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PROCEDIMENTO FOI REALIZADO NA MANHÃ DESTA QUARTA-FEIRA (22/09) EM UM HOMEM DE 22 ANOS.

 

 

SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa de São Carlos realizou, na manhã desta quarta-feira (22), a captação de fígado, rins e córneas de um homem de 22 anos. Ao todo, cinco pessoas devem ser beneficiadas com os órgãos.

Após a morte encefálica do paciente ser constatada na terça-feira (21), a família procurou a equipe médica e expressou o desejo de realizar a doação. Essa foi a nona captação de órgãos realizada na Santa Casa em 2023.

A captação do fígado foi realizada por uma equipe especializada de Campinas, já os rins e córneas foram captados por profissionais do Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto.

O procedimento contou com o apoio da Comissão Interna Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da Santa Casa de São Carlos.

O enfermeiro da CIHDOTT, Tiago Clezer, explica que para a realização da doação de órgãos, primeiro é constatado a morte encefálica e, em seguida, notificado à Organizações de Procura de Órgãos (OPO).

Com o diagnostico fechado, realizamos o acolhimento com a família, onde manifestam ou não a doação. Se autorizarem, começa a logística para a cirurgia”, explicou Clezer.

Ainda segundo o enfermeiro, se mais pessoas conversassem oportunamente com suas famílias sobre a vontade de ser doador de órgãos, muitas outras vidas poderiam ser salvas. Em meio ao momento de dor e luto muitos manifestam uma sensação positiva por ajudar outras vidas, inclusive, a família de hoje manifestou interesse mesmo antes do acolhimento. A importância de falar que quer ser doador faz toda a diferença, pois quem autoriza a doação são os familiares”, completou.

FILA POR TRANSPLANTE NO BRASIL

De acordo com dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde divulgados quinta-feira (10/08), 67.703 pessoas aguardam por transplante de órgãos no Brasil.

Em 2023, já foram realizados 21.942 transplantes no país. Doe órgãos! Salve vidas!

TAMBÉM FORAM CAPTADOS CÓRNEAS, FÍGADO E RINS DE UMA MENINA 15 ANOS QUE TEVE A MORTE CAUSADA POR MENINGITE.

 

SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa de São Carlos realizou, nesta quarta-feira (30), a primeira captação de coração para doação em 2023. Também foram captadas córneas, fígado e rins de uma menina de 15 anos.

Após a morte encefálica da paciente ter sido constatada na terça-feira (29), a família manifestou o desejo de realizar a doação. Ao todo, 7 pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos.

O procedimento foi realizado por três equipes especializadas: o coração foi captado pela equipe do hospital InCor de São Paulo; o fígado pelo Hospital das Clínicas (HC) de Sorocaba; córneas e rins pelo Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto. Todos foram auxiliados e acompanhados por profissionais da Santa Casa, que teve o apoio da Prefeitura de São Carlos, Guarda Municipal e o Samu.

O cirurgião cardíaco da equipe de transplante do InCor, Aislan Pinheiro, contou que durante a captação do coração é preciso proteger o órgão para que ele chegue saudável para o receptor.

“Quando vamos retirar o coração, ele ficará parado nesse período de transporte e a gente precisa ter alguns cuidados para que fique frio e protegido, colocamos uma solução para que sobreviva durante esse período de tempo que estará fora do corpo e fique saudável para o nosso receptor. No geral, ocorre em torno de 4 horas, é um tempo seguro que a gente consegue tirar um coração e implantar no receptor. Nesse período, temos que fazer todo o transporte, toda a logística. Hoje, por exemplo, estamos utilizando transporte aéreo, temos a Força Aérea Brasileira auxiliando nesse transporte para levar o coração de São Carlos até São Paulo”, explicou Pinheiro.

“Enquanto vamos captando esse órgão, toda a equipe em São Paulo vai preparando o receptor para receber o coração. Acho que esse sentimento de poder ajudar alguém, de ter essa oportunidade de captar um órgão para um receptor nosso, nos deixa muito felizes com essa oportunidade de fornecer ajuda e auxiliar esse paciente”, disse o cirurgião.

O cirurgião do aparelho digestivo João Paulo Costa explicou que todo o processo de transplante ocorre após a notificação da Organização de Procura de Órgãos (OPO). "É oferecida pela Central de Transplante a ficha do paciente com dados clínicos, histórico, idade, peso, o que está mantendo em UTI. Neste momento, é oferecido aos primeiros pacientes da lista e também às equipes onde esse paciente está cadastrado. Esse processo é sério e bem elaborado, só é chamada a equipe no momento em que se tem todas essas confirmações da morte encefálica e autorização da família”, contou.

A captação contou ainda com o apoio da Comissão Interna Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da Santa Casa de São Carlos. “Vamos ajudar pelo menos sete pessoas que estão em uma fila aguardando por muito tempo, principalmente coração, que é um órgão que muitas pessoas precisam. Quando uma família diz sim para a doação de órgãos, cerca de sete famílias renascem. Realmente é um novo nascimento, os pacientes dizem que eles nascem novamente, é uma nova vida e uma nova oportunidade de recomeçar”, disse a enfermeira da CIHDOTT, Rosângela de Sousa.

Ela também explica sobre a importância das pessoas conversarem com as famílias sobre a vontade de ser doador de órgãos. “Para ser um doador de órgãos, é importante que você declare para sua família, porque a família é quem decide. Os parentes de primeiro grau, os parentes mais próximos, é que vão decidir se vai ocorrer a doação. Então, é importante que você declare em vida que quer ser um doador de órgãos, que manifesta o seu desejo”, complementou.

Essa foi a quarta captação de órgãos realizada na Santa Casa em 2023. A primeira ocorreu no dia 4 de janeiro, quando foram captados os rins e o fígado de um homem de 64 anos, a segunda ocorreu no dia 3 de junho, quando foi realizada a captação de córneas, rins e ossos de um homem de 54 anos, e a terceira em 13 de agosto, quando foram captados fígado, rins e córneas de um homem de 31 anos.

Doe órgãos! Salve vidas!

SÃO CARLOS/SP - Menino teve a morte encefálica constatada na noite de quarta-feira (07/12). Seis pessoas devem ser beneficiadas com a captação de pulmão, fígado, rins e córneas.

A Santa Casa de São Carlos realizou a captação de múltiplos órgãos de uma criança de 11 anos na noite desta quinta-feira (08/12). Equipes do Hospital das Clínicas e do Banco de Olhos de Ribeirão Preto, além de uma equipe do Instituto do Coração (Incor) de São Paulo, participaram da cirurgia para retirada de pulmão, fígado, rins e córneas. 

Parte destes profissionais vieram para São Carlos em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e outros de carro. Para garantir que os órgãos chegassem a tempo para os pacientes que serão transplantados, a Prefeitura prestou todo o suporte e disponibilizou uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). 

Segundo a enfermeira da Comissão Interna Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), Rosângela Aparecida de Sousa, a confirmação de que o cérebro do menino parou de funcionar ocorreu na noite de quarta-feira (07/12). Em seguida, a família foi informada sobre a morte e concordou com a doação. “É um momento muito difícil, então a gente precisa dar todo o conforto para eles, ser muito transparente, explicar todo o processo e protocolo de morte encefálica, todas as fases, todos os testes clínicos de forma bem clara e objetiva, para que eles possam entender”, disse. 

“A gente fala que um doador pode estar salvando até 7 vidas e nós damos o tempo que eles precisam. Foi uma causa muito nobre essa família ter aceitado e doado os órgãos para estar ajudando tantas pessoas”, complementou Rosângela Aparecida de Sousa. 

O cirurgião toráxico do Incor-SP, Dr. Samuel Lucas dos Santos, explica que a técnica cirúrgica para a captação é a mesma para crianças ou adultos. “O que muda é que precisa ter um cuidado redobrado e ser um pouco mais delicado nas manobras, porque o espaço é limitado, as estruturas são menores”, disse. 

O médico também falou sobre quem poderá receber os órgãos captados. “A gente tenta fazer uma alocação dos órgãos que seja semelhante ao tamanho do receptor. Então, por exemplo, se a gente tem uma criança que tenha 1 metro e 50 de altura, muitas vezes o receptor pode ser um adulto com a mesma altura. Então pode ser alocado em adultos ou crianças”, explicou o Dr. Samuel Lucas dos Santos.

Essa foi a quarta vez em 2022 que a Santa Casa realiza uma captação múltipla. As três anteriores ocorreram em novembro, junho e abril. No total, a Santa Casa realizou 7 procedimentos de captação neste ano. 

O provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior, se solidarizou com a família da criança e agradeceu o apoio da Prefeitura de São Carlos e o empenho dos profissionais envolvidos no procedimento. “A Santa Casa tem como objetivo aumentar cada vez mais o número de captações e, futuramente, se tornar um hospital transplantador. Sabemos que é um momento de muita dor para essa família que perde um ente querido, ainda tão jovem, mas esse bonito gesto vai possibilitar que outras seis pessoas possam continuar vivendo. Então é muito importante que outras famílias tenham essa consciência e aceitem que os órgãos sejam doados”, ressaltou. 

FILA POR TRANSPLANTE NO BRASIL 

Segundo dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde divulgados, ontem, quinta-feira (08/12), 37 mil 791 pessoas aguardam por transplante de órgãos no Brasil.

Somente neste ano, 6.569 transplantes foram realizados. Doe órgãos! Salve vidas!

BRASÍLIA/DF - Emblema das comemorações do bicentenário da Independência promovidas sob o governo Jair Bolsonaro, o coração de Dom Pedro 1º aterrissou em solo brasileiro na segunda-feira (22/08) em clima pomposo, numa recepção que incluiu a exibição da bandeira do Brasil Império (1822-1889).

É a primeira vez em 187 anos que o coração deixa Portugal, onde é guardado a cinco chaves sob os cuidados da Irmandade de Nossa Senhora da Lapa e da Câmara da cidade do Porto, para uma solenidade do outro lado do Atlântico.

Cinquenta anos atrás, em 1972, quando Brasil e Portugal viviam sob ditaduras, ação semelhante trouxe ao Museu do Ipiranga, em São Paulo, os restos mortais do primeiro imperador brasileiro, onde a ossada repousa até hoje.

Intelectuais fazem paralelos entre os dois eventos e criticam o uso de recursos públicos para promover o que classificam como propaganda política.

À agência portuguesa Lusa, o jornalista Laurentino Gomes, autor de diversos livros sobre a história brasileira, chamou a movimentação de "eco autoritário de uma ditadura".

"Não vejo muito sentido nisso em um momento em que mais de 30 milhões de brasileiros estão passando fome", afirma por sua vez o jornalista Tiago Rogero, idealizador do Projeto Querino, podcast que narra episódios da história brasileira de uma perspectiva negra.

A crítica é endossada pela arqueóloga Valdirene Ambiel, autora de pesquisa pioneira sobre os restos mortais de D. Pedro 1º. "Entendo que o momento econômico do Brasil é delicadíssimo para um gasto de dinheiro público desnecessário", disse em pronunciamento via redes sociais.

 

Custos não foram revelados

Pelo acordo firmado com as autoridades portuguesas, o governo brasileiro é quem arca com as despesas do empréstimo do coração do monarca português e primeiro imperador brasileiro. A jornalistas, contudo, o Itamaraty, que esteve à frente das tratativas para o traslado da relíquia, desconversou ao ser indagado sobre os custos da ação: sem revelar valores, alegou que são "absolutamente ínfimos".

A Força Aérea Brasileira (FAB) é responsável pelo traslado aéreo. A segurança do coração será supervisionada pelos portugueses e ficará a cargo das forças armadas e das polícias federal e militar.

Informação veiculada recentemente por Lauro Jardim no jornal O Globo, contudo, dá uma pista sobre a magnitude dos valores envolvidos: a FAB teria dito a Bolsonaro que os voos no avião presidencial durante a campanha eleitoral sairiam por R$ 120 o quilômetro – e mais de 7 mil quilômetros separam Brasília e Porto.

A isso somam-se as diárias dos agentes envolvidos na segurança do coração e os custos de recepção da delegação portuguesa.

 

"Espetáculo mórbido"

Para Rogero, a vinda do coração de D. Pedro 1º serve à uma construção nacionalista e ufanista da história. "Casa com esse momento que antecede o 7 de Setembro, que é uma celebração que ao mesmo tempo também soa como uma ameaça de ruptura democrática", afirma.

Avaliação semelhante é feita por Isabel Lustosa, biógrafa de D. Pedro 1º. Ela diz que por trás da movimentação está a tentativa do governo federal de faturar politicamente, dominando a agenda e instilando na população "um patriotismo fabricado" às vésperas da eleição e do 7 de Setembro –data icônica para os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e que, nos últimos anos, tem sido marcada por demonstrações de força de discursos golpistas.

Lustosa critica a falta de iniciativas do governo federal em memória do bicentenário. "Não tem um evento. Só resta fazer algum tipo de espetáculo em torno do pedaço do corpo de alguém que pediu para ser enterrado em Portugal", afirma. "É uma coisa quase mórbida. Não tem significado nenhum e não serve a ninguém."

O mesmo tom é seguido pela historiadora Lilia Moritz Schwarcz. "Bem se vê como o governo não tem projeto, só tem fumaça", escreveu em uma rede social. "Mal sabia ele [D. Pedro 1º] que seu coração viraria bengala para um presidente autoritário, sem projeto."

 

Desrespeito ao patrimônio histórico

Para Lustosa, o traslado do órgão é um desrespeito à memória do monarca, que ainda em vida pediu para ter o corpo sepultado em Lisboa e o coração, embalsamado e enviado ao Porto.

"Acho que é quase uma violência, inclusive do ponto de vista do patrimônio histórico. Isso é patrimônio histórico português. Deveria ser preservado, e não ficar fazendo turismo mundo afora", lamenta a biógrafa.

Já Rogero diz esperar que o episódio incentive as pessoas a se informarem sobre a Independência para além da narrativa romantizada e usada ideologicamente por setores reacionários da sociedade brasileira.

"No mito oficial da Independência, o que se vê são homens brancos, em fardas militares, numa pose bem heroica. Mas quem de fato viveu os conflitos, inclusive armados, foi principalmente a parcela negra e pobre da população – muitos, inclusive, ainda na condição de escravizados", afirma o idealizador do Projeto Querino.

Embebido em formol e envolto por um receptáculo dourado, o órgão de quase 188 anos será recebido no Palácio do Planalto nesta terça-feira (23/08) e, em seguida, haverá uma cerimônia no Palácio do Itamaraty.

No mesmo palácio, o coração ficará exposto para visitação pública de 25 de agosto a 5 de setembro, e retornará ao Porto em 8 de setembro, informou o Ministério das Relações Exteriores.

Segundo informações veiculadas pela imprensa brasileira, o presidente de Portugal e os demais chefes de Estado de países de língua portuguesa foram convidados para as comemorações e devem visitar o coração no Itamaraty em 6 de setembro.

 

Autor: Rayanne Azevedo / DW

ITIRAPINA/SP - A Secretaria Municipal de Saúde de Itirapina, realiza no próximo sábado (23/07) a partir das 8h da manhã, uma ação de conscientização e prevenção à hipertensão arterial, diabetes e a importância da saúde bucal na prevenção da endocardite.

A pressão alta atinge 30% da população adulta no Brasil. Entre os idosos a partir de 70 anos, o índice chega a 70%. A doença é caracterizada pela elevação sustentada de níveis de pressão arterial de 140X90.

As pessoas que passarem pelo local terão a pressão aferida e farão exames de glicemia. Além disso, profissionais de saúde darão orientações sobre a doença e farão a captação de peso, circunferência abdominal, altura e Índice de Massa Corporal (IMC).

A hipertensão arterial é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, como infarto e derrame cerebral, e pode causar problemas de visão, falência renal e ainda acometer o sistema arterial. É um doença silenciosa e por isso precisa de investigação e acompanhamento constantes.

O evento será aberto à população.

 

 

PMI

EUA - A primeira pessoa a receber um transplante de coração de porco morreu dois meses após o procedimento histórico nos Estados Unidos, informou o hospital que realizou a cirurgia.

David Bennett, de 57 anos, que morreu em 8 de março, recebeu seu transplante em 7 de janeiro, informou a Universidade de Maryland, situada no estado de mesmo nome no leste dos Estados Unidos, em comunicado.

"Sua condição começou a se deteriorar há vários dias", diz a nota.

O transplante inédito gerou expectativas de que o uso de órgãos de outras espécies seria a solução no futuro para resolver a escassez crônica de órgãos humanos para doação. Por sua vez, a equipe responsável pela cirurgia mantém seu otimismo sobre o êxito desse procedimento no futuro.

"Depois que ficou claro que ele não se recuperaria, ele recebeu cuidados paliativos compassivos. Ele conseguiu se comunicar com sua família durante suas últimas horas", diz o comunicado.

Após a cirurgia, o coração transplantado funcionou muito bem por algumas semanas, sem sinais de rejeição, indicou a universidade.

Bennett passou algum tempo com sua família, fez sessões de fisioterapia, assistiu ao Super Bowl - a final da liga de futebol americano NFL - e sempre falava sobre o seu desejo de voltar para casa para ver seu cachorro Lucky.

"Ele mostrou ser um paciente corajoso e nobre, que lutou até o fim. Expressamos nossas mais sinceras condolências à família", comentou Bartley Griffith, o cirurgião que conduziu o procedimento.

 

Esperança para o futuro

Em outubro de 2021, Bennett deu entrada no hospital da Universidade de Maryland. Estava deitado em uma cama e conectado a uma máquina de suporte vital de emergência. Foi considerado não elegível para um transplante humano, o que acontece quando o receptor tem problemas de saúde subjacentes.

"Obtivemos aprendizados inestimáveis sobre como o coração de porco geneticamente modificado pode funcionar bem dentro do corpo humano enquanto o sistema imunológico se comporta adequadamente", afirmou Muhammad Mohiuddin, diretor do programa de xenotransplante cardíaco da universidade americana.

"Seguimos otimistas e planejamos continuar com nosso trabalho em futuros ensaios clínicos", ressaltou.

O porco do qual veio o coração transplantado foi geneticamente modificado para evitar rejeição imediata. Uma nova droga experimental também foi usada, além das habituais drogas anti-rejeição, para suprimir o sistema imunológico. Durante os enxertos, o perigo é que este não detecte o órgão como corpo estranho e comece a atacá-lo.

Sem o transplante, David Bennett estava condenado. "Era a morte ou este transplante. Eu quero viver", disse o paciente antes da operação.

"Meu pai lutou até o fim da vida para passar mais tempo com sua família. Pudemos passar semanas preciosas juntos quando ele estava se recuperando de uma cirurgia, semanas que não teríamos sem esse esforço milagroso", disse seu filho David Bennett Jr em uma declaração.

"Esperamos que esta história seja um começo de esperança, não o fim", acrescentou.

EUA - Um homem norte-americano com uma doença cardíaca terminal recebeu um implante de um coração de porco geneticamente modificado na primeira cirurgia do tipo, e, três dias depois, o paciente está indo bem, afirmaram os médicos na segunda-feira (10).

A cirurgia, realizada por uma equipe da Universidade de Medicina de Maryland, está entre as primeiras a demonstrar a viabilidade do transplante cardíaco do porco para o homem, um campo de estudos possibilitado por novas ferramentas de edição de genes.

Caso a operação se prove bem sucedida, cientistas esperam que órgãos de porcos possam ajudar a aliviar a escassez de órgãos e doadores humanos.

"Foi uma cirurgia revolucionária e que nos leva um passo mais próximo de resolver a crise de escassez de órgãos. Simplesmente não há corações humanos doados disponíveis para atender à longa lista de possíveis recebedores", afirmou em nota o Dr. Barley Griffith, que transplantou cirurgicamente o coração suíno no paciente humano.

"Estamos avançando com cautela, mas também estamos otimistas de que essa primeira cirurgia do tipo no mundo possa oferecer uma nova e importante opção para pacientes no futuro", acrescentou Griffith.

Para o paciente David Bennett, de 57 anos, de Maryland, o transplante de coração era a última opção.

"Era morrer ou fazer esse transplante. Eu quero viver. Eu sei que é um tiro no escuro, mas é minha última escolha", disse Bennett um dia antes da cirurgia, de acordo com uma nota publicada pela universidade.

 

 

Por Julie Steenhuysen - Repórter da Reuters

Órgão percorreu cerca de 200 km até o Hospital da Criança e Maternidade (CHM) em São José do Rio Preto

 

RIBEIRÃO PRETO/SP - A Polícia Militar realizou mais um voo pela vida e proporcionou uma segunda chance ao pequeno Vitor Silva, de apenas 6 anos, no último domingo (21). A missão foi realizada pelos policiais da Base de Aviação da Polícia Militar (BAV) de São José do Rio Preto, que ficaram responsáveis por buscar o novo coração do garotinho, na cidade de Ribeirão Preto – a cerca de 200 km de distância.

A corrida contra o tempo foi iniciada por volta das 7h da manhã, após a identificação de um doador compatível com as necessidades do garoto, diagnosticado com miocardiopatia dilatada - doença do músculo do coração que impede o bombeamento adequado de sangue para o corpo, no fim do ano passado.

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Incumbidos da missão que a eles foi confiada, os policiais Capitão Cortez, piloto da aeronave, juntamente com o Cabo Henrique e Sargento Bianchinni se deslocaram até o hospital do doador, em Ribeirão Preto. No local receberam a equipe médica e o órgão devidamente armazenado para o transporte ao Hospital da Criança e Maternidade (HCM).

Todo o processo de transplante, desde a remoção à implantação do coração, durou cerca de 161 minutos e foi acompanhado pela Soldado Kelly, responsável pela comunicação direta com a Secretaria da Saúde, na Base da PM.

“Decolamos por volta das 15h00 e pousamos às 16h00 no hospital de base, onde o órgão foi direcionado ao receptor. O coração tem um período de isquemia de 240 minutos (4 horas) e, assim como o médico nos disse, quanto menor o tempo que ficar fora do corpo, melhor”, explicou o piloto responsável pelo voo.

O transporte de órgãos feito pelo helicóptero Águia da PM é solicitado pela central de transplantes da Secretaria da Saúde do Estado de SP. Para isso, o médico ou o hospital onde a pessoa que será transplantada está analisa o tempo de isquemia – período que o órgão consegue manter as atividades fora do corpo humano– e solicita à central o serviço, que pode ser feito por voo regulares e também pela PM.

“Esse tipo de missão, independente de quem for o receptor, traz uma satisfação muito grande por poder participar e ajudar a salvar uma vida. Por ser uma criança nós acabamos ficando mais comovidos e sensibilizados, mas nunca perdendo o lado profissional, do planejamento e da segurança do voo”, completou o policial.

De acordo com informações do hospital, Vitor reagiu bem à cirurgia e encontra-se estável. O garoto permaneceu internado para acompanhamento médico e cuidados necessários após a realização de transplantes de órgãos.

FRANÇA - Após 20 anos de pesquisa, a empresa francesa Carmat recebeu autorização para comercializar fora da França um produto que dará esperança a milhões de pessoas em todo o mundo: o coração artificial. Batizado de Aeson, o dispositivo pesa 900 gramas, três vezes mais que um coração normal. As baterias de lítio que simulam o bombeamento do sangue duram cinco anos e têm de ser carregadas em uma bolsa externa, que pesa aproximadamente cinco quilos e conta ainda com um controlador de intensidade. Segundo o cirurgião Fábio Jatene, vice-presidente do Instituto do Coração (Incor), a invenção diferencia-se das outras já existentes graças ao avanço da tecnologia, que inclui um uso de materiais biológicos com metal e plástico.

“A combinação impede que ocorra o excesso de coagulação do sangue e ajuda a reduzir o risco de trombose”, explica.

Segundo o médico, o propulsor do novo órgão artificial utiliza membranas biológicas produzidas a partir de tecido bovino, o que as torna mais maleáveis para agir no sistema de bombeamento de sangue de acordo com a necessidade do paciente.

“A ideia por trás desse projeto era criar um dispositivo que também funcionasse psicologicamente como um coração humano, com as batidas no peito e uma função autossuficiente”, afirmou Stéphane Piat, CEO da empresa.

O coração artificial da Carmat substitui os ventrículos do coração em pacientes que sofrem de insuficiência cardíaca avançada. Ela ocorre quando o coração não consegue cumprir sua função de “bomba de sangue” e afeta primeiramente o ventrículo esquerdo e, depois, o direito. Nesse estágio, órgãos vitais como o cérebro, fígado e rins deixam de receber nutrientes e oxigênio suficientes para funcionar. Entre os principais sintomas da doença estão a fadiga, falta de ar, mesmo em repouso, e retenção de líquidos.

A insuficiência cardíaca afeta ao menos 26 milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar dos avanços nas terapias e prevenção, cerca de 5% dos afetados não reagem aos tratamentos. Como trata-se de uma doença progressiva, o paciente tem menos de 50% de chance de sobreviver cinco anos após receber o diagnóstico. O transplante de coração é a terapia mais adequada, mas torna-se restrita devido à escassez de doadores, pouco mais de cinco mil no mundo. É por isso que empresas como a Carmat investem no desenvolvimento de sistemas de suporte circulatório mecânico, como o coração Aeson.

 

Esperança na fila

A invenção representa uma opção para quem está na fila do transplante de coração. Estima-se que 40 mil pessoas no mundo estejam esperando por um coração novo. No Brasil, há 270 pessoas na fila. O produto será implantado inicialmente na Alemanha, Itália, Espanha e Grã-Bretanha, e aguarda a autorização da FDA, órgão regulador americano, para ser aprovado. Ao todo, esses países apresentam cerca de dois mil pacientes com problemas no miocárdio e insuficiência biventricular.

Segundo o cirurgião Fábio Gaiotto, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o paciente portador dessa doença tem uma vida dramática. “A doença mina sua independência, muitas vezes não consegue nem tomar banho sozinho”, afirma. “O Aeson é promissor em razão de sua duração. Os atuais funcionam por um ano, mas depois podem surgir complicações como coágulos, trombos e infecções.”

A busca por um dispositivo sintético para substituir o coração começou na década de 1960. Antes disso, em 1937, há registro de um transplante de coração animal, realizado em um cão, pelo médico russo Vladimir Petrovich Demilkhov. O procedimento em humanos só veio a ser realizado com sucesso a partir dos anos 1980. A maioria dos dispositivos substitui parcialmente o coração, geralmente o lado esquerdo que é o mais afetado, como é o caso do órgão artificial criado pela empresa americana SynCardia. A expansão da invenção da Carmat é um alento para muitos corações em todo o mundo.

Imagem: Fornecido por ISTOÉ

 

*Por: Fernando Lavieri / ISTOÉ 

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