SÃO CARLOS/SP - Isabela Meneghelli Belchior, filha do falecido cantor Belchior – um dos maiores nomes da música popular brasileira – foi condenada na quarta-feira, 23 de março, a nove anos e 10 dias de prisão pelo assassinato de Leizer Buchwieser dos Santos, cometido em agosto 2019 em São Carlos, no interior de São Paulo.
De acordo com a Polícia Civil, o homem marcava encontros sexuais na internet e pedia para que crianças fossem envolvidas. Isabela Belchior confessou ter assassinado o metalúrgico e foi considerada culpada pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
A pena foi reduzida pelo juiz responsável pelo caso por “relevante valor social”. Segundo depoimentos, a vítima tinha histórico de pedofilia e ofereceu dinheiro para fazer sexo com uma criança ou uma mulher grávida. A companheira de Isabela, Jaqueline Dornelas Chaves, era suspeita por ter contato com a vítima no dia do crime. Foi para ela que a vítima enviou a proposta de pagar por sexo com uma criança, mas o juiz chegou à conclusão de que ela não participou do homicídio e a absolveu das acusações.
Além de Isabela, outras três pessoas teriam se unido para extorquir dinheiro dele. Após uma discussão, no entanto, a filha de Belchior e os comparsas Estefano Rodrigues e Bruno Thiago Dornelas o esfaquearam. O corpo e o carro do homem foram encontrados cinco dias após terem desaparecido.
MÃE DEFENDE ISABELA
Denise Maria Menegheli Garcia, mãe de Isabela, disse em entrevista para a Record TV, horas antes da condenação, que acreditava que a filha havia cometido o crime por esta revoltada com a situação
“Tenho certeza que minha filha vai sair livre. Ela só está nessa porque se revoltou com um rapaz que era realmente um criminoso. Foi aí que ela perdeu a cabeça. Ela é uma pessoa boa, de um coração que não tem tamanho. Essa será a primeira e última vez, porque ela se arrepende muito do que fez”, disse Denise.
ENTENDA O CASO
Segundo relatos da polícia, o metalúrgico Leizer Buchwieser dos Santos era pedófilo. Ele costumava marcar programas sexuais pelas redes sociais e pedia o envolvimento de crianças, oferecendo um pagamento maior. Ele teria marcado com Jaqueline um programa por R$ 500, no qual ela teria levado a sobrinha de três anos.
Jaqueline então teria contado ao irmão, pai da menina, sobre o encontro. Segundo o delegado, ela convidou ainda a namorada, Isabela, e um outro irmão para ir ao local combinado com a intenção de extorquir o metalúrgico.
“Sabiam que a vítima queria cometer um crime e extorquiram a vítima no local e se apropriaram do dinheiro”, afirmou o delegado responsável pelas investigações, Gilberto de Aquino.
Ainda segundo o delegado, a vítima foi até o local combinado, onde as duas mulheres e a criança o esperavam. Elas pegaram o dinheiro e começaram a xingá-lo, mas ele reagiu e agrediu uma delas. Os outros homens entraram na briga e esfaquearam Leizer.
Depois do crime, eles abandonaram o corpo em um local e o carro em outro. De acordo com Aquino, o combustível usado para queimar o carro foi comprado por Jaqueline.
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