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Por outro lado, Mercedes-Benz Classe C quase dobrou suas vendas

 

ALEMANHA - O maior mercado de veículos novos da Europa registrou retração nas vendas pelo 2º mês seguido. De acordo com a KBA, entidade que representa os revendedores no país, em abril foram comercializadas 180.264 unidades – o pior resultado desde outubro -, uma queda de 21,5% frente ao mesmo período de 2021. No 1º quadrimestre (806.218), o resultado é 9% inferior na comparação com o ano passado.

Na disputa entre as montadoras, a líder VW (29.873) perdeu quase 1/3 de seus compradores do ano passado. A briga pela 2ª posição, definida por menos de 60 unidades, foi vencida pela BMW (16.527) sobre a Mercedes (16.471). Kia (6.882), Toyota (6.448) e Mitsubishi (3.592) foram as únicas do top 20 a encerrarem o mês no azul.

 

 

 

Thiago Moreno / MOTOR1.com

BERLIM - A projeção do governo alemão de um crescimento de 2,2% este ano não pressupõe um embargo ou bloqueio à energia russa e a economia entrará em recessão se qualquer um deles acontecer, disse nesta quarta-feira o ministro da Economia, Robert Habeck.

O apoio da Alemanha à Ucrânia e as sanções contra a Rússia resultaram no crescimento menor e inflação maior que o governo está agora prevendo, disse Habeck, acrescentando: "Devemos estar preparados para pagar este preço".

 

 

Por Paul Carrel / REUTERS

UCRÂNIA - Ao comentar o massacre de civis em Bucha, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, culpou as tropas russas, mas também fez sérias acusações à ex-chanceler federal alemã Angela Merkel. Ele a convidou para visitar Bucha e ver "a que conduziu a política de concessões à Rússia em 14 anos", disse Zelenski.

Há 14 anos, em uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Bucareste, Merkel e o então presidente francês Nicolas Sarkozy, em particular, agiram para que a Ucrânia não recebesse um convite para ingressar na aliança militar ocidental. Eles tentavam evitar provocar a Rússia. Hoje, Zelenski chama isso de "erro de cálculo", que, segundo ele, fez com que a Ucrânia esteja passando agora "pela pior conflito da Europa desde a Segunda Guerra Mundial".

 

Nord Stream 2 aprovado após anexação da Crimeia

O governo Merkel também se recusou a entregar armas à Ucrânia após a anexação russa da Crimeia em 2014. E ainda aprovou o gasoduto Nord Stream 2 pouco tempo depois, contornando a Ucrânia como país de trânsito de gás. "De que outra forma Moscou deveria entender isso, a não ser como uma aceitação tácita de uma mudança violenta de fronteiras?" questiona Henning Hoff, do Conselho Alemão de Relações Exteriores.

O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, também se dirigiu diretamente a Merkel: "Senhora chanceler, você tem estado em silêncio desde o início da guerra. No entanto, é precisamente a política da Alemanha nos últimos 10, 15 anos, que levou à força da Rússia hoje, com base no monopólio da venda de matérias-primas". E, sob o chanceler federal Olaf Scholz, a Alemanha está bloqueando sanções mais decisivas da UE, acusou Morawiecki.

Merkel e Scholz não são os únicos que estão sob fogo no momento. Andrij Melnyk, embaixador da Ucrânia em Berlim, acusou o presidente alemão e ex-ministro do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, no jornal Tagesspiegel de ainda encarar cegamente a relação com a Rússia como "algo fundamental, mesmo sagrado, não importa o que aconteça, nem mesmo a guerra de agressão desempenha um papel importante". Provavelmente nunca antes na história da República Federal da Alemanha um embaixador estrangeiro foi tão duro com um chefe de Estado alemão.

 

Política externa de Berlim foi "grande autoengano"

As críticas não atingem apenas os indivíduos, mas toda a política externa, de segurança e comercial alemã dos últimos 30 anos. "Houve demasiado diálogo e muito pouca dureza em relação ao Kremlin", afirmou o embaixador Melnyk.

O cientista político Stephan Bierling, da Universidade de Regensburg, confirmou esta avaliação à DW: "Todos os governos alemães desde que Putin assumiu o poder têm sinalizado que relações descomplicadas com Moscou são mais importantes do que o destino da Ucrânia. Isto encorajou o Kremlin a lançar seu ataque".

Bierling já havia classificado a política externa alemã dos últimos anos como um "grande autoengano" na revista política Cicero em 24 de março. Sob a constante proteção militar dos EUA, a Alemanha teria "cedido às ilusões pacifistas" e se concentrado apenas em seus próprios negócios.

 

Ingenuidade em relação a Pequim

Bierling também vê este padrão na política da China: "Agradar para receber vantagens econômicas, aplicar ideias ingênuas de influência liberalizante de um império a partir do exterior, sacrificar ideais democráticos como os direitos humanos e a liberdade de expressão para não irritar os que estão no poder".

É verdade que vários governos europeus, assim como Washington, criticaram durante anos a política da Alemanha em relação à Rússia − e também à China. Mas isso não foi ouvido em Berlim − até que o exército russo invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro.

 

Steinmeier admite erros

Quando a guerra começou, o chanceler federal Olaf Scholz falou de um "ponto de virada". Será que ele também quis dizer "mudança fundamental na política externa alemã?"

Na última terça-feira, o presidente Steinmeier reconheceu publicamente que errou em relação à Rússia, especialmente sobre a questão do Nord Stream 2, que custou muita credibilidade à Alemanha.

"Nós falhamos em construir uma casa europeia comum", disse Steinmeier. "Eu não acreditava que Vladimir Putin abraçaria a completa ruína econômica, política e moral de seu país por causa de sua loucura imperial", acrescentou. "Nisto, eu, como outros, estava enganado."

Entretanto, quando Putin tomou posse, não havia como saber como ele se comportaria com o tempo, completou Steinmeier.

Henning Hoff discorda: Desde a segunda guerra da Tchechênia, iniciada em 1999, quando Putin era ainda primeiro-ministro, já era possível reconhecer o caráter "criminoso, hipernacionalista" do líder russo, argumenta.

Alexander Dobrindt, chefe do grupo parlamentar do partido conservador CSU, na oposição ao governo Scholz atualmente, é um dos poucos políticos alemães que ainda defende a política tradicional de incentivar mudanças através do comércio. Ele afirma que o objetivo dela era garantir a paz e criar prosperidade comum. No entanto, Putin destruiu isso. "Mas, na época, essas decisões não estavam fundamentalmente erradas", disse Dobrindt.

 

Merkel: Ucrânia não deve entrar na Otan

Com exceção de uma declaração divulgada imediatamente após a invasão russa na Ucrânia, Angela Merkel tem evitado se manifestar. O que se sabe é que ela não lamenta sua decisão, em 2008, de bloquear a adesão da Ucrânia à Otan. Ela "mantém suas decisões em relação à cúpula de Bucareste em 2008", anunciou uma porta-voz da Merkel.

E esta posição ainda é o consenso dentro da própria Otan: a maioria dos membros da aliança militar está feliz por não ser obrigada a prestar assistência militar à Ucrânia porque não quer ser arrastada para uma guerra direta com a Rússia.

O sucessor de Merkel, Olaf Scholz, também vê as coisas dessa maneira. Entretanto, ele tem incentivado mudanças na área de defesa. Hoje, o governo alemão, chefiado por um social-democrata e um vice-chanceler federal verde, anunciou que querrearmar maciçamente a Bundeswehr (as Forças Armadas da Alemanha) e também está fornecendo armas para a Ucrânia, "numa ruptura com longas tradições", como definiu Scholz na quarta-feira.

ALEMANHA - Enquanto setor industrial pinta cenários apocalípticos em caso de embargo total, especialista crítica: "Quem minimizava a dependência energética da Rússia agora diz que não podemos nos desligar tão rápido assim."

Com sanções abrangentes, o Ocidente tenta cortar as fontes de finanças do presidente russo, Vladimir Putin. Mas seria possível fazer ainda mais para dar fim à guerra ofensiva contra a Ucrânia? Os Estados Unidos, Reino Unido e Canadá já deram um passo adiante, ao proibir em parte as importações de energia da Rússia.

O mesmo não acontece na Europa: segundo estimativas, apenas a Alemanha transferiria todos os dias ao país agressor centenas de milhões de euros pelo fornecimento de energia. A justificativa de Berlim é que uma suspensão radical prejudicaria extremamente a economia alemã.

No momento, especialistas debatem acirradamente qual seria a extensão real desses danos, e se a Alemanha não poderia, sim, passar sem a energia importada da Rússia.

 

Suspensão de importações possível e manejável

Já no começo de março, um grupo de estudiosos da Academia Nacional de Ciências Leopoldina anunciava que a consequência de uma suspensão em curto prazo do fornecimento de gás natural russo seria "manejável" para a economia alemã.

Em entrevista recente ao jornal Tagesspiegel, depois de ter calculado os eventuais efeitos, juntamente com outros colegas seus, o economista Rüdiger Bachmann, da Universidade de Notre Dame, em Indiana, EUA, afirmou que um embargo dessa fonte de gás seria perfeitamente possível.

Suas conclusões se basearam num "modelo detalhado de 40 países, incluindo as relações comerciais mundiais e considerando a estrutura de input e output no nível setorial". Segundo ele, o corte das importações de gás russo faria o PIB cair de 1% a 3%. Em comparação, em 2020, a pandemia de covid-19 ocasionou uma perda de quase 5%.

"Claro que isso é enorme, mas não é nada que não se possa contrabalançar com medidas de política econômica, mesmo que o prejuízo fosse duas vezes maior", reforça Bachmann. Além disso, ressalva que o valor agregado bruto dos setores que foram fechados na crise sanitária não é menor do que o dos setores afetados agora, sobretudo o químico.

 

Advertências do setor industrial

O sindicado IGBCE, dos setores de mineração, química e energia, se apressa em alertar que a medida pode resultar numa considerável perda de postos de trabalho, pelo menos se não haver compensação. Caso os sítios de produção química da Alemanha tivessem que reduzir atividades, seus produtos faltariam em diversos setores econômicos, como a indústria farmacêutica e a de construção, o que "poderia até mesmo se fazer sentir em nível mundial".

Da indústria siderúrgica partem igualmente tons apreensivos. "Sem o gás natural da Rússia, no momento a produção de aço não seria possível", declarou a associação do setor, WV Stahl, na terceira semana de março. Segundo ela, como o aço é a matéria básica e ponto de partida de praticamente todas as cadeias de produção industriais, uma suspensão das importações poderia resultar, não só em paralisações da produção siderúrgica, como o colapso da indústria da Alemanha e da União Europeia.

A confederação patronal Gesamtmetall, da indústria metalúrgica e eletrotécnica também adverte: tal passo poderia "acarretar, no curto prazo, que não haja mais fonte de calor de processamento para a indústria e a manufatura": "Teríamos muito rapidamente paralisação da produção em muitas áreas", como na de alimentos e carne ou química, explica o diretor-gerente Oliver Zander.

 

Dados semelhantes, pontos de vista conflitantes

O economista Bachmann argumenta que uma interrupção da produção química é viável, pois os produtos do setor são substituíveis. Para Michael Hüther, do Instituto da Economia Alemã (IW), contudo, tal raciocínio é limitado demais, pois o fornecimento de produtos básicos químicos estaria intimamente integrado a outras cadeias de produção do país.

"Se paralisarmos o setor químico por um ano e meio, como ocorreria no caso de um embargo do gás, isso seria nada menos do que o fim da produção de materiais básicos na Alemanha", afirma Hüther.

Ele também critica a comparação, feita por Bachmann, com os fechamentos devido à pandemia: na época, teriam sido afetados, por um tempo mais longo, setores do consumo privado não interligados, como hotéis, restaurantes e eventos, "mas agora estamos falando de uma cadeia de processamento especializada, com interconexão muito maior".

Moritz Schularick, economista da Universidade de Bonn, também calculou numa análise que a interrupção das importações de gás seria suportável, com uma queda entre 0,5% e 3% do PIB. "Nós importamos cerca da metade do gás da Rússia, por gasodutos, o que não dá para compensar rapidamente", comentou em entrevista ao semanário Der Freitag.

O combustível se destina, em parcelas quase iguais, à calefação doméstica e à indústria, onde também é usado principalmente usado para gerar calor. Porém "cerca de 5% vão para a utilização como matéria-prima, onde é insubstituível, pois é empregado exatamente nessa forma". Porém contenções do uso do gás – na forma de temperaturas de calefação mais baixas, saneamento dos prédios e mais eficiência – podem, em parte, ajudar a abrir mão do produto russo.

 

Lacunas de abastecimento dinâmicas e cenários apocalípticos

Schularick critica Ministério alemão da Economia por, ao que tudo indica, estar pensando sobre as facunas de abastecimento de forma estática demais, comparando com o ano anterior e se perguntando como será possível fechá-las sem o gás russo.

"Mas essa lacuna é dinâmica: não precisamos daquilo que aprendermos a poupar até o inverno": com espírito inventivo e artes de engenharia, é possível reduzir a demanda de gás, prossegue o economista. Talvez se possa até mesmo diminuir o consumo, importando certos produtos que exigem muita energia.

Segundo a Confederação do Setor de Energia e Água (BDEW, na sigla em alemão), o potencial de poupar gás nas residências particulares é de 15%; na manufatura, comércio e prestação de serviços, de até 10%; enquanto a indústria pode contribuir com mas 8%. O maior potencial de economia estaria no abastecimento elétrico, onde o consumo pode ser baixado até 36%.

Em contrapartida, Achim Wambach, do Centro de Pesquisa Econômica Europeia (ZEW) alerta: "Um embargo energético desses seria único na história e teria efeitos consideráveis sobre a conjuntura. Ele teria efeitos político-econômicos, basta pensar nos 'coletes amarelos' da França."

Também o presidente do Instituto Leibniz de Pesquisa Econômica (RWI), Christoph M. Schmidt, avisa que no momento é "quase impossível fazer afirmativas confiáveis sobre a ordem de grandeza das consequências econômicas que estariam relacionadas".

ALEMANHA - O chanceler alemão, Olaf Scholz, garantiu a um grupo de senadores norte-americanos que o polêmico gasoduto Nord Stream 2 não seguirá em frente se a Rússia invadir a Ucrânia, afirmou o líder dos republicanos, Mitch McConnell, na terça-feira (8).

O líder da minoria no Senado disse a repórteres que ele e um grupo de colegas foram tranquilizados em um jantar com Scholtz, que estava fazendo sua primeira viagem a Washington desde que assumiu como chanceler alemão, substituindo Angela Merkel.

"A boa notícia é que Scholz confirmou o que o presidente (Joe) Biden disse ontem: se a invasão acontecer, o Nord Stream 2 não seguirá em frente".

Na segunda-feira, Scholtz foi muito menos claro sobre o quão longe estava disposto a ir para punir a Rússia, que por ordem do presidente Vladimir Putin enviou para a fronteira com a Ucrânia mais de 100.000 soldados.

O chanceler indicou em uma entrevista coletiva conjunta com Biden que a dupla estava "absolutamente unida" nas sanções contra a Rússia, acrescentando que "daremos os mesmos passos e eles serão muito, muito duros com a Rússia".

Mas quando perguntado diretamente sobre o Nord Stream 2, Scholz repetidamente evitou mencionar o gasoduto pelo nome ou confirmar diretamente que apoiaria o descarte da infraestrutura.

Biden, por sua vez, assumiu o compromisso inequívoco de paralisar o gasoduto se Moscou iniciasse uma invasão da Ucrânia pró-ocidental.

A Alemanha seguiu em frente com seus planos para o Nord Stream 2, apesar das críticas dos Estados Unidos e do Leste Europeu. A estrutura foi concluída no ano passado, mas ainda precisa de aprovação dos reguladores.

O gasoduto, destinado a dobrar o fornecimento de gás natural da Rússia para a Alemanha, tornou-se uma moeda de troca para o Ocidente em sua tentativa de impedir Moscou de invadir a Ucrânia.

 

 

AFP

BERLIM - O líder da Alemanha pediu que a Europa e os Estados Unidos avaliem com cuidado eventuais sanções à Rússia por agressões contra a Ucrânia, em uma crise que está colocando o principal fornecedor de gás de Berlim contra seus maiores aliados de segurança.

Entre as possíveis sanções do Ocidente contra o governo do presidente Vladimir Putin, a Alemanha pode paralisar o oleoduto Nord Stream 2 da Rússia, caso o país invada a Ucrânia.

Mas isso arriscaria exacerbar a crise de fornecimento de gás na Europa que fez com que os preços disparassem.

“A prudência manda escolher medidas que teriam o maior efeito em quem violou os princípios concordados conjuntamente”, teria dito o chanceler alemão Olaf Scholz neste domingo, segundo o jornal alemão Sueddeutsche Zeitung.

ALEMANHA - O governo de coalizão de três partidos do chanceler alemão Olaf Scholz expressou objeção ao rascunho de plano da União Europeia de classificar usinas nucleares como fontes de energia sustentável em uma carta formal enviada a Bruxelas, afirmaram ministros neste sábado.

A taxonomia da UE busca estabelecer padrões para investimentos verdes, ajudando projetos que sejam amigáveis ao clima a arrecadar capital e eliminando a “lavagem verde”, pela qual investidores e empresas exageram suas credenciais ecológicas.

“Como governo federal, temos que mais uma vez expressar claramente nossa rejeição à inclusão da energia nuclear. É arriscada e cara”, afirmou o vice-chanceler e ministro da Economia, Robert Habeck, em um comunicado conjunto com a ministra do Meio-Ambiente, Steffi Lemke, ambos membros seniores do Partido Verde.

Na carta para Bruxelas, publicada pelo ministério da Economia em seu site, o governo alemão também citou a falta de exigências de segurança em relação às usinas nucleares.

“Sérios acidentes, com riscos grandes, que cruzam fronteiras e de longo prazo aos humanos e ao meio-ambiente não podem ser excluídos”, disse Berlim em sua carta, acrescentando que a questão de onde armazenar resíduos radioativos no longo prazo ainda não tem resposta.

Habeck e Leme disseram que, se a Comissão Europeia não considerar as objeções da Alemanha e não modificar o rascunho, Berlim, na opinião deles, deveria rejeitar o plano.

No entanto, fontes do governo alemão disseram à Reuters no começo deste mês que partidos da coalizão querem evitar uma escalada na disputa com a UE e concordaram em conversas a portas fechadas entre a coalizão para se abster de qualquer voto futuro.

ALEMANHA - A Alemanha expressou"grande preocupação" com a ameaça do Presidente russo de uma resposta "militar e técnica" se os países ocidentais não puserem termo a uma política que considerou ser "claramente agressiva".

"A minha preocupação é grande", comentou a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, citada pela agência de notícias France-Presse. Baerbock insistiu que a "grave crise" nas relações com a Rússia só pode ser resolvida através do diálogo.

Num contexto de tensões crescentes sobre a Ucrânia, Putin disse que tomará "medidas de retaliação militares e técnicas adequadas" se o Ocidente mantiver a sua política contra Moscovo.

"Caso se mantenha a linha claramente agressiva dos nossos colegas ocidentais, vamos adotar medidas militares e técnicas adequadas de represálias, reagir firmemente às ações hostis (...). Temos perfeitamente esse direito", declarou Putin na terça-feira (21.12), numa intervenção perante responsáveis militares russos.

A Rússia alega que os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) estão a reforçar a sua presença nas fronteiras da Rússia, armando a Ucrânia, conduzindo manobras militares na região e destacando forças para o Mar Negro.

O Ocidente acusa Moscovo de ter concentrado cerca de 100.000 soldados na fronteira com a Ucrânia, indiciando uma invasão iminente, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014.

 

Discutir as exigências de Moscovo

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, disse na quarta-feira (22.12) que a Rússia e os Estados Unidos se vão reunir em janeiro, para discutir as exigências de Moscovo de garantias que impeçam a expansão da NATO para a Europa de Leste, incluindo a Ucrânia.

Lavrov disse ainda que, em janeiro, o seu Governo também iniciará conversações separadas com a Aliança Atlântica para discutir o assunto, acrescentando que as discussões separadas se realizarão sob os auspícios da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Na semana passada, Moscovo apresentou uma proposta exigindo que a NATO retirasse o convite de adesão à organização da Ucrânia e de outros países da esfera de influência da antiga União Soviética.

Washington e os seus aliados europeus recusaram aceitar a proposta, mas disseram estar disponíveis para negociações.

ALEMANHA - As autoridades alemãs anunciaram no sábado (18) a inclusão do Reino Unido na categoria mais alta das áreas com risco de contágio por covid-19, o que levará a inúmeras restrições de viagens.

Esta decisão, que segundo a autoridade de vigilância sanitária alemã RKI entrará em vigor "a partir de domingo à meia-noite", é uma resposta à rápida propagação da variante ômicron, que obrigou Londres a entrar em um procedimento de emergência.

"O Reino Unido e a Irlanda do Norte se encontram altamente afetados pela covid-19. Além disso, uma nova variante altamente contagiosa foi detectada", de modo que seus territórios (incluindo as ilhas do Canal da Mancha e a Ilha de Wight) passarão provisoriamente por 14 dias para a categoria de área de risco muito elevado para o coronavírus, detalhou o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha em seu site.

As autoridades alemãs explicaram que aqueles que chegam do Reino Unido terão que fazer uma quarentena obrigatória de duas semanas, mesmo as pessoas vacinadas ou curadas da doença.

Além disso, será solicitado um teste PCR de todos os viajantes que chegarem e somente cidadãos alemães, ou estrangeiros residentes na Alemanha, poderão entrar no país vindos do Reino Unido. A regra vale para todos os meios de transporte.

O novo ministro da Saúde, Karl Lauterbach, alertou para o risco de uma nova onda de coronavírus surgir na Alemanha, já duramente atingida pelo vírus desde o início do outono.

Na sexta-feira, o RKI colocou a França e a Dinamarca nas zonas de contágio de alto risco, ou seja, um degrau abaixo do Reino Unido.

ALEMANHA - Os deputados alemães aprovaram ontem (10) uma lei que obriga os profissionais de saúde a receber a vacina contra a covid-19, um primeiro passo antes da ampliação da obrigatoriedade ao restante da população do país, prevista para o início de 2022.

O projeto de lei, que visa proteger grupos particularmente vulneráveis, foi aprovado por ampla maioria no Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão), onde os sociais-democratas (SPD), os Verdes e os liberais (FDP), as forças políticas que integram a nova coligação governamental, têm a maioria parlamentar.

A medida foi aprovada com 571 votos a favor e 80 contra.

Todos os que trabalham em hospitais e lares devem estar vacinados ou curados da covid-19.

A medida também se aplica aos funcionários de estabelecimentos de acolhimento de pessoas com deficiência, de ambulatórios, consultórios médicos, serviços de socorro ou centros socioeducativos.

O projeto diz que os profissionais de saúde têm "responsabilidade especial" porque estão "em contato próximo e intensivo com grupos de pessoas com alto risco de infeção e de doenças graves ou fatais".

Os funcionários visados pela nova medida terão até 15 de março de 2022 para comprovar a vacinação completa, caso contrário não poderão trabalhar.

Vários estabelecimentos da área da saúde, em particular os lares de idosos nos estados federados da Saxónia-Anhalt e de Brandemburgo, tornaram-se, nas últimas semanas, focos importantes de contágio, com alto número de mortes.

A cadeia de contágio pelo novo coronavírus é desencadeada, às vezes, por um funcionário não vacinado, o que reabriu o debate sobre a vacinação obrigatória para todos.

Os profissionais de saúde estão, em média, mais vacinados (quase 90%) em relação à população em geral (69,3%), de acordo com o Instituto Robert Koch (RKI).

Com a decisão, a Alemanha junta-se a outros países europeus como França, Itália, Grécia ou Reino Unido, que já incluíram na lei a vacinação obrigatória para os profissionais de saúde.

Atingida por uma nova onda de casos de covid-19, as autoridades da Alemanha já manifestaram vontade de ir mais longe e impor novas medidas.

O novo chanceler alemão, Olaf Scholz, pretende pedir ao Parlamento que vote, até o fim do ano, a obrigatoriedade de vacinação que, caso aprovada, poderá entrar em vigor em fevereiro ou março.

Pesquisa divulgada nesta sexta-feira mostra que 68% dos alemães são favoráveis à vacinação obrigatória para todos os adultos, número que está aumentando

No entanto, as autoridades alemãs temem que a medida desperte a raiva dos opositores às restrições sanitárias, mobilizados desde o início da pandemia de covid-19 no país.

O novo ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, alertou hoje que multas para quem se recusar a ser vacinado serão "inevitáveis".

A covid-19 provocou pelo menos 5,28 milhões de mortes em todo o mundo, entre mais de 267,88 milhões de infecções pelo novo coronavírus registradas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no fim de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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