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SÃO CARLOS/SP - Na quarta-feira (25), a Santa Casa de São Carlos recebeu a doação de mil caixas de leite, arrecadadas durante a 18ª edição da Corrida UNICEP, realizada neste mês de junho. A entrega foi feita pelos representantes da instituição de ensino: o diretor geral Marcelo Ferreira Lourenço, os diretores mantenedores Marcello Aparecido Ienco e David José Hortenzi Vilela Braga, e o diretor administrativo-extensão Maikon Venicius Vidotti.

A arrecadação aconteceu por meio da contribuição dos participantes da corrida, que, além de adquirirem o kit do evento, doaram duas caixas de leite cada. 

As doações foram recebidas pela gerente do Serviço de Nutrição e Dietética da Santa Casa, Olga Vela, e pela coordenadora de Captação de Recursos, Andreia Lourenço, que destacaram a importância da doação para a rotina alimentar dos pacientes atendidos pelo hospital.

O provedor da Santa Casa, Antonio Valerio Morillas Junior, agradeceu a parceria. “É com grande alegria que recebemos essa doação da UNICEP. Um gesto que une saúde, solidariedade e responsabilidade social. Essas caixas de leite farão a diferença na assistência nutricional de nossos pacientes. Nosso sincero agradecimento à UNICEP e a todos que participaram da corrida.”

O diretor Marcelo Lourenço reforçou o papel social da Corrida UNICEP. “Além de incentivar a prática esportiva, a corrida tem um propósito solidário muito forte. Para nós, é gratificante ver que conseguimos mobilizar tantas pessoas em prol de uma causa tão importante.”

O diretor Marcello Ienco também celebrou a parceria com a Santa Casa. “Acreditamos no poder transformador da educação aliada à solidariedade. A parceria com a Santa Casa é um exemplo claro de como pequenas atitudes, somadas, podem gerar grandes impactos.”

SÃO CARLOS/SP - Nos dias 26 e 27 de junho (quinta e sexta-feira), o prédio da Farmácia de Alto Custo localizado na Avenida São Carlos, nº 991, permanecerá fechado e sem atendimento ao público. O motivo da interrupção é a transferência da unidade e de todo o Departamento de Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde para uma nova sede, localizada em frente à Justiça do Trabalho.

A reabertura está prevista para segunda-feira (30/6), já no novo endereço: Rua José Bonifácio, nº 889, Centro — em frente ao prédio da Justiça do Trabalho. O horário de funcionamento da unidade será mantido: de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 14h para retirada de senhas.

A mudança envolve a realocação de toda a estrutura física e tecnológica da farmácia, incluindo móveis, equipamentos e sistemas de comunicação. A nova unidade abrigará, além da Farmácia de Alto Custo, a Farmácia de Processos Judiciais — responsável por fornecer medicamentos a pacientes com demandas judiciais. Os serviços funcionarão em ambientes distintos, com guichês e salas separadas.

Atualmente, o serviço atende entre 300 e 350 pessoas por dia, chegando a cerca de 6 mil atendimentos mensais. A Farmácia de Alto Custo é responsável pela entrega de medicamentos fornecidos pelo SUS, voltados ao tratamento de doenças crônicas, raras e de alta complexidade. Os medicamentos são distribuídos pela prefeitura, por meio do DRS-III de Araraquara.

Segundo o secretário de Saúde, Leandro Pilha, a nova estrutura trará melhorias significativas ao serviço. “Vamos garantir mais conforto para os pacientes e melhores condições de trabalho para os profissionais da saúde”. O novo prédio contará com nove guichês de atendimento, e o quadro de funcionários inclui farmacêuticos e técnicos especializados, visando reduzir o tempo de espera e aumentar a eficiência no atendimento.

SÃO CARLOS/SP - Na última terça-feira (24), a Santa Casa de São Carlos realizou o lançamento oficial da Rede de Apoio Espiritual, um serviço dedicado a oferecer acolhimento espiritual e inter-religioso a pacientes, acompanhantes, familiares e colaboradores da instituição. A iniciativa, que respeita a diversidade de crenças e os direitos individuais de cada pessoa, reforça o compromisso da Santa Casa com a humanização do atendimento hospitalar.

O evento foi conduzido pela diretora de Práticas Assistenciais, Dra. Carolina Toniolo Zenatti, e contou com as presenças do provedor Antonio Valério Morillas Junior, da coordenadora do grupo de voluntárias da maternidade Dona Francisca Cintra Silva, Nilce Morillas e da coordenadora do Centro Integrado de Humanização (CIH), Juliana Tedesco. 

Líderes religiosos de diferentes tradições também participaram do momento: o padre Tadeu Germano e o pastor Jahyr Theodoro trouxeram reflexões e bênçãos sobre a importância da escuta, do cuidado espiritual e da compaixão nos ambientes de saúde.

Um dos destaques da programação foi a palestra “Conexão Humana”, conduzida pelo Dr. André Peluso Nogueira, que abordou como a espiritualidade pode transformar a jornada do paciente e fortalecer vínculos no processo de cuidado.

Além de marcar o lançamento oficial da iniciativa, o evento também serviu como treinamento introdutório para os voluntários inscritos na Rede de Apoio Espiritual, que receberam orientações sobre atuação ética, escuta qualificada, acolhimento e integração com a equipe multiprofissional do hospital.

Durante a cerimônia, a Dra. Carolina apresentou as diretrizes e práticas da Rede, destacando que o serviço já vinha sendo realizado de maneira informal e que agora passa a contar com estrutura própria, integração com a equipe de saúde e reconhecimento institucional. “A escuta atenta, o cuidado espiritual e o acolhimento fazem parte da humanização da saúde. Essa Rede já existia na prática, com o envolvimento de muitos voluntários e líderes religiosos ao longo dos anos. O que fizemos agora foi formalizar esse trabalho e oficializá-lo dentro da estrutura institucional da Santa Casa”, afirmou a Dra. Carolina.

O provedor Antonio Valério Morillas Junior também reforçou o compromisso da Santa Casa com o cuidado integral. “A Santa Casa sempre teve como princípio olhar para o ser humano de forma completa. A Rede de Apoio Espiritual é mais um passo nessa direção, porque reconhece que cuidar vai além do corpo físico, é também acolher o espírito, com respeito, escuta e empatia”, destacou.

A Rede de Apoio Espiritual será composta por líderes religiosos, voluntários, profissionais da saúde e colaboradores que compartilham do propósito de promover acolhimento com base no respeito, no amor ao próximo e na valorização da vida.

SÃO CARLOS/SP - Com o objetivo de melhorar o atendimento aos beneficiários, a Unimed São Carlos informa que, a partir do dia 30 de junho de 2025, o serviço de medicações ambulatoriais passará a ser realizado no novo endereço: SOU/Unifácil, localizado na Av. Dr. Carlos Botelho, 1986 – Centro.

As medicações de alto custo continuarão sendo administradas no Hospital Unimed – Unidade I. Já as medicações destinadas a gestantes e crianças de até 12 anos, 11 meses e 29 dias seguem sendo aplicadas no Hospital Unimed – Unidade II.

O atendimento no novo local será realizado de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, e aos sábados, das 7h às 12h.

A mudança visa proporcionar mais conforto, agilidade e qualidade no acolhimento aos pacientes.

INGLATERRA - Um veículo de comunicação britânico analisou os 100 vídeos mais populares com dicas sobre saúde mental na rede social TikTok e concluiu que mais da metade deles contém informações incorretas.

Das 100 postagens identificadas com a hashtag #mentalhealthtips, 52 foram consideradas imprecisas ou até perigosas por um painel formado por psicólogos, psiquiatras e acadêmicos. A análise apontou a propagação de desinformação sobre ansiedade, depressão, traumas e outros transtornos mentais.

Os especialistas também alertaram para o uso de termos terapêuticos fora de contexto, a simplificação excessiva de problemas complexos e a promoção de suplementos sem aprovação ou tratamentos sem embasamento científico.

Uma psicóloga entrevistada pelo jornal britânico afirmou que muitos vídeos criam a falsa ideia de que o tratamento de traumas é rápido e serve para todos, quando na verdade é necessário um atendimento personalizado feito por profissionais qualificados.

 
Resposta do TikTok

Em resposta à investigação, o TikTok declarou que a plataforma é um espaço voltado para a expressão pessoal e o compartilhamento de experiências autênticas, e afirmou que 98% do conteúdo prejudicial à saúde mental é removido antes mesmo de ser denunciado.

A empresa também lembrou que colabora com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para fornecer informações confiáveis e redirecionar os usuários para fontes seguras.

 
TikTok removeu conteúdos da tendência "SkinnyTok"

Recentemente, o TikTok também removeu mais de meio milhão de conteúdos associados à hashtag #SkinnyTok em todo o mundo, por promoverem conteúdo extremo e prejudicial à saúde, especialmente relacionado à perda de peso.

Essa tendência chegou a reunir mais de meio milhão de publicações, muitas das quais incentivavam a perda de peso com mensagens de culpa e padrões corporais tóxicos. O impacto foi tão significativo que reguladores europeus alertaram para os riscos que isso representa à saúde mental dos jovens usuários da plataforma.

 

 

por Notícias ao Minuto Brasil

FRANÇA - O NHS (Serviço Nacional de Saúde), espécie de SUS do Reino Unido, testa pela primeira vez em humanos um sangue artificial produzido em laboratório. A ideia é que a tecnologia possa diminuir a dependência por doação de sangue no futuro, especialmente em casos de pessoas com sangue raro ou que necessitam de transfusões constantemente.

O sangue testado em humanos por pesquisadores ligados ao NHS é desenvolvido a partir de células-tronco. No corpo humano, células-tronco passam por diferentes processos físicos e químicos na medula óssea. É por meio desses processos que essas células produzem hemácias, ou os glóbulos vermelhos.

Os cientistas investigaram esse complexo mecanismo de sinais enviados às células-tronco. O objetivo era simular, mesmo que parcialmente, esses estímulos em laboratório, algo que foi alcançado. Uma solução nutritiva foi desenvolvida para esse fim.
É nessa solução que células tronco hematopoéticas foram colocadas. Mateus Vidigal, pesquisador do Genoma USP (Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco) e sem relação com a pesquisa britânica, afirma que essas células-tronco "são células encontradas no sangue e que, naturalmente, dão origem às células sanguíneas".

De 18 a 21 dias, a solução nutritiva estimula as células a se multiplicarem e se desenvolverem em hemácias, as células do sangue responsáveis pelo transporte de oxigênio. Então, essas células foram filtradas para, depois, serem infundidas nos voluntários do estudo clínico.

No mínimo, a pesquisa vai inserir o sangue artificial em dez participantes do estudo. A pesquisa é dividida em dois momentos. Uma das transfusões é com hemácia produzida naturalmente e a outra envolve o sangue produzido no laboratório. O objetivo é comparar as duas substâncias para concluir se as hemácias artificiais duram tanto quanto aquelas advindas de uma transfusão comum.

Normalmente, uma transfusão de sangue natural conta com hemácias jovens, que duram cerca de 120 dias, e outras maduras que perduram por um tempo menor. Em estudos pré-clínicos com o sangue artificial, os pesquisadores do NHS concluíram que as células artificiais cumprem as mesmas funções e duram até por mais tempo que as hemácias naturais. Com a pesquisa em voluntários, os cientistas buscam entender se esse desempenho será o mesmo no corpo humano.

Isso pode ser um problema. Fernanda Azevedo Silva, professora de hematologia da Faculdade de Medicina da UFF (Universidade Federal Fluminense) e sem relação com o estudo britânico, explica que o organismo humano conta com um mecanismo para identificar células defeituosas. Por exemplo, hemácias precisam se alterar para passar por vasos sanguíneos mais estreitos. Se as versões artificiais dessas células não cumprirem tais requisitos, existe a possibilidade delas serem destruídas.

Mesmo assim, a professora da UFF afirma que o desenvolvimento de sangue artificial é um importante avanço no meio científico. "Até hoje, não existe sangue artificial. Muitas tentativas foram feitas, mas sem sucesso."

No entanto, o estudo ainda é muito experimental. Em informações oficiais fornecidas à reportagem, o NHS disse que "a introdução de novos tratamentos pode levar de 5 a 15 anos", já que muitos outros passos ainda precisarão ser feitos antes de, se tudo correr bem, consolidar a tecnologia.

Além disso, o sangue artificial provavelmente será destinado a um público bem específico. Pessoas com anemia falciforme, por exemplo, precisam constantemente receber transfusões de sangue. As hemácias produzidas em laboratório poderiam ser úteis para evitar escassez da substância para esses pacientes.

Indivíduos com sangue raro são outro público-alvo dessa tecnologia. Essas pessoas normalmente enfrentam dificuldades para encontrar doadores compatíveis. Como o sangue artificial é produzido a partir de células-tronco, seria possível selecionar essas células de pacientes com sangue raro e desenvolver as hemácias a partir desse tipo sanguíneo.

Outra possibilidade é que, no futuro, a produção de sangue artificial não seria mais dependente do cultivo constante de células-tronco. A ideia é que talvez seja possível desenvolver linhagens celulares que produzem hemácias constantemente, sem depender da ingestão de novas células-tronco na solução nutritiva.

O NHS disseque essa ideia ainda é muito preliminar e várias pesquisas precisam ser feitas para, talvez, alcançar tal feito. Percepção parecida é de Vidigal, o pesquisador do Genoma USP. "Eu acho que é bem futurista", afirmou o cientista em referência a essa ideia.

 

 

FOLHAPRESS

SÃO CARLOS/SP - O vice-prefeito de São Carlos, Roselei Françoso, juntamente com o secretário de Saúde, Leandro Pilha, abriram oficialmente, na manhã desta terça-feira (24/06), a 3ª Oficina Regional de Gerenciamento de Risco Sanitário, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde, no Hotel Nacional Inn. O evento reuniu representantes das Vigilâncias Sanitárias dos 24 municípios que compõem o Departamento Regional de Saúde de Araraquara (DRS III), com ênfase na discussão sobre segurança sanitária nas clínicas de estética — setor que tem gerado crescente preocupação entre os profissionais da área.

Com foco na prevenção de riscos, o evento abordou a necessidade de padronização das ações fiscalizatórias nos serviços de estética e embelezamento — segmento que, segundo dados da Anvisa, concentra o maior número de denúncias recebidas atualmente.

“Estamos falando de um campo em franca expansão, que exige uma vigilância criteriosa e baseada em evidências”, destacou a enfermeira Vanessa Lopes Munhoz Afonso, da Divisão de Serviços de Saúde do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. “Durante a oficina, tratamos de aspectos técnicos como habilitação profissional, requisitos legais, infraestrutura e tipos de serviços, sempre com foco na mitigação dos riscos e na proteção do cidadão”.

A supervisora da Vigilância Sanitária de São Carlos, Fernanda Cereda, reforçou que a iniciativa visa garantir que os municípios atuem de forma uniforme. “Estamos reunindo 24 cidades em prol da harmonização das ações, para que todos os estabelecimentos inspecionados ofereçam segurança à população”.

A diretora de Vigilância em Saúde, Denise Martins, também enfatizou o caráter de integração do encontro. “Mais do que uma troca técnica, este espaço coletivo nos permite avançar na gestão dos riscos sanitários e valorizar o trabalho conjunto entre os municípios”.

O secretário de Saúde, Leandro Pilha, destacou o protagonismo de São Carlos nesse segmento. “São Carlos é referência em Vigilância Sanitária. A oficina mostra nossa capacidade de liderar ações importantes que protegem a sociedade e salvam vidas”.

O vice-prefeito Roselei Françoso observou que o objetivo principal é compartilhar o conhecimento técnico que São Carlos acumulou ao longo dos anos. “Essa troca com os demais municípios fortalece nosso compromisso com a saúde sanitária regional”, ressaltou o vice-prefeito. “Com o avanço e a popularização das clínicas de estética, é fundamental que esses serviços atuem com responsabilidade, seguindo protocolos que garantam a segurança da população”, concluiu.

BRASÍLIA/DF - Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) registrados nas primeiras 24 semanas epidemiológicas de 2025 foram 30% superiores aos notificados no mesmo período do ano passado. Isso aumenta o alerta para o inverno, que começou oficialmente na última sexta-feira (20), já que muitos vírus respiratórios circulam mais nesse período, aumentando a quantidade de infecções e de casos graves.

"No inverno as pessoas ficam mais dentro de casa, nos escritórios, andam no transporte público com as janelas fechadas. Isso aumenta a proximidade das pessoas, e a maioria das infecções respiratórias se transmite por gotículas. Quando a gente tosse, fala, espirra, essas gotículas podem cair perto do olho, do nariz e da boca de outras pessoas e contaminá-las. Ou também podem cair na superfície, aí a pessoa toca e leva para o rosto sem perceber", explica a infectologista e professora do Instituto de Educação Médica, Silvia Fonseca.

Dois fatores que também contribuem para este quadro são a irritação das vias respiratórias, por causa do frio e do tempo seco, que assim ficam mais vulneráveis à infecções, e uma característica do vírus Influenza, causador da gripe, que o torna mais transmissível e mais replicável no organismo humano em baixas temperaturas.

Dados do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vêm mostrando o aumento de infecções por influenza. Considerando todos os mais de 103 mil casos graves de síndrome respiratória já contabilizados este ano pelo boletim, quase 53 mil tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus. Desses, cerca de 27% foram causados por algum tipo de influenza A ou B. Mas de meados de maio a meados de junho, a incidência de influenza subiu para mais de 40%.

Entre os dados de mortalidade, a influenza se destaca nas duas análises. Metade das quase 3 mil mortes causadas por SRAG, após infecção por algum vírus, ocorreu após uma infecção por gripe. Essa proporção sobe para 74,6% quando são consideradas apenas os óbitos com diagnóstico positivo para vírus respiratório registrados nas últimas quadro semanas.

Para a infectologista Silvia Fonseca, a percepção de que a gripe é uma doença leve ainda compromete a principal forma de prevenção dessas mortes. “O vírus influenza pode evoluir rapidamente para quadros de insuficiência respiratória, infecções pulmonares e internações prolongadas, especialmente em idosos e pacientes com doenças crônicas. A vacinação anual é a forma mais eficaz de reduzir esse risco”, afirma a professora de medicina. 

Vacinação

De acordo com o painel da vacinação do Ministério da Saúde, até esta sexta-feira (20), menos de 40% do público-alvo tinha se vacinado contra a influenza este ano. A campanha começou na maior parte do país em abril, justamente para imunizar as pessoas mais vulneráveis antes do período de maior circulação da doença. O imunizante protege contra os subtipos A H1N1 e A H3N2 e B e tem grande eficácia contra casos graves e óbitos.

Outra infecção mortal que pode ser prevenida com vacina é a da covid-19. Apesar da incidência entre os óbitos causados por vírus ter caído, ela ainda foi de 30,9% nas 24 semanas epidemiológicas contabilizadas este ano. E nas últimas quatro semanas, enquanto os testes positivos para covid-19 foram apenas 1,6% de todos os casos graves causados por vírus, a proporção entre as mortes ficou em 4,2%, o que comprova a letalidade do coronavírus, especialmente em idosos.

Entre as crianças, permanece a preocupação com o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da bronquiolite, uma inflamação que atinge as estruturas mais finas dos pulmões e que pode causar a morte, especialmente entre menores de 2 anos. Há vacina contra o VSR para idosos e grávidas – que transmitem anticorpos para o recém-nascido – mas apenas em clínicas particulares. O Ministério da Saúde já anunciou a incorporação da vacina para as gestantes no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do segundo semestre.

O período de maior circulação do VSR começa no outono e já dá sinais de queda, conforme o boletim Infogripe, mas os casos ainda são numerosos. Considerando todo o ano de 2025, ele foi o patógeno mais prevalente, diagnosticado em 45,3% dos casos graves causados por vírus. O VSR também foi responsável por 13% das mortes com diagnostico positivo registradas nas últimas quatro semanas.

A professora de Enfermagem da Faculdade Estácio Andréia Neves de Sant'Anna lembra que as normas de etiqueta respiratória ainda são válidas e ajudam a diminuir a propagação dos vírus: evitar aglomerações e ambientes fechados; lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel; usar lenço descartável para higiene nasal; cobrir o nariz e boca ao espirrar ou tossir; evitar tocar olhos, nariz e boca; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados e evitar contato próximo com pessoas com sintomas gripais.

Além disso, Andréia reforça que repouso, alimentação equilibrada, e bastante hidratação, podem ajudar o organismo a se recuperar mais facilmente.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

SÃO CARLOS/SP - Em 2025 já foram registradas 24.640 notificações para Dengue, com 5.251 casos descartados e 18.996 casos positivos (45 casos referentes a essa última semana e 20 referentes a exames de semanas anteriores, cujo resultado saiu somente agora), sendo todos autóctones, 393 ainda aguardam resultado de exame, com 18 óbitos confirmados, 6 óbitos em investigação e 16 descartados. Neste momento 2 pessoas estão internadas em enfermaria e 2 em UTI.

Para Chikungunya foram registradas 470 notificações, com 465 casos descartados, 2 casos positivos (todos importados) e 3 aguardando resultado de exame.

Para Zika foram registradas 416 notificações, com 416 casos descartados e Febre Amarela 1 notificação e 1 óbito confirmado e nenhum exame pendente para humanos.  Portanto até o momento foram registrados 18 óbitos por Dengue e 1 para Febre Amarela.  

SÃO CARLOS/SP - Já imaginou se uma substância natural pudesse fortalecer nossas células e impedir que vírus respiratórios — como os da gripe ou da COVID-19 — conseguissem nos infectar? Esse foi o foco de uma pesquisa brasileira que mergulhou nas propriedades de uma molécula chamada baicaleína, encontrada em uma planta usada há séculos pela medicina tradicional chinesa (Scutellaria baicalensis / Escutelária Chinesa / Huang Qin / Raiz Dourada). Embora seja um nome pouco conhecido do público, a baicaleína pode estar entre as futuras armas no combate a infecções virais.

Os pesquisadores mostraram que essa molécula tem a capacidade de interagir com as membranas celulares humanas e, dependendo do tipo de célula, reforçar suas defesas naturais. Segundo o pesquisador do FCL/UNESP, Pedro Henrique Benites Aoki e um dos autores do estudo “Isso pode representar um novo tipo de proteção contra vírus que atacam o sistema respiratório, como o coronavírus, o vírus da gripe e o vírus sincicial respiratório (VSR), entre outros”.

Um escudo invisível: como a baicaleína age nas nossas células

Todas as nossas células são envoltas por uma membrana — uma camada microscópica composta basicamente por gorduras (lipídios), que funciona como uma espécie de “parede inteligente”, controlando o que entra e sai. Quando um vírus ataca nosso corpo, ele precisa atravessar essa barreira para infectar a célula e, por isso, fortalecer essa estrutura é uma estratégia promissora para bloquear o início da infecção.

O estudo, publicado neste ano de 2025 na respeitada revista científica Langmuir (VER AQUI), investigou exatamente como a baicaleína interage com modelos de membranas celulares. Para isso, os cientistas utilizaram dois tipos diferentes de células humanas cultivadas em laboratório: as Células HEp-2, da região da faringe, que costumam ser altamente vulneráveis a infecções respiratórias, e as Células A375, da pele, que normalmente não são infectadas por vírus respiratórios.

E o que os pesquisadores descobriram foi surpreendente: Nas células HEp-2, a baicaleína ajudou a compactar e organizar melhor a membrana celular. Isso a torna mais rígida e resistente — dificultando a entrada de vírus. Já nas células A375, o efeito foi o contrário, ou seja, a membrana ficou mais fluida e desorganizada, sem efeitos protetores. Resumidamente, a baicaleína parece atuar de forma inteligente e seletiva, protegendo principalmente as células mais vulneráveis a infecções respiratórias.

Por que isso é um avanço importante?

Atualmente, a maioria dos medicamentos antivirais age, tentando impedir a sua replicação. Essa estratégia é eficaz, mas tem limitações, já que muitas vezes, quando os sintomas aparecem, o vírus já está bem instalado no organismo. Além disso, os vírus podem sofrer mutações e se tornar resistentes a esses medicamentos, como já aconteceu com várias variantes do SARS-CoV-2. A baicaleína traz uma proposta diferente, que é reforçar a defesa das células antes da infecção acontecer, tornando o corpo um terreno hostil para os vírus. Isso representa uma abordagem inovadora e complementar à medicina tradicional, podendo ser especialmente útil como forma de prevenção. Imagine um futuro em que pessoas com maior risco — como idosos, portadores de doenças respiratórias crônicas ou profissionais de saúde — possam tomar um suplemento com baicaleína para reduzir as chances de infecção em períodos de alta circulação viral. Parece promissor!

Outros benefícios da baicaleína

A baicaleína não é apenas antiviral. Ela também apresenta propriedades antioxidantes, que ajudam a combater o envelhecimento celular, e anti-inflamatórias, que reduzem processos inflamatórios crônicos associados a várias doenças. Isso significa que seu uso pode trazer benefícios amplos à saúde, especialmente em situações que envolvem estresse celular, infecções ou lesões. Em estudos anteriores, por exemplo, a baicaleína já demonstrou proteger os pulmões de danos causados por vírus e melhorar a sobrevivência de células infectadas — inclusive em testes com o coronavírus.

O que falta para virar um medicamento?

Apesar dos resultados promissores, a baicaleína ainda não está disponível como tratamento aprovado contra infecções virais, isso porque a ciência exige um processo rigoroso para transformar descobertas de laboratório em medicamentos seguros e eficazes.

Contudo, as próximas etapas incluem:

a)Testes em células vivas e tecidos reais, para confirmar os efeitos observados em modelos simplificados;

b)Estudos em animais para entender como a baicaleína se comporta no organismo — como é absorvido, distribuído, metabolizado e eliminado;

c)Ensaios clínicos em humanos para avaliar segurança, dose ideal, possíveis efeitos colaterais e, claro, sua real eficácia;

d)Desenvolvimento de formulações práticas, como cápsulas, sprays nasais ou inaladores, que garantam que a baicaleína chegue ao local desejado — principalmente aos pulmões e vias respiratórias.

Ciência e natureza: uma parceria com grande futuro

Esse estudo mostra como a união entre a sabedoria tradicional e a pesquisa científica moderna pode gerar soluções inovadoras. Muitas vezes, a natureza já oferece moléculas potentes — e o papel da ciência é compreender como elas funcionam e como os cientistas a podem usar da melhor forma. “Num mundo que ainda enfrenta os impactos das pandemias e o surgimento de novas variantes virais, buscar estratégias que fortaleçam o organismo e atuem preventivamente é mais urgente do que nunca”, conforme afirma o docente, pesquisador do IFSC/USP e coautor deste estudo, Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior.

A baicaleína urge como uma promessa nesse cenário e talvez, no futuro, essa molécula que hoje está nas raízes de uma planta ancestral possa estar nas farmácias, ajudando a proteger milhões de pessoas.

Bruna Alves Martins é a primeira autora deste estudo e faz parte do grupo Nanotec, coordenado pelo Prof. Dr. Pedro Henrique Benites Aoki. Ela realizou seu projeto de pesquisa de iniciação científica com bolsa Fapesp (2023/17301-5) durante a graduação em Engenharia Biotecnológica, investigando as interações moleculares do flavonoide baicaleína.

Ela segue investigando esse flavonoide agora no mestrado, junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologia de Materiais (POSMAT), com bolsa Fapesp (2025/00626-4).

Para conferir esta pesquisa, acesse - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2025/06/martins-et-al-2025-baicalein-interactions-with-lipid-membrane-models-implications-for-its-protective-role-against.pdf

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