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SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebe neste dia 20 do corrente mês, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, a partir das 19h00, mais uma edição do programa “Ciência às 19 Horas”, desta vez subordinada ao tema “Dinossauros do Brasil – 170 milhões de anos de evolução”, com a participação do Prof. Luís Eduardo Anelli* (IG/USP).

Em sua apresentação, que certamente despertará o interesse de alunos e professores dos ensinos fundamental e médio de nossa cidade e região, o palestrante começará por informar que os mais antigos esqueletos de dinossauros são conhecidos de rochas brasileiras com 233 milhões de anos de idade, sendo que naquele tempo, um supercontinente agrupava todas as terras emersas hoje conhecidas e apenas dois oceanos banhavam suas praias. Mamíferos e flores ainda não existiam e nem qualquer vertebrado havia aprendido a voar.

Em sua palestra, o Prof. Luís Anelli pontuará que 170 milhões de anos mais tarde, após impactos de asteroides gigantes e vulcanismos que perduraram por milhões de anos, seis continentes rodeados por cinco oceanos estavam repletos com milhares de espécies de dinossauros. Eles disputavam os ares com répteis gigantes, devoravam pequenos mamíferos, se especializavam na captura de insetos que se multiplicavam em parceria com as plantas com flores.

Com tamanhos que variavam desde o de uma pequena rolinha, ao de causar espanto à baleia-azul, eles desafiaram as leis da física e da biologia.

Chamada de era dos dinossauros, a “Era Mesozoica” foi o mais intenso momento para a geologia e biologia em toda a história da Terra.

No Brasil, as rochas de boa parte desse intervalo, bem como o trabalho de diversos paleontólogos, já nos deram cerca de 50 espécies de dinossauros, protagonistas de histórias que estamos começando aprender a explorar.

Este evento é gratuito e aberto a todos os interessados, com transmissão ao vivo pelo Canal Youtube do “Ciência às 19 Horas”.

Biodefensivo encapsulado com ação inseticida e fungicida é liberado de forma prolongada

 

SÃO CARLOS/SP - Um artigo publicado há cerca de dois meses na prestigiada revista científica “Nanomaterials”, da autoria de pesquisadores de nove universidades do Brasil e do exterior, com o apoio da EMBRAPA, da FAPEAM e do        Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), reporta as últimas pesquisas desenvolvidas no sentido de controlar pragas que assolam árvores frutíferas típicas da Amazônia, neste caso concreto o cupuaçuzeiro, que tem um peso substancial na economia local.

O Prof. Edgar Aparecido Sanches (42), docente da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) é um dos autores desse artigo científico, conjuntamente com outros renomados cientistas, entre os quais se contam os pesquisadores do IFSC/USP, Profs. Vanderlei Salvador Bagnato e Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, e a Drª Natália Inada. O objetivo da pesquisa foi desenvolver uma tecnologia com base no óleo essencial extraído da planta Lippia origanoides, conhecida no Amazonas como “Erva-de-Marajó”, uma espécie da família do orégano, seguindo-se o desenvolvimento de sistemas de partículas (sistemas poliméricos biodegradáveis) para encapsular esse óleo, transformando o conjunto em um biodefensivo contra duas pragas que atacam o cupuaçuzeiro - a “Vassoura de Bruxa” (Moniliophtora perniciosa) e um tipo de besouro chamado “Broca-do-Cupuaçu”  (Conotrachelus humeropictus).

O início das pesquisas

Tudo começou em 2018 quando Edgar Sanches teve um projeto aprovado pela FAPEAM dedicado ao desenvolvimento de biodefensivos  para plantações frutíferas no Amazonas, tendo ao longo do tempo testado em várias pragas de frutas da região. Contudo, o foco acabou por ser o cupuaçuzeiro e as pragas que atacam essa árvore, partindo do princípio de que muitos óleos essenciais de plantas da própria região poderiam ser utilizados como biodefensivos. “O óleo que apresentou maior eficiência - e que acima está identificado - foi utilizado e, na sequência, desenvolvemos sistemas de partículas para encapsular esse óleo. Nossa pesquisa compreende duas vertentes: primeiro, é encontrar o princípio ativo, no caso nós encontramos  esse óleo essencial que é mencionado no artigo, e a segunda parte foi desenvolver sistemas de partículas que sejam  biodegradáveis e que  encapsulem esses óleos essenciais e os protejam do meio externo. Então, nós conseguimos desenvolver essas duas etapas. Tínhamos um sistema encapsulado com eficiência contra essas pragas do cupuaçuzeiro e foi a partir daí que o IFSC/USP teve um papel importante nesta pesquisa”, relata Edgar Sanches.

Com seu ingresso no IFSC/USP, em 2022, para iniciar seu pós-doutorado, o Prof. Edgar Sanches trouxe com ele a sua pesquisa e a intenção de entender como a radiação poderia interagir com todo o sistema, que era a base de seus estudos. “Precisava entender a forma como a luz solar age sobre esses sistemas, se ela acelera o processo de  liberação, se ela degrada o sistema mais rapidamente do que a gente esperaria. Então, trouxe esse sistema aqui para o IFSC/USP, em parceria com o Prof. Bagnato e com todo seu grupo. Estamos tentando entender de que forma a luz interage nesse sistema, e esse é um ponto que ainda está em andamento. Um segundo ponto, que foi concretizado e que entrou neste trabalho, nesta publicação, foi a visualização do óleo essencial dentro da partícula. Então, aqui no IFSC/USP, através da Microscopia de Fluorescência Confocal, conseguimos visualizar o óleo essencial dentro dessas partículas e a maneira como ele está distribuído internamente. É muito importante entender como ocorre essa distribuição do óleo no interior da partícula, porque isso influencia no processo de liberação controlada”, explica o pesquisador.

Em termos gerais, esta pesquisa - ainda in vitro - prevê a utilização deste processo através de pulverização nas árvores frutíferas, não com o intuito de exterminar uma espécie,  como a dos besouros -, mas sim como agente de controle em um determinado ambiente. Estes estudos abrem portas para que sejam pesquisados outros óleos essenciais extraídos da flora brasileira que, também com a ação da luz, sejam liberados mais eficientemente do interior das partículas e possam controlar outras pragas sem que com isso hajam impactos negativos na flora, fauna e meio ambiente.

Os estudos e as pesquisas irão continuar por mais algum tempo, sendo que os pesquisadores nacionais esperam iniciar seus trabalhos no campo, obviamente com a manutenção dos apoios que se fazem necessários. “O apoio da FAPEAM está sendo fundamental, bem como o da EMBRAPA, do IFSC/USP e também dos alunos e bolsistas que estão envolvidos. Sem essas colaborações não teríamos avançado como avançamos. Assim, para quem faz o que gosta, para quem trabalha com o que gosta, é simplesmente um resultado interessante e eu fiquei muito feliz com o convite para esta pesquisa”, finaliza o pesquisador.

Pesquisadores da USP de São Carlos colocam essa possibilidade

 

SÃO CARLOS/SP - A resistência das bactérias aos antibióticos está entre os problemas mais sérios enfrentados pela civilização moderna, acreditando-se que, possivelmente, uma nova pandemia poderá surgir causada por bactérias resistentes aos antibióticos. Os cientistas acreditam na possibilidade do mundo poder enfrentar uma nova pandemia devido à proliferação dessas bactérias resistentes aos antibióticos.

Diariamente, há notícias de doenças que anteriormente respondiam bem aos antibióticos e que agora não obtêm essa resposta, registrando-se, atualmente, um elevado número de óbitos provocados por infecções que não conseguem ser eliminadas. Esta situação desastrosa chegou a este ponto devido ao uso abusivo de antibióticos, fato que contribuiu para que as bactérias adquirissem mutações que se mostram resistentes aos mesmos.

A doença que se tem mostrado mais letal é a pneumonia resistente, que vitimou muita gente que contraiu a COVID-19 nos hospitais e que continua a causar preocupações, colocando aos cientistas de todo o mundo a questão de como quebrar essa resistência.

Através de trabalhos realizados no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) e de uma rede de pesquisadores internacionais, os cientistas conseguiram obter uma primeira resposta para quebrar a resistência bacteriana aos antibióticos, utilizando a ação fotodinâmica.

Produzindo um stress oxidativo nas bactérias, pela introdução de agentes fotossensíveis, grupos de cientistas chefiados pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, que também exerce sua atividade na Texas A&M University (EUA), Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, demonstraram que após este tratamento as bactérias voltaram a ser eliminadas pelo mesmo tipo de antibióticos que haviam anteriormente demonstrado resistência. O trabalho, envolvendo a Dra. Kate Blanco e a aluna Jennifer Machado, ambas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), juntamente com colaboradores estrangeiros, acaba de ser publicado na prestigiosa revista “PNAS- Procedings of the National Academy of Science” (EUA). Outro trabalho sobre este tema está em fase de publicação em outra revista de grande prestígio internacional, sendo que estas abordagens científicas estão tendo uma grande repercussão internacional, devendo prover novas esperanças para o combate das bactérias resistentes.

Atualmente, a equipe do IFSC/USP está progredindo neste campo com o uso da técnica para o tratamento das faringotonsillities (infecções de garganta) e mesmo no tratamento da pneumonia.

 

 

Crise energética faz nascer o “Hidrogênio Verde”

 

SÃO CARLOS/SP - Em aproximadamente quarenta a sessenta anos, as reservas naturais conhecidas de combustíveis fósseis poderão ficar inviáveis para extração, uma questão que não é nova, já que ela vem sendo discutida há várias décadas. A procura crescente - mas lenta - por combustíveis alternativos e limpos tornou-se, recentemente, uma pauta quase emergencial.

Em causa está não só a preocupação pela escassez desse combustível, extraído principalmente através dos lençóis petrolíferos, como também a agressão constante ao meio ambiente com sua queima, conforme salienta o docente e pesquisador do Grupo de Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas do IFSC/USP, Prof. Renato Vitalino Gonçalves. “De fato, a perspectiva é que as reduções das reservas de petróleo no mundo irão acontecer a cada década, o que abre a porta para a introdução de combustíveis renováveis, uma ação que irá combater e certamente atenuar os desequilíbrios ambientais que estamos sofrendo, por exemplo, com as temperaturas a atingirem valores nunca antes vistos devido à emissão de dióxido de carbono (CO2), principal ator na emissão de gases que provocam o chamado “efeito estufa”. A queima de combustíveis fósseis aumenta a densidade do CO2 e, por isso, os raios solares penetram nele, mas não conseguem sair - ou saem apenas em parte -, o que causa esse efeito global que coloca em risco o planeta”, relata o docente.

Alternativa: “Hidrogênio Verde”

As alternativas para substituir os combustíveis fósseis já começaram há algum tempo, sendo que a introdução dos veículos movidos a energia elétrica terá sido a primeira delas, utilizando baterias para esse efeito, contudo, de alguma forma ineficaz. O pesquisador aponta que a utilização de baterias nos veículos automóveis tem um problema que é difícil de equacionar: o fato das baterias terem recarga bastante baixa, promovendo somente uma autonomia calculada entre 400 e 500 quilômetros para veículos de passeio, reduz a possibilidade de serem utilizadas em veículos de longo percurso, como caminhões, já para não falar dos trens e aviões. Aí, surgiu a hipótese de se desenvolver e utilizar o designado “hidrogênio verde”. “Os carros elétricos vieram para ficar, o que consubstancia o movimento global para substituir os combustíveis fósseis. Depois de se terem observado as limitações resultantes da utilização de baterias nos veículos automóveis, a ideia de se utilizarem células de combustível de hidrogênio ganhou força, um projeto que está sendo cada vez mais implementado, com exemplos claros nos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. Ao invés da bateria, os carros que hoje são movidos a hidrogênio, em lugar dos habituais tanques de combustível apresentam uma célula, existindo complementarmente um tanque de hidrogênio cujo manuseio é altamente seguro. O funcionamento das células a combustível baseia-se na divisão dos prótons do hidrogênio por uma membrana, gerando uma corrente elétrica que alimenta o motor elétrico do veículo. Como o hidrogênio tem baixa densidade no estado gasoso, é possível armazenar grandes quantidades num recipiente muito pequeno”, enfatiza o pesquisador.

Contudo, existe um “porém”, atendendo a que cerca de 95% do hidrogênio gerado vem de fontes fósseis, o que redireciona o problema para o estado inicial, ou seja, se os combustíveis fósseis reduzirem dramaticamente, o hidrogênio também reduzirá... E é aí que entra o projeto da criação do “hidrogênio verde”, que pode vir de diversas fontes renováveis e limpas, como a água e etanol. “A implementação de células de combustível com base em “hidrogênio verde” em veículos automóveis é de fato algo muito promissor. Um exemplo de sucesso vem do Ceará, onde está sendo introduzida a primeira planta-piloto de larga escala para a produção de “hidrogênio verde” a partir da eletrólise da água, onde a energia elétrica aplicada aos eletrolisadores será produzida a partir de painéis fotovoltaicos e turbinas aeólicas. Temos então aí o exemplo da utilização da luz solar e do vento para a geração desse gás “limpo”, através de energias renováveis”, pontua o Prof. Renato Gonçalves, sublinhando que após sua utilização na célula de combustível o “hidrogênio verde” se recombina com o oxigênio na atmosfera, voltando a ser água e completando o ciclo.

Hidrogênio verde - Fotossíntese artificial em laboratório

O “hidrogênio verde” é uma das alternativas aos combustíveis fósseis, contudo existe também outra opção muito viável - onde o Brasil pode ser pioneiro -, que é a utilização do etanol, já que o país é o segundo maior produtor do produto do mundo e o primeiro com utilização da cana de açúcar. Segundo nosso entrevistado, nosso país tem a possibilidade real de implementar uma tecnologia baseada em células de combustível a etanol, que não envolve a queima do combustível, mas sim convertê-lo em “hidrogênio verde”, já que o pouco de CO2 que é liberado na atmosfera é consumido pelas plantas. A partir do momento em que houver incentivos na indústria e nos governos, o custo vai ser muito baixo.

“Esta metodologia foi descoberta há precisamente quarenta anos, cujo primeiro trabalho foi publicado no Japão e é o foco do trabalho que desenvolvo em meu laboratório aqui no IFSC/USP. Semicondutores, como óxido de ferro, óxido de titânio e outros, são materiais abundantes, principalmente no Brasil, onde existem grandes reservas. Esses semicondutores absorvem a luz solar e por isso geram elétrons em suas estruturas. Esses elétrons, em contato com a molécula da água, dependendo das condições ideais, podem quebrá-la, dividindo-a em hidrogênio e oxigênio.  Resumidamente, tenho apenas água, o semicondutor, que é estudado por nós e modificado em sua estrutura eletrônica para aumentar a atividade, e a luz solar, que no laboratório é artificial”, explica Renato Gonçalves. Sucintamente e como mero exemplo, se colocarmos numa garrafa PET esse semicondutor, em pó, mergulhado em água e sob a luz do sol natural, consegue-se gerar “hidrogênio verde”. “Este trabalho que faço no laboratório designa-se de fotossíntese artificial, onde procuramos entender e estudar os materiais baratos que se encontram na Natureza, utilizando-os para quebrar a molécula da água, sem que haja energia externa”, conclui o pesquisador.

O professor Renato destaca a importância das agências de fomento, como FAPESP, CNPq e o RCGI/USP-Shell, no suporte e apoio ao desenvolvimento dos projetos sob sua coordenação. Confira no link https://www.rcgi.poli.usp.br/pt-br/projeto-engenharia-de-banda-de-semicondutores-em-dupla-configuracao-e-sua-utilizacao-para-producao-de-hidrogenio-verde-e-conversao-de-co2-em-produtos-quimicos-de-elevado-valor/

Da semeadura à colheita

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa em desenvolvimento no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), utilizando um sistema hidropônico artificial dentro de uma estufa “in-door” e iluminada artificialmente de forma controlada ao longo de trinta dias,  teve como resultado a obtenção de um crescimento exponencial em alfaces prontas para consumo.

Os pesquisadores Rafael Ferro, com seu mestrado em andamento na área de biotecnologia, e Shirley Lara, no 3º ano de doutorado no mesmo curso, ambos com trabalhos em curso nesta temática, são os responsáveis por esta pesquisa que esteve sob a coordenação do docente e pesquisador do Grupo de Óptica do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, com a participação da pesquisadora do mesmo Instituto, Drª Kate Blanco.

A pesquisa utilizou uma tradicional estufa “in-door”, ou seja, um ambiente fechado, protegido e controlado, onde foram colocadas sementes de alface exatamente no mesmo estilo que se utiliza na hidroponia de campo, com a introdução de soluções já preparadas. Nessa estufa, os pesquisadores instalaram placas de LED’s com três cores, compondo as luzes vermelha, azul e branca, que se mantiveram ligadas 24 horas ininterruptas ao longo de trinta dias, tendo resultado, no final desse período, o ciclo completo da produção desse vegetal, pronto para consumo ou comercialização.

Sobre a pesquisa, Rafael Ferro comenta que “O sistema hidropônico, por si só, é um sistema fechado que já traz uma economia no consumo de água em cerca de 70% quando comparado com o cultivo convencional. Com este sistema de estufa “in-door” a economia de água pode chegar a 90% no ciclo completo”.

Os resultados desta pesquisa e deste experimento foram alcançados após os pesquisadores terem testado três formas de incidência da luz, a saber: um foto-período de 12 horas com o sistema ligado, seguindo-se 12 horas desligado; 18 horas com o sistema ligado, e 6 horas com ele desligado; e, finalmente, o sistema ligado ininterruptamente durante 24 horas. “Fizemos uma adubação química, colocamos todos os nutrientes necessários e trabalhamos com um aumento de conectividade elétrica. Ao fim de trinta dias, esta alface atingiu o crescimento máximo em função do espaço disponível na estufa “on-door”, explica Shirley, destacando que através deste processo a planta consegue fazer mais fotossíntese do que o habitual, com a particularidade dele poder ser adotado em qualquer espécie vegetal. Em situação normal, o mesmo crescimento só seria atingido no dobro do tempo.

Em simultâneo, os pesquisadores fizeram um outro experimento, que foi a produção de mudas, tendo conseguido produzi-las em  metade do tempo convencional. “Comparamos com a muda convencional e a produção foi a mesma, sendo que neste momento estamos analisando a parte qualitativa. A parte quantitativa foi muito superior, já para não falar que a produção no campo obriga sempre a uma aplicação de fungicida ou inseticida por semana, e aqui não houve qualquer aplicação de defensivos. No campo teríamos que contar com 35 dias de muda e mais 30 ou 35 dias para a produção final. Aqui, em 30 dias já estamos colhendo o máximo que se consegue neste espaço da estufa”, ressalta Rafael.

Segundo o coordenador do projeto, esta linha de trabalho em biofotônica dá início à chamada “agro-fotônica”, onde controlando a forma de iluminação é possível  manter toda a qualidade  a qualidade e otimizar a produção vegetal.

O IFSC/USP, através do seu Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT), está já desenvolvendo o protótipo de uma nova estufa “in-door”, com cinco andares, o que viabilizará uma produção bem mais ampla. Quem sabe se em um futuro próximo os vegetais começarão a ser produzidos diretamente nos locais de venda.

Este projeto conta com o apoio da EMBRAPII.

 

Rui Sintra - Jornalista 

Um conjunto de ferramentas educativas e didáticas

 

SÃO CARLOS/SP - Foram entregues formalmente no dia 29 de agosto, na Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), os primeiros doze kits temáticos educacionais criados pelo Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID da FAPESP que se encontra alocado no Instituto. Com temas variados, estes kits  destinam-se aos alunos do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP, que, no final de sua licenciatura, terão a oportunidade de ingressar como professores de ciências nos ensinos fundamental e médio. Considerados como um conjunto de ferramentas educativas e didáticas de extrema importância para serem utilizados pelos professores nas salas de aula, estes kits passam a estar disponíveis na Biblioteca do IFSC/USP, por empréstimo ou requisição.

Na cerimônia de entrega dos kits, o coordenador do CEPOF e, simultaneamente, docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, considerou que a história dos kits para ensinar experimentação não é um projeto novo, já que ele foi idealizado há alguns anos a esta parte por intermédio de vários professores e pesquisadores da USP. “Este projeto tem o objetivo de cobrir várias áreas do conhecimento para que os alunos possam praticar ciência, sendo que a USP sempre esteve preocupada com esse aspecto, principalmente durante e após a pandemia. Então, a ciência se aprende fazendo e observando resultados que a Natureza nos dá. Obviamente, o IFSC/USP sente essa responsabilidade de contribuir para a formação dos estudantes, sendo que esta iniciativa que está acontecendo aqui, com a entrega de doze tipos de kits, irá ser muito mais abrangente, atendendo a que ela será implementada em todos os vinte e dois cursos de licenciatura que existem na Universidade de São Paulo. Vai ser um marco e uma referência para que se possa adotar no Brasil o hábito de deixar o aluno praticar ciência. Mais uma vez, a USP entende a sua responsabilidade no cenário nacional, sendo referência para a determinação de alguns rumos que se devem seguir para a disseminação da ciência, tal como ela vem fazendo ao longo dos anos”, pontuou o pesquisador.

Vanderlei Salvador Bagnato aproveitou o momento para salientar o apoio recebido da USP, na pessoa de seu dirigente máximo, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior. “Nosso reitor compreende muito bem a importância deste e de outros projetos, fato que muito agradecemos e enaltecemos”, concluiu.

O Prof. Marcelo Barros, docente do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP, classificou como muito importante a utilização destes kits, atendendo a que eles permitem que os alunos reforcem seus conhecimentos através de exemplos práticos. “Os futuros professores poderão levar estes kits para suas casas e treinar os conceitos experimentais que são apresentados, para, mais tarde, serem integrados em sala de aula para debate com seus alunos. Estes kits são, de fato, peças muito importantes para o aprendizado”, comentou o professor, opinião que é partilhada pelo técnico ao serviço dos Laboratórios de Ensino de Física, Cláudio Bretas, ao considerar que estes kits são uma extensão da própria Universidade, levando para as escolas dos ensinos fundamental e médio ensinamentos complementares relativos às ciências, através de experimentos que podem ser realizados na própria sala de aula. “Vão valorizar as aulas e entusiasmar os jovens alunos”, pontua Bretas.

Para o docente e pesquisador do CEPOF- IFSC/USP, Prof. Sebastião Pratavieira, esta atividade de entrega oficial dos kits faz parte integrante da área de difusão do CEPOF, uma área que tem realizado inúmeras atividades ao longo dos anos. “A idealização e criação destes kits temáticos baseiam-se na ideia de podermos apresentar um livro que não tem folhas, não tem textos, mas sim um conjunto de experimentos práticos para que os alunos entendam melhor os conceitos teóricos  que são apresentados em sala de aula. Cada kit destes contém um experimento que o aluno pode realizar para aprender melhor determinado conteúdo. É, em suma, levar o ensino experimental para as escolas, já que elas não possuem laboratórios.

Finalmente, Ana Mara Prado, responsável pela Biblioteca do IFSC/USP, sublinhou que este material irá ser devidamente tratado, processado e disponibilizado para todos os alunos que tiverem interesse em utilizá-lo. “O projeto em si tem o objetivo de apoiar os alunos do IFSC/USP, principalmente os do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, já que isso vai beneficiá-los na execução de vários experimentos. O acesso a esses kits vai ser livre, desde que o interessado seja aluno da USP”, pontuou

 

 

Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP

IBATÉ/SP - Durante contexto de pandemia, o Planetário Móvel da Universidade de São Paulo (USP), não foi exibido por questão de segurança, mas na última quinta-feira (25), foi montado na EMEF "Professora Maria Luiza Batistela", durante a “IV Festa da Família”. O tema do filme foi “O Nascimento do Sistema Solar”, que conta a história do surgimento do universo desde o Big Bang, até o surgimento do sol e dos planetas. 

O secretário de Educação e Cultura, Alexandre Moraes Gaspar, comenta que a escola recebeu inúmeros visitantes, contando com alunos, professores e comunidade geral. "Além de enriquecer o estudo teórico dado em sala de aula, a projeção dentro do domo inflável proporcionou aos visitantes a sensação de estarem imersas no espaço sideral", aponta. 

Euclydes Marega Junior, coordenador geral de Difusão de Ciências do CEPOF, explica que os Planetários são ambientes com céu arredondado, em forma de domo, onde são projetadas   imagens que simulam o céu estrelado e inúmeros objetos espetaculares que encontramos em nosso universo, criando experiências educacionais que ensinam astronomia e ciências afins. Os projetores de estrelas que mostram o próprio céu noturno estão entre as ferramentas educacionais mais atraentes e versáteis. "Planetários em todo o mundo inspiram e educam pessoas de todas as idades sobre o nosso entorno - a própria Terra e nosso lugar no Universo - e muitas vezes são um lugar em que os jovens se entusiasmam para seguir uma carreira científica", destaca.

"Em uma época em que a educação científica e tecnológica tem sido considerada como prioridade pelas universidades, o Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica da USP exibe o planetário inflável itinerante em escolas diversas e locais públicos em todo Estado de São Paulo há mais de 10 anos", conta Wilma Regina Barrionuevo, Coordenadora de Difusão de Ciências.

O planetário móvel da USP está disponível para todas as escolas públicas. Os interessados devem solicitar a visita por meio do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

A 7ª Festa do Livro da USP de São Carlos acontece nos dias 23, 24 e 25 de agosto, com programação cultural aberta à comunidade

 

SÃO CARLOS/SP - Grandes nomes da literatura nacional, programação cultural, mais de 50 editoras e todos os livros com desconto mínimo de 30%, tudo em um só lugar! Dias 23, 24 e 25 de agosto, a Festa do Livro da USP está de volta! A FLUSP22 acontece dentro do campus da USP, no Vão Livre do E-1 das 10h às 22h. 

Abertura do evento trará Eduardo Suplicy, dia 23, às 12h, falando sobre as consequências sociais da pandemia. A programação artística conta com 6 atrações, com grandes talentos da música e da dança em todos os dias, programação que pode ser conferida a seguir ou no site do evento https://festadolivro.sc.usp.br/

O renomado e premiado escritor e colunista Julián Fuks, que acabou de publicar o livro de crônicas “Lembremos do futuro”, participará no encerramento, em conversa mediada pelo professor David Sperling (IAU/USP), na quinta-feira (25), às 20 horas.

A programação literária conta com outros grandes escritores como Rodrigo Vianna, Nicodemos Sena, Daniel Munduruku, Reinaldo Lopes, Ana Paula Cavalcanti Simioni, Leandro Schenk, Joana D’Arc de Oliveira e Ana Lis Soares. Além de pesquisadores como Isabella Santos, Felipe Iszlaji e Carolinne Pinheiro, e o famoso cartunista e escritor Guilherme Infante, no mesmo bate-papo com os conhecidos quadrinistas Shun Izumi e Talles Rodrigues.

A 7ª Festa do Livro da USP de São Carlos contará  também com autores da cidade, que também estarão expondo e vendendo seus livros!

 

Confira a programação:

23 DE AGOSTO (TERÇA-FEIRA)

12:00 – Abertura

Convidado de honra Eduardo Suplicy, que falará sobre as consequências sociais da pandemia, os desafios de projetar futuros para o Brasil e a importância da informação e do conhecimento neste cenário.

13:00 – Apresentação musical: Maria Butcher e André de Souza cantam a MPB.

14:00 – Bate-papo com o tema “A política na internet”.

Convidados: Rodrigo Vianna, autor, entre outros, do livro “De Lula a Bolsonaro”, publicado pela Kotter Editorial (2022), e Leandro Schenk, autor, entre outros, do livro “Os antidemocratas anônimos”, da editora Scienza (2022). Mediador Prof. Guilherme Sipahi – IFSC/USP.

16:00 – Mesa-redonda com o tema Territórios negros.

Convidados: Isabella Santos (Sampa Negra) e Joana D’Arc (IAU/USP).

18:00 – Apresentação musical: Conversa de Botequim apresenta linha do tempo dos compositores do samba.

20:00 – Mesa-redonda nobre com o tema “Povos indígenas, Amazônia e meio ambiente”.

Convidados: Daniel Munduruku, é escritor e professor, formado em Filosofia, História e Psicologia, pertence à etnia indígena Munduruku, é autor de 54 obras, sendo muitas premiadas no Brasil e no exterior, e o jornalista e escritor Nicodemos Sena, com vivência com os povos indígenas do Pará e Amazonas, e uma produção literária também premiada. Mediador Prof. Ruy Sardinha Lopes – IAU/USP.

 

24 DE AGOSTO (QUARTA-FEIRA)

12:30 – Apresentação artística: Flamenco – patrimônio imaterial da humanidade.

14:00 – Bate-papo com o tema “A história da violência no Brasil”.

Convidado: Reinaldo Lopes, autor, entre outros, do livro “Homo Ferox: as origens da violência humana e o que fazer para derrotá-la”, publicado pela editora HarperCollins (2021).

17:00 – Bate-papo com o tema “Mulheres na Semana de Arte Moderna”.

Convidada: Ana Paula Cavalcanti Simioni, autora, entre outros, do livro “Mulheres Modernistas: estratégias de consagração na arte brasileira”, publicado pela editora Edusp (2022). Mediadora: Prof.ª Amanda Ruggiero – IAU/USP.

20:00 – Apresentação musical: Num programa com canções de Tom Jobim, a cantora Luana Liaw, estudante de graduação do Curso de Música da FFCLRP-USP se apresenta acompanhada pelo maestro Rubens Russomanno Ricciardi (piano) e pelos bolsistas da USP Filarmônica, Alexandre Girio (contrabaixo) e Matheus Luís de Andrade (percussão).

 

25 DE AGOSTO (QUINTA-FEIRA)

12:30 – Apresentação musical: Coral USP São Carlos canta música brasileira.

14:00 – Mesa redonda: A inteligência artificial vai escrever literatura e música?

Pesquisadores e profissionais em IA Felipe Iszlaji (Dicionário Criativo e Clarice.ai), Carolinne Pinheiro (aplicativo Vinder) e a jornalista e escritora Ana Lis Soares, autora do livro “Domingo”, da editora Instante (2021).

16:00 – Bate-papo com o tema “Tirinhas, quadrinhos e ilustrações: crítica e entretenimento no papel e na web”.

Convidados:  Guilherme Infante, escritor e cartunista, criador do personagem “O Capirotinho” e autor do recém-lançado “Manifesto Proletário”, que satiriza pequenas situações do mundo corporativo; Shun Izumi,outro grande ilustrador, animador, quadrinista e designer de personagem, autor de “Sonhonauta”, da editora Conrad (2021); e também Talles Rodrigues, jornalista, ilustrador e quadrinista, com várias publicações de sucesso e premiadas como “Cortabundas” e “Mayara & Annabelle”, da editora Conrad.

18:00 – Apresentação musical: Quarteto Brasileiro. Formado e produzido pelo guitarrista Paulo Aggio, Gabi Milino na voz, Tinho Pereira no baixo e Alan Ramos na bateria. O repertório é um passeio pela música popular brasileira, com diversos compositores, intérpretes e estilos.

Desempenho destacado na CUCO-2022 (USP)

SÃO CARLOS/SP - A sala “Vem Saber”, localizada no Centro de Apoio Didático (CAD) situado na Área-2 do Campus USP de São Carlos, recebeu na última sexta-feira (12/08) uma homenagem aos professores da rede pública de ensino e à Diretoria de Ensino de São Carlos alusiva ao desempenho destacado que os mesmos tiveram na promoção do programa Competição Universitária de Conhecimento (CUCo - USP), que ocorreu no primeiro semestre deste ano. A homenagem foi coordenada pelo idealizador do projeto, que ocorre desde 2016, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes. A CUCo, que é um projeto gratuito, consiste em um desafio que é colocado aos estudantes do ensino médio das escolas públicas localizadas no Estado de São Paulo, buscando formá-los e incentivá-los a ingressar em instituições de ensino superior públicas, sendo dedicada a todos os estudantes das 1ª, 2ª, 3ª séries do ensino médio (EM) regular, EJA e CEEJA, regularmente matriculados nas escolas públicas do Estado de São Paulo.

Encontrando-se em tratativas para que, em face do manifesto sucesso alcançado, o projeto siga em frente, Antonio Carlos Hernandes mostra-se confiante dado o desejo já manifestado pelos professores e por todas as diretorias de ensino do Estado de São Paulo, atendendo a que as expectativas dos alunos aumentaram exponencialmente, haja visto, por exemplo, o número de alunos que participou no decurso das seis edições da CUCo - 500 mil. Para o docente do IFSC/USP, a principal meta atingida foi a impressionante mudança cultural que aconteceu em todo o Estado de São Paulo devido às informações pormenorizadas que foram passadas pelos professores aos alunos sobre o acesso ao ensino superior, e principalmente sobre o acesso à própria USP que, até há seis anos a esta parte, era considerado elitista, quando, afinal, o processo é muito simples... Basta querer e saber como fazer. “Antes, ninguém falava da USP, como ingressar nela ou em qualquer outra universidade, não se falava em vestibular da FUVEST, nada! Passados seis anos do início do programa CUCO todos os alunos e professores estão motivados para atingirem essa meta”, enfatiza o docente.

A motivação dos professores

A CUCo foi - e é - um trabalho de continuidade em prol da educação, que começa exatamente pelos professores. Para eles, a motivação tem a ver com o desejo de que cada aluno possa olhar para mais longe, buscando um futuro com mais oportunidades de vida. Por outro lado, Antonio Carlos Hernandes sublinha que o interesse dos alunos em cursar o ensino superior simplifica o trabalho dos professores em sala de aula, já que os jovens “sentem” que podem vencer e, por isso, se mostram muito mais interessados e colaborativos. “Quando a CUCo iniciou o programa em todo o Estado de São Paulo, e principalmente nas regiões onde a USP tem seus campi - quase desconhecidas até então -, as informações sobre como ter acesso a um curso superior eram praticamente inexistentes, sendo que houve casos em que professores alegaram que seus alunos nunca conseguiriam atingir esse fim. Contudo, quando você leva as informações certas aos professores, fazendo com que eles se sintam seguros na disseminação delas entre os jovens, o conhecimento dos jovens aumenta exponencialmente e você vê resultados impressionantes através do entusiasmo deles. Ao longo destes seis anos da CUCo ingressaram nos diversos cursos da USP quatro mil alunos, não contando os muitos outros que entraram em outras instituições de ensino”, relata o docente, acrescentando que “quando você tem um impacto como esse na Universidade, imagine o impacto que tem na escola, dentro da sala de aula”.

Onze mil professores trabalham para o sucesso dos alunos

Noutra vertente, para o coordenador da CUCo, o trabalho feito pelas Diretorias de Ensino, de uma forma geral, e que fazem o meio de campo entre os professores que lecionam nas cerca de quatro mil escolas que participam do programa, mudou o panorama, fazendo com que fosse implementada uma cultura pró-ativa em benefício do acesso dos alunos ao ensino superior, sendo que, inevitavelmente, a USP está nos sonhos de muitos deles. Não sendo uma competição igual às das olimpíadas, a CUCo caracteriza-se por ser um processo de formação que transmite e ensina ao aluno que ele tem todas as chances de entrar em uma universidade e ganhar a sua independência. “O aluno que estava fora desse processo e dessa informação, ele entrou para a CUCo para compreender tudo e para enxergar o caminho que tem pela frente e isso irá fazer uma enorme diferença não só para ele, como para sua família e sociedade como um todo”, salienta o Prof. Hernandes, que cita, como exemplo, o fato de antes da implantação das cotas na USP haver cerca de 75% dos alunos oriundos das escolas particulares, com pouca diversidade, em contraponto com o momento atual, onde mais de 50% dos alunos são oriundos das escolas públicas, contribuindo com uma diversidade enorme. “Todo este processo da CUCo está voltado para a escola pública, que é o retrato do país”, argumenta o docente.

A cerimônia de premiação dos professores das escolas públicas da cidade de São Carlos e da respectiva Diretoria de Ensino reuniu cerca de trinta docentes e, segundo o coordenador da CUCo, tratou-se de reconhecer, de forma singela e individual, o trabalho individual de cada um deles em prol dos alunos poderem ingressar em um curso superior, tendo em consideração que todo o esforço desenvolvido não passa pela quantidade de alunos, mas sim para aumentar a oportunidade deles para que tenham uma opção de vida melhor. “Desde 2017, temos onze mil professores que trabalham diariamente e em uníssono para que seus alunos possam enxergar as portas que lhes darão acesso a uma nova vida”, destacou Hernandes em seu breve discurso perante os homenageados.

SÃO CARLOS/SP - O presidente da Câmara Municipal de São Carlos, vereador Roselei Françoso (MDB) assinou a Carta aos brasileiros elaborada pela Faculdade de Direito da USP em defesa do Estado Democrático de Direito e do resultado das eleições.

Organizada por alunos, professores e a diretoria da instituição, a Carta será lida na próxima quinta-feira (11) na faculdade de direito da USP no Largo São Francisco, centro de São Paulo, em um grande ato articulado por lideranças e entidades empresariais, civis e jurídicas. O manifesto é uma reedição da “Carta aos Brasileiros”, que foi lida em 1977 no mesmo local denunciando o estado de exceção da ditadura militar.

O documento diz que “ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”.

Pede que os resultados das eleições deste ano sejam respeitados e, também, para fazer uma homenagem às cortes superiores brasileiras, em especial ao Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral.

Afirma que “ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira”, que “são intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional”.

Por fim, ressalta o alerta na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições e declara que “no Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições”.

“Nós temos um sistema eleitoral reconhecido mundialmente e o que a gente espera é que os resultados finais das eleições sejam respeitados para fortalecer ainda mais a nossa democracia”, ressaltou o presidente da Câmara Municipal de São Carlos, vereador Roselei Françoso.

 
 

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