BRASÍLIA/DF - Os trabalhadores com contrato suspenso ou jornada reduzida por causa da nova onda da pandemia de covid-19 começam a receber hoje (28) o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). Válido por até 120 dias, o programa oferece uma parcela do seguro-desemprego em troca da redução do salário ou da suspensão do contrato.
No ano passado, o BEm vigorou por oito meses, preservando o emprego de 10,2 milhões de trabalhadores. A edição deste ano do programa foi autorizada pela Medida Provisória 1.045, de 27 de abril, que permite a flexibilização de direitos trabalhistas a profissionais com carteira assinada em troca da manutenção do emprego em empresas impactadas pela pandemia.
O BEm equivale a 25%, 50% ou 70% do seguro-desemprego a que o empregado teria direito se fosse demitido, nos casos de redução do salário em montantes equivalentes. No caso de suspensão de contrato, corresponde a 100% do seguro-desemprego.
O acordo pode ser feito de forma individual ou coletiva, dependendo da remuneração do profissional, e pode ter até quatro meses de duração, dentro da data de vigência do programa. Os trabalhadores terão direito à estabilidade no emprego pelo dobro do período que durar a suspensão ou redução da jornada.
A Caixa Econômica Federal pagará o BEm aos trabalhadores com conta no banco e a quem não indicar conta bancária para receber o benefício. Nesse último caso, serão abertas contas poupança sociais digitais, semelhantes às usadas para pagar o auxílio emergencial, de forma automática e gratuita. Uma lei aprovada no fim do ano passado estabelece o uso da conta poupança para o pagamento de benefícios sociais e trabalhistas.
Movimentada exclusivamente pelo aplicativo Caixa Tem, a conta poupança digital é isenta de taxa de manutenção e permite a movimentação de até R$ 5 mil mensais, com até três transferências por mês para qualquer conta-corrente sem tarifa. O aplicativo também permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), a compra com cartão virtual de débitos em lojas eletrônicas e pagamento por código QR (versão avançada do código de barras) em maquininhas de estabelecimentos parceiros.
Na impossibilidade de abertura de conta poupança digital ou de crédito em conta corrente, o trabalhador deverá usar o Cartão do Cidadão para sacar o benefício em um terminal de autoatendimento da Caixa, nas lotéricas, nos correspondentes bancários Caixa Aqui ou ir a alguma agência.
O Banco do Brasil se encarregará do pagamento aos trabalhadores que indicarem conta-corrente ou poupança, tanto do banco quanto de qualquer outra instituição financeira. O crédito será feito sem o abatimento de dívidas ou cobrança de tarifas. Quem não tem conta no Banco do Brasil receberá um Documento de Ordem de Crédito (DOC). No caso de inconsistência de dados ou de qualquer outra impossibilidade de efetuar o crédito, o benefício será pago por meio do aplicativo Carteira BB.
O aplicativo permite compras em estabelecimentos que aceitem a bandeira Visa, recargas de celulares, transferências de valores e pagamento de boletos com código de barras. Na necessidade de saques, o Carteira bB permite o agendamento de retiradas em caixas eletrônicos do Banco do Brasil.
Eventuais dúvidas sobre o Benefício Emergencial podem ser tiradas no Portal Eletrônico de Serviços do Governo Federal, no aplicativo Carteira de Trabalho Digital e na página do Ministério da Economia dedicada ao programa. Na Central Telefônica 158, patrões e empregados podem encontrar orientações sobre os acordos trabalhistas, o preenchimento de formulário e o consultar a situação do pedido de benefício.
A Caixa oferece dois canais para informações sobre os pagamentos: no site do banco e no telefone 0800-726-0207. No Banco do Brasil, as dúvidas podem ser tiradas pelo site do BEm, nos telefones 4003-5285 (capitais) e 0800-729-5285 (demais localidades) e pelo Whatsapp, no contato (61) 4004-0001.
*Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - Trabalhadores informais nascidos em novembro recebem hoje (28) a segunda parcela da nova rodada do auxílio emergencial. O benefício terá parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo da família.
O pagamento também será feito a inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos no mesmo mês. O valor será depositado nas contas poupança digitais e poderá ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem. Somente de duas a três semanas após o depósito, o dinheiro poderá ser sacado em espécie ou transferido para uma conta-corrente.
Também hoje, beneficiários do Bolsa Família com o Número de Inscrição Social (NIS) de dígito final 9 poderão sacar o benefício.
No último dia 13, a Caixa anunciou a antecipação do pagamento da segunda parcela. O calendário de depósitos, que começou no último dia 16 e terminaria em 16 de junho, teve o fim antecipado para 30 de maio.
Ao todo 45,6 milhões de brasileiros serão beneficiados pela nova rodada do auxílio emergencial. O auxílio está sendo pago apenas a quem já recebia em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada (veja guia de perguntas e respostas no último parágrafo).
Para os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento ocorre de forma distinta. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do NIS.
O pagamento da segunda parcela aos inscritos no Bolsa Família começou no último dia 18 e segue até o dia 31. O auxílio emergencial somente será depositado quando o valor for superior ao benefício do programa social.
Em todos os casos, o auxílio será pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada (veja guia de perguntas e respostas).
Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial aos beneficiários do Bolsa Família. - Arte/Agência Brasil
*Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil
BUENOS AIRES - Os preços da carne bovina estão em disparada em todo o mundo, tirando a proteína dos cardápios de Buenos Aires cidade conhecida por seu amor ao bife – e prejudicando os churrascos de verão nos Estados Unidos, em meio a um aumento das importações pela China e à alta nos custos da ração animal.
Globalmente, o salto nas cotações está contribuindo para que os preços dos alimentos atinjam o maior nível desde 2014, segundo a agência das Nações Unidas para o setor. O movimento afeta especialmente os consumidores mais pobres, que lutam para se recuperar das paralisações econômicas causadas pela pandemia de Covid-19.
A alta nos preços da carne bovina tem sido desencadeada pelo aumento na demanda chinesa, pela oferta limitada de gado em alguns países, por uma escassez de mão-de-obra nos frigoríficos e pelo salto nos custos com ração. A tendência está começando a sacudir os mercados fornecedores e a impactar políticas para o setor.
Em 17 de maio, a Argentina, segunda maior fornecedora de carne bovina da China – atrás apenas do Brasil -, interrompeu seus embarques por um mês para tentar conter o aumento da inflação. O país culpou a demanda asiática pela redução das ofertas, que fez com que os preços domésticos subissem.
“O preço da carne subiu muito, é uma loucura”, afirmou Fernanda Alvarenga, 38 anos, funcionária administrativa em Buenos Aires.
Ela disse ter reduzido o consumo doméstico de carne a apenas um dia por semana, ao invés de uma vez a cada dois dias. Ela também começou a preparar milanesa, um prato popular de carne empanada, com cortes mais baratos.
“Custa algo em torno de 4 mil a 5 mil pesos (US$ 42 a US$ 53) por mês para comprar carne. Antes, com a mesma quantia você conseguia comprar muito mais.”
Os preços da carne bovina na Argentina, onde o consumo da proteína é visto como um direito humano básico e as zonas rurais são lotadas de ranchos, dispararam mais de 60% em um ano. O consumo per capita despencou, atingindo uma mínima de 100 anos em abril, segundo relatório de uma câmara do setor de carnes.
Memes compartilhados em grupos de WhatsApp lamentam como a carne bovina se tornou inacessível. Entre eles, estão piadas de que a pandemia levou as pessoas a comer polenta, em vez de carne – uma crítica irônica aos esforços do governo para alimentação durante a pandemia.
Nos primeiros meses de 2021, a China importou 178.482 toneladas de carne bovina da Argentina, ante 152.776 toneladas em igual período do ano passado, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândegas do país asiático.
A maioria das importações são de animais mais velhos que não são consumidos internamente, segundo a câmara do setor de carnes da Argentina, que se opõe à proibição governamental aos embarques do país. Em protesto contra a medida, produtores interromperam o comércio local de animais.
A China aumentou as importações de carne após um surto de peste suína africana dizimar seu rebanho de porcos a partir de 2018. Mais recentemente, Pequim suspendeu algumas importações de carne bovina provenientes da Austrália, sua terceira maior fornecedora do produto entre 2018 e 2020, após as relações entre os dois países se deteriorarem. Desde então, os importadores chineses têm dependido mais de outras nações.
“A carne bovina geralmente era consumida fora de casa, como em restaurantes. Mas o consumo doméstico está cada vez mais popular”, disse Pan Chenjun, analista sênior do Rabobank.
Enviar carne bovina a importadores como a China é mais lucrativo para países como Argentina e Brasil, devido à desvalorização das moedas locais e à redução na demanda interna, disse Upali Galketi Aratchilage, economista sênior da Organização para Alimentos e Agricultura das Nações Unidas.
O resultado, porém, é que as elevadas exportações podem reduzir a oferta doméstica, empurrando os preços para cima, acrescentou Aratchilage.
Os EUA e o Brasil ainda enfrentam dificuldades para reabastecer seus estoques domésticos de carnes bovina, suína e de frango congeladas, após um salto nos embarques para a China no ano passado, que ocorreu mesmo diante de surtos de Covid-19 em frigoríficos, que levaram trabalhadores a adoecer e prejudicaram a produção.
Em Clovis, no Estado norte-americano da Califórnia, o veterano aposentado do Exército Darin Cross disse que ficou chocado com o custo de um pacote de 0,9 kg de carne moída no Walmart – antes vendido a US$ 8, o produto vale agora US$ 10. Como resultado, o homem de 55 anos está consumindo mais vegetais.
“Para nós que temos uma renda fixa, esse é um aumento bastante acentuado em questão de algumas semanas”, disse Cross. “Meu medo é que (o preço) simplesmente continue subindo.”
O preço unitário médio da carne bovina in natura nos EUA avançou 5% em abril ante março, e cerca de 10% em relação ao mesmo mês do ano anterior, conforme dados da NielsenIQ. Os preços da carne suína e de frango estão cerca de 5,4% acima do patamar visto no ano passado.
Nos arredores de Nova Orleans, Tina Howell, 45 anos, disse que parou de comprar bifes a granel para abastecer seu freezer porque os mercados deixaram de vendê-los. Ela destacou que os cortes de “New York strip steak” têm sido vendidos por cerca de US$ 12 o quilo – antes, custavam US$ 7.
“Os preços estão astronômicos”, disse Howell, que trabalha no setor imobiliário.
A alta dos preços está beneficiando frigoríficos como a Tyson Foods, maior processadora de carne dos EUA em termos de vendas. A empresa disse que os cheques distribuídos pelo governo norte-americano como forma de estímulo estão dando impulso a uma demanda excepcional, já que fazem com que os consumidores tenham mais dinheiro para comprar alimentos.
Embora as ofertas de gado nos EUA sejam amplas, a produção de carne bovina tem sido limitada por uma escassez de mão-de-obra e pela capacidade de processamento dos frigoríficos, de acordo com produtores de carne.
As companhias do setor têm lidado com custos mais altos com a alimentação do gado, já os preços de soja e milho operam ao redor de máximas de oito anos. Algumas delas estão repassando esses custos aos consumidores. O aumento da demanda por parte de restaurantes também dá suporte aos preços, à medida que restrições relacionadas à Covid-19 são flexibilizadas.
A Omaha Steaks, de Nebraska, que vende carne bovina premium, acredita que a demanda nos EUA permanecerá forte durante o verão (do Hemisfério Norte), já que as pessoas estão dispostas a ter reuniões maiores e a pagar por alimentos de alta qualidade, disse o CEO da empresa, Todd Simon.
As brasileiras JBS e BRF, por sua vez, afirmaram que têm enfrentado dificuldades para repassar os custos mais elevados com ração aos consumidores no mercado doméstico, embora a JBS tenha se beneficiado de suas operações nos EUA.
Os preços de alguns cortes de bovinos no Brasil subiram até 30% no último ano, devido à oferta restrita de gado e à forte demanda por exportações, disse Guilherme Malafaia, pesquisador do setor de bovinos da Embrapa. Junto com Hong Kong, a China compra 60% de toda a carne bovina exportada pelo Brasil.
Para os brasileiros, no entanto, os altos preços levaram o consumo doméstico a cair 14% frente aos níveis pré-pandemia, ao menor patamar em 25 anos. Os consumidores voltaram seu foco para as carnes suína e de frango, além dos ovos, que são historicamente mais baratos.
Em 2020, o consumo per capita de carne suína no Brasil cresceu 5%, enquanto o consumo de frango avançou 6%, ambos em comparação anual, segundo Marcelo Miele, pesquisador para aves e suínos da Embrapa. Os brasileiros agora comem 251 ovos por pessoa por ano, o maior nível da história, disse ele.
Os açougues, enquanto isso, sofrem com a queda nas vendas, à medida que alguns consumidores cortam a carne bovina do cardápio ou passam a consumir cortes mais baratos.
Com os preços de “carnes médias” – como bifes T-bone e filés de costela – aumentando de forma acentuada nos EUA, o açougueiro Shawn Smith disse que mais pessoas estão comprando carne moída em sua loja em Albany, Oregon.
Já o açougueiro argentino Pablo Alberto Monzón, de 26 anos, afirmou que as vendas de carne diminuíram em um terço em sua loja, localizada em um bairro de classe trabalhadora em Buenos Aires. Menos clientes estão entrando no estabelecimento – e os que entram descobrem que seu dinheiro não é suficiente para muita coisa.
“Pessoas que antes podiam comprar costelinhas para grelhar agora se contentam com bife de flanco”, disse Monzón. (Com Reuters)
*Por: FORBES
BRASÍLIA/DF - A taxa de desocupação no Brasil subiu 0,8 ponto percentual e fechou o primeiro trimestre de 2021 em 14,7%, na comparação com o último trimestre do ano passado, quando o indicador estava em 13,9%.
Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 880 mil pessoas a mais que estão sem ocupação, totalizando 14,8 milhões em busca de emprego.
Segundo a analista da pesquisa Adriana Beringuy, esta é a maior taxa e o maior contingente de desocupados desde o início da série histórica, em 2012. Ela ressalta que o indicador contém um componente sazonal: “esse aumento da população desocupada é um efeito sazonal esperado. As taxas de desocupação costumam aumentar no início de cada ano, tendo em vista o processo de dispensa de pessoas que foram contratadas no fim do ano anterior. Com a dispensa nos primeiros meses do ano, elas tendem a voltar a pressionar o mercado de trabalho”.
O contingente de pessoas ocupadas, de 85,7 milhões, ficou estatisticamente estável na comparação com o último trimestre de 2021 e o nível de ocupação caiu 0,5 ponto percentual, para 48,4%. De acordo com Adriana, o nível de ocupação está abaixo de 50% desde o trimestre encerrado em maio do ano passado, ou seja, há um ano menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada.
“Essa redução do nível de ocupação está sendo influenciada pela retração da ocupação ao longo do ano passado, quando muitas pessoas perderam trabalho. Em um ano, na comparação com o primeiro trimestre de 2020, a população ocupada reduziu em 6,6 milhões de pessoas”.
Categorias de trabalhadores
Nas categorias de trabalhadores, o IBGE aponta que houve redução de 2,9% dos empregados do setor privado sem carteira assinada, com menos 294 mil pessoas, totalizando 9,7 milhões. Os empregados do setor público sem carteira assinada diminuíram 17,1%, com menos 395 mil e total de 1,9 milhão. A única categoria de trabalhadores que apresentou aumento na ocupação foi a que engloba trabalhadores por conta própria, que subiu 2,4%, o que representa mais 565 mil postos de trabalho, com total de 23,8 milhões.
Entre os trabalhadores com carteira assinada, o setor privado ficou estável na análise trimestral, com 29,6 milhões de pessoas. Porém, a comparação anual indica redução de 10,7%, o que representa 3,5 milhões de pessoas a menos. Os trabalhadores domésticos foram estimados em 4,9 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2021, uma redução de 1 milhão de pessoas em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, antes da pandemia.
O número de empregadores com CNPJ somou 3 milhões de pessoas, o menor contingente da série histórica, iniciada no quarto trimestre 2015. A taxa de informalidade ficou em 39,6% no primeiro trimestre, com 34 milhões de pessoas, estável em relação ao trimestre anterior (39,5%). Esta categoria inclui os trabalhadores sem carteira assinada no setor privado e doméstico, empregadores sem CNPJ e trabalhadores sem remuneração.
O IBGE destaca que houve alta recorde de trabalhadores subutilizados e desalentados. As pessoas subutilizadas, que são as que estão desocupadas (14,8 milhões), subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas (7 milhões) ou na força de trabalho potencial (11,3 milhões), somaram 33,2 milhões, o maior contingente da série. O aumento foi de 3,7%, com mais 1,2 milhão de pessoas nessa categoria.
Os desalentados, aquelas pessoas que desistiram de procurar trabalho, somaram 6 milhões, estável em relação ao último trimestre de 2020 no maior patamar da série. A população fora da força de trabalho somou 76,5 milhões de pessoas, estável ante o trimestre anterior e 13,7% maior do que o mesmo período de 2020. A força de trabalho somou 100,5 milhões de pessoas.
Atividades econômicas
O contingente de ocupados não apresentou variações significativas em todos os grupamentos de atividades, na comparação trimestral. Porém, na comparação com o primeiro trimestre de 2020, sete grupos apresentaram queda.
São eles: o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com queda de 9,4%, ou menos 1,6 milhão de pessoas; alojamento e alimentação perderam 26,1% ou 1,4 milhão de pessoas; os serviços domésticos tiveram redução de 17,3%, ou menos 1 milhão de pessoas; outros serviços diminuíram 18,6%, com perda de 917 mil pessoas; a indústria geral caiu 7,7%, com redução de 914 mil postos de trabalho; transporte, armazenagem e correio caíram 11,1%, ou menos 542 mil pessoas; e a construção encolheu 5,7%, com 361 mil pessoas a menos.
Apenas a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura aumentaram na comparação anual, com 4% a mais de trabalhadores ou 329 mil pessoas.
Para a analista do IBGE, a redução reflete os impactos da pandemia: “essa redução na maioria dos grupamentos de atividades reflete o cenário da pandemia. De modo geral, a maior parte das atividades econômicas tem menos ocupados do que há um ano”.
O rendimento médio real dos trabalhadores brasileiros foi de R$ 2.544 no primeiro trimestre de 2021, estável em relação ao trimestre anterior. A massa de rendimento real, que soma todos os rendimentos dos trabalhadores, também ficou estável em R$ 212,5 bilhões.
*Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
EUA - Em um evento na quarta-feira, 26, a Ford anunciou um aumento no investimento em veículos elétricos, o que levou a um aumento nas ações da empresa em Wall Street. A montadora espera que, até 2030, 40% de suas vendas no mundo sejam de carros movidos a bateria.
A Ford acrescentará cerca de 8 bilhões de dólares aos gastos de desenvolvimento de veículos elétricos até 2025. O valor será investido na parceria com a SK Innovation, da Coréia do Sul, para desenvolver e fabricar baterias, anunciada na semana passada.
A empresa coreana vai construir duas fábricas nos EUA para fabricar baterias para cerca de 600.000 veículos elétricos por ano até meados desta década. As empresas afirmam que assinaram um memorando de entendimento, mas os detalhes sobre a estrutura de propriedade e localização das fábricas ainda não foram acertados. Wall Street gostou do que ouviu e as ações subiram mais de 7%, para 13,72 dólares, um nível não visto em cerca de cinco anos.
A Ford anunciou ainda duas novas plataformas de veículos elétricos para fazer picapes, veículos comerciais e SUVs, como o Ford Explorer. E também disse que os veículos menores na Europa seriam construídos com ajuda da parceira Volkswagen.
A indústria automotiva e os governos estão tentando passar da combustão interna para a energia elétrica como uma forma de conter as mudanças climáticas. Alguns países europeus planejam descontinuar os veículos movidos a petróleo, enquanto o presidente americano Joe Biden está prometendo gastar bilhões em estações de recarga.
A rival da Ford, a General Motors, diz que espera interromper a venda de veículos a combustão até 2035.
EUA - Os Estados Unidos anunciaram na terça-feira (25) que rebaixaram a classificação de segurança aérea do México, proibindo assim as transportadoras mexicanas de oferecer novos serviços ou rotas em seu território.
A Administração Federal de Aviação (FAA) disse que a medida também impede as companhias aéreas dos EUA de comercializar e vender passagens com empresas parceiras mexicanas, embora não afete o serviço existente das companhias mexicanas nos Estados Unidos.
"A FAA aumentará seu escrutínio sobre os voos das companhias aéreas mexicanas para os Estados Unidos", afirmou a agência reguladora dos EUA em um comunicado, no qual indica que encontrou "várias áreas" deficientes em termos de segurança aérea.
Segundo sua avaliação, o governo mexicano não cumpre os padrões da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), entidade da ONU que regula a aeronáutica global. Consequentemente, a FAA decidiu que a classificação de segurança do México agora é "Categoria 2" em vez de "Categoria 1".
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, havia dito na segunda-feira que os EUA não deveriam adotar essa medida, já que seu país está "cumprindo todas as normas" e "requisitos".
"No entanto, há interesses, porque quem se beneficia quando há uma medida dessa são as companhias aéreas dos Estados Unidos", alegou López Obrador em sua coletiva diária.
O presidente mexicano descartou que a decisão possa afetar gravemente as empresas mexicanas, pois, segundo ele, elas estão mais voltadas ao transporte interno e há um aumento no número de voos após a redução causada pela pandemia.
A Aeromexico, maior empresa de aviação do país latino-americano, afirmou em nota que suas operações não seriam afetadas e expressou sua disposição de apoiar as autoridades mexicanas na recuperação do status anterior.
Por sua vez, a Volaris, uma companhia aérea mexicana de baixo custo, destacou os "enormes avanços registados nos últimos meses a partir das observações da autoridade norte-americana" e disse que se abre uma "oportunidade de construir uma melhor aviação no país".
Enquanto isso, a Associação Sindical de Pilotos Aviadores do México garantiu que seus 1.900 membros ativos atendem aos "mais altos padrões de segurança".
O rebaixamento significa que as leis ou regulamentações mexicanas não garantem "padrões nacionais mínimos de segurança internacional" e que "a autoridade de aviação civil carece de uma ou mais áreas, como experiência técnica, pessoal capacitado, manutenção de registros, procedimentos de inspeção ou resolução de problemas de segurança", explicou a FAA.
A agência reguladora dos EUA, que realizou a avaliação entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021, disse estar pronta para ajudar sua contraparte mexicana, a Agência Federal de Aviação Civil (AFAC), a melhorar seu sistema de supervisão, para que o país retorne à "Categoria 1".
*Por: AFP
BRASÍLIA/DF - Trabalhadores informais nascidos em setembro recebem hoje (26) a segunda parcela da nova rodada do auxílio emergencial. O benefício terá parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo da família.
O pagamento também será feito a inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos no mesmo mês. O dinheiro será depositado nas contas poupança digitais e poderá ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem. Somente de duas a três semanas após o depósito, o dinheiro poderá ser sacado em espécie ou transferido para uma conta-corrente.
Também hoje, beneficiários do Bolsa Família com o Número de Inscrição Social (NIS) de dígito final 7 poderão sacar o benefício.
No último dia 13, a Caixa anunciou a antecipação do pagamento da segunda parcela. O calendário de depósitos, que começou no último dia 16 e terminaria em 16 de junho, teve o fim antecipado para 30 de maio.
Ao todo, 45,6 milhões de brasileiros serão beneficiados pela nova rodada do auxílio emergencial. O auxílio será pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada (veja guia de perguntas e respostas no último parágrafo).
Para os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento ocorre de forma distinta. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do NIS.
O pagamento da segunda parcela aos inscritos no Bolsa Família começou no último dia 18 e segue até o dia 31. O auxílio emergencial somente será depositado quando o valor for superior ao benefício do programa social.
Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial a beneficiários do Bolsa Família. - Arte/Agência Brasil
Em todos os casos, o auxílio será pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada (veja guia de perguntas e respostas).
*Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - Trabalhadores informais nascidos em agosto recebem hoje (25) a segunda parcela da nova rodada do auxílio emergencial. O benefício terá parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo da família.
O pagamento também será feito a inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos no mesmo mês. O dinheiro será depositado nas contas poupança digitais e poderá ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem. Somente de duas a três semanas após o depósito, o dinheiro poderá ser sacado em espécie ou transferido para uma conta-corrente.
Também hoje, beneficiários do Bolsa Família com o Número de Inscrição Social (NIS) de dígito final 6 poderão sacar o benefício.
No último dia 13, a Caixa anunciou a antecipação do pagamento da segunda parcela. O calendário de depósitos, que começou no último dia 16 e terminaria em 16 de junho, teve o fim antecipado para 30 de maio.
Ao todo, 45,6 milhões de brasileiros serão beneficiados pela nova rodada do auxílio emergencial. O auxílio será pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada (Veja guia de perguntas e respostas no último parágrafo).
Para os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento ocorre de forma distinta. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do NIS.
Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial. - Arte/Agência Brasil
O pagamento da segunda parcela aos inscritos no Bolsa Família começou no último dia 18 e segue até o dia 31. O auxílio emergencial somente será depositado quando o valor for superior ao benefício do programa social.
Em todos os casos, o auxílio será pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada (Veja guia de perguntas e respostas).
*Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil
CHINA - O presidente da Huawei, grupo chinês de telecomunicações, afirmou que a empresa deve entrar na produção de softwares, como parte de uma acelerada diversificação de produtos para enfrentar a sanções do governo dos Estados Unidos, revela um documento interno divulgado nesta terça-feira.
Ren Zhengfei, presidente e fundador da Huawei, disse aos funcionários da empresa que a medida faz sentido "porque no mundo do software, o governo dos Estados Unidos teria muito pouco controle sobre nosso desenvolvimento futuro e teríamos mais autonomia".
As instruções de Ren, de 76 anos, representam o sinal mais recente de mudança estratégica provocado pela pressão de Washington, que considera a Huawei uma potencial ameaça à segurança.
A Huawei anunciou em abril os planos de trabalhar com fabricantes chineses de automóveis para produzir veículos inteligentes. Também prometeu acelerar o desenvolvimento de seu próprio sistema operacional para smartphones, depois que ficou sem acesso à plataforma Android, do Google, pelas medidas americanas.
A empresa chinesa publicou nesta terça-feira uma breve mensagem nas redes sociais para informar que seu sistema operacional, chamado HarmonyOS, será lançado globalmente em 2 de junho, mas sem revelar detalhes.
Depois de afirmar que "a melhor defesa é um bom ataque", Ren traçou um plano ambicioso para desenvolver um software que "se adapta e abraça o mundo".
Mas o memorando interno apresenta poucos detalhes sobre os tipos de software que a Huawei pretende desenvolver ou sobre que empresas seriam suas rivais.
Em 2018, o então presidente americano Donald Trump iniciou uma campanha agressiva para isolar a Huawei, alegando que os equipamentos da empresa poderiam ser usados pelo Partido Comunista de China para espionagem e atos de sabotagem.
A empresa foi vetada no mercado americano e ficou de fora das redes mundiais de abastecimento de componentes, depois que Washington pressionou os países aliados a interromper o uso de equipamentos da Huawei em suas redes de telecomunicações.
China e Huawei rejeitaram com veemência as acusações americanas e afirmaram que nunca foram apresentadas provas que respaldem as mesmas.
As vendas de smartphones da Huawei registraram queda no último ano.
O governo do novo presidente americano, Joe Biden, indicou que deve manter a pressão sobre a empresa.
Diante das dificuldades, Ren destacou que a produção de software vai priorizar o mercado chinês, sem perder de vista Europa, Ásia e África.
*Por: AFP
BRASÍLIA/DF - Antecipada para maio por causa da pandemia de covid-19, a primeira parcela do décimo terceiro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começa a ser paga hoje (25). Os depósitos ocorrerão até 8 de junho.
A segunda parcela do décimo terceiro será paga entre 24 de junho e 5 de julho. As datas são distribuídas conforme o dígito final do benefício, começando pelos segurados de final 1 e terminando nos de final 0.
Essas datas valem para quem recebe aposentadorias, auxílios e pensões de até um salário mínimo. Para quem ganha acima do mínimo, o calendário é um pouco diferente. A primeira parcela será paga de 1º a 8 de junho; e a segunda, de 1º a 7 de julho. Começam a receber os segurados de final 1 e 6, passando para 2 e 7 no dia seguinte e terminando nos finais 9 e 0.
As datas estão sendo informadas no site e no aplicativo Meu INSS. A primeira parcela do décimo terceiro é isenta de Imposto de Renda e equivale à metade do benefício mensal bruto pago pelo INSS. O imposto só é cobrado na segunda parcela.
A tributação varia conforme a idade. O segurado de até 64 anos paga Imposto de Renda caso receba acima de R$ 1.903,98. De 65 anos em diante, a tributação só é cobrada se o benefício for superior a R$ 3.807,96.
O decreto com a antecipação do décimo terceiro para aposentados e pensionistas foi publicado em 4 de maio. Segundo o Ministério da Economia, a medida deve injetar cerca R$ 52,7 bilhões na economia do país e não terá impacto orçamentário, por tratar-se apenas de mudança de data de pagamento.
*Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil
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