ESPANHA - A boate em Múrcia, na qual um incêndio matou 13 pessoas no domingo, tinha ordem de fechamento há um ano, informaram na segunda-feira (2) as autoridades da cidade do sudeste da Espanha.
Em janeiro de 2022 foi determinada a interrupção das atividades e em outubro foi emitida "uma ordem de execução de fechamento" do local, informou Antonio Navarro, secretário de Planejamento de Múrcia.
A medida foi decretada porque a empresa que administrava o local tinha licença apenas para uma boate, Teatre, mas fez obras para dividir o espaço e abrir outra casa noturna, a Fonda Milagros, onde aconteceu o incêndio letal, afirmou o secretário em uma entrevista coletiva.
As autoridades foram questionadas sobre o motivo pelo qual o local não havia sido fechado, já que a boate era muito conhecida na cidade e divulga suas atividades nas redes sociais.
"Estamos falando de uma tragédia sem precedentes e insisto que vamos agir com contundência para apurar todas as responsabilidades sobre o ocorrido até as últimas consequências, custe o que custar", disse Navarro.
Entre as vítimas do incêndio, ocorrido no início da manhã de domingo, havia colombianos, nicaraguenses, equatorianos e espanhóis, indicou a jornalistas o delegado do governo de Múrcia, Francisco Jiménez.
Após dar várias versões ao longo do dia sobre as pessoas ainda desaparecidas, a Prefeitura de Múrcia anunciou na tarde desta segunda que a última delas havia sido encontrada "em bom estado".
Diante das acusações contra a boate, a empresa garantiu, por meio de seu advogado Francisco Adán, que não havia recebido de "que não havia licença".
"Estamos colaborando com as autoridades competentes, nas quais confiamos plenamente para o esclarecimento dos fatos", escreveu a Fonda Milagros em sua conta no Instagram.
- "Um labirinto" -
O incêndio, que também atingiu duas boates anexas, Teatre e Golden, nesta área de vida noturna, teria começado no segundo andar do edifício, disse o presidente regional de Múrcia, Fernando López Miras.
A polícia científica começou sua investigação no local do desastre nesta segunda à tarde, informaram as autoridades, com atraso devido às temperaturas elevadas dos escombros e ao risco de desabamento.
Uma jovem que frequentava a boate declarou ao jornal El País que a área reservada no segundo andar da Fonda Milagros, provável epicentro do incêndio onde acontecia uma festa de aniversário, era como "um labirinto". Ela disse que só era possível entrar ou sair da área por uma única escada.
Seis dos 13 mortos foram identificados por suas impressões digitais, de acordo com a polícia, e os demais precisarão de exames de DNA para completar o processo.
O governo regional de Múrcia decretou três dias de luto e a prefeitura convocou um minuto de silêncio para 12h (7h de Brasília).
"Estamos comovidos e muito confortados com as demonstrações de carinho que recebemos de todo o mundo", disse o prefeito de Múrcia, José Ballesta.
No domingo, o rei Felipe VI expressou "dor e consternação" com a tragédia em Múrcia.
GUATAPARÁ/SP - Um trágico acidente ocorrido na tarde de domingo (1), em Guatapará-SP, deixou oito mortos e vários feridos. Todas as vítimas eram de Monte Alto-SP.
As vítimas estavam em um ônibus que voltava de uma excursão que teve como destino a cidade de Tambaú-SP, terra do Padre Donizetti, considerado beato da Igreja Católica.
O acidente aconteceu na Rodovia Deputado Cunha Bueno e, segundo as primeiras informações, o motorista teria perdido o controle do veículo por conta da forte chuva.
O ônibus, que pertence à Viação Petitto saiu da pista e tombou. No veículo havia cerca de 30 passageiros.
Ambulâncias da região e Corpo de Bombeiros precisaram realizar uma força tarefa para atender e socorrer as vítimas.
Equipes de resgate confirmaram no início da noite que, infelizmente, oito pessoas morreram.
Além delas, pelo menos outros 15 passageiros foram socorridos com ferimentos para hospitais de Guatapará, Sertãozinho-SP, Ribeirão Preto-SP e Pradópolis-SP.
Ed Junior / PORTAL MORADA
TEFÉ/AM - O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou hoje (30) que vai apurar as causas das mortes de botos em Tefé, no Amazonas.
Desde a última segunda-feira (23) até o dia 29 de setembro, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá registrou a morte de mais de 100 mamíferos aquáticos como o boto vermelho e o tucuxi, que viviam no lago.
Até o momento, as causas não foram confirmadas, mas há indícios de que o calor e a seca histórica dos rios estejam provocando as mortes de peixes e mamíferos na região. O ICMBio disse que já mobilizou para a região equipes de veterinários e servidores do seu Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA) e da Divisão de Emergência Ambiental, além de instituições parceiras para apurar as causas dessas mortes.
“Protocolos sanitários foram adotados para a destinação das carcaças. O ICMBio segue reforçando as ações para identificar as causas e, com isso, adotar medidas para proteger as espécies”, informou o ICMBio.
Diante do cenário, sexta-feira (29), o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá lançou um alerta à população que mora nas proximidades do Lago Tefé para evitar o contato com as águas do lago e o uso recreativo. Segundo o Mamirauá, em alguns pontos do lago a temperatura está ultrapassando a marca dos 39°.
No sábado (30), em entrevista à jornalista Mara Régia no programa Viva Maria, da Rádio Nacional da Amazônia, um dos veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a coordenadora do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do Mamirauá, Miriam Marmontel, disse que esses animais acabam atuando como sentinelas da qualidade da água e são os primeiros a ser afetados com mudanças provocadas no ambiente.
"Eles nos deram o alerta e agora a gente tem que ficar atento a isso. A tendência, se não mudarmos os nossos hábitos, esses eventos vão continuar acontecendo, mais aquecimento global, mudança nos parâmetros climáticos e eles estão utilizando um ambiente que utilizamos muito, especialmente no Amazonas. A água para é primordial para os amazônidas e essa água, que atualmente não está propícia para o boto, também não é propícia para o humano. Tanto para nadar, como consumir. Então, que a gente fique muito alerta quanto a isso”, disse a pesquisadora.
“O corpo [dos animais] sente, a fisiologia sente e, certamente, os animais estão sofrendo com isso. É parte do problema associado à mortalidade deles”, afirmou.
“A situação é muito crítica, é emergencial, é uma coisa inusitada. Nunca tínhamos visto algo semelhante, embora já tenhamos passado por várias secas grandes aqui grandes na Amazônia, aqui na região de Tefé, mas esse ano, além da seca, da diminuição da superfície dos rios, da dificuldade dos ribeirinhos, conseguirem água, de se deslocarem de suas casa até o rio principal, nós tivemos esse evento de uma mortalidade muito grande de golfinhos. Temos animais, o boto vermelho e o tucuxi perecendo aqui na nossa frente, em um lago que, normalmente, é cheio de vida, cheio de água e os animais estão encalhados na praia ou boiando ao longo do lago”, completou.
Em nota, o instituto, que atua na promoção do desenvolvimento sustentável e para a conservação da biodiversidade, disse que vem trabalhando para identificar as causas da mortandade extrema desses animais, realizando ações de monitoramento dos animais ainda vivos, busca e recolhimento de carcaças, coletas de amostras para análises de doenças e da água, e “monitoramento das águas do lago, incluindo a temperatura da água e batimetria dos trechos críticos.”
As ações são realizadas em parceria com a prefeitura de Tefé, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Defesa Civil. Para tentar diminuir os danos, entre sábado (30) e domingo (1.º), será realizada uma ação emergencial para a retirada dos animais ainda vivos.
“A partir desse final de semana vão chegar equipes que vão nos dar apoio e com experiência em resgate de cetáceos vivo para que nós possamos capturar e resgatar alguns dos animais ainda com vida, analisar a saúde, o sangue, alguns parâmetros vitais dos animais para entender melhor o que está acontecendo. E a partir daí tomarmos decisões do que fazer com esses animais, como melhorar a situação deles, se é possível fazer alguma coisa para que eles não continuem perecendo aqui no lago”, disse Miriam.
Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
KIEV - Seis pessoas foram mortas em ataques russos na Ucrânia na terça-feira, incluindo um ataque de drone que incendiou armazéns industriais e destruiu suprimentos de ajuda humanitária na cidade ocidental de Lviv, segundo autoridades.
Elas disseram que uma pessoa foi morta em Lviv, três morreram em um ataque à cidade de Kupiansk, no nordeste, e duas pessoas, incluindo um policial, foram mortas em um bombardeio na cidade de Kherson, no sul.
Em Lviv, que fica longe das linhas de frente, os bombeiros combateram um incêndio depois que três armazéns industriais foram atingidos por volta das 5h, disseram os serviços de emergência.
Fotos divulgadas pelo Serviço de Emergência Estatal da Ucrânia mostraram enormes chamas iluminando o céu acima dos armazéns.
O prefeito de Lviv, Andriy Sadovyi, disse que o corpo de um homem que trabalhava em um dos armazéns foi encontrado sob os escombros.
Sadovyi disse que os armazéns guardavam janelas, produtos químicos domésticos e ajuda humanitária.
"Quero enfatizar que esses são armazéns industriais comuns. Nada militar foi armazenado lá", disse o governador regional Maxim Kozitsky no Telegram.
Ele disse que as forças russas lançaram 18 drones no ataque e que 15 foram abatidos, incluindo sete que estavam diretamente sobre a região de Lviv.
A Força Aérea da Ucrânia disse que a Rússia havia lançado um total de 30 drones e um míssil balístico Iskander em ataques à Ucrânia durante a noite, e que 27 dos drones haviam sido abatidos.
A Reuters não conseguiu verificar os relatos de forma independente. Não houve nenhum comentário imediato de Moscou, que tem realizado ataques aéreos frequentes na Ucrânia desde a invasão em grande escala da Rússia em fevereiro de 2022.
Por Lidia Kelly em Melbourne / REUTERS
PASSO FUNDO/RS - Até terça-feira (5), o ciclone extratropical formado no domingo (3) no Sul do país matou 21 pessoas no Rio Grande do Sul e mais uma em Santa Catarina.
No Rio Grande do Sul, 15 dos 21 óbitos confirmados ocorreram em uma casa em Muçum, no centro do estado, e seis na região mais ao norte gaúcho, nos municípios de Mato Castelhano, Passo Fundo, Ibiraiaras e Estrela. Uma morte ocorreu sobre o Rio Taquari, durante tentativa de resgate de uma pessoa, por helicóptero, quando o cabo se rompeu e a vítima e o policial socorrista caíram. A mulher não resistiu aos ferimentos e morreu e o policial está em estado grave.
No fim desta tarde, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, confirmou que este é o maior número de mortes em situações como essa, no estado.
"Eu recebo a informação de 15 corpos localizados no município de Muçum, o que causa imensa dor e faz elevar o número de mortes de seis para 21. O que está configurando o maior número de mortes em evento climático no estado do Rio Grande do Sul."
No oeste de Santa Catarina, um homem morreu após o carro em que ele estava ser atingido pela queda de uma árvore derrubada durante uma ventania de 110 km/h em Jupiá, na segunda-feira (4).
Danos
Os dois estados registram também inúmeros estragos provocados pelas tempestades. Em Santa Catarina, a Defesa Civil do estado confirmou a ocorrência de um tornado no município de Santa Cecília, na comunidade de Anta Morta.
De acordo com o governo gaúcho, o Rio Taquari inundou as cidades de Muçum, Roca Sales, Lajeado, Estrela, Arroio do Meio, Encantado e Colinas.
No momento, o Rio Taquari permanece acima da cota de inundação nas estações Muçum, Encantado e Estrela. Já o Rio Caí ultrapassou esse nível nas cidades de São Sebastião do Caí e Montenegro. No Rio Grande do Sul, a Defesa Civil alerta para inundação do Rio Caí, que continua em elevação a partir do município de São Sebastião do Caí. Há risco de deslizamentos de terra, pois o solo continua úmido. Em quase todos esses municípios, famílias estão sendo retiradas de suas casas de forma preventiva.
O estado registrou também queda de granizo, ventos fortes e tempestades, com os chamados transtornos associados (como enxurradas e inundações). Os estragos ocorreram, principalmente, na região dos Vales, no Norte e na Serra Gaúcha. Em alguns municípios, há pontes submersas ou interditadas. As enxurradas provocaram também a ruptura da ponte que liga Farroupilha a Nova Roma, com a queda de uma das cabeceiras.
No balanço mais recente, a Defesa Civil gaúcha registrou 62 municípios afetados pelas consequências do ciclone extratropical dos últimos dias e estimou em 25.734 o número de pessoas afetadas em todo o estado. No momento, o número de desalojados caiu de 2.649 para 215. A Defesa Civil contabilizou também 309 casas destelhadas e três destruídas.
Solidariedade
No programa semanal Conversa com o Presidente, Lula manifestou solidariedade à população que sofre com os efeitos das fortes chuvas. O presidente adiantou que o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e um representante da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil viajarão ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (6) para ajudar no que for necessário. “Onde tiver um problema, o governo federal estará lá para ajudar as pessoas a se salvar desses problemas. Portanto, nossa solidariedade ao povo gaúcho. Peço a Deus que diminua a chuva porque as pessoas precisam ter paz, tranquilidade e sossego para continuar vivendo bem, trabalhando e curtindo a vida como é de direito de todo mundo”, disse Lula.
Em sua conta na rede X, antigo Twitter, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, confirmou que este é o quarto evento climático severo que atinge o estado desde junho deste ano. Eduardo Leite lamentou cada uma das mortes e afirmou que a prioridade, neste momento, é evitar outras perdas humanas.
“Os esforços estão concentrados em salvar vidas, no resgate e na proteção das pessoas. Desde as 7h da manhã, assim que houve condições de voo, os helicópteros do governo do Estado se mobilizaram para fazer os resgates nas comunidades mais afetadas, especialmente na região do Vale do Taquari”, destacou o governador. Leite acrescentou que, assim que for possível, se deslocará até as áreas atingidas a fim de acompanhar os trabalhos e garantir todo o suporte necessário às famílias e aos municípios nas ações de reconstrução.
Em entrevista à Agência Brasil, o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, disse que o município tem diversos pontos sem internet, sem luz, nem serviços de telefonia e que moradores estão ilhados. Caumo descreve a situação como delicada e uma das piores vividas pelos moradores, após o Rio Taquari subir 17 metros, somados aos 13 metros de profundidade habituais.
Segundo o prefeito, a enchente enfrentada é maior que a de 2020. “Nunca tínhamos vivido uma enchente com esse volume de água e com a quantidade de desabrigados. São em torno de mil pessoas nesta condição, cerca de 250 famílias utilizando cinco ginásios do município." O prefeito esclarece, porém, que o grande problema são pessoas ilhadas, por terem resistido à recomendação de sair de suas casas, enquanto a água continuava subindo. “Essas pessoas entendiam que a água não chegaria naquele ponto de atenção, mas isso foi superado e, agora, não se consegue acesso a elas, porque nós estamos com muitos pontos da cidade sem luz, sem sinal de internet. Não conseguem nem mesmo carregar o telefone para comunicar”, lamenta Marcelo Caumo, que aguarda o Rio Taquari parar de subir.
Pela rede social, na madrugada de hoje, a prefeitura de Roca Sales, a partir do monitoramento que fazia da elevação do rio Taquari desde o dia anterior, pediu aos moradores subissem nos telhados das casas para tentar se proteger da cheia, enquanto esperavam pelo socorro. “A toda a população! Neste momento desesperado, bombeiros e Defesa Civil não estão dando conta de auxiliar a todos [os] que necessitam. Pedimos que quem consiga suba nos telhados e se agasalhe. O auxílio profissional do estado só virá nas primeiras horas da manhã. Quem tiver barcos que possam auxiliar quem necessita, pedimos encarecidamente que ajude quem precisa neste momento.”
Mobilização
A Polícia Rodoviária Federal e o Exército cederam aeronaves e embarcações para as ações de salvamento. O atendimento será reforçado na região do Vale do Taquari, uma das áreas mais afetadas. Os helicópteros estão resgatando pessoas avistadas sobre árvores e telhados, além de pacientes ilhados – como ocorreu na cidade de Roca Sales, onde dez pessoas foram resgatadas e levadas para o hospital de Estrela.
A Marinha do Brasil informou que enviou uma aeronave modelo Esquilo, duas viaturas, duas embarcações e 10 militares para apoiar os atingidos pelo temporal em Lajeado. Outra equipe viajou à região do Vale do Taquari, para prestar o apoio necessário à população, em conjunto com as autoridades locais.
O governo do Rio Grande do Sul afirma que está também mobilizado no suporte aos municípios afetados pelos temporais com helicópteros e embarcações. A Defesa Civil está monitorando continuamente a situação das bacias hidrográficas do estado. Além do atendimento à população, o governo trabalha para desobstruir acessos bloqueados.
Previsão do tempo
Segundo a Defesa Civil do estado, a previsão é que as chuvas, mesmo após darem uma trégua nesta terça, retornem na quarta-feira (6) com temporais na região de fronteira entre a Argentina e a Campanha gaúcha.
Na quinta-feira (7), as chuvas continuarão na metade sul do estado gaúcho, com condições para transtornos devido aos elevados volumes de chuva. A tendência é de que, na sexta, as instabilidades avancem sobre as demais regiões do estado com chuvas pontualmente fortes.
A Marinha alerta que amanhã as áreas marítimas das regiões Sul e Sudeste devem registrar pancadas de chuva, rajadas de vento de até 65 km/h na faixa litorânea entre Florianópolis e São Sebastião (SP), até o fim da noite de hoje, e mar agitado, por conta deste ciclone extratropical. No litoral entre o município gaúcho de Tramandaí e Florianópolis, haverá condições favoráveis à ocorrência de ressaca, com ondas de até 2,5 metros nas praias, até o fim da madrugada da quarta-feira.
Os ciclones extratropicais são fenômenos meteorológicos caracterizados por um centro de baixa pressão atmosférica. Associado a esse fenômeno, há a presença de uma frente fria. Quanto mais baixa a pressão do ar em seu interior, mais fortes são os ventos causados pelos ciclones.
Por Daniella Almeida – Repórter da Agência Brasil
ÁFRICA - Não foi possível ainda determinar imediatamente a causa do incêndio, que terá começado por volta das 01:30, disse esta quinta-feira o porta-voz dos Serviços de Gestão de Emergências de Joanesburgo, Robert Mulaudzi.
Na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, Mulaudzi informou que tinham sido encontrados 58 corpos e que 43 pessoas estavam feridos.
Há pelo menos uma criança estava entre as vítimas mortais, disse Mulaudzi.
Latest update 52 bodies recoverd and 43 injured still continuing with search and recovery
— Cojems Spokesperson (@RobertMulaudzi) August 31, 2023
Incêndio controlado
Os bombeiros conseguiram controlar o incêndio e o edifício foi evacuado.
Segundo as autoridades, vários pacientes foram tratados no local e transportados para várias unidades de saúde.
As operações de busca e salvamento ainda estão a decorrer e prevê-se que o número de mortos continue a aumentar.
Testemunhas presentes no local disseram que cerca de 200 pessoas estariam a viver no edifício, situado numa zona desfavorecida da maior cidade da África do Sul.
DW (Deutsche Welle), com agências
SÍRIA - Dez membros das forças de segurança do regime sírio morreram na segunda-feira à noite em um ataque do grupo extremista Estado Islâmico (EI) na província de Raqa, norte da Síria, afirmou nesta terça-feira (8) o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
“O EI atacou posições e postos de controle de integrantes das forças do regime e incendiou veículos militares”, afirmou OSDH.
Seis soldados ficaram feridos, alguns deles gravemente, segundo a ONG.
As forças governamentais controlam setores no leste e sul da província de Raqa. Milícias curdas controlam a maior parte do norte.
A cidade de Raqa foi durante anos a capital do “califado” autoproclamado do Estado Islâmico, até a expulsão do grupo da localidade em 2017.
Na semana passada, o EI anunciou a morte de seu líder, Abu al Husein al Huseini al Qurashi, em confrontos no noroeste da Síria.
Desde o fim do ano passado, o EI intensifica os ataques na Síria, onde perdeu seus últimos redutos em 2019, derrotado pelas forças curdas e a coalizão internacional antijihadista liderada pelos Estados Unidos.
No domingo passado, seis militares sírios morreram em ataques do EI, informou o OSDH.
AFP
EUA - Ataques a tiros na Filadélfia, em Baltimore e em Fort Worth, no Texas, mataram 10 pessoas e feriram quase 40 outras em meio às festividades do feriado de 4 de julho, disseram autoridades, um lembrete sombrio do fracasso de décadas em conter a violência armada nos Estados Unidos.
Em Fort Worth, três pessoas foram mortas e oito ficaram feridas em um atentado após um festival local para marcar o feriado do Dia da Independência dos Estados Unidos, informou a polícia nesta terça-feira.
Em um outro atentado na Filadélfia na noite de segunda-feira, cinco pessoas foram mortas e duas ficaram feridas, incluindo um menino de 2 anos e um menino de 13 anos, ambos baleados nas pernas, quando um suspeito armado com um AR-15 abriu fogo contra desconhecidos, de acordo com a polícia local.
O tiroteio na noite de segunda-feira ocorreu um dia depois que duas pessoas foram mortas a tiros e outras 28 ficaram feridas, cerca de metade delas crianças, em uma saraivada de tiros em uma festa ao ar livre em um bairro de Baltimore.
Os motivos em todos os três incidentes recentes permaneceram obscuros.
O presidente norte-americano, Joe Biden, condenou a violência e renovou seus apelos pelo endurecimento das permissivas leis de armas dos Estados Unidos.
"Nossa nação mais uma vez suportou uma onda de atentados trágicos e sem sentido", disse o presidente em comunicado divulgado na terça-feira. Biden pediu aos parlamentares republicanos "que venham à mesa sobre reformas significativas e de bom senso".
Citando proteções constitucionais para a posse de armas, os republicanos no Congresso geralmente impediram as tentativas de reformar significativamente as leis de segurança de armas e se opuseram à pressão de Biden para restabelecer a proibição de armas de assalto.
Autoridades da Filadélfia pediram aos legisladores estaduais e federais que agissem.
"Estamos implorando ao Congresso para proteger vidas e fazer algo sobre o problema das armas nos Estados Unidos", disse o prefeito da Filadélfia, Jim Kenney, em entrevista coletiva.
O promotor distrital da cidade Larry Krasner pediu aos parlamentares estaduais da Pensilvânia uma "legislação razoável" do tipo encontrado nos Estados vizinhos Nova Jersey e Delaware.
"Parte dessa legislação poderia ter feito diferença aqui", disse Krasner no mesmo briefing.
A polícia da Filadélfia disse que o suspeito era um homem de 40 anos que portava um fuzil semiautomático AR-15 e uma pistola 9mm que usava colete à prova de balas e uma máscara de esqui.
Os mortos tinham entre 15 e 59 anos.
A polícia de Fort Worth disse que nenhuma prisão foi feita no ataque.
"Não sabemos se isso está relacionado com a vida doméstica, se está relacionado com gangues. É muito cedo para dizer neste momento", disse Shawn Murray, um alto oficial da polícia.
Enquanto isso, em Baltimore, a polícia disse que está procurando vários suspeitos.
Os Estados Unidos têm lutado com um grande número de atentados a tiros e incidentes de violência armada. Houve mais de 340 ataques em massa até agora em 2023 no país, segundo dados coletados pelo Gun Violence Archive, que define um atentado a tiros como um incidente em que pelo menos quatro pessoas são baleadas, excluindo o atirador.
Reportagem de Kanishka Singh, Gabriella Borter e Daniel Trotta / REUTERS
Redução ocorreu nos cinco primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período do ano passado; houve queda também em acidentes e feridos
RIO CLARO/SP - De janeiro a maio deste ano, o número de vítimas fatais em acidentes nas rodovias administradas pela Eixo SP caiu 33% em comparação ao mesmo período do ano passado. Se a comparação for com os cinco primeiros meses de 2021, a redução é ainda maior, de 37%. Nesse mesmo período, houve queda também na quantidade de acidentes e de feridos.
Nos cinco primeiros meses de 2021, foram registradas 54 mortes no trecho de 1.221 quilômetros administrado pela Concessionária. Esse número caiu para 51 de janeiro a maio do ano passado e reduziu para 34 este ano. A queda de feridos nesse período foi de 22%. Foram 788 registros em 2021 e 614 em 2023. Já a redução de acidentes ficou em 18%. Caiu de 1.090 nos quatro primeiros meses de 2021 para 898 este ano.
Os resultados positivos são atribuídos pela Concessionária a uma combinação de vários fatores. Entre eles, a melhora da infraestrutura viária e o constante trabalho de conscientização dos usuários por meio de campanhas educativas. “Investimentos em melhorias na sinalização, nas condições do pavimento, implementação de faixas de acostamento, obras de duplicação, instalação de dispositivos e de defensas metálicas para coibir acessos às rodovias que representam risco de acidentes. Enfim, nesses últimos anos, a Eixo SP realizou uma série de mudanças que trouxeram avanços na segurança viária e refletem diretamente nesses dados”, diz a coordenadora de Segurança Viária da Eixo SP, Viviane Riveli de Carvalho.
De acordo com ela, outros fatores também podem ter contribuído como, por exemplo, a implementação de novos equipamentos de radares. Segundo Viviane, muitos ainda nem estão em funcionamento, aguardam homologação do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), mas a presença da estrutura do radar já produz a sensação de fiscalização. “Isso faz com que os usuários passem a respeitar a velocidade máxima regulamentada para a via. O excesso de velocidade é um fator que pode provocar ou agravar um acidente de trânsito”, afirma Viviane.
Segundo ela, analisando atentamente os dados foi possível verificar que o número de acidentes teve uma redução, mas que a queda que houve no índice de acidentes fatais foi maior. “Isso permite a leitura de que a gravidade dos acidentes diminuiu”, observa.
Outro fator apontado como possível responsável pelas reduções verificadas são as campanhas de conscientização realizadas pela Concessionária. Atividades educativas com pedestres, ciclistas, motociclistas e caminhoneiros desenvolvidas em diversas cidades ao longo do trecho da Eixo SP procuram chamar a atenção para a importância do respeito às leis de trânsito e de atitudes preventivas. Essas iniciativas, segundo Viviane, podem ter contribuído para uma mudança de comportamento dos condutores.
“Não devemos deixar para falar no assunto segurança viária apenas quando acontece o acidente. O ideal é educar e desenvolver ações com a sociedade o tempo todo, de forma a prevenir e evitar perdas”, afirma ela.
SÃO PAULO/SP - Duas mortes por febre amarela neste ano foram confirmadas pelo governo de São Paulo. No total, quatro pessoas foram infectadas. Uma das mortes ocorreu no estado, mas a vítima era residente de Minas Gerais. São Paulo não tinha casos da doença desde 2020, quando um registro foi confirmado.
De janeiro a março de 2023, a cobertura vacinal para febre amarela ficou em 82%. Em 2022, esse percentual era de 64,4%. A Secretaria Estadual de Saúde lembra que a vacinação contra a doença faz parte do calendário de imunização e está disponível em todos os postos de saúde.
A primeira dose deve ser aplicada aos 9 meses de idade e a segunda aos 4 anos. A partir dos 5 anos, para aqueles que não estão com a vacina em dia, é recomendada apenas uma dose única.
A secretaria aponta que, desde o primeiro caso, tem reforçado a vacinação, além de fazer a investigação epidemiológica e a sensibilização da rede de saúde para detectar precocemente situações suspeitas.
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de rápida evolução e elevada letalidade nas suas formas mais graves. Apresenta sintomas como febre súbita, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza. Tem padrão sazonal, com a maior parte dos casos entre os meses de dezembro e maio. A prevenção é a vacina.
A infecção se dá por meio de mosquitos silvestres, que vivem em zona de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades.
Após aproximadamente meio século de silêncio epidemiológico, o vírus da febre amarela voltou a ser detectado no ano 2000, no estado de São Paulo. Desde a sua reintrodução, foram reportados quatro surtos, com mais de 600 casos confirmados. Eventos epidêmicos da doença também foram registrados, a partir de 2014, em Goiás e Tocantins, e seguiram no sentido dos estados do Sudeste e Sul.
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