MIANMAR - A passagem do ciclone Mocha por Mianmar provocou 41 mortes em vários pontos do estado de Rakhine, anunciaram as autoridades locais nesta terça-feira (16).
"Podemos confirmar 17 mortos", disse Karlo, administrador do vilarejo de Bu Ma, à AFP, dois dias após a passagem do ciclone pela região.
"Haverá mais mortes porque mais de 100 pessoas estão desaparecidas", acrescentou Karlo.
O número é somado às 24 mortes anunciadas por uma autoridade da localidade vizinha de Khaung Doke Kar, que pediu anonimato por temer represálias da junta militar que governa o país.
O balanço oficial divulgado pela junta militar na segunda-feira citava cinco mortes e um número indeterminado de feridos.
Não é possível determinar se algumas mortes de Bu Ma e Khaung Doke Kar foram incluídas no balanço divulgado pela junta.
A AFP solicitou um balanço atualizado das vítimas do ciclone Mocha a um porta-voz da junta militar.
Com ventos de até 195 km/h, Mocha atingiu no domingo a área entre Sittwe, capital do estado de Rakhine, e Cox’s Bazar na vizinha Bangladesh.
IRÃ - O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou na terça-feira (9) o número "terrivelmente" alto de execuções este ano no Irã, que sobe a média para mais de 10 por semana.
Neste ano, até agora, pelo menos 209 pessoas foram executadas no Irã, a maioria por crimes relacionados a drogas, de acordo com um comunicado da ONU - que observa, no entanto, que esse número pode ser maior.
"Em média, desde o início do ano, mais de 10 pessoas foram executadas todas as semanas no Irã, tornando-o um dos países com mais execuções no mundo", declarou Türk, segundo o comunicado.
"Nesse ritmo, é preocupante ver que o Irã continua no mesmo caminho do ano passado, quando cerca de 580 pessoas foram executadas", acrescentou. Ele descreveu essa quantidade como "abominável".
Se esta tendência continuar ao longo do ano, "representaria um dos níveis mais elevados de aplicação da pena de morte no Irã desde 2015", ano em que foram aplicadas 972 penas de morte, afirmou a porta-voz do Alto Comissariado, Ravina Shamdasani.
Apenas um pequeno número de países impõe e aplica a pena de morte.
"Impor a pena de morte para crimes relacionados a drogas é incompatível com as normas internacionais dos direitos humanos", alertou Türk.
A ONU lembra que o Comitê de Direitos Humanos proíbe a imposição da pena de morte para crimes - exceto nos "crimes mais graves", aqueles de extrema gravidade que envolvem homicídio doloso, o qual não inclui crimes relacionados a drogas.
EUA - Pelo menos quatro pessoas morreram, e mais de 20 - a maioria adolescentes - ficaram feridas em um ataque a tiros durante uma festa de aniversário em uma pequena cidade do estado do Alabama, no sul dos Estados Unidos, em mais um caso de violência com armas de fogo no país.
O ataque ocorreu na noite de sábado em Dadeville, pequena cidade do Alabama, em um salão onde uma adolescente comemorava seus "Sweet 16" – festa similar à celebração dos 15 anos nos países latino-americanos.
Um buraco de bala ainda era visível, neste domingo (16), na porta de vidro do prédio, cercado com as fitas amarelas de plástico usadas pela polícia para isolar cenas de crimes.
"Este ato custou tragicamente a vida de quatro pessoas e deixou muitos feridos", disse a jornalistas o sargento Jeremy Burkett, porta-voz da Agência de Cumprimento da Lei do Alabama (ALEA).
Burkett informou, posteriormente, que 28 pessoas ficaram feridas, algumas com gravidade, e pediu aos moradores para apresentarem qualquer informação que possa estar relacionada com o ataque. Mas não deu mais detalhes sobre como o ataque a tiros ocorreu ou por que, nem se algum suspeito havia sido detido.
Phill Dowdell, irmão da adolescente que fazia aniversário, está entre os mortos, disse sua avó, Annette Allen, ao jornal local Montgomery Advertiser. O jovem estava no último ano do ensino médio e se formaria em algumas semanas.
"Era um rapaz muito, muito tranquilo. Nunca se metia com ninguém. Sempre tinha um sorriso no rosto", disse Allen, referindo-se ao neto, que também jogava futebol.
O vizinho Hospital Comunitário Lake Martin recebeu 15 pacientes com ferimentos de bala, a maioria adolescentes, disse à AFP Heidi Smith, diretora de marketing da operadora do centro de saúde rural IvyCreek Healthcare.
Seis dos pacientes tiveram alta e nove foram transferidos a estabelecimentos de atendimento especializado. Destes, cinco se encontravam em estado crítico, disse Smith. "Foi terrível", declarou.
A ALEA informou que foi aberta uma investigação em conjunto com a polícia de Dadeville e agências federais, incluindo o FBI.
- "Revoltante e inaceitável" -
O presidente Joe Biden disse que o país estava novamente de luto por jovens americanos assassinatos na violência armada.
"A que ponto chegou nossa nação, quando crianças não podem ir a uma festa de aniversário sem medo?", disse Biden, por meio de nota.
"As armas são a principal causa de morte de crianças nos Estados Unidos, e os números aumentam, não diminuem", acrescentou o presidente democrata. "Isto é revoltante e inaceitável", afirmou.
Os esforços para endurecer os controles das armas de fogo se deparam há anos com a oposição dos republicanos, ferrenhos defensores do direito constitucional ao porte de armas. A paralisia política perdura, apesar da indignação generalizada provocada pelos recentes ataques a tiros.
Os Estados Unidos, um país de 330 milhões de habitantes, tem cerca de 400 milhões de armas em circulação, e os ataques a tiros em massa letais são frequentes.
As mortes na festa de aniversário de sábado ocorreram no 16º aniversário do ataque a tiros mais letal em instituições de ensino registrado nos Estados Unidos: foi em 2007, quando 32 pessoas foram mortas por um estudante desequilibrado na Virginia Tech, uma instituição de ensino superior.
Em outro caso em separado, a polícia confirmou que duas pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas em um ataque a tiros, também na noite de sábado, em um parque lotado em Louisville, Kentucky. Nesta mesma cidade, o funcionário de um banco matou cinco pessoas na instituição em que trabalhava na segunda-feira.
Desde o começo do ano foram registrados 163 ataques a tiros em massa nos Estados Unidos, segundo a organização Gun Violence Archive. Este grupo define um ataque a tiros em massa quando há um mínimo de quatro mortos ou feridos, sem contar com o atirador.
ÍNDIA - O desabamento do piso de um templo hindu na Índia provocou a morte de 35 pessoas, anunciou uma autoridade local nesta sexta-feira (31), enquanto prosseguem as operações de resgate.
Dezenas de fiéis celebravam na quinta-feira uma grande festa religiosa na cidade de Indore quando o chão cedeu e as vítimas caíram em um poço ladeado por uma escada usada em rituais religiosos.
"Trinta e cinco pessoas morreram. Uma pessoa ainda está desaparecida. As operações de resgate estão em curso", disse o juiz distrital da cidade, Ilayaraja T., à AFP por telefone.
O primeiro-ministro Narendra Modi afirmou na quinta-feira que lamentava "extremamente" o acidente.
"O governo lidera os trabalhos de resgate e assistência em ritmo acelerado", disse Modi, que prometeu indenizações de 200.000 rupias (2.400 dólares) aos parentes das vítimas.
O ministro do Interior do estado de Madhya Pradesh, onde fica Indore, anunciou a abertura de uma investigação.
O policial Manish Kaporiya disse à AFP que as operações de resgate continuam e que os sobreviventes estão sendo levados para o hospital.
Imagens de televisão mostraram paramédicos instalando cordas e escadas para alcançar as pessoas presas no poço.
Templos em toda a Índia estavam lotados de fiéis para o festival Ram Navami, que celebra o aniversário da divindade hindu Rama.
FILIPINAS - Pelo menos 31 pessoas morreram e 230 foram resgatadas após um incêndio em uma balsa no sul das Filipinas, anunciaram as autoridades locais.
A embarcação "Lady Mary Joy 3" viajava da cidade de Zamboanga para a ilha de Jolo, na província de Sulu, quando o incêndio teve início na quarta-feira, 29, à noite. Vários passageiros se jogaram no mar, informou o coordenador de resgate Nixon Alonzo.
"Inicialmente registramos 13 mortes. Depois recebemos informações de mais 18 mortes, o que eleva o balanço a 31", afirmou Jim Salliman, governador da província de Basilan, onde aconteceu a tragédia.
Entre os corpos recuperados, três eram de crianças, incluindo um bebê de seis meses.
As equipes de resgate, que receberam o apoio da Guarda Costeira filipina e de pescadores, salvaram 195 passageiros e 35 tripulantes após o incêndio nas proximidades da ilha Baluk-Baluk, na província de Basilan.
As autoridades também anunciaram um balanço de 14 feridos.
O governador Salliman afirmou que o número de vítimas pode ser ainda maior porque o número de passageiros superava os 205 registrados na lista de embarque da balsa.
"Provavelmente há passageiros que não foram registrados na lista de embarque", disse.
A causa do incêndio não foi determinada até o momento.
Os sobreviventes foram levados para Basilan, onde os feridos receberam atendimento para queimaduras.
Fotos divulgadas pela Guarda Costeira mostram um navio jogando água na balsa em chamas, enquanto funcionários em barcos menores resgatavam os passageiros da água.
As Filipinas, um arquipélago de mais de 7.000 ilhas, têm um sistema de transporte marítimo com muitos problemas, com acidentes frequentes.
MÉXICO - Pelo menos sete pessoas morreram e quatro ficaram gravemente feridas após um confronto armado no município de Caborca, no estado de Sonora, no oeste do México.
As autoridades detiveram duas pessoas por suposto envolvimento nos fatos, e onze armas e dez veículos foram apreendidos, conforme noticiado pelo jornal 'Milenio'.
No entanto, as forças de segurança, incluindo a polícia e o exército, mantêm uma operação na zona na sequência do incidente, que inclui vários grupos criminosos.
Vizinhos relataram que edifícios foram atingidos por balas, incluindo empresas e residências, enquanto vários veículos foram destruídos após serem incendiados, conforme noticiado pelo jornal 'Excelsior'.
Fonte: (EUROPA PRESS)
Bárbara O'Sullivan / NEWS 360
COLÔMBIA - A Marinha da Colômbia apreendeu um submarino com carga avaliada em US$ 87 milhões, cerca de R$ 455 milhões de cocaína. A droga teria como destino a América Central.
De acordo com a Marinha local, o submarino estava à deriva no Oceano Pacífico. Foram encontrados o total de 2.643 quilos de cocaína dentro da embarcação, além de dois corpos e duas pessoas em estado de saúde deplorável.
A embarcação apresentava rachaduras e água. Segundo as autoridades, a carga pode gerar mais de seis milhões de papelotes de cocaína.
PERU - Um surto de dengue na região amazônica e no litoral norte do Peru deixou 26 mortos e causou 20.044 contágios neste ano, informou o Ministério da Saúde na terça-feira (13).
"Até a data de hoje, os casos de dengue no país aumentaram para 20.044, dos quais 162 pessoas foram hospitalizadas pela gravidade da doença e 26 faleceram", indicou a pasta em comunicado.
O ministério assinalou que as regiões mais afetadas na Amazônia são Ucayali, com 4.159 casos; Loreto, com 3.713, e Madre de Dios, com 1.455, todas situadas na fronteira com o Brasil, assim como San Martín, com 1.706, e Huánuco, com 1.464, ambas no centro do país.
Também aparece a região de Piura (norte) com 2.486 casos, onde fortes chuvas da estação provocaram inundações.
A autoridade sanitária enviou equipes técnicas às regiões afetadas pela doença, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, para reforçar a prevenção e controle da dengue.
Em fevereiro, o governo decretou "emergência sanitária" de 90 dias "por um surto de dengue" em 13 departamentos do norte, centro e sudeste do país.
No ano passado, o Peru registrou 72.844 casos de dengue, o que representa um aumento de 62% na incidência da enfermidade em relação a 2021, com 84 mortes.
Em 2020, foram 86 óbitos e 46.749 casos relacionado à doença, segundo dados oficiais.
A dengue é uma enfermidade endêmica das regiões tropicais que provoca febre alta, dor de cabeça, náusea, vômito, dor muscular e, nos casos mais graves, hemorragia que pode levar à morte.
Foi detectada pela primeira vez em 1984, no Peru, e tornou-se, desde então, uma doença endêmica.
UCRÂNIA - A cidade ucraniana de Bakhmut continua a ser palco de combates violentos, com as forças de Kiev resistindo e tentando repelir os avanços dos militares russos, informou nas últimas horas o comandante das tropas terrestres ucranianas. Oleksandr Syrsky afirmou que o grupo Wagner sofre "perdas significativas". Moscou também confirmou que os combates na cidade estão se tornando difíceis.
As forças russas atacam de várias direções, com o objetivo de “avançar aos distritos centrais”, disse o coronel Syrsky, na segunda-feira (13), à imprensa ucraniana. Ele acrescentou que as tropas ucranianas estão conseguindo repelir os ataques russos e que as unidades paramilitares do grupo Wagner sofrem “perdas significativas” à medida que avançam em volta da cidade, no Leste da Ucrânia.
“A situação em torno de Bakhmut continua difícil. As unidades de assalto de Wagner avançam em várias direções, tentando romper a defesa das nossas tropas e chegar a bairros centrais da cidades”, reafirmou em nota divulgada no Telegram do Media Militar Center da Ucrânia.
“Nos combates violentos, nossas defesas impõem perdas significativas ao inimigo”, reiterou.
Do outro lado, Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo paramilitar russo Wagner, admitiu que quanto “mais perto” estiverem do “centro da cidade, mais difícil será a luta”.
Prigozhin admitiu que as forças ucranianas combatem "ferozmente pela cidade". Por meio do Telegram, Prigozhin disse que “a situação em Bakhmut é muito difícil, o inimigo luta a cada metro".
O chefe do grupo Wagner acrescentou que pretende começar a recrutar mais soldados assim que conquistar a cidade de Bakhmut. "Em particular, começaremos a recrutar novas pessoas das regiões".
As autoridades russas e ucranianas afirmaram, no domingo (12), que centenas de soldados foram mortos em 24 horas nos combates por Bakhmut.
Serhiy Cherevatyi, um porta-voz militar ucraniano, informou que 221 soldados russos foram mortos e mais de 300 feridos em Bakhmut.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que pelo menos 210 ucranianos foram mortos na região mais ampla de Donetsk, na linha de frente.
Zelenskiy
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que mais de mil soldados russos morreram em Bakhmut em menos de uma semana.
Acrescentou que foram destruídos vários depósitos de munições russos.
por 20 - RTP
NOVA YORK - O saldo do terremoto de 6 de fevereiro na Turquia e na Síria ultrapassou 41.000 mortos na quinta-feira (16), segundo o balanço oficial atualizado, enquanto as Nações Unidas pediram US$ 1 bilhão para enfrentar a crescente crise humanitária.
Onze dias após o terremoto - um dos mais mortais dos últimos 100 anos - equipes de resgate conseguiram retirar uma adolescente de 17 anos e uma mulher de 20 anos dos escombros.
"Ela parecia bem de saúde. Ela abria e fechava os olhos", disse Ali Akdogan, um mineiro de carvão, depois de ajudar a resgatar Aleyna Olmez em Kahramanmaras, uma cidade perto do epicentro do terremoto.
No entanto, a esperança de encontrar sobreviventes diminuiu dramaticamente.
Muitos nas áreas afetadas enfrentam uma emergência paralela enquanto tentam recolher seus pertences no frio intenso, sem comida, água ou banheiros, aumentando as chances de que o desastre se agrave devido a doenças.
"As necessidades são enormes, as pessoas estão sofrendo e não há tempo a perder", disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em comunicado, pedindo fundos para ajudar as vítimas.
Guterres disse que as contribuições forneceriam alívio por três meses para 5,2 milhões de pessoas.
O dinheiro "permitiria que as organizações de ajuda aumentassem rapidamente o suporte vital" em áreas como segurança alimentar, proteção, educação, água e abrigo, acrescentou.
"Peço à comunidade internacional que intensifique e financie totalmente esse esforço crucial em resposta a um dos piores desastres naturais de nosso tempo."
- "No terceiro dia ela morreu"-
Autoridades e médicos informam que 38.044 pessoas morreram na Turquia e 3.688 na Síria desde o terremoto de 6 de fevereiro, totalizando 41.732 mortes confirmadas.
O terremoto, que ocorreu em uma das maiores zonas sísmicas do mundo, atingiu áreas altamente povoadas enquanto as pessoas dormiam e casas que não foram construídas para suportar as fortes vibrações do solo.
O presidente turco, Tayyip Erdogan, rejeitou as acusações de que seu governo falhou em responder ao desastre natural mais mortal do país nos últimos tempos.
Para cada história milagrosa de sobrevivência, há outras de desilusão, nas quais entes queridos morrem nos escombros.
Hasan Irmak viu cinco parentes, incluindo sua filha Belinda, de seis anos, enterrados sob os escombros de sua casa na Síria, na cidade fronteiriça de Samandag.
"Ela estava viva por dois dias", disse o homem de 51 anos. "Falei com ela entre os escombros. E então ela perdeu toda a sua energia. No terceiro dia ela morreu. A ajuda veio no quarto dia."
A Turquia suspendeu as operações de resgate em algumas regiões e o governo sírio fez o mesmo em áreas sob seu controle.
Nesta quinta-feira, a Cruz Vermelha triplicou seu pedido de fundo de emergência para mais de US$ 700 milhões.
A situação no noroeste da Síria, controlado pelos rebeldes, é particularmente difícil, já que a ajuda demora a chegar a uma região devastada por anos de conflito.
"Não há eletricidade, nem água, nem saneamento", disse Abdelrahman Haji Ahmed à AFP em Jindayris, na fronteira com a Turquia, em frente à sua casa destruída.
"As vidas de todas as famílias são uma tragédia."
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.