MUNDO - O Paris Saint-Germain divulgou, no início da tarde desta última segunda-feira (14), um comunicado dando total apoio a Neymar, que acusou o zagueiro Álvaro González de racismo durante a partida contra o Olympique de Marseille, neste domingo (13), válida pela terceira rodada do Campeonato Francês.
Na nota, o clube francês afirma que “não há lugar para o racismo na sociedade, no futebol ou nas nossas vidas e apela a todos para que se manifestem contra todas as suas manifestações [de racismo] em todo mundo”.
O PSG também pediu ação da Comissão Disciplinar da Liga de Futebol Profissional (LFP) e se colocou à disposição para colaborar no andamento das investigações.
Communiqué du club
— Paris Saint-Germain (@PSG_inside) September 14, 2020
Neymar foi expulso na derrota para o Olympique, neste domingo (13), por ter dado um tapa na cabeça do espanhol Álvaro González. Aos 37 minutos do primeiro tempo, o atacante já havia chamado o quarto árbitro reclamando do zagueiro, gritando “Racismo, não”. Após a partida, o atacante reagiu em sua conta oficial no Twitter denunciando o jogador adversário, afirmando que foi chamado de “macaco filho da p...”.
Logo depois, Neymar postou novamente e disse que o único arrependimento dele era “não ter dado um soco na cara” de Álvaro González. O zagueiro também utilizou as redes sociais para se defender, publicando uma foto com outros jogadores do Olympique.
“Não há lugar para racismo. Carreira limpa e com muitos companheiros e amigos no dia a dia. Às vezes, tem que aprender a perder e assumir isso em campo. Incríveis três pontos hoje”.
A postagem provocou nova reação de Neymar, que respondeu.
“Você não é homem de assumir teu erro, perder faz parte do esporte. Agora insultar e trazer o racismo para nossas vidas não, eu não estou de acordo. Eu não te respeito! Você não tem caráter! Assume o que tu fala mermão... seja homem rapá! Racista!”.
A LFP ainda não se manifestou sobre o caso.
Confira abaixo a nota oficial do PSG na íntegra.
“O Paris Saint-Germain apóia fortemente Neymar Jr, que afirmou ter sido vítima de insultos racistas de um jogador adversário.
O Clube lembra que não há lugar para o racismo na sociedade, no futebol ou nas nossas vidas e apela a todos para que se manifestem contra todas as suas manifestações em todo o mundo.
Há mais de 15 anos, o Clube está fortemente empenhado na luta contra todas as formas de discriminação ao lado dos seus parceiros como SOS Racisme, Licra ou Sportitude.
O Paris Saint-Germain conta com a Comissão Disciplinar da LFP para investigar e lançar luz sobre estes fatos. O Clube está à sua disposição para colaborar no andamento das investigações.”
*Por Maurício Costa - Repórter da Rádio Nacional
MUNDO - A tenista japonesa Naomi Osaka anunciou na última quarta (26) que não disputará a semifinal do WTA de Cincinnati (EUA), programada para esta quinta, como forma de protestar contra a injustiça racial.
A jogadora, que ocupa a 10ª posição do ranking mundial, fez o anúncio com uma postagem em seu perfil no Twitter no qual afirmou: “antes de ser uma atleta, sou uma mulher negra”.
— NaomiOsaka大坂なおみ (@naomiosaka) August 27, 2020
O anúncio de Osaka foi feito após jogadores da NBA se negarem a entrar em quadra para disputarem jogos dos playoffs como forma de protesto contra a injustiça racial.
As ações acontecem após o caso Jacob Blake, no qual o homem negro foi baleado pelas costas pela polícia em Kenosha, Wisconsin, no último domingo (23).
*Por: AGÊNCIA BRASIL
SÃO PAULO/SP - A atriz Maria Gal, intérprete da personagem Gleyce em ‘As Aventuras de Poliana‘, no SBT, usou seu perfil no Instagram para denunciar um ataque racista que sofreu na rede social. Ela foi chamada de ‘macaca’ por um seguidor porque não respondia suas mensagens enviadas no direct.
Em um print publicado nos stories, a atriz mostrou todas as mensagens. Depois de chamá-la algumas vezes, o garoto escreveu: “Responde macaca”.
Maria Gal afirmou no stories que irá em busca dos seus direitos. “Postei esta mensagem pra educar a este e outros fãs que o fato de não responder a uma mensagem não dá ao direito de me ofender ou ter qualquer atitude racista. Hoje estou postando, amanhã irei buscar meus direitos legais!”, afirmou a atriz do SBT.
Racismo: Saiba como denunciar
O racismo se faz presente em diferentes esferas da sociedade brasileira. Em tempos de intolerância, inúmeras são as denúncias noticiadas diariamente em todo o país. Por isso, se você sofreu, presenciou ou conhece alguém que tenha passado por isso, não hesite em fazer sua parte. Racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve sempre ser denunciado, mas muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.
A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.
*Por: CATRACA LIVRE
MUNDO - Estátuas do rei Leopoldo 2º da Bélgica, em Antuérpia, e de Robert Milligan, em Londres, foram retiradas do espaço público na 3ª feira (9.jun). A decisão foi tomada diante dos protestos envolvendo questões raciais que começaram depois da morte de George Floyd nos Estados Unidos e se espalharam pelo mundo nas últimas semanas.
Na Antuérpia, a decisão de remover o monumento em homenagem a Leopoldo 2º foi do Legislativo local. Outras estátuas em homenagem ao monarca já tinham sido alvo de manifestantes na última semana. A estátua foi levada para o Museu de Esculturas ao Ar Livre da cidade de Middelheim para avaliação de danos e as autoridades locais não esclareceram se a peça seria devolvida ao seu local original.
Já o monumento em homenagem a Robert Milligan, que ficava em frente ao Museu das Docas de Londres, teve apoio da instituição para ser retirado. Segundo o Museu, a retirada do estátua de Milligan é em razão da sua ligação com a violência e colonial e exploração.
Love to see it. Statue of slave trader, Robert Milligan being taken down at Canary Wharf. pic.twitter.com/HBvKho6HFz
— Nyemba (@NyembaS) June 9, 2020
“Neste momento em que o movimento Black Lives Matter [vidas negras importam] demanda o fim de monumentos públicos que celebram donos de escravos, a defesa da remoção da estátua de Robert Milligan por sua ligação com a violência colonial e exploração é ainda mais importante“, afirmou o museu em um comunicado divulgado na 3ª feira.
Leopoldo 2º foi responsável pela morte de milhões de africanos na colonização do Estado Livre do Congo, considerado como 1 território privado do rei de 1877 a 1908. O território abrangia a área que atualmente pertence à República Democrática do Congo. Na época, a brutalidade na exploração do trabalho de africanos na extração de borracha e marfim foi exposta na imprensa mundial.
Robert Milligan era 1 comerciante de escravos. Chegou a possuir 526 escravos em suas duas plantações de açúcar, na Jamaica.
QUEDA DE ESTÁTUA EM BRISTOL
A retirada das estátuas pode evitar uma cena como a do último domingo (7.jun), em Bristol, na Inglaterra, quando manifestantes derrubaram a estátua do político inglês Edward Colston e jogaram em 1 rio da cidade. Ele foi traficante de escravos e membro do Parlamento britânico no século 17.
The moment a statue of slave trader Edward Colston toppled into Bristol’s harbour. ‘It’s what he deserves. I’ve been waiting all my life for this moment’ someone told me in the moments after. pic.twitter.com/6juqVrsJ6V
— Sarah Turnnidge (@sarah_turnnidge) June 7, 2020
*Por: PODER360
De uma lenda do esporte britânico para outra.
MUNDO - O ex-jogador de futebol David Beckham usou suas redes sociais para parabenizar o hexacampeão de Fórmula 1 Lewis Hamilton na luta contra o racismo.
"Trabalho inacreditável e inspirador. Anos de trabalho duro. Lewis Hamilton, nada vem fácil e o sucesso não vem sem luta. Mas você infelizmente teve que lutar mais vezes do que alguém deveria. Inspiração", postou Beckham, em seu Instagram.
Hamilton é até hoje o único piloto negro na história da Fórmula 1, um esporte dominado por brancos desde sua existência.
*Por: ESPN.com
SÃO PAULO/SP - Nesta última terça-feira (02), MC Livinho foi acusado de racismo pela modelo Raielli Leon, pouco tempo depois dele ter participado da campanha antirracista ‘Blackout Tuesday’, que viralizou nas redes sociais.
A modelo acusou o funkeiro de ter sido xingada e desrespeitada por ele durante gravação de um clipe em 2017. Ela disse que o vídeo foi gravado em um sítio, com a presença de nove modelos negras e dez modelos brancas.
Ela contou que Livinho tirou o celular do bolso e colocou no cabelo dela, afirmando depois que havia sido roubado. “Tirei a mão dele e falei: ‘Para com isso, sai fora’. Tentei continuar dançando, todo mundo que estava no momento começou a rir. Satisfeito, porque ele queria aparecer, repetiu a brincadeira por mais duas vezes. Colocou a mão no meu cabelo e falou que estava espetando, catou o anel e colocou no meu cabelo, falou que roubei”, recordou.
Raielli disse também que ninguém a defendeu, que Livinho não percebia que estava passando dos limites e que ela chegou a chama-lo de idiota, mas que ele não se importou: “Ele perguntou se eu não queria pular na piscina para ver se ia molhar (o cabelo). Pegou no meu braço e foi me jogar. Eu estava inconformada. Não tinha intimidade com ele, não dei liberdade para fazer brincadeiras comigo. Muito menos isso, que para mim não é brincadeira”.
A modelo revelou que após o ocorrido chegou a ser convidada para outro clipe do artista, mas que só iria se o cantor se desculpasse pelo comportamento e se parasse com as “brincadeiras”. Por conta disso, o funkeiro chamou a modelo de mentirosa.
“Ele me xingou de todos os nomes possíveis, falou que era mentira minha, que eu estava inventando, que ia acabar com a minha carreira, que eu devia ter medo do que estava falando e de quem estava brincando. Isso foi só a pontinha de um iceberg que não acaba nunca. Parece que nunca mais vou ter paz na minha vida”, disse ela, que entrou com processo contra o artista.
Após a denúncia de Raielli ter repercutido no mundo dos famosos, Livinho fez uma live e disse que é “homem para arcar com suas responsabilidades judicialmente”. “Para os meus fãs, estou me retratando e pedindo para vocês terem compreensão para entender o que aconteceu”, completou.
Ainda na live, Livinho questionou o desabafo e disse que ela só está “querendo fama”. “Quer dar fama para a mina? Dá fama para a mina. Mas por que a mina não está levantando a bandeira do movimento dela? Ela está jogando uma situação que já foi resolvida. Só me responde isso, mano. Eu não vou tirar o meu bagulho porque sou contra o racismo, contra o preconceito. Já sofri e ainda sofro”, finalizou.
*Por: JETSS
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