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SÃO PAULO/SP - O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) reciclou itens do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para garantir que as provas aplicadas neste ano tenham questões inéditas.

Desde o início de 2021, a área técnica do instituto vem alertando para a escassez do BNI (Banco Nacional de Itens), que reúne as questões aprovadas para serem usadas na prova. Em março deste ano, um documento interno previa a possibilidade de utilização de itens utilizados em edições anteriores do Enem.

O exame será aplicado nos próximos dias 13 e 20 de novembro para cerca de 3,3 milhões de estudantes em todo o país.

Servidores do órgão relataram à reportagem que a reciclagem dos itens garante a qualidade da prova. Questionado sobre a inclusão de questões sem pré-teste no Enem, o Inep respondeu que "qualquer informação sobre a entrada de itens novos no BNI é de caráter sigiloso, não podendo ser fornecida, como forma de não colocar em risco futuras edições do exame".

Eles explicam que são questões feitas e pré-testadas em anos anteriores, mas que ficaram de fora das provas oficiais por terem apresentado alguma fragilidade nas informações piscométricas —que são as informações estatísticas que permitem a calibragem para a medição de diferentes proficiências entre os candidatos.

Segundo os servidores, as falhas dos itens foram identificadas e corrigidas para torná-los adequados. São perguntas que poderiam, por exemplo, ter algum problema no enunciado ou nas alternativas de resposta.

Ou seja, são itens que tinham seu conteúdo pedagogicamente aprovado, mas apresentavam alguma falha, que foi corrigida pelos elaboradores.

Em nota, o Inep disse que "todas as questões que compõem os cadernos de prova do Enem apresentam qualidade técnico-pedagógica" e que a prova desta edição foi construída "seguindo os mesmos critérios e procedimentos das edições anteriores".

Ocimar Alavarse, coordenador do Gepave (Grupo de Estudos e Pesquisas em Avaliação Educacional) da USP, diz que a reciclagem foi uma solução encontrada pelo Inep diante de uma limitação severa do banco de itens. No entanto, diz que a medida não segue o que está previsto no protocolo de elaboração da prova.

"Existem dois tipos de reprovação no pré-teste: quando é encontrada uma falha severa e ele precisa ser descartado ou quando há um pequeno problema que pode ser ajustado. Mesmo nessa segunda opção, o protocolo prevê que o item volte para a pré-testagem."

"A reciclagem não é a melhor solução, mas era a possível diante dessa situação. É melhor do que reutilizar itens", diz.

Em edições anteriores do Enem, algumas questões já haviam sido utilizadas sem passar por pré-teste. Quando isso ocorre, o peso de cada uma delas na composição da nota final é calibrado de acordo com o desempenho dos estudantes na prova.

"Não é o ideal, já que o correto seria que todos tivessem passado por pré-teste. Mas reformular um item que apresentou problema na pré-testagem é uma solução. Os elaboradores identificam a falha e reconstroem o item", diz Tufi Machado, especialista em avaliação e professor da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).

Segundo os especialistas, a reciclagem dos itens também é uma forma de evitar desperdício de recursos públicos. Estima-se que cada item do Enem custe de R$ 2.000 a R$ 3.000 para ser elaborado, já que eles são feitos por uma banca de especialistas de cada área, passam por até quatro revisores e depois seguem para o pré-teste.

Desde 2009, quando o Enem ganhou o formato atual e virou vestibular, há dificuldade de produzir itens adequados em número suficiente para a compor a prova. O problema foi agravado durante o governo Jair Bolsonaro (PL), já que nos três primeiros anos de gestão não foram produzidas novas questões para compor o BNI.

O último pré-teste de questões aconteceu em 2019, no primeiro ano do governo de Bolsonaro.

O Enem é elaborado com base em um modelo matemático, a TRI (Teoria de Resposta ao Item), que exige questões calibradas com relação a parâmetros como o de dificuldade. Antes de serem utilizadas nas provas, elas devem ser respondidas por um grupo similar àquele que normalmente faz o exame (nos chamados pré-testes) para essa calibragem.

Os itens "também passam por uma análise de adequabilidade por parte das equipes pedagógicas e pela equipe psicométrica". Segundo o documento interno de março deste ano, a carência de itens considerados adequados atingia as quatro áreas da prova, mas era mais grave em linguagens.

Conforme mostrou o jornal Folha de S.Paulo, foi a escassez de questões disponíveis para compor a prova que evitou a intenção da equipe do ex-ministro Milton Ribeiro de interferir nos conteúdos do Enem 2021.

No ano passado, às vésperas do exame, o governo passou por uma crise que envolveu denúncias de interferência em conteúdo e assédio moral de servidores. A Folha de S.Paulo ainda revelou que Bolsonaro chegou a pedir para Ribeiro questões que tratassem o golpe de 1964 por revolução, em consonância com o revisionismo histórico que ele e seus apoiadores defendem.

 

 

ISABELA PALHARES / FOLHA de S.PAULO

SÃO PAULO/SP - A partir de 2024, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá mudanças. Como o novo ensino médio prevê itinerários formativos para o estudante se aprofundar nos conteúdos em que deseja, no Enem o vestibulando poderá escolher entre quatro opções de blocos curriculares, de acordo com o curso superior que aspira. O exame seguirá sendo aplicado em dois dias, como ocorre atualmente. O primeiro terá questões obrigatórias a todos os candidatos, que deverão demonstrar conhecimento em Matemática, Língua Portuguesa e Redação.

Já no segundo dia o candidato poderá escolher a prova direcionada a um de quatro blocos. São eles: Linguagens, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; Matemática, Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Matemática, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; e Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Além da alteração da divisão dos conteúdos, outra novidade para 2024 é que a prova, hoje formada só por perguntas de múltipla escolha, passará a ter também questões discursivas. Ou seja, os participantes terão de resolver problemas matemáticos ou escrever respostas por extenso.

Para Tadeu da Ponte, coordenador do vestibular do Insper e fundador da Primeira Escolha, ao incluir questões discursivas no exame, cria-se a possibilidade de avaliar a capacidade cognitiva do estudante de forma mais sofisticada. “Com as questões discursivas, por um lado, se consegue avaliar outras competências, como a capacidade de o aluno formular hipóteses científicas. Mas são respostas que levam mais tempo para serem realizadas, haverá uma limitação em termos de quantidade e isso pode criar um problema de métrica, em termos estatísticos. O poder seletivo do exame pode cair”, pondera.

Tadeu lembra que hoje as áreas do conhecimento do Enem – Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e Língua Portuguesa – são avaliadas por meio de 45 questões cada. “É a quantidade de itens necessária para uma avaliação fidedigna. Porém, o tempo de o aluno responder uma questão discursiva é maior, será inviável ter 45 perguntas de cada área.”

Apesar do apontamento técnico, Tadeu acredita que essa mudança pode ter um reflexo positivo na educação básica. Para o professor, quando o exame passa a cobrar que os estudantes desenvolvam pensamentos mais complexos para responder questões discursivas, é possível que as escolas comecem a trabalhar para que os alunos desenvolvam esse tipo de habilidade ainda no ensino fundamental. “Com as questões dissertativas, haveria um ganho de exigência cognitiva diferente entre os candidatos”, diz.

Outra preocupação de Tadeu é com o banco de questões do Ministério da Educação para o Enem. Neste ano, diretores do Inep chegaram a propor a repetição de algumas para a construção do exame de 2022. “A exposição dos itens é uma preocupação. O banco precisa ser construído, e os testes para as mudanças já deveriam estar sendo pilotados. Penso que este seja um anúncio mais aspiracional, não sei se haverá exequibilidade para 2024.”

 

Curso técnico durante ensino médio poderá dar ponto extra

O pacote de novidades ainda inclui uma pontuação extra no exame, a partir de 2024, para alunos que tiverem feito curso técnico profissionalizante durante o ensino médio. Segundo o Censo da Educação Básica de 2020, a matrícula integrada à educação profissional cresceu 29,5% nos últimos cinco anos, passando de 531.843, em 2016, para 688.689, em 2020. Na comparação com o total de matrículas no ensino médio, no entanto, a educação profissional corresponde a apenas 9% do contingente.

Ocimar Alavarse, professor da Faculdade da Educação da Universidade de São Paulo (USP), considera precoces as mudanças anunciadas para o Enem, tendo em vista que o novo ensino médio ainda não está totalmente sedimentado. Pela legislação, aprovada em 2017, o novo modelo precisa começar a ser implementado neste ano, em todas as escolas do Brasil, públicas e privadas. “O Enem muda o perfil da prova, mas o ensino médio vai ter mudado até lá? Esse tipo de mudança pode demorar uma década, porque implica mudar quem ensina.”

O professor reforça que a maioria dos candidatos do Enem já concluiu o ensino médio. Neste ano, por exemplo, dos 3,3 milhões de inscritos, quase metade (1,5 milhão) está exatamente nesta posição. “Quando se muda a matriz do Enem, cria-se um problema até de justiça, já que a maioria dos candidatos não fez o ensino médio no novo modelo.”

 

 

Vanessa Fajardo / ESTADÃO

Falta pouco para a prova do Enem, que acontece nos dias 13 e 20 de novembro; professor Daniel Ferretto, influenciador e fundador da plataforma Ferretto, lista pontos que nem todos sabem sobre o exame

 

SÃO PAULO/SP - A pouco mais de 60 dias do Enem 2022, milhares de estudantes de todo o Brasil estão em “contagem regressiva” para a avaliação, que é a mais aguardada pelos candidatos que querem ingressar no ensino superior. 

O exame costuma criar muita expectativa entre os alunos, já que, com o Enem,  existem mais chances de ser aprovado no Vestibular. “A nota do exame pode ser aplicada no SISU, ProUni, FIES ou sistemas de bolsas de universidades particulares, ou seja, abre caminho para o aluno ingressar em uma universidade”, explica Daniel Ferretto, da plataforma Professor Ferretto - canal 100% online que tem foco na preparação para o Enem e vestibulares, contempla todo o conteúdo do ensino médio  e conta com cerca de 50 mil alunos de todo o Brasil. 

A prova do Enem já está chegando na sua 24ª edição, mas nem sempre foi aplicada no modelo e da forma como conhecemos hoje. “Ao longo dos anos, o exame foi evoluindo e sofrendo atualizações”, comenta Ferretto.

Pensando nisso, o professor e influenciador listou 5 curiosidades sobre o Enem:

 

1- Exame não foi criado como forma de vestibular
A primeira prova, em 1998, foi realizada com o intuito de medir como estava o ensino no Brasil. “Foi uma medida para saber como os jovens brasileiros saíam da escola, para saber quais eram os problemas que a educação tinha, assim ajudando na mudança do sistema educacional. Somente no ano seguinte passou a ser possível usar a nota para entrar em algumas universidades", explica Ferretto.   

 

2- Quantidade de questões quase triplicou

No início o exame tinha somente 63 questões e a Redação, e também era aplicado em um único dia, com duração de 5 horas e meia. A partir de 2008, a prova passou a ter dois dias de aplicação e 180 questões e a Redação. “Em 2017 ela passou a ser feita em dois fins de semana, para não deixar a prova cansativa” , relembra ele.

 

3- Método de correção identifica “chutes”

A correção é feita a partir do método de Teoria de Resposta ao Item (TRI), que começou a ser utilizado em 2009, para comparações das provas de anos anteriores.

 

“Esse método de avaliação é feito individualmente em cada questão, a partir do grau de dificuldade. As mais fáceis valem mais  pontos e as mais complexas somam menos  pontos no resultado final. Esse sistema ajuda a identificar se o candidato ‘chutou’ algumas questões, então é importante ficar atento”, alerta Ferretto.

 

4- Enem ajudava a conquistar diploma do Ensino Médio

Para as pessoas que, por algum motivo, não conseguiram concluir o Ensino Médio, durante os anos de 2009 e 2016, a prova servia como meio de obter o certificado de conclusão. “A partir de 2017, só é possível conseguir o diploma de pessoas que não concluíram o Ensino Médio após a prestar o Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja)", esclarece o professor.

 

5- Enem passará a ser 100% digital a partir de 2026

Em 2019, foi anunciado mais um modelo de prova: o Enem Digital. Este formato ainda está em fases de testes, e os candidatos podem escolher qual modelo desejam, mas a previsão é que, em 2026, o único modelo do exame seja o digital.

“Ainda é incerto se a versão digital irá facilitar a vida do candidato ou não, existem alguns contras, como o analfabetismo digital e a dificuldade de acesso à internet. Mas essa modalidade promete questões interativas, que podem melhorar o desempenho e as notas. Ainda precisamos de mais testes para saber se será de fato uma boa opção”, finaliza o professor Ferretto.

 

BRASÍLIA/DF - Termina nesta sexta-feira (27) o prazo para o pagamento da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022. O pagamento da taxa de R$ 85 é obrigatório para quem não obteve isenção.

Pela primeira vez, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) possibilitou o pagamento por meio de Pix e cartão de crédito, além do tradicional boleto – Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança).

As provas do Enem 2022, nas versões impressa e digital, serão realizadas nos dias 13 e 20 de novembro, de acordo com o Inep.

Nome social

Para os candidatos que querem ser identificados pelo nome social e não têm esse nome cadastrado na Receita, o Inep orienta que seja feita a solicitação de tratamento após a inscrição, no período de 23 a 28 de junho, pela Página do Participante

Para esse procedimento, será necessário apresentar lista de documentos de comprovação das condições que o motivam: foto atual, nítida, individual, colorida, com fundo branco que enquadre desde a cabeça até os ombros, de rosto inteiro, sem uso de óculos escuros e artigos de chapelaria (boné, chapéu, viseira, gorro ou similares); e cópia digitalizada, frente e verso, de um dos documentos de identificação oficiais com foto, válido. Documentos enviados fora do prazo ou externos à Página do Participante não serão aceitos. Toda a documentação deverá ser anexada e enviada em formato PDF, PNG ou JPG, com tamanho máximo de 2 MB.

Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, tornou-se uma das principais portas de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (ProUni). Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes.

Os resultados são usados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso aos auxílios governamentais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

 

 

AGÊNCIA BRASIL

BRASÍLIA/DF - Termina às 23h59 deste sábado (21), horário de Brasília, o prazo de inscrição para as versões impressa e digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022. Todos os interessados em fazer o exame, isentos ou não, devem se inscrever pela Página do Participante. O exame será aplicado em todos os estados brasileiros, nos dias 13 e 20 de novembro.

Pagamento

Pela primeira vez, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) possibilitou o pagamento da taxa por meio de PIX e cartão de crédito, além do tradicional boleto – Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança). Vale lembrar que, após selecionar a opção de pagamento, não será possível alterar a escolha. O prazo para pagar a taxa, no valor de R$ 85, vai até 27 de maio.

Nome social

O participante que se identifica e quer ser reconhecido socialmente pela sua identidade de gênero (participante transexual, travesti ou transgênero) e que já tem o respectivo nome cadastrado na Receita Federal será identificado pelo nome social no momento da inscrição. Contudo, será necessário confirmá-lo na Página do Participante, entre os dias 23 e 28 de junho.

Para os candidatos que querem ser identificados pelo nome social e não têm o respectivo nome cadastrado na Receita, o Inep orienta que seja feita a solicitação de tratamento após a inscrição, no período de 23 a 28 de junho, pela Página do Participante.

Para esse procedimento, será necessário apresentar uma lista de documentos de comprovação das condições que o motivam: foto atual, nítida, individual, colorida, com fundo branco que enquadre desde a cabeça até os ombros, de rosto inteiro, sem uso de óculos escuros e artigos de chapelaria (boné, chapéu, viseira, gorro ou similares); e cópia digitalizada, frente e verso, de um dos documentos de identificação oficiais com foto, válido. Documentos enviados fora do prazo ou externos à Página do Participante não serão aceitos. Toda a documentação deverá ser anexada e enviada em formato PDF, PNG ou JPG, com tamanho máximo de 2 MB.

Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, tornou-se uma das principais portas de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (ProUni). Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes.

Os resultados são usados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso aos auxílios governamentais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados individuais do Enem também podem ser usados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitarem as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.

 

 

Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil 

BRASÍLIA/DF - Há poucos dias do lançamento da Politica Nacional de Recuperação da Aprendizagem, o ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, que assumiu a pasta há três semanas, afirmou ontem (10) que o principal desafio a ser enfrentado é o déficit na educação.

“Nossos principais desafios são a recuperação das aprendizagens. A gente tem um déficit não só decorrente da pandemia, mas temos também as deficiências do próprio sistema educacional brasileiro”, disse.

O ministro disse que há ainda “o desafio enorme de trazer as crianças de volta [para a escola], que abandonaram o estudo”. Lembrou também que é preciso levar a inovação e a tecnologia para dentro das escolas.

O ministro participou nesta terça-feira da abertura da Bett Educar, maior congresso de educação da América Latina, que após dois anos em formato online, por causa da pandemia, volta em edição presencial. O congresso acontece durante toda a semana, com palestras e oficinas voltadas à educação e inovações para a área.

Em sua fala, o ministro Victor Godoy disse que a Política Nacional de Recuperação das Aprendizagens, a ser lançada este mês, se baseia em três eixos: recuperação das aprendizagens, combate à evasão e incentivo à inovação e tecnologia.

O ministro disse que o primeiro eixo dessa recomposição é o diagnóstico, o reengajamento dos estudantes e a recomposição das aprendizagens. O segundo eixo, é o combate à evasão escolar, com a perspectiva de recuperar aqueles alunos que já estão fora das escolas. “E nós já tivemos iniciativas concretas nesse sentido, o disque 100 [para denunciar crianças fora das escolas], para que o conselho tutelar e as redes de apoio dos estados e municípios possam ir atrás daquele estudante e trazer de volta para escola”.

O ministro anunciou como outra medida para evitar a evasão escolar, um aplicativo que ajuda a prever a evasão escolar. “Também trabalhamos numa perspectiva preditiva, com um aplicativo em desenvolvimento, para indicar aos diretores das escolas os alunos que têm um risco maior de evasão escolar”

O terceiro eixo dessa política, segundo o ministro, é a inovação e a conectividade para dentro da educação brasileira.

BRASÍLIA/DF - As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começam hoje (10) e vão até o próximo dia 21. Nesta edição, os interessados em participar do exame poderão fazer o pagamento da taxa de inscrição por meio de PIX ou cartão de crédito.

As provas serão realizadas nos dias 13 e 20 de novembro. A aplicação dos testes impressos seguirá o horário de Brasília. A abertura dos portões será às 12h e o fechamento às 13h. O início das provas será às 13h30. No primeiro dia de Enem, o término das provas será às 19h. No segundo dia de testes, às 18h30.

O resultado dos recursos para isenção da taxa de inscrição já está disponível na Página do Participante. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ressalta que a aprovação dos pedidos não garante a inscrição no exame.

A taxa de inscrição para o Enem 2022, versões digital e impressa, foi mantida no valor de R$ 85. O período para efetuar o pagamento termina em 27 de maio. A participação no exame será garantida apenas após a confirmação do pagamento da taxa.

O pagamento da taxa de inscrição também poderá ser feito por meio do tradicional boleto, que deve ser gerado na Página do Participante e pago em qualquer banco, casa lotérica, aplicativos bancários ou agência dos Correios, obedecendo aos critérios estabelecidos por esses correspondentes e respeitando os horários de compensação.

Os interessados em fazer o Enem 2022 que obtiveram a isenção da taxa devem se inscrever na Página do Participante, mas não precisam fazer o pagamento para confirmar a participação.

BRASÍLIA/DF - Termina amanhã (29) o prazo de apresentação de recursos para aqueles que tiveram o pedido de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 negado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Também nesta sexta-feira expira o prazo para a apresentação de recursos dos candidatos que tiveram a justificativa de ausência nas provas do Enem 2021 não aceitas pelo instituto.

Os resultados dos pedidos de isenção e a lista de candidatos que não fizeram a prova, apesar de terem conseguido a isenção para o Enem 2021, foram publicados pelo Inep no dia 22, na Página do Participante.

É também por meio desta página que a formalização do recurso deve ser feira. Para acessá-la, clique aqui. Os resultados das análises dos recursos para pedido de isenção serão divulgados no dia 6 de maio.

Documentação

Para justificar a ausência, o participante precisa observar a opção escolhida como motivo da falta, conforme anexo I do Edital n.º 14/2022, e anexar a documentação correspondente.

No caso do participante que teve a solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 reprovada pelo Inep, é também necessário enviar a documentação que comprove a situação de solicitação de isenção, conforme listado no anexo II do edital. Os documentos devem estar nos formatos PDF, PNG ou JPG, com tamanho máximo de 2 MB, informou, por meio de nota, o Inep.

Puderam entrar com pedido de isenção os que estão no último ano em escola pública, que fizeram todo o ensino médio em instituições públicas ou que cursaram o ensino médio como bolsistas integrais em escolas privadas.

Renda

Outra condição é que a família tenha renda per capita [renda por cabeça] menor do que o valor equivalente a um salário mínimo e meio. Têm direito também os alunos de famílias inscritas no Cadastro Único de programas sociais do governo federal.

A concessão da isenção ou a aceitação da justificativa de ausência não garantem inscrição na prova. O aluno nessas situações deve realizar a inscrição na página do participante, de acordo com os requisitos apresentados no site do Inep.

 

 

 

Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil

BRASÍLIA/DF - Termina às 23h59 da próxima sexta-feira (15) o prazo para que estudantes que pretendem fazer o Exame Nacional do Ensino Médio 2022 (Enem) peçam a isenção da taxa de inscrição. O requerimento deve ser feito na Página do Participante.

Pelas regras do Enem, têm direito à gratuidade todos os participantes que se enquadram nas seguintes situações:

- estar na última série do ensino médio este ano em escolas públicas;

- ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou sejam bolsistas integrais em escolas privadas. Os candidatos precisam ter renda igual ou inferior a um salário mínimo e meio, ou seja, R$ 1.818, por pessoa;

- participantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por serem membros de família de baixa renda, e que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Documentação

Entre os documentos exigidos para a dispensa da taxa de inscrição estão a cédula de identidade do participante e dos demais membros que compõem o núcleo familiar; a cópia do cartão com o NIS válido, no qual está a inscrição no CadÚnico; uma declaração que comprove a realização de todo o ensino médio em escola pública ou histórico escolar do ensino médio, com assinatura e carimbo da escola. No caso de participante bolsista, acrescentar a declaração da escola que comprove a condição de bolsista integral em todo o ensino médio.

Faltosos

Outra situação em que a taxa de inscrição pode ser dispensada é a de estudantes isentos no Enem 2021, que, por algum motivo, faltaram no dia da prova e desejam fazer o Enem 2022 gratuitamente. Os candidatos devem também enviar documentos que justifiquem a ausência, como atestados médicos e boletins de ocorrência. Somente serão aceitos documentos nos formatos PDF, PNG ou JPG, com o tamanho máximo de 2 MB.

Resultado

Os resultados, tanto da justificativa de ausência quanto da solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022, serão divulgados em 22 de abril, na Página do Participante. Quem tiver o pedido negado poderá recorrer entre 25 e 29 de abril. O resultado dos recursos será divulgado em 6 de maio.

Além de fazer o pedido de isenção, para participar do Enem 2022 é preciso se inscrever no exame. O edital com as datas das inscrições e das provas ainda não foi publicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Notas

As notas do Enem podem ser usadas para ingressar no ensino superior, em universidades públicas e privadas, e para participar de programas federais como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

 

 

 Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil 

BRASÍLIA/DF - A partir de segunda-feira (4), estudantes que querem fazer o Exame Nacional do Ensino Médio 2022 (Enem) poderão pedir a isenção da taxa de inscrição. O prazo vai até o dia 15 de abril. A taxa de inscrição da última edição do exame foi R$ 85. Os pedidos devem ser feitos na Página do Participante.

O mesmo prazo, de 4 a 15 de abril, vale para os estudantes isentos no Enem 2021, que por algum motivo faltaram no dia da prova e que desejam fazer o Enem 2022 gratuitamente. Esses estudantes devem também enviar documentos que justifiquem a falta.

O cronograma oficial do Enem foi publicado ontem (29) no Diário Oficial da União.

Os resultados, tanto da justificativa de ausência quanto da solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022, serão divulgados no dia 22 de abril, na Página do Participante. Quem tiver o pedido negado poderá recorrer entre 25 e 29 de abril. O resultado dos recursos será divulgado no dia 6 de maio.

Além de fazer o pedido de isenção, para participar do Enem 2022 é preciso também fazer a inscrição no exame. O edital com as datas das inscrições e das provas ainda não foi publicado pelo Inep.

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