Segundo o governador, 46 milhões de doses da CoronaVac já estarão disponíveis no Estado de São Paulo até o primeiro dia do ano que vem.
SÃO PAULO/SP - O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quinta-feira (3), em coletiva de imprensa, que o Estado começará a vacinação contra a covid-19 no próximo mês de janeiro.
Segundo Doria, 46 milhões de doses da CoronaVac — vacina contra a covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac — já estarão disponíveis em São Paulo até o dia 1º de 2021.
Após a chegada da segunda remessa da vacina nesta quinta, como informou o governador, o Estado tem disponibilidade de 1,12 milhão de doses neste momento.
Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas afirmou na coletiva que, com a chegada de hoje dos 600 litros para a produção de um milhão de doses da vacina, o Estado terá, pela primeira vez no país, a matéria-prima "que permitirá a produção da primeira vacina contra o coronavírus em solo nacional já a partir de segunda-feira da próxima semana".
Outra confirmação durante a coletiva foi a de que, a partir desta sexta-feira (4), se iniciará o aumento da fiscalização da fase amarela do Plano SP, com o adicional de 1.000 fiscais. Como informou o secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, os agentes irão às ruas estabelecimentos para evitar aglomerações, conferir o uso de máscaras e o respeito ao distanciamento social.
Durante a coletiva, João Doria ainda aproveitou para tecer críticas ao governo de Jair Bolsonaro, que indicou que a imunização contra a covid-19 iniciará em março.
“Se o Ministério da Saúde tiver juízo, competência e a visão de que a vacina é para todos os brasileiros, poderá oferecer a outros estados [antes do previsto”, disse Doria, que afirmou sentir indignação com o governo federal diante da previsão para março de 2021.
“É surpreendente essa indiferença, esse distanciamento [com a população], essa falta de compaixão com a vida dos brasileiros. Por que iniciar a imunização em março quando podemos fazer em janeiro?”, questionou o governador.
Por R7