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Evento promovido pelo IFSC/USP assinala “Dia Internacional da Mulher”

 

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em parceria com o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), realizam no dia 08 de março, a partir das 15h00, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” e com transmissão ao vivo pelo Canal Youtube do Instituto, o evento “Missão... Mulher”, uma roda de conversa que assinala o “Dia Internacional da Mulher”.

Seis mulheres com diversas profissões e pertencentes a gerações diferentes irão dialogar entre si sobre o que é ser Mulher, suas dificuldades e aspirações no seio profissional, familiar e social, tendo como pano de fundo a preservação da saúde;

Em um cenário que simula uma grande sala de convívio e que estimula, por isso, uma conversa amena longe de palestras, simpósios ou apresentações formais para públicos específicos, este evento irá contar com as seguintes convidadas:

*Profª Drª Sabrina Peviani (Fisioterapeuta) - De forma remota, por se encontrar na cidade de Cacoal - Rondônia -, ela irá falar sobre a saúde da mulher, principais fatores de risco, tratamentos e prevenção;

*Drª Fernanda Mansano Carbinatto (Farmacêutica) - Abordará os riscos das mulheres contraírem varizes, e ainda o perigo de se desenvolverem úlceras venosas por determinados fatores;

*Drª Natália Inada (Pesquisadora) - Falará sobre os riscos do HPV e do câncer de colo do útero;

*Drª Eliana Duchêne (Advogada) - Abordará aspectos relacionados com o Direito da Família, que atingem diretamente as mulheres: divórcio, a guarda dos filhos e o direito à habitação, estão entre os assuntos;

*Profª Yvonne Primerano Mascarenhas (Cientista) - Relata como era difícil a ascensão das mulheres no mundo académico e social, motivo pelo qual atualmente, e entre as suas inúmeras atividades, se dedica a motivar as meninas e meninos a ingressarem na universidade;

*Barbara Kolstock Monteiro (Psicóloga) - Irá falar sobre as causas dos problemas relatados pelas restantes convidadas, propondo soluções de acompanhamento psicológico que amenizem ou neutralizem os efeitos nefastos.

Esta roda de conversa será moderada pelo Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior (Pesquisador do CEPOF) e por Rui Sintra (Jornalista e Assessor de Comunicação do IFSC/USP).

Para assistir este evento ao vivo, acesse o Canal Youtube do IFSC/USP - https://www.youtube.com/ifscusp1

Investigação incide sobre ação das variantes da protease

 

SÃO CARLOS/SP - Desde 2016 que os laboratórios do CIBFar, um CEPID da FAPESP alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) sob a coordenação do Prof. Glaucius Oliva, desenvolvem um trabalho ativo voltado ao desenvolvimento de novos medicamentos para o combate a diversos vírus, com uma atuação intensa que foi concentrada no desenvolvimento de candidatos antivirais para o vírus Zika até o ano de 2020, ano em que todos os esforços passaram a estar concentrados no combate à pandemia da COVID-19. Uma vez mais, o CIBFar tomou a frente científica com o objetivo de encontrar novos fármacos para o tratamento dessa doença.

Em um desses projetos, liderado pelo pesquisador Andre Schützer de Godoy, o CIBFar tem buscado compreender como funcionam as proteases virais, que são fundamentais para o ciclo do vírus. Desde 2020 que a equipe do CIBFar tem obtido bastante sucesso nas pesquisas nessa área, sendo que em 2021, entre outros estudos que foram feitos, emergiu o primeiro trabalho utilizando o Sincrotron brasileiro, o SIRIUS (https://revistapesquisa.fapesp.br/foi-uma-honra-sermos-os-primeiros-usuarios-externos-do-sirius/). Agora, o grupo tenta entender como novos medicamentos desenvolvidos contra esses alvos afetam as proteases em um nível estrutural, e também tentar entender como variantes do Coronavírus que já estão em circulação podem comprometer a eficácia desses medicamentos.

O que é a protease e como ela age

O Coronavírus é usualmente conhecido pela imagem de uma esfera coberta por espinhas (as chamadas Spikes). De fato, essa imagem mais não é do que uma espécie de envelope que contém no seu interior o material genético do vírus. “Quando esse vírus chega nas células e após as Spikes reconhecerem os receptores, ele “joga” esse material genético dentro delas, sequestrando toda a “maquinaria celular”. Esse material produz algumas proteínas que são essenciais para a sobrevivência e disseminação do vírus pelo organismo, sendo que dentre essas proteínas está a protease. Essa é a proteína que se transformou em um alvo óbvio para o desenvolvimento de novos medicamentos contra a doença, como os dois medicamentos aqui estudados”, pontua Andre Godoy.

Novos medicamentos e a ameaça das variantes da protease

O “Paxlovid” e o “Ensitrelvir” foram os dois medicamentos lançados mundialmente em finais do ano passado para combater a COVID-19. O primeiro, lançado pela Pfizer e já contando com a aprovação do FDA e da ANVISA, e o segundo, desenvolvido pela farmacêutica japonesa Shionogi, mas ainda sem aprovação pelas principais agências mundiais, têm como ponto negativo o alto custo para os pacientes. Apesar de diferentes, ambos os fármacos agem no mesmo alvo do vírus - a protease. O trabalho que a equipe desenvolveu foi exatamente sobre o princípio ativo desses dois medicamentos, tendo sua equipe buscado nos bancos de dados genômicos - cerca de 7 milhões de genomas - as variantes que existem dessa protease próximas ao sítio ativo - apenas 16 - produzido cada uma delas em laboratório e verificando como elas se comportam frente aos medicamentos.

Dois medicamentos concentrados em um só

“Nesta pesquisa encontramos duas coisas muito interessantes. A primeira foi que algumas dessas variantes já em circulação parecem ser resistentes a um desses medicamentos, ou seja, podem comprometer a eficácia no tratamento da COVID-19 por meio da geração de resistência. Além disso, observamos que uma mesma variante não parece ser resistente a ambos os medicamentos. Em virtude de os dois fármacos serem ligeiramente diferentes do ponto de vista estrutural - e aqui falamos do aspecto químico – esses dados podem indicar que a combinação dos dois fármacos possa ser um boa maneira de evitar resistência”, sublinha o pesquisador acrescentando ainda  que a caracterização estrutural dessas variantes foi realizada através de cristalografia de raios-x, onde se utilizou novamente o SIRIUS para esse fim. Dessa forma, a equipe de Andre Godoy conseguiu resolver as questões relacionadas com as sete principais variantes que mostravam resistência aos medicamentos, sendo que isso permitiu compreender em um nível molecular o que provocava a resistência.

O pesquisador do CIBFar admite que este é um trabalho bastante importante, sublinhando a forte parceria que foi feita com o SIRIUS e cujos resultados foram obtidos há cerca de seis meses. Em termos clínicos e através deste trabalho, Andre Godoy acredita que se abrem portas para que, no futuro, se possam realizar estudos e pesquisas que promovam a combinação destes dois medicamentos - ou de outros com as mesmas características - em um só, de forma que se evite a formação de linhagens resistentes. “O CIBFar vai permanecer muito atento a estas variantes resistentes de protease, embora elas não constituam uma preocupação ou ameaça em larga escala, por enquanto”, conclui o pesquisador.

 (CONFIRA AQUI O ARTIGO CIENTIFICO)

https://www.jbc.org/article/S0021-9258(23)00136-9/fulltext#secsectitle0065

SÃO CARLOS/SP - O docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, conquistou no início deste mês de março, em Washington (DC) - Estados Unidos -, dentre de mais de uma centena de premiados, uma das maiores distinções anualmente atribuídas pela “Optica - Advancing Optics and Photonics Worldwide”, em reconhecimento pelos trabalhos, pesquisas, estudos, liderança e  difusão do conhecimento na área de óptica -, o prêmio “Robert E. Hopkins Leadership Award”.

Este prêmio foi estabelecido em 1997 com o intuito de ajudar a fortalecer o vínculo entre a comunidade mundial de pesquisadores na área de óptica e a sociedade, sendo que o “Robert E. Hopkins Leadership Awardreconhece um pesquisador ou um  grupo de pesquisa que gerou um impacto significativo na comunidade global de óptica e fotônica, ou na sociedade como um todo, decorrente das pesquisas realizadas.

A este prêmio foi dado o nome de Robert Earl Hopkins (30 de junho de 1915 - 4 de julho de 2009), que desempernhou o cargo de presidente da Optical Society of America em 1973, sendo reconhecido como um especialista em design de instrumentos ópticos, óptica asférica, interferometria, lasers e testes de lentes. Ele é conhecido no meio acadêmico mundial como o "pai da engenharia óptica".

A Optica (anteriormente OSA) - Advancing Optics and Photonics Worldwide - https://www.optica.org/en-us/home/ , é uma sociedade científica internacional dedicada a promover a geração, aplicação, arquivamento e disseminação de conhecimento no campo. Fundada em 1916, é a principal organização para cientistas, engenheiros, profissionais de negócios, estudantes e outros interessados na ciência da luz. As renomadas publicações, reuniões, recursos online e atividades presenciais da Optica alimentam descobertas, moldam aplicações na vida real e aceleram realizações científicas, técnicas e educacionais.

Confira a lista de cientistas distinguidos nos diversos prêmios atribuídos pela “Optica” https://www.optica.org/en-us/about/newsroom/news_releases/2023/march/optica_names_17_recipients_for_2023_awards_and_med/

SÃO CARLOS/SP - O Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) acaba de ver concedida mais uma patente de invenção, traduzida no projeto de desenvolvimento de um microendoscópio de refletância e fluorescência portátil acoplado a smartphones.

Essencialmente dedicado a fazer imagens microscópicas de células e tecidos, este novo dispositivo está especialmente indicado para auxiliar no diagnóstico de lesões da mucosa da boca e do colo do útero, e para avaliação de lâminas com material de esfregaço celular, como de sangue ou a citologia de Papanicolau.

O equipamento é constituído por um mini-microscópio de uso manual conectado a uma sonda (conjunto de fibras ópticas), que permite uma visualização amplificada de células e tecidos em tempo real, através de um smartphone que pode também gravar as imagens para posterior análise.

O Prof. Sebastião Pratavieira, um dos inventores do novo dispositivo, explica as características desta nova aposta inovadora. “O uso do microscópio tradicional teve que evoluir ao longo do tempo. Primeiro, para um funcionamento correto, ele necessitava estar ligado a um computador de mesa, sendo que mais tarde se evoluiu para um laptop. Como a ciência não para, hoje demos mais um salto na inovação, fizemos diversas alterações e aí conseguimos desenvolver, através de miniaturização, um microscópio que, com várias lentes e com uma fina fibra óptica - que é um guia de luz -, pode ser conectado a um smartphone e gravar todas as imagens que são obtidas nas células e tecidos das mucosas, com a finalidade de diagnosticar as doenças. Outra hipótese é utilizar o mesmo equipamento para análises microscópicas em lâminas histológicas”, relata o pesquisador.

A Profª Cristina Kurachi, docente e pesquisadora do IFSC/USP, orientadora do trabalho desta patente, explica que “Métodos de diagnóstico que auxiliem a avaliação do paciente na cadeira do consultório e com análise em tempo real são de grande relevância para diminuir o tempo e os custos relacionados ao diagnóstico de diferentes patologias”.

O projeto foi realizado durante o estágio do aluno Pablo Gómez García, na época como visitante no IFSC/USP e com a colaboração do aluno de doutorado Ramon Gabriel Teixeira Rosa. A possibilidade de obtenção de imageamento do tecido in vivo com resolução microscópica traz um grande avanço para a avaliação clínica dos pacientes no consultório, sendo que com o uso acoplado ao smartphone torna o método de incorporação mais viável pelos médicos e dentistas.

Esta invenção é da autoria de Cristina Kurachi, Sebastião Pratavieira, Pablo Gómez Garcia e Ramon Gabriel Teixeira Rosa.

Estudo insere-se nos ODS da “Agenda 2030” da ONU

             

SÃO CARLOS/SP - Tendo como cenário apenas o Brasil - ou seja, não contando com o resto do mundo -, estima-se que cerca de 40% da produção de frutas e verduras sejam irremediavelmente perdidos no campo, enquanto que no processo de comercialização do produto restante, a partir do momento da compra de qualquer desses produtos, o consumidor se confronta com uma rápida deterioração dos alimentos. Estas são duas infelizes realidades que estão diretamente ligadas aos propósitos da “Agenda 2030” da ONU, em seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - campo 12 - Consumo e produção responsáveis: assegurar padrões de produção e consumo sustentáveis. Ou seja, uma produção e consumo de alimentos que se processem de forma responsável, reduzindo o desperdício e as perdas.

E, foi isso que levou pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) e do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) a se juntarem em uma pesquisa que tem como objetivo contrariar essa realidade, através do desenvolvimento de um filme polimérico que proteja e prolongue a vida de frutas e hortaliças, tendo sido escolhido como modelo o morango, atendendo a que essa fruta é altamente perecível.

A pesquisa inicial tem sido desenvolvida pelo docente e pesquisador do IQSC/USP, Prof. Stanislau Bogusz Junior e pela doutoranda Mirella Romanelli Vicente Bertolo, um trabalho que já dura há cerca de quatro anos. O pesquisador confirma que, se houver boas condições de produção, de colheita e armazenamento, o morango resfriado pode durar em média três ou quatro dias, no máximo, sendo que após esse período ele começa a criar fungos e isso leva a perdas em todos os níveis. Foi a partir desse exemplo que os pesquisadores se lançaram no trabalho de desenvolver algo que protegesse e prolongasse a vida útil dos alimentos. “Inserido na área de química dos alimentos, o que nós estamos fazendo é tentar entender qual a vida útil dessa fruta na prateleira, com o foco de interferir nesse processo para que ela possa durar muito mais tempo, diminuindo assim as perdas”, sublinha o pesquisador.

Extrato de casca de romã

Produzir novos materiais para essa finalidade é o foco principal, sendo que neste caso concreto os filmes poliméricos se apresentam como uma solução muito viável, já que são completamente diferentes daqueles que são fabricados com plástico e que são obtidos através dos derivados do petróleo e que geram uma série de contaminações a nível ambiental. “Utilizamos compostos naturais à base de quitosana e gelatina, um polissacarídeo e uma proteína -, e com esses materiais preparamos os citados filmes. Esses materiais formam uma película invisível sobre cada fruta, como se você a embalasse individualmente, sendo que essa espécie de “barreira” vai impedir que micro-organismos entrem em contato com a fruta, ou com a hortaliça, impedindo, também, que se desenvolvam aqueles que já existem nesses produtos. Para que esse processo tivesse sucesso, adicionamos extratos naturais que têm propriedades preservativas, conservantes e que promovem um prolongamento da vida útil do alimento, neste caso, do morango. Para termos condições de produção e de consumo responsáveis, utilizamos extratos de resíduos agroindustriais, sendo que neste caso concreto do morango utilizamos um extrato de casca de romã. A romã tem cerca de 40%-50% de seu peso constituído pela casca, sendo que quando essa fruta é consumida o destino dela é o lixo, para reciclagem”, esclarece o pesquisador.

Ao obter esse extrato natural da casca de romã, os pesquisadores incorporaram-no nos filmes - que neste caso são feitos à base de gelatina e quitosana. Como estes filmes se baseiam em produtos naturais e comestíveis, o consumidor ingere o morango junto com o filme.

Artigos científicos e a participação do IFSC/USP na pesquisa

No andamento deste projeto, os pesquisadores decidiram convidar o docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Vanderlei Bagnato, e o pós-doutorando Lucas Dias, para integrarem as pesquisas através de estudos e testes na aplicação de luz laser sobre o filme, algo que aumentou as propriedades conservantes do material.

Ao todo, já foram publicados dois trabalhos científicos sobre este estudo, estando em fase de publicação um terceiro artigo. “Na verdade, os dois artigos já publicados e o terceiro em fase de publicação se complementam em todo este projeto. O primeiro artigo, onde o pós-doutorando do IFSC/USP, Lucas Dias, é o primeiro autor, é um estudo comparativo que utiliza a curcumina e o extrato de casca de romã, com aplicação de luz laser. Esse estudo levou em consideração que esses compostos e essa aplicação são eficazes e são elementos agregadores contra o crescimento bacteriano, podendo ser aplicados com muita eficácia nas áreas médica e alimentar”, sublinha Mirella Bertolo. O segundo artigo, que tem a pesquisadora como primeira autora, é um estudo de desenvolvimento e caracterização de filmes apenas para a área de alimentos, enquanto que o terceiro artigo, ainda em fase de conclusão, demonstra os efeitos da combinação dos filmes de quitosana, gelatina e extrato de casca de romã com a aplicação de luz nos morangos revestidos. “Na literatura científica existem inúmeros estudos que relatam os benefícios dos compostos fenólicos, principalmente no que se refere à casca de romã, mas são poucos os trabalhos que combinam a potencialidade desses extratos com a aplicação de luz para a segurança alimentar, o que é muito estimulante para este nosso estudo”, comemora Mirella.

Para o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, Coordenador do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no IFSC/USP, a meta de se combaterem as perdas e os desperdícios alimentares é algo que constitui uma prioridade. “De fato, além das perdas que se verificam na produção, no campo, e que acontecem pelas mais variadas razões - colheita deficiente, transporte inadequado, etc., as frutas deterioram-se rapidamente, principalmente graças à ação de fungos e micro-organismos. Além disso, a maioria das frutas não consegue atingir um tempo de espera razoável nas prateleiras, já que, quando embaladas, ou seja, em micro-ambientes fechados, elas estão sujeitas ao aparecimento de micro-organismos, que as destroem”, elucida o pesquisador.

O CEPOF começou já há algum tempo uma linha de pesquisa que tem o objetivo de desenvolver um “spray” que é jogado sobre as frutas, sendo que a própria luz ambiente realiza uma foto-reação evitando a formação de colônias bacterianas. “O Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) usou, nesta pesquisa, uma molécula diferente daquela que usamos em nossos trabalhos, já que ela só age com a ação da luz - ação fotodinâmica, destruindo os micro-organismos. O IQSC/USP utilizou compostos extraídos da casca da romã e aí nós participamos com a realização de diversos testes e ensaios nos nossos laboratórios, validando o processo. O que verificamos foi que a película protetora à base de quitosana, gelatina e extrato de casca de romã, além de ser eficaz no combate aos fungos e micro-organismos no morango, também é eficaz com a ação da luz, algo que é bastante positivo no contexto da pesquisa”, enfatiza Bagnato, acrescentando que “(...) colaborar com os colegas do IQSC/USP é algo extremamente importante e muito saudável. A interação destes dois Institutos, que têm, neste caso específico, um mesmo interesse e objetivo - o combate ao desperdício e à perda de alimentos -, é deveras muito importante, o que confirma o fato deles estarem entre as Unidades mais produtivas da Universidade de São Paulo.

Casca de romã e morangos - um sistema modelo

A romã foi escolhida e investigada como um sistema modelo, sendo que os estudos também poderiam ser realizados com extratos obtidos de outras frutas. “O que fizemos com a romã poderá ser executado com casca de laranja e, nesse caso, é óbvio que as propriedades seriam diferentes, e é claro também que em vez de termos utilizado o morango poderíamos ter utilizado outra fruta ou uma hortaliça. Contudo, o morango é, como foi já sublinhado, muito sensível, e por isso ele foi selecionado para esta nossa pesquisa”, pontua Stanislau Bogusz.

Outra curiosidade relativa a esta pesquisa foi o fato de os pesquisadores terem realizado testes sensoriais utilizando metodologias analíticas, tendo, dentro desse contexto, convidado dezoito pessoas treinadas para serem provadores dos morangos com o recobrimento do filme e sem recobrimento. “O resultado foi muito bom, atendendo a que nenhuma dessas dezoito pessoas conseguiu encontrar diferenças do ponto de vista sensorial, ou seja, no paladar. Isso é ótimo porque indica que com este procedimento o consumidor não irá rejeitar o produto que está coberto com o filme, pois ele terá cheiro e paladar iguais, sem que seja detectado visualmente. O que se espera é que este biofilme possa ser adotado em outras frutas, hortaliças, etc.”, finaliza o pesquisador.

Com uma patente já depositada (Número do registro: BR10202102640, título: "Composições poliméricas com propriedades antioxidantes e antimicrobianas para revestimento de frutas, método de preparação do revestimento e seu uso") e com cerca de 90% do trabalho de pesquisa concluído, existe a grande probabilidade deste biofilme poder entrar brevemente no mercado e ser comercializado a um preço muito baixo, bastando, para isso, haver interesse dos investidores.

Esta pesquisa teve o apoio da FAPESP, através dos seguintes processos: (2019/18748-8) Composição química de morangos recobertos com biofilmes a base de extratos de casca de romã, quitosana e gelatina / (2022/04977-8) Associação de resíduos agroindustriais na formulação de revestimentos ativos de quitosana e gelatina: valorização de extratos de romã e casca de amêndoa como fontes de compostos fenólicos.

SÃO CARLOS/SP - Neste início de 2023 o Grupo de Óptica “Prof. Dr. Milton Ferreira de Souza” do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP), celebra sua vigésima patente concedida dentre as quase cem depositadas, algumas ainda aguardando julgamento do Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI.

Para o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, que coordena esses projetos, a patente é uma forma de avaliar e legitimar algo que tem utilidade para a sociedade. “O fato de nós termos um excelente lote de patentes concedidas e um número elevado de patentes que aguardam a decisão final mostra que a equipe técnico-científica do Grupo, como um todo, vem desenvolvendo com muita seriedade e competência uma de suas missões, que é a transformação do conhecimento em benefícios para a sociedade, com soluções inéditas e inovadoras que ajudam a resolver diversos problemas. Essas patentes estão em temas relevantes, que impactam a sociedade”, complementa o pesquisador.

O processo de submissão, concessão e licenciamento de patentes é um processo árduo, que conta com o apoio da Agência USP de Inovação, órgão que muito tem auxiliado para que o conhecimento gerado seja repassado para a sociedade.

O Grupo de Óptica “Prof. Dr. Milton Ferreira de Souza” do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) é sede do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica – CePOF (um CePID - Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP), do Instituto Nacional de Óptica Básica e Aplicada às Ciências da Vida (programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia - INCT do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), intermediado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq).

O Grupo de Óptica também é sede do Laboratório de Apoio à Inovação e ao Empreendedorismo em Tecnologias Fotônicas (USP Fóton), do Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica (SISFOTON), parte da Iniciativa Brasileira Fotônica (IBFOTON) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), sendo igualmente uma unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), atuando em  Biofotônica e Instrumentação.

 

Para conferir a listagem e as patentes, basta acessar -

 

https://www.ifsc.usp.br/cepof/cepof-publicacao-patentes/

 

https://drive.google.com/drive/folders/1Lzz1aQM_Hfp34aSbs2HUQCJvHYv6SCh5

A pesquisa traz como Inovação o tipo de material utilizado na camada de reconhecimento do biossensor

 

SÃO CARLOS/SP - Embora a pandemia tenha cessado, o certo é que os pesquisadores continuam preocupados e vigilantes com as mais diversas variantes da COVID-19 que, entretanto, vão surgindo, principalmente em relação ao SARS-CoV-2, o vírus que causa a doença.

Tendo isso em consideração, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Departamento de Química da FFCLRP/USP, desenvolveram um biossensor especialmente dedicado à detecção do SARS-CoV-2 com base no reconhecimento da proteína Spike do vírus por receptores de membranas celulares. Além deste biossensor se apresentar de baixo custo (menos de um dólar) devido a camada de biorreconhecimento, ele tem a particularidade de descartar a detecção de outros vírus, como, por exemplo, Dengue e Zika, sendo, por isso, uma ferramenta exclusiva para SARS-CoV-2.

A pesquisadora colaboradora do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) do IFSC/USP e primeira autora do artigo científico (ver em - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2023/02/Memb-Covid-Biosensor-Talanta-full-paper.pdf ) que aborda este desenvolvimento, Profª Drª Juliana Cancino-Bernardi, sublinha que este tipo de biossensor foi desenvolvido utilizando membranas celulares com receptores capazes de reconhecer o vírus exatamente como ocorre dentro do corpo do paciente. Essas membranas foram imobilizadas na superfície de um dispositivo eletroquímico capaz de transformar um reconhecimento biológico específico em sinal físico. “Ao contrário do que tem sido feito até aqui, que é a utilização de anticorpos ou DNA que passam por um processo de purificação, o que fizemos foi utilizar membranas das células Vero e Calu, que superexpressam receptores responsáveis pelo reconhecimento da proteína Spike, como camada seletiva para sua detecção. Esta ideia surgiu pelo fato de nós conhecermos bem a tecnologia de extração de membranas celulares e suas potencialidades como sistema de entrega em nanomedicina teranóstica”, pontua a pesquisadora. Para ter a certeza de que essa membrana teria a capacidade de reconhecer única e especificamente as proteínas Spike de SARS-CoV-2, os pesquisadores realizaram estudos de seletividade introduzindo proteínas de Zika e Dengue, cujos resultados revelaram que esta plataforma apenas detecta, com exclusividade, as relacionadas com SARS-CoV-2.

A Dra. Juliana Cancino-Bernardi afirma ainda que “Essa tecnologia pode diminuir os custos de produção destes dispositivos, pois o processo de extração de membranas celulares é no geral mais acessível que muitos processos de purificação.

De acordo com o Prof. Zucolotto, coordenador do GNano/USP, e responsável pelo trabalho, “O grupo foi pioneiro na manipulação de membranas celulares para terapia ou diagnóstico, incluindo o desenvolvimento de sensores baseados em membrana celulares, no Brasil, o que abre caminhos para a construção de dispositivos diagnóstico para outras doenças, desde que o biorreconhecimento seja realizado por moléculas superexpressas nessas membranas”, conclui.

Ação coincidiu com as comemorações do “Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências”

 

SÃO CARLOS/SP - Três alunas e um aluno da EE Profª Maria Ramos (São Carlos) foram selecionados pela própria escola para fazerem parte do Programa de Pré-Iniciação Científica (USP) no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Com os apoios da Universidade de São Paulo (USP) e da FAPESP, os jovens irão receber uma bolsa do CNPq para que desenvolvam projetos científicos com o auxílio de alunos de pós-graduação e com supervisão de docentes e pesquisadores do Grupo de Óptica.

Com duas alunas da escola já presentes no IFSC/USP desde janeiro passado, a elas se juntaram, no dia 10 do corrente mês, mais dois estudantes - Miguel Assis e Luana Moura - acompanhados pelo Prof. Denis Jacomassi, Coordenador de Gestão Pedagógica da EE Profª Maria Ramos e que fez sua formação neste Instituto, lecionando há já quinze anos. “A grande aposta é motivar os jovens para a ciência, trazer alunas e alunos do ensino médio das escolas de nossa cidade, não só para vivenciarem os ambientes universitário e científico aqui do IFSC/USP, mas para que possam desenvolver suas habilidades que já foram detectadas na nossa escola. Estes quatro jovens já mostraram enorme potencial para a ciência e este projeto serve exatamente para eles exibirem suas capacidades, e, quem sabe, poderem ingressar na USP e optarem por trabalhar nesta área do conhecimento - Física”, sublinha o professor.

Miguel Assis foi um dos estudantes que ingressou no nosso Instituto no passado dia 10. Ainda um pouco nervoso para conversar, Miguel afirmou que em primeiro lugar queria conhecer bem a infraestrutura para, depois, começar a estudar e se integrar. Embora vá desenvolver um projeto relacionado com Física, ele pretende se formar em imagem e som.

Luana Santos e Stefani Larissa são as duas estudantes da EE Profª Maria Ramos que chegaram em janeiro último e, por isso, se mostram mais descontraídas. “Nós estamos trabalhando juntas em um projeto muito legal e esperamos poder completá-lo em curto tempo”, afirma entusiasmada Stefani. “Estamos fazendo um projeto muito interessante, que envolve três segmentos: a aplicação de luz, luminescência e eletromagnetismo. Estamos muito entusiasmadas e queremos avançar rápido”, complementa Luana.

A chegada desta segunda equipe da EE Profª Maria Ramos e a reunião de todos os intervenientes, cuja maioria é feminina,  coincidiu com o “Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências”, comemoração que aconteceu no dia 11.

Desde 2016, o “Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências” é comemorado em 11 de fevereiro, data aprovada e celebrada pelas Nações Unidas e UNESCO. A criação da data visa buscar um maior destaque para a pauta, visto que ainda são necessários esforços para a participação igualitária das mulheres nas ciências.

Dados da ONU e da UNESCO apontam que as mulheres representam menos de 30% dos pesquisadores no mundo todo e demonstram como ainda persistem as barreiras e a baixa representatividade para mulheres e meninas, sobretudo em áreas como ciências, tecnologia, engenharia e matemáticas.

Nesse contexto, o IFSC/USP está fazendo sua parte, com muito prazer.

O evento reúne o setor produtivo, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação em ciências matemáticas em estudos cruciais para o avanço da indústria

 

SÃO CARLOS/SP - A Tecumseh, uma das maiores fabricantes de compressores herméticos do mundo e empresa líder no aprimoramento de produtos e serviços de refrigeração, participa do 9º Workshop de Soluções Matemáticas para Problemas Industriais do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI), que acontece entre 6 e 10 de fevereiro no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos, São Paulo.

O workshop é voltado para profissionais do setor produtivo e de outras áreas do conhecimento, bem como pesquisadores e alunos de matemática, estatística, computação e áreas correlatas que procuram conciliar a carreira acadêmica com situações práticas propostas pela Tecumseh.

No evento, a Tecumseh apresentará cinco desafios para que os participantes possam buscar possíveis soluções para problemas reais da indústria, como otimização de configuração de corte de bobinas de aço, utilização da otimização topológica no desenvolvimento de motores elétricos, entre outros.  

Para o diretor presidente da Tecumseh do Brasil, Ricardo Ferreira, essa experiência é de suma importância para a expansão das fronteiras do conhecimento no país. “A Tecumseh tem muito orgulho de participar do 9º Workshop de Soluções Matemáticas para Problemas Industriais, pois concretiza a aproximação das empresas com a academia, tão importante para o desenvolvimento da indústria e da sociedade brasileira”, explica Ferreira.

 

“Os workshops do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI) têm se mostrado um modelo eficiente na aproximação universidade-indústria. que foi inicialmente desenvolvido na Universidade de Oxford na década de 60. Com o enorme sucesso dos resultados obtidos, foram sendo difundidos como uma atividade regular em diversos países, como o Brasil”, comentou o diretor do Centro, José Alberto Cuminato.

 

Portanto, todos os envolvidos na iniciativa – a Tecumseh, os participantes, a indústria em geral e a academia – serão os grandes beneficiários das inovações geradas no workshop, cujos resultados poderão ser implementados na empresa por meio de convênio ou contratação, com potencial de geração de patentes tecnológicas e capital intelectual na região de São Carlos.

A Tecumseh tem a tradição de realizar investimentos significativos em P&D. Cerca de 4% de seu faturamento anual é direcionado para o setor de desenvolvimento, criando empregos de qualidade e gerando inovação e patentes locais de nível nacional e internacional.   

Além disso, a Tecumseh é um importante ativo para o estado de São Paulo e para o Brasil, tendo investido cerca de US$ 330 milhões em suas operações no país. Suas instalações em São Carlos têm a capacidade de produzir 9 milhões de compressores por ano, os quais são também exportados para mais de 40 países. Sua produção é verticalmente integrada em duas plantas e uma unidade de P&D e testes na cidade de São Carlos.

SÃO CARLOS/SP - Através de uma leitura técnica especialmente dedicada aos profissionais de saúde, foi lançado recentemente (em formato digital) o livro intitulado “Reabilitação com Terapias Combinadas: Uma nova visão de otimização terapêutica”, assinado pelos pesquisadores da USP de São Carlos - Karen Cristina Laurenti, Elissandra Moreira Zanchin, Vitor Hugo Panhoca e Vanderlei Salvador Bagnato.

Esta publicação é um verdadeiro compêndio sobre laserterapia e seu entendimento nas aplicações em reabilitação realizado de maneira conjugada a outras terapias, como ultrassom, pressão negativa e pressão positiva, onde os profissionais de saúde têm à sua disposição protocolos desenvolvidos por pesquisadores clínicos experientes, tendo como principal objetivo levar a saúde aos diversos pacientes, associando ciência e tecnologia com a prática terapêutica, de forma adequada.

Este livro contém, ainda, os artigos científicos que foram publicados ao logo do tempo sobre a conjugação do laser com outras técnicas e que derivaram em novas terapias conjugadas, bem como os protocolos relativos aos tratamentos que entretanto se iniciaram.

Para baixar esta publicação, acesse - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2023/02/Livro-completo-Reabilitacao-com-terapias-combinadas_compressed-1.pdf

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