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SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal de São Carlos agendou para esta sexta-feira (14) às 15h30 uma audiência pública na Sala das Sessões do Edifício Euclides da Cunha para discutir assuntos relacionados a “Políticas Públicas do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de São Carlos: infraestrutura, recursos humanos e manutenção das viaturas”.

 A realização do evento foi solicitada pelo presidente do Legislativo, Roselei Françoso, e pelos vereadores Elton Carvalho e Ubirajara Teixeira – Bira. Os três parlamentares estiveram no SAMU nesta segunda-feira (10) para ouvir as demandas dos servidores e conhecer as principais necessidades. Com a audiência, pretendem debater ideias, projetos e buscar soluções de maneira conjunta.

 A audiência pública será transmitida ao vivo pelo canal 8 da NET, pela Rádio São Carlos AM 1450 e online pelo Facebook, Youtube e site oficial da Câmara.

 A população também poderá participar de forma online, por meio do link da plataforma do Zoom abaixo:

https://us06web.zoom.us/j/87343121013?pwd=WXdvVXQ3TVZxODJIZXlabnZRTlVQUT09

SÃO CARLOS/SP - São Carlos registra mais um óbito por COVID-19, totalizando 547 mortes pela a doença no município. O óbito é de um homem de 70 anos, internado em hospital público desde 23/12/2021, com comorbidades. O paciente já tinha recebido as duas doses da vacina contra a COVID-19.

INTERNAÇÃO - Nesta terça-feira (11/01) 10 pessoas estão internadas em leitos de UTI/SUS Adulto para COVID-19, sendo 6 positivas para doença, 2 com suspeita e 2 negativas para COVID-19. Na enfermaria SUS infantil 8 crianças estão internadas, porém 6 negativaram para COVID-19 e 2 estão com a doença. Na UTI/SUS Pediátrica 2 crianças com resultado negativo para o coronavírus permanecem internadas.

PORTO ALEGRE/RS - "Catastrófica. Assim o biólogo Júlio César Bicca-Marques, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), qualifica a redução populacional de algumas espécies de macacos silvestres, em consequência dos surtos de febre amarela nas regiões Sudeste e Sul.

Desde 2016, quando começou o atual surto de febre amarela, as populações de bugios (Alouatta spp.), bastante suscetíveis ao vírus causador da doença, sofreram uma redução estimada de 80%. O número de saguis-da-serra (Callithrix flaviceps) e de sauás (Callicebus nigrifrons) encolheu também nessa proporção e o de macacos-pregos (Sapajus spp.) caiu à metade. De micos-leão-dourados (Leontopithecus rosalia), concentrados nas matas do estado do Rio de Janeiro, morreram 30%. As estimativas constam em um artigo publicado em outubro de 2021 na American Journal of Primatology, do qual Bicca-Marques é um dos autores.

A febre amarela foi o tiro de misericórdia para muitas populações de primatas silvestres, que já sofriam com a fragmentação florestal, caça e tráfico, atropelamentos, eletrocussão [morte por descarga elétrica], outras doenças e a concorrência com espécies invasoras, comenta o biólogo Leandro Jerusalinsky, coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O Ministério da Saúde registrou 23 mil mortes de macacos com suspeita de febre amarela de 2014 a 2019; em boa parte dos casos foi confirmada a morte com essa causa, inclusive em espécies ameaçadas de extinção.

Para proteger animais que possam ser transferidos para áreas despovoadas, pesquisadores do Rio de Janeiro estão, pela primeira vez, aplicando a vacina de uso humano contra febre amarela em macacos de espécies suscetíveis ao vírus causador da doença mantidos em cativeiro ou nos de vida livre que podem ser capturados. Até agora, 44 micos-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas), 19 micos-leão-dourados (Leontopithecus rosalia) e micos-leão-pretos, L. chrysopygus) e 11 bugios (Alouatta clamitans, A. discolor e A. caraya) do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ), em Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, receberam o imunizante.

A soroconversão [taxa de produção de anticorpos] é acima de 90%, comemora o veterinário Marcos Freire, assessor científico do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produz a vacina. A vacina contra a febre amarela, como as contra sarampo, rubéola, caxumba e poliomielite, é produzida com vírus vivo atenuado, mas, assegura Freire, o risco de causar eventos adversos graves em animais tem se mostrado muito baixo, como com as pessoas.

Agora, os pesquisadores estão definindo a dose ideal para cada espécie de macaco, menor que a usada para as pessoas. A dose fracionada equivalente a 1/5 da completa, aplicada em 2018 durante o surto da doença em seres humanos mostrou-se tão eficaz quanto a inteira. Os resultados do estudo com os bugios do CPRJ estão detalhados em um artigo publicado em fevereiro de 2021 na Journal of Medical Primatology. Os trabalhos com os micos-leão ainda não foram publicados, por causa de atrasos nas análises das amostras de sangue colhidas antes e depois da vacinação.

Por enquanto, para vacinar os bugios e os micos do CRPJ, usamos apenas três frascos de cinco doses humanas cada um, diz o veterinário Alcides Pissinatti, coordenador do CPRJ. Ele pensou em vacinar os animais do Centro em 2016, ao imaginar que a febre amarela poderia chegar ao Rio, já que havia se instalado em Minas Gerais e no Espírito Santo. Sua proposta encontrou resistência inicial de primatologistas e ecólogos, que estranharam a ideia de imunizar animais silvestres. Freire aderiu de imediato.

Obtidas as autorizações iniciais, os primeiros animais vacinados, ainda em 2017, com o propósito de comparar os efeitos de diferentes doses e formulações, foram 44 micos-leão-de-cara-dourada (L. chrysomelas) indevidamente soltos em matas de Niterói, resgatados pela organização não governamental Pri.matas, por não serem originalmente do estado, e levados para o CPRJ. Logo depois começou a mortandade de micos nas matas do Rio, diz Pissinatti.

Em seguida, com base no experimento inicial, 24 micos de três espécies (L. chrysomelas, L. rosalia e L. chrysopugus) receberam uma dose única da vacina atenuada humana diluída. Os resultados mostraram que o uso da vacina era seguro e induzia a produção de anticorpos contra o vírus causador da febre amarela.

Os testes no CPRJ motivaram a ampliação do estudo, que, se bem-sucedido, confirmará o efeito da vacina. Obter as autorizações dos órgãos oficiais, porém, não foi simples porque a vacina de uso humano ainda não havia sido testada em macacos no Brasil e a princípio poderia interferir nas estratégias nacionais de acompanhamento da febre amarela. Fui ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que me mandou para o Ministério do Meio Ambiente, que me mandou para o da Saúde, conta Pissinatti.

Após as aprovações oficiais, em meados deste ano o biólogo Carlos Ruiz-Miranda, da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), com sua equipe e colegas da Bio-Manguinhos e da Associação Mico-Leão-Dourado, começou a vacinar os micos-leão-dourados que vivem soltos em fragmentos florestais próximos à Reserva Biológica de Poço das Antas, nos municípios de Silva Jardim e Casimiro de Abreu, na região central do estado do Rio de Janeiro, seguindo os métodos definidos no CPRJ.

De um total previsto de 150 micos da fase experimental, os pesquisadores vacinaram cerca de 120. Em uma avaliação prévia, detectamos a produção de anticorpos em 47 dos 50 animais de que coletamos sangue, diz Ruiz-Miranda. Não temos nenhuma evidência de efeito negativo da vacina.

Os micos são capturados com relativa facilidade: são pequenos, com comprimento de até 30 centímetros (cm) e peso próximo a 800 gramas, e gostam de bananas, usadas para atraí-los. Os animais vacinados recebem também um microchip e uma tatuagem em forma de V na face interna de uma das coxas para serem acompanhados, depois de devolvidos à natureza.

 

Em Santa Catarina

A biomédica Zelinda Hirano conseguiu em dezembro as autorizações e pretende começar em fevereiro de 2022 a vacinação de 44 bugios-ruivos do Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial (Cepesbi)? Projeto Bugio, do qual ela é fundadora e coordenadora voluntária, em Indaial, Santa Catarina. Diferentemente dos micos de Poço das Antas, esses estão em cativeiro.

Em 2019, a febre amarela chegou a Santa Catarina. Um dos macacos do Cepesbi foi infectado e morreu, justificando a vacinação dos moradores das áreas próximas. Para evitar outras mortes, Hirano instalou telas nos recintos dos macacos para impedir a entrada dos mosquitos transmissores do vírus. Segundo ela, os animais se incomodaram com a temperatura mais alta e a dificuldade em ver o exterior, mas nenhum se infectou. O vírus, porém, circulou pela região. A Secretaria Estadual de Saúde registrou 137 macacos mortos em 2021 por causa da febre amarela, que infectou também oito pessoas, das quais três morreram; nenhuma tinha se vacinado.

Em março de 2021, eliminada a proibição de expedições imposta pela pandemia, Hirano voltou à mata de 40 hectares próxima ao Cepesbi (1 hectare corresponde a 10 mil m2). Ali viviam 57 bugios, em cinco grupos. Alguns eu conhecia havia 30 anos. Chorei muito quando vi que só tinham restado três, de um dos grupos.

Os bugios mantidos em cativeiro que serão vacinados poderiam eventualmente repor os de populações que colapsaram. Vamos ter de estudar muito para definir quando, onde e como soltar os animais vacinados, frisa Hirano. Temos de considerar também a variação cromossômica entre as populações de bugios da Mata Atlântica. Não podemos misturar os grupos aleatoriamente. Seu plano converge com a orientação definida pelo CPB em setembro de 2021, após três meses de debates com especialistas de instituições de pesquisa, recomendando a vacinação de bugios a serem utilizados para repovoamento.

Além dessa recomendação, alinhada com os planos de ação nacional para conservação de espécies ameaçadas, há outros critérios a serem seguidos para levar um animal de um lugar para outro. Para aumentar as chances de sucesso, é fundamental saber a origem dos animais, assegurar que tenham boa saúde, conhecer o comportamento deles, considerar que se trata de animais sociais, que vivem em grupos, e ter um bom diagnóstico sobre a área onde será realizada a liberação, diz Jerusalinsky. Nos anos 1980, lembra ele, as primeiras tentativas de repovoar matas com micos-leoões-dourados não deram certo porque os animais tinham vivido em cativeiro e não sabiam como se virar na mata. A saída foi misturá-los com animais que viviam soltos e os ensinaram a procurar alimentos e a sobreviver na natureza.

Os bugios de vida livre, que servem como sentinelas da febre amarela, não serão vacinados, mas as populações remanescentes ganharão o reforço dos animais vacinados em cativeiro, ressalta Pissinatti. Quando o vírus causador dessa doença chega a uma região, os animais dessa espécie infectados pelos mosquitos que carregam o vírus morrem rapidamente, motivando as equipes de vigilância epidemiológica a iniciarem campanhas de vacinação dos moradores de áreas próximas.

O veterinário e epidemiologista Adriano Pinter, pesquisador da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), que não participa desses trabalhos, sugere: Talvez fosse possível vacinar os animais de parques públicos, como o Horto Florestal ou o Parque Fontes do Ipiranga, em São Paulo. Seria uma forma de diminuir o risco de urbanização da febre amarela, em locais onde os bugios poderiam ser picados por mosquitos urbanos, potenciais transmissores do vírus. Por enquanto os surtos têm sido de febre amarela silvestre, transmitida por mosquitos diferentes dos envolvidos na febre amarela urbana, registrada pela última vez no Brasil na década de 1940.

De imediato, uma equipe da Divisão da Fauna Silvestre (DFS) da prefeitura de São Paulo, em conjunto com colegas do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) e da Sucen, se prepara para vacinar 34 bugios-ruivos mantidos no Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres (CeMaCAS), instalado no Parque Anhanguera, na zona norte da cidade, no primeiro semestre do próximo ano, seguindo os métodos estabelecidos pelo CPRJ e pela Fiocruz. Depois da vacinação, pretendemos começar a repor as populações perdidas, como as da Cantareira e do Horto, diz o veterinário Marcello Schiavo Nardi, da DFS.

 

Os bugios da Tijuca

Diferentemente dos micos, é difícil capturar bugios de vida livre, o primeiro passo para vaciná-los. Bugios são macacões, com 45 a 60 cm de comprimento e de 4 a 7 quilogramas (kg) de peso. Comem folhas (e não banana), vivem entre 20 e 30 metros (m) de altura, no alto das árvores, e raramente descem.

Em 2017, o biólogo Marcelo Rheingantz, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), participou da captura de um bugio no Parque Nacional da Tijuca, de 4 mil hectares, na cidade do Rio de Janeiro. A pata do animal estava machucada por causa de um radiotransmissor que os pesquisadores haviam instalado no ano anterior e precisava ser retirado. Os pesquisadores gastaram cerca de 20 dardos com anestésico até acertar o bicho. Depois de acertar temos meia hora, mas o bicho pode ficar dependurado pelo rabo ou cair e se machucar. Se cair, temos de ampará-lo com uma rede, ele conta. Capturado após 10 dias de perseguição, o animal foi tratado e voltou para a vida livre.

Em 2014, Rheingantz coordenou a liberação de quatro bugios (dois machos e duas fêmeas) no Parque Nacional da Tijuca, como detalhado em um artigo de outubro de 2017 na Perspectives in Ecology and Conservation. Ali, o último avistamento de um deles tinha sido feito pelo naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882) ao visitar o Rio de Janeiro, em 1832, durante sua viagem ao redor do mundo.

Esperávamos que os bugios ficassem juntos, mas eles se separaram logo após a soltura, ele conta. Depois, uma das fêmeas morreu e outra se juntou a um macho e teve cinco filhotes. Para reforçar a população de macacos dessa espécie no Parque da Tijuca, ele pretende soltar mais sete animais do CPRJ (seis fêmeas e um macho), após serem vacinados. O ideal seria ter lá pelo menos 10 grupos sociais, com um total de 50 adultos, para evitar cruzamentos na mesma família e ter uma boa diversidade genética.

Segundo Rheingantz, soltar animais vacinados ou vaciná-los em campo pode ser também uma estratégia para recuperar as populações de espécies ameaçadas de extinção. Uma delas é o mico-leão-dourado, que passou de 200 indivíduos na década de 1970 para cerca de 3.600 com os esforços de conservação, mas caiu para estimados 2.400 após os surtos de febre amarela. Uma das dificuldades para recuperar as populações de macacos é que, mesmo vacinando animais em cativeiro e, quando possível, os que vivem soltos, os filhotes não nascem com os anticorpos contra o vírus da febre amarela.

No Rio Grande do Sul, surtos de febre amarela em 2001, de 2007 a 2009 e em 2019 causaram a morte de milhares de macacos. Matas onde antes ouvíamos bugios silenciaram, diz Bicca-Marques. Em vista da redução populacional, o bugio-ruivo foi classificado como vulnerável na lista de espécies ameaçadas do Ministério do Meio Ambiente. Nas matas de Florianópolis, já é considerado extinto.

 

Artigos científicos

BERTHET, M. et al. Dramatic decline in a titi monkey population after the 2016–2018 sylvatic yellow fever outbreak in Brazil. American Journal of Primatology. v. 83, n. 12, e23335.

FERNANDES, A. T. da S. et al. Safety and immunogenicity of 17DD attenuated yellow fever vaccine in howler monkeys (Alouatta spp.). Journal of Medical Primatology. v. 40, n. 1, p. 36-45. fev. 2021.

FERNANDEZ, F. A. S. et al. Rewilding the Atlantic Forest: Restoring the fauna and ecological interactions of a protected area. Perspectives in Ecology and Conservation. v. 15, n. 4, p. 308-14. out. 2017.

Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa Fapesp de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original.

 

 

*Por Carlos Fioravanti em Pesquisa Fapesp

O país é o segundo do mundo nos casos da doença que, apesar de ser a enfermidade mais antiga da história, desperta ainda hoje preconceito pela falta de informação e conscientização

 

SÃO PAULO/SP - Enfermidade mais antiga na história da humanidade, a hanseníase representa, ainda hoje, um problema de saúde pública no Brasil. Com o segundo maior número de casos do mundo, nesta última década o País ultrapassou 300 mil novos diagnósticos, ou 93% do total detectado nas Américas, de acordo com o Ministério da Saúde. Como forma de promover a prevenção e reverter estatísticas tão preocupantes, secretarias municipais de saúde de todo o Brasil, que disponibilizam o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mobilizam-se para realizar o Janeiro Roxo.

A campanha Janeiro Roxo tem o propósito de ampliar o conhecimento da população sobre a hanseníase, cujos primeiros registros na história da humanidade remontam a 400 a.C. Como doença tropical negligenciada e infectocontagiosa de evolução crônica, atravessou os séculos envolta em preconceito e estigmas.

“A hanseníase se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos, como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés”, afirma o dermatologista Dário Rosa. Segundo o médico, a transmissão se dá pelo agente Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, por meio de contato próximo e prolongado entre as pessoas.

Os sinais mais evidentes da hanseníase, descreve o médico, são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, geralmente com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou ao tato. “Também observamos caroços na pele, dormências, inchaços nas mãos e nos pés, formigamentos, entupimento nasal e problemas nos olhos”, completa.

Os especialistas classificam a hanseníase por graus. O grau zero é caracterizado pela ausência de sequela. No grau 1, o paciente perde a sensibilidade nas palmas das mãos e solas dos pés. No grau 2, são notáveis sequelas físicas graves.

Dos mais de 300 mil brasileiros diagnosticados com hanseníase na última década, pelo menos 7% estão no grau 2 e enfrentam sequelas físicas incapacitantes, como perda dos dedos, da ponta do nariz e deformidades nos pés e nas mãos.

Para a dermatologista Anelise Dutra, o Janeiro Roxo é de extrema importância para a detecção e o tratamento precoces da hanseníase. “Quanto mais cedo é diagnosticada, maiores as chances de cura e qualidade de vida para o paciente”, afirma. A médica destaca ainda a contribuição da campanha para reduzir o preconceito acerca da doença.

De acordo com Anelise, a hanseníase acometeu a humanidade por centenas de anos sem que houvesse tratamento e condenou os pacientes ao isolamento. Muitos foram confinados nos chamados “leprosários”. “Atualmente, com tratamentos eficazes, a doença deixa de ser transmissível e o paciente não precisa se afastar de sua rotina. Mas é preciso urgência para diagnosticar e iniciar os procedimentos para se chegar à cura”, avalia.

 

Sigilo agora é lei

A Lei nº 14.289/2022, sancionada no dia 3 de janeiro, determina a preservação do sigilo sobre a condição de infectados pelos vírus da Aids (HIV), hepatites crônicas (HBV e HCV) e pelas pessoas com hanseníase e tuberculose, pois representam barreiras sociais que impedem as pessoas de desfrutarem a plena cidadania.

A proposta da lei considera que as discriminações ocorrem a partir do momento em que a condição de saúde é conhecida. Isso interfere no desempenho profissional e também em outras atividades da vida pessoal.

BRASÍLIA/DF - O Ministério da Saúde decidiu reduzir de dez para sete dias o período recomendado de isolamento para pacientes com covid-19. Em entrevista coletiva dada no início da noite de ontem (10), o ministro Marcelo Queiroga anunciou a nova recomendação do governo. Segundo a atualização do guia de vigilância epidemiológica para a covid-19 da pasta, caso não haja mais sintomas no sétimo dia, a pessoa pode sair do isolamento.

Existe ainda uma possibilidade de encurtar ainda mais o tempo de isolamento. Caso no quinto dia o paciente não tenha mais nenhum sintoma respiratório, não apresente febre e esteja há 24 horas sem usar medicamento antitérmico, ele pode fazer um teste rápido de covid-19. Se o teste der negativo para o vírus, ele também está liberado.

Se, no entanto, o teste der positivo, o paciente deve aguardar até o fim dos dez dias de isolamento. Para quem chegou ao sétimo dia e ainda tiver com sintomas do vírus, a recomendação é manter o isolamento, no mínimo, até o décimo dia e sair apenas quando os sintomas acabarem.

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, o Ministério da Saúde usou como parâmetro as medidas de isolamento aplicadas nos Estados Unidos e no Reino Unido. No primeiro, o isolamento termina após cinco dias caso não haja mais sintomas. No segundo, o tempo de isolamento é de sete dias, comprovado o fim da infecção com um teste negativo.

Na avaliação de Queiroga, a vacinação no Brasil tem avançado a ponto do governo reduzir o período de isolamento. “Como o Brasil tem avançado muito na campanha de vacinação, em relação ao número de doses de reforço, a população das grandes metrópoles está muito vacinada, podemos vislumbrar um cenário aqui no Brasil mais parecido com o que acontece em países como Reino Unido”.

Além disso, o governo tem se baseado no número de óbitos, que não tem aumentado na mesma proporção da contaminação pela variante Ômicron do novo coronavírus. “A ômicron tem causado um número muito maior de casos, mas felizmente não há correspondência com o número de óbitos”.

Assista na íntegra:

 

 

Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil*

SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa de Misericórdia de São Carlos divulgou nesta 2ª feira (10), que dois bebês estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Infantil com suspeita de Covid-19 e Influenza. O hospital aguarda os resultados dos exames.

Segundo o hospital, 10 pacientes estão internados na UTI no momento, sendo que sete estão positivados para a doença e três foram descartados. Com isso, nenhum leito de UTI Covid adulto está disponível.

Dois bebês estão internados no isolamento da UTI Infantil desde 25 de dezembro. Ambos realizaram a coleta de PCR para Covid-19 e Influenza nesta segunda-feira. O hospital aguarda o resultado dos exames.

Na maternidade, uma grávida de 22 anos está internada em isolamento desde último sábado (8), já com diagnóstico positivo da covid-19. Outra grávida, de 23, foi internada hoje (10), com sintomas gripais e realizou a coleta PCR para Covid e Influenza. O hospital aguarda os resultados dos exames.

Desde o início da pandemia até agora, 761 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 já passaram pelos setores destinados ao atendimento de pacientes com a doença. Destes, 485 receberam alta e 268 morreram.

Seguindo o Plano de Desmobilização Regional do Departamento de Saúde (DRS III), a Secretaria Municipal de Saúde solicitou que, a partir de 1º de outubro do ano passado, apenas 10 leitos de UTI COVID Adulto sejam mantidos. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde, também solicitou a conversão da UTI Pediátrica COVID em 3 leitos de UTI Geral Infantil e 3 leitos de UTI Geral Neonatal.

ARARAQUARA/SP - O prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), após testagem de rotina, testou positivo para Covid-19, na manhã desta segunda-feira (10). Segundo a assessoria de comunicação, o prefeito está bem, até o momento sem sintomas, e cumprirá o isolamento estipulado nos protocolos da Secretaria Municipal de Saúde.

Edinho tomou as duas doses da vacina e atribui a essa imunização o não agravamento da doença. O prefeito tomaria sua terceira dose nessa semana, o que será adiado por orientação médica. Essa é a segunda vez que o prefeito testa positivo para o coronavírus. A primeira vez foi em novembro de 2020, quando ele desenvolveu sintomas leves d doença.

As agendas estão suspensas e serão retomadas após o cumprimento da quarentena.

 

 

PORTAL MORADA

ALEMANHA - As tatuagens coloridas são um charme, mas foram excluídas da União Europeia, após entrar em vigor nesta semana uma lei que proíbe a realização deste tipo de desenho sobre a pele. A decisão veio após constatação de agentes cancerígenos ou responsáveis por mutações genéticas encontrados em ao menos 4 mil produtos químicos usados por tatuadores do bloco de países.

Segundo as autoridades, os ingredientes encontrados nessas tintas coloridas são proibidos pela regulamentação sanitária da União, pois podem expor as pessoas a risco de saúde. Entre os elementos químicos em questão está o álcool isopropanol.

 

 

ISTOÉ

Nova terapia combinada com exercícios e alimentação adequada reduz em mais 20% a gordura acumulada

 

SÃO CARLOS/SP - Um novo tratamento desenvolvido no IFSC/USP, designado “fotoemagrecimento“, combinado com as terapias tradicionais que utilizam exercício físico e nutrição adequada, foi capaz de reduzir em mais 20% a eliminação de gordura corporal no espaço de oito semanas.

Esta pesquisa, desenvolvida pelos pesquisadores Drs. Antonio de Aquino Junior, Fernanda Carbinatto e Prof. Vanderlei Bagnato, e recentemente publicada no “Journal of Obesity & Weight Loss Therapy”, é o resultado de um trabalho desenvolvido ao longo de uma década no sentido de combater a obesidade e de reduzir, de forma substancial, os valores de colesterol, triglicérides e de gordura visceral, esta última responsável pelo aparecimento do diabetes tipo 2. O estudo comprova, ainda, que todos esses benefícios provocam uma redução substancial de gordura acumulada no fígado.

A Drª Fernanda Carbinatto comenta que “Embora a terapia convencional, que alia o exercício físico a uma alimentação equilibrada, se apresente eficaz na redução da gordura e no emagrecimento das pessoas, o certo é que se adicionarmos a fototerapia obtemos, no espaço de oito dias, uma redução de mais 20% de gordura, sem qualquer tipo de medicamento, o que é, de fato, extremamente importante”.

“Esta forma de tratamento não tem apenas o objetivo de contribuir para um efeito estético. Aliás, esse não foi o objetivo de nossa pesquisa, mas sim de encontrar respostas para combater uma situação que já se tornou cotidiana, que é a obesidade e, com ela, o agravamento das condições de saúde das pessoas. O fotoemagrecimento é realizado com os equipamentos já desenvolvidos no Grupo de Óptica do IFSC/USP”, acrescenta o Dr. Antonio de Aquino Junior

 

 

Rui Sintra - Jornalista do IFSC/USP

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde informa que neste domingo (09/01) a vacinação ocorrerá somente no Ginásio Milton Olaio Filho, das 7h30 às 18h30

Já durante a semana (de 10 a 14/01) a vacinação contra a COVID-19 acontece na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Cidade Aracy, das 7h30 às 16h;  na Fundação Pró-Memória das 8h às 16h, e também no Ginásio Milton Olaio Filho, das 7h30 às 18h30. 


 

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