fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

ALEMANHA - Ao reagir à invasão da Rússia na Ucrânia, Olaf Scholz anunciou 100 bilhões de euros para modernizar a Bundeswehr. Críticos dizem que pouco foi feito. Morosidade no emprego da verba resulta de burocracia e outros fatores. Há pouco mais de um ano, o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, fez no Bundestag, o Parlamento alemão, um discurso que provavelmente definirá seu governo, anunciando uma Zeitenwende (mudança de era ou paradigma, ponto de inflexão). Na ocasião, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia, o líder alemão prometeu um pacote de gastos em defesa de 100 bilhões de euros.

Em 3 de junho de 2021, a oposição de centro-direita uniu forças com os deputados governistas no Bundestag para aprovar uma mudança constitucional e permitir a dívida adicional – algo nunca visto na história da República Federal da Alemanha.

Desde então, porém, a coalizão de centro-esquerda de Scholz se tornou alvo de críticas da oposição conservadora, que alega que a Bundeswehr (Forças Armadas da Alemanha) não se beneficiou dessa iniciativa inédita. Críticos afirmam que, apesar dos enormes déficits, mais um ano foi perdido desde o anúncio da Zeitenwende, que ainda não teria saído do papel.

Em recente entrevista à emissora de rádio Deutschlandfunk, a presidente da comissão de Defesa do Bundestag, Marie-Agnes Strack-Zimmermann, do Partido Democrático Liberal (FDP) – legenda que integra o governo –, rebateu as críticas e ressaltou que, nos 16 anos em que os conservadores comandaram o Ministério da Defesa no governo de Angela Merkel, nada foi feito para modernizar a Bundeswehr.

Strack-Zimmermann afirmou também que somente no ano passado Berlim encomendou novos caças F-35 e helicópteros de transporte de carga pesada dos Estados Unidos e impulsionou a digitalização para modernizar as Forças Armadas.

O Ministério da Defesa alemão garante que já destinou 30 bilhões dos 100 bilhões de euros para compras de equipamentos. Houve críticas de aliados europeus e até dentro da Alemanha devido às grandes encomendas feitas aos Estados Unidos, embora a maior parte dos recursos do fundo deva ser aplicada na própria Alemanha, dona de uma forte indústria bélica.

Strack-Zimmermann disse também que 100 bilhões de euros não é um valor que pode ser facilmente gasto em um ano. Fabricar novos e sofisticados leva tempo, segundo a deputada. Os oito primeiros caças F-35 encomendados, por exemplo, só devem ser entregues em 2026, e os 27 restantes, até 2029. Já outros equipamentos, como os de comunicação digital, estarão disponíveis mais cedo.

 

Verba enfrenta “corrosão”

No momento, o tempo é o inimigo do fundo especial, devido à atual situação econômica, que está corroendo o montante de 100 bilhões de euros. Rafael Loss, especialista em defesa do think tank Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR, na sigla em inglês), afirma que a estimativa inicial era que somente 8 bilhões de euros do fundo seriam destinados ao pagamento de juros do empréstimo contraído pelo governo. Agora, devido ao aumento das taxas de juros, serão necessários 13 bilhões para isso. Assim, restam, na verdade, 87 bilhões de euros disponíveis para serem gastos.

Além dos juros, há a inflação, as taxas de câmbio e o imposto sobre valor agregado, o que significa que, após a cobertura de todos os custos extras, restarão apenas entre 70 bilhões e 50 bilhões de euros disponíveis para serem realmente investidos em equipamentos.

“Quanto mais tempo esse dinheiro ficar parado em algum lugar, mais fatores como inflação e pagamentos de juros vão consumir esse montante”, alerta Loss.

Em certo ponto, Loss acredita que o governo alemão poderia ter agido mais rápido. “Em alguns aspectos, o ano passado foi um ano perdido para a Bundeswehr. Mas o novo ministro da Defesa [Boris Pistorius] parece estar pressionando para acelerar o cronograma de muitas coisas, como a substituição dos tanques Leopard”, avalia.

O social-democrata Pistorius assumiu o comando do ministério há pouco mais de um mês, depois da renúncia de sua antecessora, Christine Lambrecht, que deixou o cargo também devido ao descontentamento com sua liderança dentro das fileiras da Bundeswehr.

E o novo ministro tem feito pressão por mais dinheiro. Nesta semana, ele sugeriu que o fundo especial não é suficiente para cobrir as necessidades militares e pediu um aumento de 10 bilhões de euros no orçamento de seu ministério. Alguns de seus colegas, entre eles a colíder de seu partido Sakia Esken, não se entusiasmaram com a ideia.

 

Uma nova harmonia

A aparente urgência de Pistorius representa uma mudança para os militares alemães, que há anos sofrem com a ineficiência nos processos de aquisição de equipamentos. Em 2022, reclamação similar era feita por Hans Christoph Atzpodien, presidente da Associação Alemã da Indústria Bélica (BDSV), da qual fazem parte os maiores fornecedores de equipamentos militares pesados do país.

Atzpodien afirmou que o colosso burocrático que é o sistema de aquisição militar sofre de um “perfeccionismo” em seus regulamentos que, com frequência, faz com que as tropas não tenham acesso ao que necessitam. Como exemplo, ele citou as equipes dos tanques alemães que ainda não possuíam o mesmo equipamento de rádio que seus parceiros internacionais, apesar de os itens terem sido solicitados.

Esse impasse foi resolvido em dezembro do ano passado e, à DW, Atzpodien saudou o avanço, numa mudança de tom. “Estamos muito confiantes que os pedidos que estavam basicamente travados por processos burocráticos orçamentais serão encaminhados agora numa escala apropriada”, destacou.

 

Ecossistema complexo

Loss avalia que as complexidades para a aquisição de equipamentos continuam sendo um problema sem solução fácil. “É um ecossistema muito complexo entre o Parlamento com detentor do orçamento, o Ministério da Defesa, as agências de aquisição e as Forças Armadas”.

Segundo o especialista, após a Guerra Fria, a Bundeswehr se acomodou numa cultura na qual a velocidade não era prioridade. “Havia uma aversão enorme ao risco de cometer qualquer erro e de gastar talvez um pouco mais para acelerar o processo de compra”.

Além disso, Loss acredita que os interesses regionais de membros do Bundestag desempenham muitas vezes um papel nas decisões sobre aquisições, com, por exemplo, políticos da Baviera pressionando para o fechamento de contratos com empresas de aviação daquele estado. “Isso faz com que processos orçamentários sejam menos orientados às necessidades militares.”

Apesar do anúncio da Zeitenwende, a mudança de paradigma proposta por Scholz envolve uma guinada no mamute colossal que são as Forças Armadas da Alemanha, em sua cultura e sua burocracia. Mesmo um ano não é suficiente para tal.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

ALEMANHA - Segundo analistas, país é economicamente mais afetado devido à antiga dependência dos combustíveis fósseis russos e por abrigar grande proporção de indústrias com alto consumo em energia.

Em entrevista publicada na segunda-feira (20/02) pelo jornal Rheinische Post, o presidente do instituto econômico alemão DIW, Marcel Fratzscher, traçou um quadro preocupante da situação do país

"A guerra na Ucrânia e a consequente explosão dos custos de energia custaram à Alemanha quase 2,5% de seu produção econômica em 2022 ou 100 bilhões de euros. Esses custos continuarão a crescer nos próximos anos."

"A Alemanha é economicamente mais afetada pela crise porque era mais dependente da energia russa, tem uma alta proporção de indústria de consumo energético intenso e é extremamente dependente de exportações e de cadeias de suprimentos globais", explicou.

 

"Alerta doloroso, mas necessário"

Fratzscher avalia que ainda não ocorreram danos à Alemanha como local de negócios, mas ocorrerá se as empresas não acelerarem a transformação ecológica, econômica e digital.

Ele crê que, os preços mais altos da energia continuarão sendo uma nítida desvantagem competitiva nos próximos dez anos, o que políticos e empresas terão de compensar com mais inovação e produtividade.

"O governo alemão não deve, em hipótese alguma, continuar no caminho dos subsídios maciços aos combustíveis fósseis", frisa o economista berlinense. "O choque do preço da energia é, portanto, um alerta doloroso, mas também necessário, que, com sorte, ocasionará uma transformação mais rápida da economia."

 

Prosperidade ameaçada

Quase um ano após o início da guerra de agressão russa à Ucrânia, a Câmara Alemã de Indústria e Comércio (DIHK) também se referiu às perdas econômicas na Alemanha como consequência da crise.

No geral, cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha provavelmente será perdido entre o início da guerra e o fim de 2023, de acordo com a entidade.

"Isso significa que seriam gerados cerca de 160 bilhões de euros a menos – o equivalente a cerca de 2 mil euros per capita", disse o presidente da DIHK, Peter Adrian, ao Rheinische Post.

 

 

 

md/av (DPA, Reuters)

por dw.com

JOHANESBURGO – O barulho produzido pela mineração no fundo do mar em busca de níquel, cobalto e outros metais para a transição para energia verde pode interferir na capacidade das baleias de navegar nas profundezas do oceano e se comunicar umas com as outras, de acordo com um estudo divulgado nesta terça-feira.

Rochas do tamanho de batatas repletas de metais usados em baterias cobrem vastas extensões do fundo do oceano a profundidades de 4 a 6 quilômetros. Várias empresas têm proposto aspirar esses nódulos do fundo do mar e processar seus metais para uso em baterias de veículos elétricos.

O estudo revisado por pares, financiado pela Umweltstiftung Greenpeace, um braço da organização ambiental, argumenta que são necessárias mais pesquisas para avaliar o risco que a mineração em águas profundas pode representar aos grandes mamíferos marinhos, embora os pesquisadores não tenham coletado dados de campo.

A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA), um órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) sediado na Jamaica, deve aprovar a mineração em alto mar para águas internacionais já no verão europeu. Líderes na França, Fiji, Canadá e Alemanha expressaram preocupação com a prática.

Os defensores da mineração em águas profundas dizem que isso reduziria a necessidade de grandes operações de mineração em terra, que geralmente são impopulares nas comunidades anfitriãs.

Os detratores dizem que muito mais pesquisas são necessárias para determinar como a mineração em águas profundas pode afetar os ecossistemas aquáticos.

“Os sons produzidos pelas operações de mineração, inclusive de veículos operados remotamente no fundo do mar, se sobrepõem às frequências nas quais os cetáceos se comunicam”, disse o estudo, publicado na revista Frontiers in Marine Science.

 

 

 

Reportagem de Helen Reid; reportagem adicional de Ernest Scheyder / REUTERS

ALEMANHA - O líder da CDU, Friedrich Merz, vê confirmada sua guinada à direita dentro do partido com vitória conservadora na eleição da capital. Difícil vai ser achar um parceiro para governar.

O mapa da votação realizada no domingo passado (12/02) na cidade-Estado de Berlim parece com uma folha verde queimada nas bordas: uma grande mancha verde na região central, que é dominada pelo Partido Verde, cercada de preto, a cor que normalmente é usada para representar os conservadores da União Democrata Cristã (CDU).

O mapa pode até não ser perfeito como representação visual, pois quem ficou em segundo lugar na contagem geral de votos foi o Partido Social-Democrata (SPD), mas ilustra a divisão cultural que permeia toda a Alemanha: uma geração jovem, urbana, de centro-esquerda, preocupada com as mudanças climáticas, e do outro lado uma geração mais velha, suburbana, cuja principal preocupação é a criminalidade.

A CDU, que foi de longe o partido mais votado, com mais de 28% dos votos, se impôs, ao que tudo indica, por ter focado no tema segurança e ordem. Uma pesquisa do instituto Infratest Dimap mostrou que essa foi a questão mais importante para os eleitores berlinenses de um modo geral: 23% a escolheram como sua principal preocupação, à frente de moradia (17%) e clima (15%). E a CDU, para a maioria dos eleitores, é o partido mais adequado para tentar resolver o problema.

 

Violência no réveillon

As cenas de violência vistas no réveillon em bairros de Berlim certamente ajudaram a CDU. Pesquisas de novembro e dezembro mostravam SPD, CDU e Partido Verde numa disputa acirrada. Na primeira semana de janeiro (quando eleitores começaram a enviar seus votos pelo correio), a imprensa estava cheia de manchetes sobre homens jovens lançando fogos de artifício contra trabalhadores dos serviços de emergência.

Isso alimentou um debate, de conotação racista, que o candidato da CDU, Kai Wegner, soube aproveitar. Muitas regiões onde ocorreram distúrbios têm grandes comunidades de imigrantes, e Wegner abriu um debate na mídia ao exigir que o governo da cidade-Estado divulgasse os nomes dos cidadãos alemães suspeitos de envolvimento nos distúrbios, para que o público pudesse determinar se eram de origem árabe ou turca.

A sugestão de Wegner foi duramente criticada pelos adversários dele, a prefeita Franziska Giffey, do SPD, e a candidata dos verdes, Bettina Jarasch, mas parece ter tocado em preconceitos profundos na população: 83% dos eleitores que mudaram o voto para a CDU, na pesquisa da Infratest Dinap, concordam com a afirmação "acho bom que se nomeie claramente os problemas com imigrantes."

O cientista político Frank Decker, da Universidade de Bonn, considera que essa questão, em especial, pode afetar a coalizão liderada pelo chanceler federal, Olaf Scholz. "A CDU conseguiu impor que certas questões fossem transformadas em tabus", observa. "E o que chama a atenção no caso de Berlim é que essa questão ajudou a CDU mais do que a AfD. Esse voto de protesto contra a política migratória normalmente vai para a AfD."

De fato, o partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) ficou com 9% dos votos na eleição, mas isso é um aumento de apenas 1 ponto percentual na comparação com 2021, enquanto a CDU conseguiu adicionar 10 pontos percentuais ao seu resultado daquele ano. "Os partidos de centro-esquerda, em especial os verdes, vão ter de se perguntar como lidar com a questão", diz Decker. "E essa é uma questão permanente. Esta é uma sociedade de migração, além disso estamos lidando com a questão dos refugiados já faz um tempo."

 

Migração e mudanças climáticas

Essa perspectiva deverá dar novo ímpeto ao líder nacional da CDU, Friedrich Merz, que participou da campanha eleitoral em Berlim e abriu seu próprio debate de teor racista em janeiro, com seu comentário sobre "pequenos paxás".

Num debate na televisão, Merz fez uma relação causal direta entre os distúrbios no réveillon em Berlim e crianças árabes de 8 anos em escolas primárias alemãs que, segundo ele, não têm respeito por professoras. "É aí que tudo começa", afirmou Merz. "São predominantemente pessoas jovens do mundo árabe que não estão preparadas para seguir as regras aqui na Alemanha."

A outra questão da eleição regional de Berlim que deverá se tornar decisiva para a política nacional é a política climática – em especial para os automóveis. Jovens ativistas alemães começaram a confrontar motoristas pelo país bloqueando ruas, e os planos do Partido Verde para transformar em áreas de pedestres partes da capital afastaram eleitores conservadores.

"Tráfego desempenha um papel grande em emissões, e há uma necessidade objetiva de que algo seja feito, mas é um tema altamente controverso, sobretudo em grandes cidades", diz Decker. "É muito difícil reduzir o tráfego, e há um grande potencial de conflito, e a coalizão em nível federal terá que abordar isso também."

 

Próxima coalizão

A vitória de Wegner em Berlim é também uma vitória para Merz, um antagonista da ex-chanceler federal Angela Merkel na CDU: esse foi o primeiro parlamento regional no qual a CDU conseguiu tirar a maioria do SPD na era pós-Merkel. O problema é que nenhum governo alemão funciona sem coalizão, e mesmo uma CDU mais à direita terá que fazer concessões centristas.

Pelo resultado das urnas, a atual coalizão de esquerda que governa Berlim, formada por SPD, Partido Verde e A Esquerda, ainda tem maioria parlamentar – o que significa que a CDU, para liderar um governo, terá de fazer generosas concessões ao SPD ou aos verdes para atraí-los para uma coalizão.

"Isso obviamente não é uma derrota para Merz, mas também não o ajuda muito", comenta Decker. "Acho provável que a atual coalizão se mantenha no poder, assim a CDU não terá muito de sua vitória eleitoral."

Scholz, aparentemente, saiu da eleição sem maiores danos. Apesar de os social-democratas terem obtido um dos piores resultados da história na capital, pesquisas mostram que os eleitores culpam o SPD local por um mau governo na cidade-Estado.

 

Governar sem os liberais

Uma outra consequência importante da eleição em Berlim está relacionada ao Partido Liberal-Democrático (FDP). Esse parceiro natural de coalizão para a CDU tem acumulado maus resultados em eleições regionais, o que se confirmou mais uma vez no domingo passado, em Berlim, quando o FDP ficou abaixo da barreira de 5% dos votos para entrar no parlamento local.

Com o FDP relegado a uma posição de partido nanico, a CDU acaba sendo forçada – tanto agora em Berlim como talvez na próxima eleição nacional – a achar pontos em comum com o SPD ou com o Partido Verde.

 

 

 

Autor: Ben Knight / DW

FRANÇA - O Presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu ontem Volodymyr Zelensky para um jantar no Palácio do Eliseu, com a presença também de Olaf Scholz, o chanceler alemão. O apoio militar à Ucrânia foi o principal tema de discussão entre os três líderes.

O Presidente Volodymyr Zelensky chegou por volta das 21h50 a um terminal especial do aeroporto de Orly, e seguiu depois para o Palácio do Eliseu, sendo saudado pelos franceses que vieram às janelas no seu trajeto para acolher o líder ucraniano. Chegado à residência do Presidente Emmanuel Macron, Zelensky foi acolhido calorosamente.

"A Ucrânia pode contar com a França, a Europa e seus aliados para ganhar a guerra. A Rússia não pode e não deve ganhar esta guerra. Enquanto ela continuar, vai ser necessário que continuemos, adaptemos e modelemos o dispositivo militar necessário à Ucrânia", declarou o Presidente francês, numa declaração conjunta aos jornalistas.

Por seu lado, Volodymyr Zelensky que passou o dia em Londres, reiterou o seu pedido por armamento pesado e aviões, pedindo aos seus aliados que não abandonem Kiev.

"Atualmente temos muito pouco tempo, temos de falar das semanas e meses que aí vêm e peço as armas necessárias para a Paz porque precisamos travar esta guerra", declarou o Presidente ucraniano, mencionando que pediu "aviões" e "armamento pesado" para continuar a fazer recuar Moscovo.

Já Olaf Scholz lembrou que há pouco tempo a Alemanha cedeu finalmente tanques Leopard a Kiev, algo há muito reclamado por Zelensky. O chanceler disse mesmo que o apoio à Ucrânia vai durar enquanto for necessário.

"Desde o início desta guerra atroz, a Europa e os seus parceiros estiveram sempre ao lado da Ucrânia. Fizemo-lo financeiramente e com armamento, mais recentemente com tanques pesados e vamos continuar a fazê-lo enquanto for necessário", prometeu Olaf Scholz.

 

 

 

por Catarina Falcão / RFI

ALEMANHA - O fóssil da mais recente e exótica espécie de pterossauro descoberta em um grande bloco de calcário na Alemanha revelou um animal de aparência pouco amistosa: batizado de Balaenognathus maeuseri, o réptil voador tinha uma mandíbula longa com 400 dentes em forma de gancho alinhados. Um artigo assinado por paleontólogos da Inglaterra, Alemanha e México foi publicado na revista Paläontologische Zeitschrift, registrando a descoberta ocorrida acidentalmente, enquanto cientistas escavavam a pedra em busca de fósseis de crocodilo na Formação Torleite, no município de Wattendorf, no sul do país.

De acordo com David Martill, paleontólogo e pesquisador da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, e principal autor da pesquisa, o bom estado de preservação do fóssil sugere que o animal foi enterrado por sedimentos pouco depois de morrer, no calcário de camadas finas que é uma ótima superfície para preservação de fósseis.

“Este foi um achado casual de um esqueleto bem preservado com articulação quase perfeita, que sugere que a carcaça deve ter estado em um estágio muito inicial de decomposição com todas as articulações, incluindo seus ligamentos ainda viáveis”, disse o cientista, em comunicado.

Além da boa preservação, a descoberta se destaca pelo formato de dentes nunca visto em um pterossauro, que utilizava seu bico em formato de colher para capturar líquidos e, em seguida, espremer o excesso, capturando as presas na boca. “Esses pequenos ganchos teriam sido usados ​​para capturar os minúsculos camarões dos quais o pterossauro provavelmente se alimentava – certificando-se de que descessem pela garganta e não fossem espremidos entre os dentes”, explica Martill. Segundo consta, o animal atravessava lagoas rasas, sugando crustáceos de forma semelhante a patos e flamingos.

O nome Balaenognathus com o qual o pterossauro foi batizado se traduz como “boca de baleia” por seu método filtrante de alimentação: o termo maeuseri foi incluído em homenagem a Matthias Mäuser, coautor do estudo, que faleceu durante a redação do artigo. Apesar de sua dentição impressionante, o réptil voador alemão recém-descoberto não é campeão de dentes: o Pterodaustro, descoberto na Argentina no final dos anos 1960, por exemplo, carregava mais de mil dentes grossos em sua mandíbula.

 

 

por Vitor Paiva / HYPENESS

UCRÂNIA - Relatos na imprensa alemã afirmam que a Alemanha decidiu, após meses de hesitação, enviar à Ucrânia os modernos tanques de guerra Leopard 2, além de permitir que outros países, como a Polônia, possam adotar a mesma medida para reforçar a defesa das tropas ucranianas contra aos invasores russos.

A notícia, inicialmente divulgada nesta terça-feira (24/01) pela revista alemã Der Spiegel, também afirma que os Estados Unidos deverão fornecer tanques Abraham a Kiev. Antes mesmo da confirmação oficial, autoridades ucranianas já comemoravam o que avaliam como sendo um fator de mudança nas frentes de batalha, na guerra que já dura 11 meses.

"Algumas centenas de tanques para nossas equipes, as melhores equipes de tanques do mundo. Isso sim se tornará um punho golpeante para a democracia contra a autocracia do pântano", afirmou Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, no aplicativo de mensagens Telegram.

Há meses Kiev vem insistindo para que o Ocidente envie os tanques de que tanto precisa para dar mais poder de fogo e mais mobilidade a suas tropas, para romper as linhas de defesa russas e recapturar territórios no leste e no sul do país.

Até o início da noite, o governo alemão ainda não havia comentado a notícia, assim como os Ministérios da Defesa e do Exterior. Segundo a Spiegel, a decisão de enviar os blindados envolveria ao menos uma companhia de tanques Leopard 2 A6, o que representa 14 unidades.

"O fato de a Alemanha apoiar a Ucrânia com os tanques Leopard é um forte sinal de solidariedade" afirmou Christian Duerr, líder parlamentar do Partido Liberal Democrata (FDP), uma das siglas que forma a coalizão de governo na Alemanha, ao lado do Partido Social-Democrata (SPD) e dos Verdes.

 

Facilidades de envio e manutenção

As frentes de batalha na Ucrânia, que se estendem por mais de mil quilômetros através do leste e do sul do país, estão, em grande parte, estagnadas há pelo menos dois meses, apesar de várias perdas sofridas nos dois lados no conflito.

As conversas em torno do envio dos tanques de guerra dominou as discussões entre os aliados de Kiev no Ocidente nos últimos dias.

Berlim possui um papel central nesse debate, uma vez que os tanques Leopard de fabricação alemã – utilizados por Exércitos de vários países da Europa – são amplamente considerados como a melhor opção para a Ucrânia, por estarem disponíveis em grande quantidade, além de serem de fácil manutenção e envio.

Os social-democratas do chanceler alemão, Olaf Scholz, temem que o envio possa gerar um acirramento das agressões russas em solo ucraniano e um aumento do risco de que a Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan) seja arrastada para o conflito.

Scholz vinha sendo cada vez mais pressionado para tomar uma decisão. O presidente Zelenski chegou a afirmar que a hesitação de Berlim estava custando vidas ucranianas. O primeiro pedido ucraniano pelo envio de tanques Leopard foi feito pouco depois do início da invasão russa ao país, em 24 de fevereiro do ano passado.

Na terça-feira, 24, a Polônia disse ter enviado um pedido formal ao governo alemão para que permitisse que as Forças Armadas polonesas pudessem enviar seus próprios tanques Leopard 2 para a Ucrânia. Regulamentações de defesa estabelecem que o país que produziu os equipamentos deve aprovar as reexportações dos armamentos dos países da Otan para os aliados.

 

EUA devem enviar tanques Abrahams

Segundo a Der Spiegel e a agência de notícias Reuters, os Estados Unidos estariam dispostos a abandonar sua oposição ao envio de tanques M1 Abrahams à Ucrânia. O equipamento é considerado menos adequado do que os Leopard devido ao alto consumo de combustível e pelas dificuldades de manutenção.

Se confirmada, essa medida parece ter sido elaborada de modo a facilitar o envio dos Leopard pela Alemanha, que havia pedido uma frente unida entre os aliados na defesa da Ucrânia.

 

 

rc (Reuters)

por dw.com

ALEMANHA - O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha subiu 21,6% em dezembro de 2022 ante igual mês do ano anterior, desacelerando após dar um salto anual de 28,2% em novembro, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 20, pela Destatis, a agência oficial de estatísticas do país. Em relação a novembro, o PPI alemão caiu 0,4% em dezembro.

No fechamento de 2022, o PPI da maior economia europeia teve alta média de 32,9% ante 2021, a maior em série histórica iniciada em 1949, informou a Destatis.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

LUETZERATH - A polícia começou na terça-feira a desmontar barricadas e dispersar ativistas que protestavam contra a expansão de uma mina de carvão a céu aberto que destacou as tensões sobre a política climática da Alemanha durante uma crise energética.

Os manifestantes, muitos usando máscaras ou balaclavas, protestaram contra a mina Garzweiler, administrada pela empresa de energia RWE na vila abandonada de Luetzerath, que faz parte do distrito de carvão marrom do Estado da Renânia do Norte-Vestfália, na região ocidental do país.

Eles formaram correntes humanas, organizaram protestos e ocuparam prédios abandonados em Luetzerath, que serão destruídos para dar lugar à expansão da mina. Alguns se enterraram em buracos no chão, enquanto outros ficaram pendurados em tripés de madeira.

"Você considera isso um despejo pacífico? É ridículo o que você está fazendo, como você não está envergonhado?" disse um manifestante enquanto a polícia arrastava ativistas que estavam sentados em uma rua lamacenta.

Os protestos destacam as crescentes tensões sobre a política climática de Berlim, que, segundo os ambientalistas, ficou em segundo plano durante a crise energética que atingiu a Europa no ano passado após a invasão da Ucrânia pela Rússia, forçando o retorno a combustíveis mais sujos.

A questão é particularmente sensível para os Verdes, agora de volta ao poder como parte do governo de coalizão do chanceler Olaf Scholz, após 16 anos na oposição entre 2005-2021.

Muitos verdes se opõem à expansão da mina, mas o ministro da Economia, Robert Habeck, do partido, defendeu a decisão do governo. Alguns ativistas despejaram 250 kg de blocos de carvão em frente à sede local do Partido Verde, segundo informou a mídia alemã.

 

 

 

Reportagem de Riham Alkousaa, Andy Kranz, Stephane Nitschke, Petra Wischgoll / REUTERS

ALEMANHA - As autoridades alemãs anunciaram, no domingo (8), a detenção de dois jovens iranianos, suspeitos de preparar um atentado "islamita" com cianureto e ricina, apesar de, após uma revista à sua casa, os agentes não terem encontrado nenhuma substância tóxica.

A imprensa alemã reportou que as prisões se seguiram a uma advertência do FBI.

Os dois detidos são M.J., de 32 anos, e seu irmão, J.J., de 25, e em breve ambos "serão apresentados perante um juiz em vista de sua prisão provisória", informou na tarde deste domingo, em nota, o Ministério Público regional de Düsseldorf (oeste da Alemanha).

"São acusados de entrar em acordo para cometer um atentado de inspiração islamita, para o qual queriam obter substâncias tóxicas, como cianeto e ricina, com as quais pretendiam matar um número indeterminado de pessoas", informou o MP.

O apartamento dos suspeitos em Castrop-Rauxel (na região da Renânia do Norte-Westfália, no oeste da Alemanha) foi revistado em busca de "substâncias tóxicas", destinadas a cometer um ataque, segundo uma nota da procuradoria-geral e da polícia.

No entanto, os investigadores não encontraram "nenhum indício" da presença destes produtos no alojamento dos suspeitos, destacou ao meio-dia à AFP o procurador de Düsseldorf, Holger Heming.

Os dois foram detidos no mesmo local durante a madrugada de sábado para domingo, reportaram veículos de imprensa alemães.

 

- Grupo no Telegram –

Segundo o ministro regional do Interior, Herbert Reul, as autoridades receberam "pistas que deviam levar a sério" e que levaram "a polícia a agir durante a noite".

Os veículos de imprensa Der Spiegel e Süddeutsche Zeitung reportaram que o FBI tinha advertido os serviços secretos alemães sobre esta ameaça durante o período natalino.

Segundo a Der Spiegel, a polícia federal americana conseguiu se infiltrar em um grupo do Telegram, no qual um dos suspeitos se informou sobre como cometer atentados com explosivos ou com substâncias tóxicas.

Apesar da ausência de provas na revista domiciliar, a ministra federal do Interior, Nancy Faeser, justificou a incursão dos agentes.

"Nossos serviços de segurança levam muito a sério cada pista sobre o perigo do terrorismo islâmico", ressaltou, em nota.

Agora, a justiça deverá determinar se abre um processo contra os dois suspeitos.

Eles são suspeitos de "terem preparado um ato de violência ameaçando a segurança do Estado, ao obter cianureto e ricina para cometer um atentado de caráter islamita", informaram os investigadores.

A ricina é um agente muito tóxico, classificado pelo Instituto Robert Koch, encarregado na Alemanha da vigilância sanitária, como "arma biológica" e é extraída de sementes da planta de rícino. Pode, inclusive, ser um veneno mortal, assim como o cianureto.

Nas imagens da emissora de televisão privada NTV, observa-se as duas pessoas detidas em roupas íntimas, levadas por agentes vestindo trajes de proteção especial devido ao risco biológico.

Em 2018, a polícia alemã deteve um tunisiano de 31 anos e sua esposa, suspeitos de planejar a execução do que teria sido o primeiro atentado "biológico" no país.

Na residência do casal, que tinha jurado lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico (EI), os investigadores encontraram 84,3 mg de ricina e cerca de 3.300 sementes de rícino para produzir veneno. Dois anos depois, o homem foi condenado a dez anos de prisão e sua esposa, a oito.

A Alemanha tem sido sacudida nos últimos anos por vários ataques islamitas, entre eles um atropelamento em massa em um mercado de Natal, em Berlim, que matou 13 pessoas em dezembro de 2016.

 

 

AFP

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Maio 2024 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
    1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30 31    
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.