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Livro "Verde urbano", gratuito, tem parceria com a ONU e capa com foto de Sebastião Salgado

 

SÃO CARLOS/SP - Árvores: de que maneira compõem parques, praças, conjuntos viários e canteiros centrais nas cidades? Quais os múltiplos benefícios que trazem para as pessoas, para o clima e para todos os seres vivos nos ambientes urbanos? Para falar do assunto de maneira simples e acessível ao público, acaba de ser lançado o e-book "Verde Urbano". Esse é o primeiro livro da Série "Eu, o meio ambiente e você", que busca popularizar temas científicos. O livro digital, publicado pela editora Unaspress, tem acesso gratuito e está disponível em https://bit.ly/3nFEC5x
"No livro, trazemos diversos temas relacionados ao ecossistema urbano, como, por exemplo, a biodiversidade presente nas cidades, o plantio e manejo de árvores, regulação do clima e ciclo hidrológico, sequestro e estoque de carbono, benefícios à saúde física e mental, além dos aspectos cênicos da ornamentação de ruas e avenidas que hospedam milhares de pessoas em nossas cidades", elenca o professor Fernando Periotto, do Centro de Ciências da Natureza (CCN) do Campus Lagoa do Sino da UFSCar, um dos organizadores da publicação.
"O e-book tem capa do fotógrafo Sebastião Salgado, laureado recentemente com o prêmio Imperial do Japão (considerado o "Nobel das Artes"), e conta com colaboradores que escreveram textos simples, de fácil compreensão, para que alcancemos facilmente o ‘grande público’, popularizando a ciência, levando conhecimento para os que têm pouco acesso, assim, difundindo no nosso país a construção de um mundo melhor, um mundo mais verde e azul!", celebra o professor da UFSCar. Para ele, este é o principal diferencial do livro em relação a outras obras sobre a mesma temática: "é a popularização da ciência de forma didática e com leitura leve para o público em geral". Sobre a linguagem empregada, explica que "a escrita permite a sensibilização de um leque avantajado do público que se interesse pela leitura".
Fernando Periotto conta que a ideia do livro surgiu a partir da parceria com mais dois colegas biólogos de profissão, Maurício Lamano Ferreira e Alessandro Reinaldo Zabotto, todos preocupados com a questão ambiental. "A preocupação se dá pelo cenário atual de cuidados, de manejo que as árvores em meios urbanos recebem. As ações danosas e irregulares quanto às árvores que crescem nas cidades são tantas que nos sentimos na obrigação de popularizar esse tema (Verde Urbano), que, há décadas, é amplamente discutido na academia. Se fazia urgente fazer a ponte de um tema acadêmico tão discutido, para o leigo ou para o jovem, por exemplo", explica Periotto. 
A obra foi elaborada no período de outubro de 2020 a julho de 2021 e conta com a participação de autores de diversas instituições de ensino brasileiras, estaduais, federais e privadas, além de profissionais de várias cidades e estados brasileiros, incluindo biólogos, arquitetos da paisagem, urbanistas, engenheiros florestais, agrônomos e ambientais, bem como gestores públicos.
SELit é online, gratuito e aberto a todo o público interessado

 

SÃO CARLOS/SP - Será realizado, no dia 20 de outubro, o 8º Seminário de Estudos de Literatura (SELit), que celebra os 10 anos do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura (PPGLit) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O SELit é online, gratuito e aberto a todo o público interessado.
A proposta do evento é ampliar o trabalho de formação de pesquisadores e docentes no campo dos Estudos de Literatura, abrindo novos espaços de atuação, expondo e discutindo, com pesquisadores de outras instituições, os desenvolvimentos e resultados da pesquisa desenvolvida no Programa. O SELit é também uma ocasião de fomentar o diálogo com professores da rede pública e privada de ensino, disseminando conhecimentos. 
Das 9 às 12 horas, serão realizados debates de projetos, com as mesas "Literatura e suas expansões" e "Literaturas de Língua Portuguesa". À tarde, das 14 às 17 horas, acontecem as mesas "Literatura e representações sociais" e "Literatura contemporânea". Das 17h30 às 18h30, a programação abre espaço para a atividade cultural "Sarau Transverbal" e, das 19 às 21 horas, a conferência de encerramento apresenta o tema "PPGLit: várias histórias".
Aulas acontecem no dia 23 de outubro e os interessados podem se inscrever pela plataforma BOX UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições para o curso online "Ultrassom Terapêutico - Prática Baseada em Evidências", oferecido pelo Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Usado no tratamento de vários problemas de saúde nos músculos, articulações e tendões, o equipamento é capaz de acelerar o processo de recuperação. "É um recurso de baixo custo, portátil, de fácil acesso e não invasivo", ressalta o professor Richard Eloin Liebano, coordenador do curso e responsável pelo Laboratório de Pesquisa em Recursos Fisioterapêuticos (LAREF) da UFSCar.
Apesar de ser um tipo de terapia utilizada há décadas, o avanço tecnológico trouxe novidades para profissionais e pacientes. "Antigamente, o ultrassom terapêutico só poderia ser aplicado com um meio de contato (gel) e constante movimentação do cabeçote para a devida propagação das ondas mecânicas. Hoje em dia, o aparelho não precisa mais estar em contato com o paciente, o que foi muito importante para o progresso no tratamento de feridas, por exemplo", explica o docente, que também é autor de livros na área e de mais de uma centena de artigos científicos.
Pacientes podem agendar o exame gratuito diretamente com o Hospital

 

SÃO CARLOS/SP - Entre os dias 13 de outubro e 13 de novembro, o Hospital Universitário da UFSCar (HU-UFSCar/Ebserh/MEC) realizará exames de mamografia gratuitos a partir de agendamentos feitos diretamente com a Unidade de Diagnóstico por Imagem e Diagnósticos Especializados do HU, sem a necessidade de encaminhamento médico. A ação integra os esforços da campanha nacional Outubro Rosa, que visa fortalecer a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e estimula a participação da população e de entidades na luta contra a doença. 
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), em 2021, estima-se que ocorrerão 66.280 casos novos da doença no Brasil, o que equivale a uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres. O Inca também reforça que a incidência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa neoplasia. 
Além dos dados crescentes da incidência da doença, a pandemia da Covid-19 também impactou na queda da procura por exames de mamografia, visto que muitos serviços eletivos foram suspensos em virtude do contexto sanitário imposto pelo coronavírus. "Contudo, observou-se a baixa procura para realização dos exames de mamografia, mesmo após a retomada gradual dos serviços de saúde. Entendemos que reflexos da pandemia podem ter gerado uma demanda reprimida para atendimento médico na Atenção Básica, dificultando o acesso para as mulheres solicitarem o pedido do exame de mamografia", relata Francisca Erilene Rodrigues de França, chefe da Unidade de Diagnóstico por Imagem HU-UFSCar. 
Diante disso, a proposta do HU é desenvolver uma campanha para incentivo dos cuidados à saúde da mulher, promovendo entre seus funcionários e a população em geral a oportunidade de realizar o exame de mamografia sem a necessidade de um pedido médico, com agendamento direto com o Hospital.
"Com a campanha, esperamos diagnosticar precocemente lesões mamárias e proceder com os encaminhamentos necessários, contribuindo efetivamente para o cuidado. Durante a campanha, além dos exames de mamografia, também orientaremos sobre a importância da busca por sinais de alerta. É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis e, na observação de alterações, devem procurar uma unidade de saúde para exame clínico por um profissional", ressalta Francisca Erilene de França. Ela também destaca que o diagnóstico precoce da doença favorece prognósticos mais positivos para as pacientes.  
Objetivo é homenagear pessoas significativas por meio do plantio de árvores

 

SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em conjunto com o Rotary Club de São Carlos - Pinhal, está realizando a quinta edição do projeto de extensão de arborização urbana, por meio do plantio de 100 mudas de espécies nativas e frutíferas em São Carlos. O projeto, agora, está convidando pessoas que queiram homenagear alguém marcante em suas vidas para doarem o valor equivalente ao plantio e manutenção de uma muda. Cada árvore plantada representará um amigo. A área, indicada pela Prefeitura de São Carlos, está localizada no bairro Arnon de Mello, perto do Campus II da Universidade de São Paulo (USP).
"A recém-criada 'Praça dos Amigos' se localiza numa região periférica da cidade de São Carlos e, por ser uma área relativamente nova, sofreu a supressão de vegetação nativa, o que é comum em áreas de expansão urbana. Assim, a região dessa nova praça apresenta uma grande carência de árvores, tornando o local mais árido, com muita poeira e pouca sombra", explicam Andréa Lúcia Teixeira de Souza, professora do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) e coordenadora do projeto de extensão, e Gustavo Galetti, doutor em Ciências Ambientais pela UFSCar. "O plantio de árvores tende a amenizar essas condições adversas ocasionadas pela falta da vegetação e atrair aves e outros animais, o que, além de contribuir para a melhoria paisagística do local, tende a aumentar o bem-estar da população, especialmente para aqueles que vivem na vizinhança da praça", completam. 
De acordo com Andréa de Souza e Gustavo Galetti, das 100 mudas inicialmente plantadas, houve uma perda de cerca de 25 mudas, "provavelmente devido à seca histórica que nosso município passou este ano e que ainda perdura. No entanto, estamos aguardando a volta das chuvas para conduzirmos a reposição das mudas perdidas. As novas mudas serão fornecidas pelo Viveiro da UFSCar e replantadas nos mesmos locais. A manutenção está em dia, com as gramíneas bem aparadas e com o coroamento conduzido regularmente em todas as mudas". Para eles, "o maior desafio que a manutenção tem enfrentado é o controle de formigas cortadeiras, que têm causado muitos danos às mudas. Por outro lado, os parceiros do projeto estão trabalhando com muita dedicação e têm se mostrado muito atentos para contornar essas dificuldades. Com esses esforços, a equipe envolvida tem conseguido alcançar os objetivos propostos, que sempre foram de aumentar a quantidade de árvores e áreas verdes na região urbana de São Carlos, que trazem tantos benefícios para a população do nosso município".
Os parceiros planejam encerrar o projeto nos moldes atuais de captação de recursos. "Acreditamos que esta será a última versão do projeto na forma de captação de recursos por meio de doações individuais, pois ainda que todas as campanhas tenham sido bem recebidas, pretendemos criar novas formas de financiamento para não sobrecarregarmos a comunidade", analisa Celso Rizzo, sócio do Rotary Club de São Carlos - Pinhal. "Além disso, antes de lançarmos novas campanhas, queremos avaliar os projetos anteriores e prestar contas dos resultados obtidos até aqui, sempre lembrando que, ao todo, o projeto já plantou e promoveu a manutenção de 655 árvores, cada uma em homenagem a uma pessoa", completa Rizzo.
CDMF, sediado na UFSCar, aprimora partículas e testa compósitos com diferentes polímeros

 

SÃO CARLOS/SP - Desde os primeiros meses da pandemia de Covid-19, o Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), direcionou seus esforços à aplicação de tecnologias e do conhecimento acumulado nas últimas décadas ao enfrentamento do vírus Sars-CoV-2. Já em abril de 2020, parceria com a Nanox, empresa spin-off do Centro, partículas a base de sílica e prata foram aplicadas ao polímero etil vinil acetato (que conhecemos como EVA) para a produção das máscaras reutilizáveis Oto, cujo material soma à filtragem do ar a ação virucida, bactericida e fungicida. Desde então, foi imensa a variedade de outras aplicações e, também, foi grande o avanço no conhecimento e no desenvolvimento tecnológico rumo a soluções cada vez mais eficientes e, também, versáteis e baratas.
Um conjunto de artigos publicados recentemente ilustra essa trajetória, além de evidenciar a posição de destaque ocupada pelo Centro nacional e internacionalmente.
O primeiro deles, intitulado "SiO2-Ag composite as a highly virucidal material: a roadmap that rapidly eliminates Sars-CoV-2" (disponível em https://www.mdpi.com/2079-4991/11/3/638), foi publicado em março deste ano, no periódico Nanomaterials, e designado pela editora "Hot Paper" pelo alto número de visualizações. Nele, os autores apresentam justamente o material empregado na máscara Oto; reportam os resultados obtidos nos testes de atividade bactericida e, também, de eliminação do coronavírus; e compartilham análises sobre os mecanismos envolvidos na ação biocida, visando inclusive apoiar o desenvolvimento futuro de outros materiais de mesma natureza.
Em agosto, foi publicado no Journal of Polymer Research o artigo "PVC-SiO2-Ag composite as a powerful biocide and anti-Sars-CoV-2 material" (disponível em https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10965-021-02729-1), com foco em outra aplicação das mesmas partículas, em filmes plásticos flexíveis, de PVC, utilizados, por exemplo, como embalagem de alimentos. Neste caso, além da ação bactericida, virucida e fungicida, também foi comprovada a segurança no uso em contato direto com alimentos, bem como verificou-se um ganho adicional: o aumento no tempo de prateleira de produtos perecíveis, ou seja, maior intervalo até o alimento - no caso testado, frutas - estragar.
O terceiro artigo, recém-publicado (em 21 de setembro), tem o diferencial de trabalhar apenas com material semicondutor - fosfato de prata (Ag2PO4) - para a ação biocida, sem a prata na forma metálica. O trabalho, intitulado "Bioactive Ag3PO4/Polypropylene composites for inactivation of Sars-CoV-2 and Other important public health pathogens", foi publicado no periódico Journal of Physical Chemistry B (disponível em https://pubs.acs.org/doi/10.1021/acs.jpcb.1c05225).
"O fosfato de prata é um semicondutor já bastante estudado no CDMF, e vimos comprovando que esses materiais, sozinhos, são muitas vezes mais eficientes que as partículas metálicas. Temos, portanto, buscado tanto partículas mais eficientes e com menor custo de produção, quanto seu uso em diferentes aplicações", conta Marcelo Assis, pesquisador de pós-doutorado no CDMF que está entre os autores nos três artigos. Neste último, com o fosfato de prata, o compósito desenvolvido envolve o polímero polipropileno, muito utilizado no cotidiano em sacolas plásticas, cadeiras e embalagens rígidas reutilizáveis com tampa, dentre vários outros utensílios. Além de novas partículas e aplicações, os estudos buscam materiais com impacto cada vez menor no ambiente e no corpo humano.
Aperfeiçoamento é oferecido pela UFSCar em parceria com Associação Portuguesa de Certificação

 

SÃO CARLOS/SP - Para complementar a formação acadêmica e atender a demanda por profissionais tecnicamente mais qualificados, estão abertas as inscrições para o Curso Online de Aperfeiçoamento em Gestão e Auditoria Ambiental. A iniciativa é ofertada pela UFSCar em parceria com a Associação Portuguesa de Certificação (Apcer), organização reconhecida internacionalmente pela sua atuação e acreditada junto ao Inmetro para realizar inspeções e treinamentos. As aulas estão previstas para começar em outubro.
O trabalho do profissional em auditoria ambiental tem sido fundamental para identificar possíveis impactos causadores de diferentes problemas para a sociedade. Tendo como base a legislação brasileira, o auditor avalia uma determinada região e colabora para minimizar os efeitos indesejáveis dos sistemas de produção modernos.
Com um corpo docente formado por professores da própria UFSCar e profissionais do mercado de trabalho, além de tutores, o curso traz desde conceitos de sustentabilidade até diretrizes para certificações socioambientais. Os estudantes aprendem a levantar os dados, caracterizar os principais aspectos, avaliar possíveis consequências e elaborar relatórios. O aperfeiçoamento também é destinado para quem não tem familiaridade com certificação ambiental.
A grade curricular apresenta o histórico e os aspectos mais relevantes, assim como as principais questões e tendências socioambientais globais da atualidade, com exemplos de certificações nacionais e internacionais. Ainda são tratados os biomas brasileiros e indicadores de desempenho para avaliar performances sustentáveis.
Professor Antônio Zuin fala sobre violência na universidade em documentário da HBO, dirigido por Giuliano Cedrone e Marina Person

 

SÃO CARLOS/SP - A forma como o veterano recebe seu calouro tem muita relação com o modo como impera, na universidade, um caldo de cultura autoritário no qual o veterano se julga, na condição de portador da "cultura", no direito de domesticar o calouro, não por acaso chamado de "bicho". Essa é uma das considerações feitas pelo professor Antônio Alvaro Soares Zuin, do Departamento de Educação (DEd) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O professor desenvolveu uma pesquisa de 2000 a 2002, com fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), sobre o trote na universidade e, agora, também fala sobre o assunto no primeiro episódio da série documental "Rompendo o silêncio", da HBO, dirigido por Giuliano Cedrone e Marina Person.
"Infelizmente, o trote tem sido a tradição referente ao processo de integração do calouro na vida universitária", declara Zuin. "A pergunta que fica é a seguinte: com quem os veteranos aprenderam a se julgar assim, como se fossem aqueles que têm a prerrogativa de, por meio da soberba intelectual, tratar os novatos como animais? Provavelmente a reposta para essa questão remete o pensamento para a crítica da relação professor-aluno e das violências cometidas em tal relação no transcorrer da vida universitária. Essa relação entre o trote e o, por assim dizer, espírito burocrático-autoritário da universidade, também presente na relação professor-aluno, me surpreendeu quando fiz a pesquisa sobre o trote", declara o pesquisador. "Muitas vezes o veterano desforra no calouro a raiva que tem do professor e que não pôde ser demonstrada na sala de aula por conta do medo de sofrer algum tipo de retaliação", completa. 
Segundo Zuin, em sua pesquisa, "foi possível comprovar, empiricamente, a característica do trote como rito de integração sadomasoquista na vida universitária, pois a dor que o calouro masoquistamente precisa suportar por ocasião de sua entrada na universidade poderá ser sadicamente vingada nos novatos do próximo ano, ou seja, quando se tornar um veterano". Diante disso, o pesquisador ainda questiona: "será que novas tradições de ingresso na vida universitária não poderiam ser criadas? Será que tal inserção deverá ser feita sempre por meio do emprego de violências física e simbólica?".

Trote solidário
Para o professor da UFSCar, as ações solidárias representam um progresso quando comparadas às práticas de humilhação e tortura presentes no trote. Mas mesmo o trote dito solidário possui no seu âmago essa ideia da domesticação do calouro. E, por isso, não pode ser identificada como a alternativa definitiva para a inserção do calouro na vida universitária. "A própria palavra trote já alude à violência aplicada por aquele que se julga no 'direito' de domesticar o novato. Os limites para a aplicação dos trotes são superados todos os anos por novidades que cada vez mais humilham, mutilam ou matam. Portanto, qualquer tipo de trote porta consigo algum tipo de violência, seja ela simbólica, física ou mesmo ambas", detalha o docente da UFSCar. 
Para saber mais sobre esses estudos, o professor indica três artigos disponíveis na Internet: "O trote universitário como violência espetacular" (https://bit.ly/3uu3639); "O trote no curso de pedagogia e a prazerosa integração sadomasoquista" (https://bit.ly/3zLNhWE); e "Universidade e barbárie: o caso do trote" (https://bit.ly/2ZBpcW1).
Zuin defende que "a universidade precisa apurar as denúncias de trote, providenciar suporte às vítimas e punir os responsáveis. Além de promover debates contínuos sobre o trote (e não apenas na semana dos calouros), a universidade deve instituir novas formas de integração dos novatos e novatas que não sejam baseadas na humilhação e no emprego de violência física". 
Atualmente, o foco dos estudos do professor Antônio Zuin se refere à análise das práticas de cyberbullying cometidas por alunos contra professores. Sobre o assunto, o docente publicou, há dois meses, o livro "Fúria narcísica entre alunos e professores: as práticas de cyberbullying e os tabus presentes na profissão de ensinar", pela EdUFSCar (https://bit.ly/3kRd2AI). Mais informações sobre pesquisas desenvolvidas por Antônio Zuin podem ser solicitadas diretamente com o pesquisador, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Materiais colaboram para o acesso às informações sobre a doença por aprendizes do Português, Francês, Espanhol e Inglês

 

SÃO CARLOS/SP - Um projeto de extensão, realizado no Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), acaba de lançar livretos que apresentam diversas expressões linguísticas relacionadas à Covid-19 nos idiomas Português (brasileiro), Francês e Espanhol. O material em Inglês foi lançado no ano passado. As publicações são gratuitas e ficam disponíveis no site do InformaSUS-UFSCar (www.informasus.ufscar.br). 
A elaboração do material teve coordenação da professora Ilka de Oliveira Mota, do Campus Lagoa do Sino da UFSCar, e contou com a participação de Fernanda Castelano Rodrigues, docente do Departamento de Letras do Campus São Carlos. Além disso, servidores docentes e técnico-administrativos de Lagoa do Sino e estudantes dos dois campi também participaram da iniciativa que teve a parceria com a Universidade Federal de Rondônia.
Desde março de 2020, em virtude da pandemia de Covid-19, expressões linguísticas referentes à doença ("quarentena"; "assintomático"; "achatar a curva"; entre outras) passaram a circular em todo o mundo, inclusive no dia a dia dos brasileiros. O tema está presente nos principais meios midiáticos, como rádio, TV, sites e redes sociais, dentre outros.  Diante dessa realidade, o projeto da UFSCar compreendeu a necessidade de olhar o processo de ensino-aprendizado dos falantes e aprendizes das línguas inglesa, francesa, espanhola e portuguesa (do Brasil) no que se refere ao contexto sanitário da doença. "Trazer esse tema para o contexto de ensino-aprendizagem de línguas é um modo de garantir, democraticamente, o direito de expressão em uma língua estrangeira a todo(a) e qualquer cidadão(ã)", afirma a professora Ilka Mota. Além disso, a docente aponta que, no que se refere à universidade pública, é fundamental a criação de condições materiais para que o acesso às línguas estrangeiras possa de fato se concretizar. "Neste sentido, compreendemos que a nossa proposta extensionista vai ao encontro de um projeto inclusivo, portanto democrático, característica fundamental das universidades públicas federais brasileiras", complementa.
O projeto teve início no ano passado e, em agosto de 2020, foi produzido o primeiro livreto na versão em Inglês. A partir dessa primeira experiência, o grupo ampliou a inciativa e, com a chegada de novos integrantes, foi possível produzir os livretos nos outros idiomas, de forma a atender às necessidades linguísticas e discursivas dos aprendizes dessas línguas.
Novo episódio está disponível em diferentes plataformas online

 

SOROCABA/SP - O novo capítulo do podcast "Bamo Proseá?", intitulado "Prosa Saciológica", traz uma entrevista com o saciólogo Mouzar Benedito. Ele é especialista em assuntos "sacizísticos" e um dos fundadores da Sociedade dos Observadores de Saci (Sosaci). O episódio está disponível em diferentes plataformas online, acessíveis via https://linktr.ee/BamoProsea.
O projeto de extensão "Bamo Proseá? Cotidiano e Cultura Caipira", da UFSCar-Sorocaba, promove uma série de podcasts voltados ao universo caipira. Os episódios tratam de assuntos relacionados à música, à viola, à culinária, à literatura, às crenças e à religiosidade, entre outros. 

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