presidente da Comissão de Inclusão e Pertencimento do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

No que diz respeito ao evento, o Presidente da CIP do IFSC/USP sublinha que ele superou todas as expectativas, quer em termos do número de participantes, quer ainda - e mais importante - no envolvimento e participação do público na reflexão e discussão dos temas. “Essa participação justificou todo o esforço”, comemora Fernando Paiva, acrescentando que “esta foi uma porta que se abriu para que eventos como este possam ser periódicos no Campus, em todas as Unidades. Tudo isso, associado às campanhas que a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP vem desenvolvendo, irá gerar uma comunidade mais atenta e receptiva a esse tipo de assunto. Estou muito feliz!”, conclui o docente.

“Apoia USP”

Para a assistente social da Prefeitura do Campus USP de São Carlos e integrante da equipe “Apoia USP”, Drª Emanuela Pap da Silva, a avaliação que faz sobre este evento é, de fato, bastante positiva. “Foram dois dias em que pudemos estar presencialmente conversando sobre temas tão importantes e atuais no contexto da nossa Universidade, e foi muito bom termos um público significativo de estudantes, funcionários e docentes do nosso Campus e também da comunidade externa, que participou e debateu ativamente conosco estes temas. Penso, também, que foi um evento inaugural e muito representativo para a entrada do IFSC no “Apoia USP”, que chega somando e colaborando com as demais unidades de ensino e da Prefeitura do Campus na consolidação e expansão do “Apoia USP” para a nossa comunidade universitária. É muito bom ver os esforços coletivos na construção de uma comunidade acadêmica mais acolhedora e mobilizada pelo bem-estar das pessoas que fazem parte dela”, sublinhou.

Testemunho

Mariana (nome fictício) veio com 17 anos para o IFSC/USP. Aluna brilhante, de excelência máxima em todo o seu percurso escolar, vencedora de prêmios em diversas olimpíadas do conhecimento, praticando natação, canto e piano, eis que após o período da pandemia entrou em depressão, com grandes dificuldades em fazer amigos, algo que nunca tinha acontecido anteriormente. A mãe, Arminda (nome fictício), sublinha o fato de a família ter dado todo o apoio quando da mudança da jovem para São Carlos. Contudo, o caminho de Mariana estava sendo cada vez mais penoso, já que além de não conseguir fazer amizades no IFSC/USP, a jovem começou a enfrentar dificuldades em terminar os exercícios, algo que para ela era impensável devido ao seu currículo escolar – de excelência. Em face a esse quadro, Arminda levou a filha a psicólogos e psiquiatras e o diagnóstico foi que a jovem estava inserida no espectro autista. “Neste momento está sendo acompanhada. Já perdeu um ano e meio no seu curso. Embora ela saiba perfeitamente as matérias, os seus conteúdos, o fato é que não consegue sentar e estudar. ‘Estou só, isolada’, desabafa ela comigo, ao que eu respondo que ela precisa interagir com seus colegas, criar vínculos, amizades, embora tenha havido situações em que foram os seus próprios colegas que se afastaram dela”, relata Arminda.

O caso de Mariana insere-se exatamente nos objetivos do evento “Atenção à Saúde Mental e Inclusão na Universidade” e nesse espaço que está sendo aberto no Campus USP de São Carlos para uma reflexão e ação sobre o modelo de cuidado em saúde mental. Arminda acompanhou todo o evento e, no final, afirmou que retirou dele todas as informações, dialogou com os demais participantes, colocou questões e estabeleceu contatos com os profissionais que poderão ajudar na resolução do problema de Mariana. “Essa ajuda vai ser determinante para a recuperação de minha filha”, conclui a mãe de Mariana.

EUA - Parece algo que Elon Musk poderia ter inventado: “Doença X”. Na verdade, o termo foi cunhado há anos como uma forma de levar os cientistas a trabalhar em contramedidas médicas para ameaças infecciosas desconhecidas – novos coronavírus, como o que causa a covid-19, por exemplo – em vez pensar apenas nas conhecidas, como o vírus ebola. A ideia era incentivar o desenvolvimento de tecnologias de plataforma, como vacinas, terapias medicamentosas e testes de diagnóstico, que pudessem ser rapidamente adaptadas e implementadas em resposta a uma série de surtos futuros com potencial epidêmico ou pandêmico.

1. O que é a Doença X?

É o nome um tanto misterioso para uma doença causada por uma ameaça microbiana atualmente desconhecida, mas séria. Em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adicionou a Doença X a uma pequena lista de agentes patogênicos considerados de alta prioridade para pesquisa, juntamente com assassinos conhecidos, como a síndrome respiratória aguda grave (SARS) e o ebola. A covid-19, causada por um novo coronavírus, era um exemplo de Doença X quando desencadeou a pandemia no final de 2019.

O vasto reservatório de vírus que circulam na vida selvagem é visto como uma fonte provável de mais doenças deste tipo. Isso se deve a seu potencial para se espalhar e infectar outras espécies, incluindo seres humanos, dando origem a uma infecção contra a qual as pessoas não terão imunidade.

2. Qual é o sentido de estudar a Doença X?

Como afirma a OMS, trata-se de “permitir uma preparação precoce e transversal em pesquisa e desenvolvimento que também seja relevante” para uma doença desconhecida. A crise humanitária desencadeada pela epidemia de ebola de 2014-2016 na África foi um sinal de alerta. Apesar de décadas de pesquisa, não havia produtos prontos para serem implementados a tempo de salvar mais de 11 mil vidas. Em resposta, a OMS criou um plano para acelerar o desenvolvimento de uma série de ferramentas para “doenças prioritárias”. A lista atual inclui:

  • Covid-19
  • Febre hemorrágica da Crimeia-Congo
  • Doença pelo vírus ebola e doença pelo vírus Marburg
  • Febre de Lassa
  • Síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e SARS
  • Vírus Nipah e doenças henipavirais
  • Febre do Vale do Rift
  • Zika
  • Doença X

 

3. Como vão as pesquisas para a próxima pandemia?

Demorou apenas 326 dias desde a divulgação da sequência genética do vírus SARS-CoV-2 até a autorização da primeira vacina contra a covid, graças em parte ao trabalho realizado desde 2017 na preparação para a Doença X.

Agora, grupos como a Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI, na sigla em inglês) estão apoiando plataformas de vacinas de resposta rápida que poderiam desenvolver novas imunizações no prazo de 100 dias após o surgimento de um vírus com potencial pandêmico, sob um plano de 3,5 bilhões de dólares. Outros esforços em andamento incluem:

 

  • Atualizar o Regulamento Sanitário Internacional e desenvolver um novo acordo global para proteger o mundo de emergências futuras;
  • Um novo fundo, aprovado pelo Banco Mundial, para prevenção, preparação e resposta a pandemias;
  • Um Centro para Inteligência sobre Pandemias e Epidemias da OMS em Berlim, visando acelerar o acesso a dados importantes e desenvolver ferramentas analíticas e modelos preditivos para avaliar potenciais ameaças;
  • O Projeto Global Virome, que visa descobrir ameaças virais zoonóticas e impedir futuras pandemias;
  • Uma iniciativa de 5 bilhões de dólares do governo dos Estados Unidos para desenvolver vacinas e tratamentos de próxima geração para a covid-19, chamada Project NextGen;
  • 262,5 milhões de dólares em financiamento para uma rede nacional americana para detectar e responder de forma mais eficiente a emergências de saúde pública;
  • Estabelecimento de um centro global para terapêutica pandêmica

Ainda assim, numerosos desafios ameaçam minar esses esforços, como sistemas de saúde esgotados e enfraquecidos, um crescente movimento anticientífico que aumentou a hesitação vacinal e a possibilidade de os governos acabarem com a prioridade do financiamento para detecção e preparação de surtos à medida que a sensação de risco se dissipa.

 

 

Marthe Fourcade, da Bloomberg, contribuiu para esta reportagem. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

por Jason Gale / ESTADÃO

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