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AMAZÔNIA - O boto-vermelho, ou boto-cor-de-rosa, como é conhecido nos contos do folclore brasileiro, está em risco de extinção: sua população é reduzida pela metade a cada 10 anos, segundo um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). A principal causa é o uso de sua carcaça como isca para a captura da piracatinga, um peixe cuja pesca é considerada ilegal pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desde 2015, por meio de uma portaria que foi prorrogada este mês até julho de 2023.

Organizações não governamentais (ONGs), como a Sea Sheperd Brasil e a Associação dos Amigos do Peixe-Boi (Ampa), vinham se mobilizando, com campanhas na internet e coleta de assinaturas, pela prorrogação da portaria. Em conjunto com o Inpa, a Sea Sheperd coleta dados sobre a população do boto-cor-de-rosa e do tucuxi, outra espécie de golfinho de rio também usada como isca para a pesca da piracatinga. “Temos um problema no Brasil de não conseguir manter um estudo longitudinal de tendência a longo prazo. Nos comprometemos em fazer isso desde 2021, com o Inpa. Vamos fazer um estudo de contagem populacional do tucuxi e do boto cor-de-rosa”, afirma a diretora executiva da Sea Sheperd Brasil, Nathalie Gil.

O estudo prevê ao todo seis trabalhos de campo, com uma equipe de 20 pessoas, entre tripulação e pesquisadores, que percorrem mais de 1.000 quilômetros no entorno do Rio Solimões, na Amazônia, para catalogar os cetáceos que vivem na região. Duas expedições já foram feitas, em outubro de 2021 e em março deste ano. Um novo levantamento está programado para novembro.

Em uma análise prévia do trabalho, é possível perceber que quanto mais pescadores em determinada área do rio, menos botos existem. “Não podemos tomar conclusões sem o término do levantamento, mas há uma indicação de que ou os botos evitam aquela área por conta dos pescadores, ou eles estão sendo dizimados daquela área, por conta da alta concentração de pesca. Isso mostra que eles não estão convivendo”, avalia Nathalie.

 

Queda da população começou nos anos 2000

A pesquisadora do Inpa Vera da Silva, especialista em ecologia e reprodução dos golfinhos de rio da Amazônia desde a década de 1990, explica que a população desses animais começou a ser reduzida a partir dos anos 2000. “Quando começamos a estudar esses animais, os capturamos, marcamos e soltamos para acompanhar. Até 2000, existia uma população residente de botos, mas, depois, eles começaram a sumir da região. Os pescadores que trabalham com a gente começaram a dizer que pescadores que estavam matando esses animais para fazer de isca. Começamos a investigar e tivemos a oportunidade de capturar animais mutilados, com facão e arpão, e amarrados com corda”, relata Vera.

Apartir daí, a pesquisadora, que monitorou durante 22 anos a população dos botos na região, começou a verificar também um aumento do volume de piracatinga nos frigoríficos do entorno. Em 2003, existiam 860 kg do peixe em estoque. Seis anos depois, em 2009, esse volume era de 23 mil kg – uma quantidade quase 30 vezes maior. “Enquanto o volume de piracatinga aumentava muito, a quantidade de botos estava diminuindo assustadoramente”, explica Vera.

Segundo ela, a piracatinga não é vendida no Brasil e sim exportada para a Colômbia. O interesse comercial pelo peixe teve início após o capaz, peixe bagre consumido no país, ser sobrepescado e desaparecer. “As pessoas começaram a estimular essa pesca e venda do peixe para a Colômbia. Teve muito sucesso porque o mercado demandava”, afirma. A consequência, segundo ela, foi a morte desenfreada dos botos e tucuxis. “Em algumas regiões próximas de Manaus, a gente já sabe que tem rios que não têm mais botos.”

 

Espécie demora para se reproduzir

Um dos problemas que contribuem para a diminuição dos indivíduos da espécie é a demora para reprodução e reposição populacional. “Uma fêmea de boto começa a se reproduzir depois de sete anos de idade. Só tem um filhote por gestação, que dura entre 12 e 13 meses, e ela cuida do filhote por, pelo menos, dois anos. Então, o intervalo entre nascimento e ter outro filho varia entre três a cinco anos. Se tem uma retirada muito grande da população e a reposição é lenta, o número tende a diminuir”, explica Vera da Silva. O tempo de vida é de cerca de 36 a 40 anos.

Outras ameaças que colocam o boto em risco de extinção são a alteração do hábitat com poluentes, como o mercúrio, e a captura acidental em redes de pesca. A preferência dos pescadores pelo boto, de acordo com Vera, é por ele não ser de difícil captura e pelo fato de a piracatinga ter de ser pescada a partir da carne de algum animal morto. “A piracatinga tem dentículos na boca que se agarram aos pedaços da carne morta do animal. Fica fácil de ser capturada”, afirma. Além do boto e tucuxi, o jacaré também é usado com esse fim.

 

Desafio

Além da proibição da captura da piracatinga, Vera propõe que haja um ordenamento sobre a pesca, de forma que não haja perda para a fauna. Ela destaca ainda a importância de que pescadores que capturam o boto acidentalmente devem reportar aos órgãos competentes para que haja controle. Outro caminho, afirma ela, é o investimento em pesquisa.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento reconheceu que a pesca da piracatinga é “um dos grandes desafios da gestão pesqueira na bacia Amazônica”. Segundo a pasta, um grupo de trabalho, coordenado pela Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP), existe desde setembro de 2021 para discutir as questões envolvendo o tema, com representantes de órgãos e instituições federais e estaduais, de pesquisa, fiscalização ambiental, atividade pesqueira, dentre outros.

A portaria, que venceria nesta quinta-feira, 30, e foi prorrogada no último dia 23, proíbe a pesca, a retenção a bordo, o transbordo, o desembarque, o armazenamento, o transporte, o beneficiamento e a comercialização da piracatinga, em águas jurisdicionais brasileiras, e, em todo território nacional.

O órgão ainda explica que a moratória de pesca “consiste em uma estratégia de ordenamento na qual a captura de determinado recurso pesqueiro é proibida por um período estipulado, para a recuperação dos seus estoques em níveis sustentáveis”. “Neste caso, a moratória está pautada não por causa do estoque da piracatinga e sim a partir de denúncias de uso de iscas de botos e jacarés na técnica de pesca utilizada para a espécie.”

 

 

Marcela Vila / ESTADÃO

SÃO CARLOS/SP - Como parte do Programa de Bem Estar Animal, o Parque Ecológico de São Carlos realiza rotineiramente enriquecimentos ambientais, que visam proporcionar aos animais, um aumento na qualidade de vida mantidos sob cuidados humanos, para que conservem seus comportamentos naturais (de cada espécie), como se estivessem na natureza.
As atividades de enriquecimentos ambientais são desenvolvidos pelos próprios cuidadores de animais em conjunto com técnicos e outros setores de serviços que também se envolvem, para buscar sempre o melhor para os animais, atividades que buscam o estímulo alimentar, cognitivo, físico e sensorial.
Neste final de semana em especial, os enriquecimentos serão temáticos de festa junina e podem ser acompanhados pelos visitantes do local:
Sábado: Ursos de Óculos e Arara Militar;
Domingo: Felinos e Bugios;
Segunda-feira: Animais do Setor Extra (setor interno sem visitação).
Os docinhos são preparados com ingredientes naturais que já fazem parte do cardápio alimentar de cada espécie, e neste caso foram usados apenas batata doce, banana e castanhas.

Uma mulher foi presa por praticar abuso contra animais

 

BOTUCATU/SP - A Polícia Civil, por meio da Delegacia Seccional de Botucatu, prendeu uma mulher, de 63 anos, por praticar ato de abuso contra animais na última terça-feira (21), na Vila dos Lavradores, em Botucatu.

Após uma denúncia enviada por meio de um ofício, equipes da unidade foram até local acompanhados de uma médica veterinária.

Na residência, foram encontrados mais de 50 cães das raças sptiz alemão e maltês, sendo um deles uma cadeia gestante. O uso de animais para matriz é proibido no município se o proprietário não for cadastrado para desenvolver a atividade como criador.

Além do espaço reduzido, o local estava sujo e não havia água disponível para os cachorros, fato que qualifica maus tratos. Uma veterinária também constatou que parte dos cães estavam doentes e apáticos.

Os animais foram levados para a Unesp. A mulher foi indiciada em flagrante com base no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (9605/98) e encaminhada à Cadeia de Cesário Lange.

SÃO CARLOS/SP - O Parque Ecológico “Dr. Antônio Teixeira Vianna” recebeu na manhã de quarta-feira (15/06), os alunos da Escola Estadual Conselheiro de Gavião Peixoto. A visita faz parte do programa de educação ambiental, através do atendimento a escolas com visitas monitoradas, cursos, palestras e exposições, além do lazer contemplativo.
Os alunos do ensino fundamental de Gavião Peixoto fizeram um passeio monitorado pela equipe do Parque e puderam conhecer os recintos que abrigam diversas espécies de animais silvestres, ambientados de acordo com os respectivos biomas como o Cerrado e a Planície Patagônia.
O local abriga mais de 400 animais da fauna sul-americana, em especial a brasileira, como micos leões, dourado, preto e de cara dourada, jaguatiricas, emas, tamanduás bandeira e mirim, iguanas, serpentes de várias espécies, dentre muitos outros animais. Um ponto muito forte é a educação ambiental para aumentar a consciência ecológica e de proteção dos recursos naturais. O Parque também se diferencia no sucesso com a reprodução de várias espécies de animais, como os micos leões dourados, tamanduás e os ursos de óculos.

VISITA VIP - Realizada em comemoração à Semana da Biodiversidade, a ‘Visita VIP’ faz parte da agenda verde em que os participantes previamente agendados são recebidos e podem conhecer os trabalhos e manejos internos realizados pela equipe do Parque Ecológico. Na última terça-feira (14/06) a primeira turma do programa conheceu o setor de nutrição e aprenderam sobre a alimentação dos animais, o setor veterinário onde presenciaram o atendimento a um tamanduá mirim, conheceram o manejo de sol das serpentes e outras atividades. A Visita foi acompanhada pelo biólogo do Parque Ecológico, Luiz Capra.
Para o secretário de Serviços Públicos, Mariel Olmo, o retorno das visitas monitoradas é importante para os alunos e para o trabalho de educação ambiental realizado pelo Parque. “Dessa forma colaboramos com o aumento da consciência ambiental e na preservação dos ecossistemas. Esta prática ocorre porque o Parque possui itens importantes, com um acervo rico da fauna e flora, equipe técnica preparada e fluxo rotineiro de público”, avalia o secretário.
O Parque Ecológico “Dr. Antônio Teixeira Vianna” está localizado na Estrada Municipal Guilherme Scatena, km 2. O horário de atendimento é de terça a domingo das 8h às 16h30. O agendamento para grupos e escolas deve ser realizado no site da Prefeitura de São Carlos no www.saocarlos.sp.gov.br, no ícone “Agendamentos”.
Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (16) 3361-2429 e 3361-4456.

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Serviços Públicos, por meio do Departamento de Defesa Animal, realizou no último fim de semana, dias 11 e 12 de junho, a castração de 340 animais domésticos (cães e gatos) na unidade móvel instalada no bairro São Carlos VIII.
No total estavam previstas 400 cirurgias, porém 30 animais que estavam cadastrados no CADPETSãoCarlos, não tiveram condições de passar pelo processo cirúrgico por doenças pré-existentes.
Segundo Fernando Magnani essa foi a última etapa do primeiro semestre de 2022. “Já conseguimos castrar 1.971 animais por meio do CADPETSãoCarlos e os animais que estão agendados serão todos atendidos. A próxima etapa da castração será realizada em agosto”, disse Fernando Magnani, diretor de Proteção Animal.
Magnani também explicou porque as cirurgias somente terminaram duas horas após o previsto. “Desta vez tivermos muitas cadelas com piometra (infecção uterina) o que torna a cirurgia mais demorada e delicada. Os veterinários salvaram a vida de muitos animais que iriam certamente adoecer e morrer por causa da piometra no útero”, finalizou o diretor de Proteção Animal.
Mariel Olmo, secretário de Serviços Públicos, garantiu que em agosto será realizada mais uma etapa de castração em unidade móvel. “Também retornamos o agendamento de castrações por meio da Seção de Atendimento Técnico e Fiscalização do Departamento de Defesa Animal, localizado no Canil Municipal, na Água Fria. A sala de cirurgia foi totalmente reformada para a realização de cirurgias em cães e gatos que estão para adoção e mesmo para os procedimentos previstos em contratos ou convênios”, revelou Olmo.
Para fazer o agendamento do animal basta entrar no CADPETSãoCarlos, no site da Prefeitura e clicar no link http://servico.saocarlos.sp.gov.br/canil. Já o Canil e Gatil Municipal de São Carlos atende pelo  e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (16) 3374-3239.  
Além da castração, a equipe realiza a avaliação física, orientação e conscientização sobre para a posse responsável de animais domésticos.

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Serviços Públicos, por meio do Departamento de Defesa Animal, realiza no próximo fim de semana, dias 11 e 12 de junho, mais uma etapa de castração de animais domésticos (cães e gatos) em unidade móvel.
Desta vez a unidade móvel de castração será instalada no São Carlos VIII, na rua Luiz Luchesi Filho, em frente ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). O horário de atendimento será das 7h30 às 17h.  Serão castrados 400 animais que já estavam agendados no CADPETSãoCarlos, sistema online para agendamento das cirurgias de castração que funciona através do link http://servico.saocarlos.sp.gov.br/canil
Os tutores dos animais cadastrados no CADPETSãoCarlos receberão a confirmação com a data, horário e local da cirurgia por e-mail. Os animais devem estar em jejum e os tutores devem levar documentos pessoais.
“Estamos seguindo rigorosamente o cronograma semestral, inclusive com mais essa etapa encerramos a programação aprovada para o primeiro semestre 2022. Além da castração, realizamos avaliação física, vermifugação, orientação e conscientização sobre para a posse responsável de animais domésticos”, explica Fernando Magnani, diretor de Proteção Animal da Secretaria de Serviços Públicos.
De acordo com o secretário de Serviços Públicos, Mariel Olmo, já foram realizados 1.631 procedimentos cirúrgicos, porém oferecidos quase o dobro de vagas. “Desde o início das ações de castração nos bairros, realizamos mais de 1.600 cirurgias, porém algumas pessoas agendam e no dia não levam o animal. Em novembro do ano passado foram oferecidas 600 vagas para cirurgias, porém somente foram levados 398 animais. Na etapa passada oferecemos 400 vagas no Cidade Aracy, apareceram 297 animais. Por isso, solicitamos aos tutores que se agendado o horário, não deixam de levar o animal”, alerta Mariel Olmo, secretário de Serviços Públicos.
Os procedimentos cirúrgicos de castração são realizados em base móvel, toda equipada e com profissionais habilitados com reconhecimento dos órgãos oficiais.

SÃO CARLOS/SP - Os vereadores Bruno Zancheta (PL), Dimitri Sean (PDT), Djalma Nery (PSOL), Professora Neusa (CIDADANIA) e Ubirajara Teixeira (PSD), protocolaram um ofício solicitando ao presidente da Câmara, vereador Roselei Françoso a realização de uma audiência pública no legislativo municipal para tratar sobre “Políticas Públicas de Controle de Colônias de Animais em São Carlos”.

 Os parlamentares destacaram: “Sabemos que em nosso município este trabalho precisa ser realizado. Este processo consiste em três etapas, são elas: capturar, esterilizar e devolver. Necessitamos discorrer sobre este tema para que possamos cuidar dos nossos animais, uma vez que, cuidar dos animais é cuidar da saúde pública”.

Os vereadores solicitaram o agendamento desta Audiência Pública para a próxima quarta-feira 08/06/2022 a partir das 16h no plenário do Legislativo Municipal.

EUA - Um terço dos tubarões, raias (ou arraias) e quimeras do mundo está sob ameaça de extinção, causada principalmente pela pesca. A informação é o resultado de um grande painel científico com especialistas do mundo inteiro, reunidos em torno do Projeto de Tendências Globais sobre Tubarões (GSTP, na sigla em inglês). Os resultados da pesquisa foram publicados recentemente em um artigo na revista Current Biology.

Esses três tipos de peixes formam um único grupo, chamado de condrictes, caracterizados por serem cartilaginosos. Os especialistas analisaram individualmente as 1.199 espécies conhecidas do trio e, a partir de uma longa lista de fatores, classificaram 391 (32%) como apresentando risco de extinção.

Há oito anos, o mesmo estudo havia sido realizado pela União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), entidade responsável por analisar o status de cada espécie no meio ambiente. Na época, 17,4% das espécies estavam ameaçadas.

A constatação de que, em um período tão curto, o percentual de espécies ameaçadas quase dobrou acendeu um sinal vermelho para os especialistas. Esse novo trabalho chama a atenção para o fato de que estamos caminhando para uma possível extinção em massa dos tubarões, diz a Profª Patricia Charvet, do Programa de Pós-Graduação em Sistemática, Uso e Conservação da Biodiversidade da UFC. A Profª Patricia foi a única brasileira a assinar o artigo da Current Biology.

 

COMO É REALIZADO O ESTUDO

No trabalho, os especialistas realizaram uma revisão geral das pesquisas científicas sobre os condrictes (a classe na qual estão tubarões, raias e quimeras) e, a partir de inúmeros critérios, classificam as espécies em sete categorias, por ordem de avaliação do risco de extinção (Baixa preocupação, Quase ameaçados, Vulnerável, Ameaçado, Criticamente ameaçado, Extinto na Natureza e Extinto). Para ser considerada ameaçada de extinção, a espécie precisa ser enquadrada entre as categorias vulnerável, ameaçada ou criticamente ameaçada.

No caso de a espécie possuir informações muito escassas, elas eram classificadas em uma categoria à parte chamada de Deficiente de dados. Considerando essa escassez de informações, os pesquisadores estimam que o total de espécies ameaçadas pode chegar a 37,5%, caso as espécies sobre as quais não se tem dados suficientes sigam o padrão das categorizadas.

O estudo apontou que as ameaças atingem mais duramente as raias (41% das espécies) e os tubarões (35,9%). Já as quimeras, que tendem a habitar águas profundas, são as que menos sofrem com esse tipo de ameaça (9,3%). As espécies de águas tropicais e subtropicais são as mais ameaçadas: nada menos que três quartos delas estão em risco. Três espécies, inclusive, não são registradas há décadas e já aparecem como provavelmente extintas.

O agravamento da situação aponta para um quadro com impactos que vão além da sobrevivência dos próprios tubarões e raias. Esses peixes a maioria deles, predadores têm um papel fundamental na manutenção, na ciclagem de nutrientes e no bem-estar do ecossistema marinho e, em alguns casos, também de água doce, explica a Profª Patricia Charvet.

Por conta disso, diz, os tubarões e raias têm importância fundamental no equilíbrio marinho. Os mares não são apenas lugar de produção de alimentos, mas também de produção de oxigênio. A partir do momento em que se ameaça esse equilíbrio, coloca-se em risco até o bem-estar da própria espécie humana, completa.

 

PESCA, O GRANDE VILÃO

O estudo não abre margem para dúvidas: a grande vilã dessa história é a pesca. Praticamente todos os elasmobrânquios (99,6%) estão ameaçados pela pesca, ainda que outros fatores como a destruição dos habitats para fins de desenvolvimento, poluição e aquecimento global também os afete.

A Profª Patricia Charvet lembra que tubarões e raias são bastante suscetíveis à pesca porque têm crescimento lento, maturidade sexual tardia e deixam poucos descendentes. Ao mesmo tempo, pesquisas anteriores publicadas pela revista Marine Policy já haviam estimado que entre 6,4% a 7,9% da população total de tubarões é morta por ano, devido à pesca. A matemática, portanto, é bem simples. Estamos retirando da natureza uma quantidade maior desses peixes do que ela consegue repor, resume a professora. Ou seja, a pesca dos condrictes tem ocorrido em sua grande maioria de maneira não sustentável.

No relatório, o Brasil é citado algumas vezes, sempre como sinal de grande preocupação devido ao alto número de espécies ameaçadas e até de espécies já extintas localmente. Há um motivo para isso. O País é um dos maiores consumidores de carne de raias e tubarões, estes últimos vendidos sob o genérico nome de cação já houve inclusive campanhas para que as pessoas saibam o que estão consumindo.

A estimativa da Sociedade Brasileira de Elasmobrânquios (SBEEL) é de que o País produza 20 mil toneladas de carne de raia e tubarão por ano e importe a mesma quantidade. Além das questões ambientais, o consumo desse tipo de carne pode provocar problemas de saúde a longo prazo.

Por ocuparem níveis mais altos da cadeia trófica marinha, a carne de tubarões está entre os pescados com maior concentração de metais pesados, como mercúrio e arsênio, informou a SBEEL, por meio de nota. Essas substâncias têm efeito cumulativo e, quando ingeridas por longo prazo, podem prejudicar quem as consome com certa regularidade.

INDONÉSIA - O governo da Indonésia anunciou, no último dia 24 de março, que um novo filhote de rinoceronte-de-sumatra está no mundo! A espécie, que é ameaçada de extinção, tem visto uma redução de sua população nas últimas décadas devido a atividade de caçadores.

O pequeno rinoceronte-de-sumatra nasceu no Santuário de Rinocerontes-de-Sumatra (SRS), no Parque Nacional Way Kambas. A chegada do filhote foi muito celebrada porque sua mãe, Rosa, perdeu oito gestações anteriores.

Estima-se que apenas 80 rinocerontes-de-sumatra existam no planeta Terra. Antigamente, a espécie vivia em todo o sudeste asiático, mas hoje está limitada a apenas dois países.

Hoje, a conservação dos animais é feita majoritariamente em parques nacionais na Indonésia e na Malásia. O pai do pequeno rinoceronte-de-sumatra é Andatu, o primeiro rinoceronte dessa espécie nascido em cativeiro, e Rosa.

Junto do novo bichinho – que ainda não ganhou um nome -, vivem as fêmeas Bina, Ratu e Delilah, e os machos Andalas e Harapan.

“Minha profunda gratidão pelo trabalho da equipe de veterinários e tratadores que acompanharam continuamente o desenvolvimento da gravidez e os cuidados pós-natais da rinoceronte Rosa”, explicou Wiratno, um porta-voz do Ministério do Meio Ambiente e Florestas (MOEF) da Indonésia.

“A gravidez de Rosa representa uma nova esperança para esta espécie criticamente ameaçada”, ressalta Nina Fascione, diretora-executiva da fundação Indonesian Rhino Foundation (IRF), uma das principais organizações de defesa da espécie no planeta.

 

 

Redação Hypeness

RIO DE JANEIRO/RJ - Uma onça-parda foi registrada em uma área florestal em Maricá, na região dos Lagos, no Rio de Janeiro. O grande felino, que não aparecia na região há mais de 100 anos e era considerado localmente extinto, foi observado em câmeras de monitoramento do Refúgio de Vida Silvestre de Maricá (Revimar), uma unidade de conservação fluminense.

Onça-parda foi flagrada em região de Mata Atlântica; animal estava desaparecido do local há mais de 100 anos; registro foi feito por pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro

 

Ameaçada de extinção

Além da onça-parda (também conhecida como suçuarana), também foi registrado um gato maracajá, outro felino de grande porte comum da Mata Atlântica. Ambos os animais são raros na região e são considerados ameaçados de extinção por biólogos.

“A presença destes predadores de topo de cadeia em nossas áreas protegidas é um bioindicador da qualidade das nossas florestas. Nosso município possui mais de 50% de seu território inserido em Unidades de Conservação e esse acostamento através do trabalho de monitoramento realizado pela Prefeitura de Maricá vem coroar nossas ações”, afirmou o secretário de Cidade Sustentável, Helter Ferreira, em nota da comunicação da cidade.

A Revimar ocupa cerca de 25% do território de Maricá, que possui outros diversos ambientes de conservação do meio-ambiente. Por conta da boa preservação do local e graças ao monitoramento de vídeo das florestas, é possível ver que o espaço tem comportado a biodiversidade da Mata Atlântica.

“A onça parda e o gato maracajá estão ameaçados de extinção. A presença deles é para se comemorar, mas também para aumentarmos a vigilância e proteção. Estamos monitorando a fauna do Revimar 24 horas por dia. A equipe conta com profissionais da UERJ, da prefeitura das polícias”, explica Izar Aximoff, do Núcleo de Fotografia Cientifica Ambiental da UERJ.

“Esses animais não representam perigo para sociedade. Existe um pequeno risco para animais que são criados soltos no entorno do Revimar, como galinhas, porcos e bezerros por exemplo. Vamos iniciar campanha orientando esses proprietários a realizarem medidas que diminuam o risco de ataque como, por exemplo, a colocação de cercas elétricas e recolher os animais no período noturno. Na verdade, existem muitas presas para esses felinos dentro do Revimar e quem corre mais perigo são eles mesmos devido a caça”, completou o pesquisador.

 

 

Redação Hypeness

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