SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Educação (SME) está lançando a Campanha de Doação de Livros “Compartilhe conhecimento e sentimentos”. O objetivo é arrecadar livros para serem entregues ao Sistema Integrado de Bibliotecas de São Carlos (SIBISC), aos atendidos pelos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social) do município e também pelo NAIA, em uma ação para o Dia das Crianças. Os títulos doados servirão para o acervo das bibliotecas municipais, para abastecer as três unidades da Geladeira do Saber e atender os projetos de incentivo à leitura no município.
As pessoas que quiserem participar da campanha podem fazer a doação de livros novos ou usados, que estiverem em bom estado de conservação. Não serão aceitos livros didáticos, somente os de diversos gêneros literários. Livros danificados e rabiscados serão descartados. A doação é voluntária.
Serão disponibilizados os seguintes pontos de arrecadação: Biblioteca Municipal “Amadeu Amaral” (Rua São Joaquim, 735, Centro), Biblioteca Municipal “Euclides da Cunha” (Rua Antônio de Almeida Leite, 535, Vila Prado) e Biblioteca Pública Distrital de Água Vermelha (Avenida Bela Cintra, 77).
O mote da campanha é “Compartilhe conhecimento e sentimentos”. As bibliotecárias que atuam no SIBISC serão responsáveis pelo recebimento dos livros, pela triagem e pelo processamento dos títulos. Uma parte das doações vai abastecer a unidade do projeto “Geladeira do Saber” que será futuramente instalada no recém-inaugurado Shopping Popular “José Ferreira - Mota”. As outras duas unidades da “Geladeira do Saber” estão disponíveis no Mercado Municipal e na Praça Coronel Salles.
A campanha vai até o fim de 2022. O propósito é promover ainda mais a leitura, encantar o leitor com o prazer da leitura, disponibilizar o maior número de títulos ao cidadão, distribuindo informação para diferentes públicos.
O diretor do Departamento do Sistema Integrado de Bibliotecas, Adilson Luís de Vitta, agradece ao prefeito Airton Garcia e à secretária de Educação, Professora Wanda Hoffmann, por propiciarem oportunidades de acesso ao conhecimento e incentivo à leitura junto à população, e ressalta a importância da adesão dos munícipes à campanha de doação.
Outro ponto é a avaliação do comportamento dos leitores diante das Geladeiras do Saber. “Queremos que o cidadão retire o livro, leia e devolva para que haja uma rotatividade desse conhecimento”, diz Vitta. “Há também o cuidado para que ninguém venda os livros retirados, por isso pedimos que as pessoas respeitem e mantenham sempre os livros à disposição de todos”.
O Departamento do Sistema Integrado de Bibliotecas, ligado à SME, pode recolher os livros mediante agendamento prévio se houver interesse dos doadores. Os contatos devem ser feitos pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (16) 3372-2471.
SÃO CARLOS/SP - O Sirius, acelerador de partículas do tipo síncrotron localizado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), inaugurou recentemente sua linha de luz de infravermelho denominada “IMBUIA”, com capacidade para realizar pesquisas de caráter multidisciplinar. A nova linha de luz está sendo aberta para a comunidade acadêmica e científica em geral, tendo como principal missão a realização de experimentos usando luz síncrotron na região do infravermelho. A estação experimental é coordenada pelo pesquisador Raul de Oliveira Freitas, que também atuou como responsável pela linha de infravermelho IR1 do síncrotron UVX, primeiro acelerador de partículas do Brasil, operado pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) que faz parte do CNPEM. O UVX foi desativado em meados de 2019 e agora o LNLS concentra seus esforços na conclusão do projeto Sirius.
A linha “IMBUIA” é constituída por duas subestações experimentais autônomas e distintas entre si -” IMBUIA Micro” e “IMBUIA Nano”, onde o ex-aluno do IFSC/USP, Francisco Carlos Barbosa Maia* (40), é pesquisador sênior, exercendo atividades institucionais de apoio a usuários e conduzindo sua pesquisa em materiais bidimensionais.
Estação experimental “IMBUIA Micro”
Enquanto, na estação experimental “IMBUIA Micro” são utilizadas técnicas de infravermelho para o estudo de fenômenos que ocorrem em escala micrométrica, na estação experimental “IMBUIA Nano” o foco é alcançar medidas em escala nanométrica. Dotada de um espectrômetro e um microscópio de infravermelho, a IMBUIA Micro consegue fazer espectroscopia de infravermelho convencional, para estudar, por exemplo, as vibrações moleculares que podem levar à identificação química de sistemas compostos por diferentes moléculas, sendo também, com uma particularidade muito especial, capaz de fazer microscopia de infravermelho. “Na verdade, consegue-se associar, com esse microscópio, uma foto de uma amostra ao espectro de uma região específica de uma amostra. Outro diferencial é que esse microscópio consegue fazer também imagens de infravermelho, conhecidas como imagens químicas ou imagens hiperespectrais. Nós usamos uma CCD de infravermelho com 128 pixels por 128 pixels. Em cada pixel conseguimos capturar um espectro de infravermelho e após a leitura da amostra conseguimos localizar a ressonância vibracional que se pretende apurar e construir uma imagem exatamente dessa ressonância. Com isso, conseguimos distinguir diferentes domínios micrométricos de composição química específica dentro de uma área total investigada de 700 por 700 micrômetros quadrados da amostra. Podem ser analisadas amostras no estado sólido, como filmes finos, bem como na forma de pó, e líquidas. A aplicação dessas técnicas de infravermelho abrange casos científicos das mais diversas áreas, como, biologia, farmácia, agricultura, física, química etc.”, relata Francisco Maia.
Estação experimental “IMBUIA Nano”
É na estação experimental “IMBUIA Nano” que o pesquisador Francisco Maia desenvolve sua área de estudos em materiais bidimensionais por meio de técnicas de infravermelho que alcançam a nano-escala. Para isso, a “IMBUIA Nano” usa um microscópio óptico de varredura de campo próximo (scattering-type scanning near-field optical microscope, S-SNOM). Com o s-SNOM é possível realizar espectroscopia e microscopia de infravermelho com resolução espacial de 25 nanômetros, empregando lasers e o feixe do Sirius como fontes de luz infravermelha. Vale destacar que, por ter alto brilho e banda ultra larga, a luz infravermelha do síncrotron acoplada ao s-SNOM dá origem à técnica Synchrotron Infrared Nano Spectroscopy (SINS). Essas técnicas delicadas e complexas são utilizadas para o trabalho de Francisco Maia cujo foco de pesquisa é estudar a nano-óptica de materiais bidimensionais. “O que fazemos nessa estação experimental é iluminar, com radiação (luz) infravermelha, uma ponta metalizada de AFM, com ápice (ou cume) de poucos nanômetros, que está localizada no microscópio s-SNOM. A luz fica confinada exatamente no ápice da ponta, transformando-a assim em uma nano-sonda de infravermelho que é utilizada para se estudarem materiais de escala nanométrica compatível com o tamanho do ápice da nano-sonda. Note que a resolução espacial passa a ser dada pela ponta do equipamento e não mais pelo limite da difração”, esclarece o pesquisador. Neste sentido, como é uma nano-sonda com uma alta intensidade de campo eletromagnético, Francisco Maia consegue usar essa capacidade para estudar a nano-fotônica de materiais bidimensionais, como, por exemplo, grafeno e nano-cristais, entre outros.
Embora seja uma pesquisa básica, os experimentos realizados por Francisco Maia vão no sentido de conhecer as propriedades ópticas dos materiais na nano-escala, bem como novos fenômenos que permitam, em um futuro próximo, construir dispositivos óptico-eletrônicos com dimensões bastante reduzidas, como nano-transistores, nano-lasers e nano-diodos com emissão de luz, entre outros, bem como a propagação da luz nesses materiais bidimensionais, antevendo já as novas tecnologias que revolucionarão, por exemplo, a área de comunicações.
Um pormenor interessante é que, além de usarem a radiação síncrotron, ambas as estações experimentais da “IMBUIA” têm fontes próprias de infravermelho, fazendo com que operem offline, ou seja, enquanto uma estação usa a luz síncrotron, a outra pode trabalhar independentemente.
*Francisco Carlos Barbosa Maia é Bacharel em Física pela UNESP de Rio Claro (2003), fez mestrado (2006) e doutorado (2011) no IFSC/USP, no Grupo de Polímeros “Bernhard Gross”. Trabalhou um curto período na iniciativa privada, no desenvolvimento e comercialização de lasers e fez seu Pós-Doutorado no sincrotron UVX, no Grupo de Condições Extremas (2015). Entre 2015 e 2019, trabalhou na linha de infravermelho do UVX. Desde 2020, Francisco é cientista da linha “IMBUIA” do Sirius.
Por: Rui Sintra
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Educação (SME) encerrou com sucesso a 2ª Parada Pedagógica, realizada desde 8 de julho, para os profissionais da Educação Infantil da rede municipal de ensino. Foi a primeira vez que o evento foi realizado em modo presencial após a pandemia da COVID-19.
Ao todo, até o final do ano letivo de 2022, serão promovidas mais duas Paradas Pedagógicas, conforme foi estabelecido no calendário escolar. Trata-se de uma conquista para a educação infantil, considerando que aos profissionais são oferecidas formações para repensar as práticas pedagógicas nas unidades escolares.
Essas formações são destinadas agentes educacionais, educadores de creche, Professores I (que atuam nos Centros Municipais de Educação Infantil-CEMEIs) e Professores III (Educação Física e Educação Especial) que também atuam nos CEMEIs.
O tema da 2ª Parada Pedagógica foi “Currículo Paulista em Ação”. As formações foram oferecidas simultaneamente na FESC da Vila Nery (para professores das Fases 1 e 2, educadores de creches e agentes educacionais), no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” no campus da USP (para professores das Fases 3 e 4, educadores de creches e agentes educacionais), no CEMAC (Centro Municipal de Arte e Cultura) para professores das Fases 5 e 6 e professores de Educação Especial, e no CEMEI “Dom Ruy Serra” para os professores de Educação Física.
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria de Obras Públicas, está finalizando as obras de ampliação e de drenagem do Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) “Olívia Carvalho”, no bairro Cidade Aracy. A obra na unidade escolar contou com um investimento total de R$ 451.549,84 com recursos do próprio município.
A escola foi inaugurada em 2015 com a capacidade para atender 230 crianças, com oito salas de aula, refeitório, cozinha, pátio coberto, playground, banheiros individuais, coletivos e adaptados, e sala de recursos multifuncionais para o público-alvo da Educação Especial.
“Com a construção de novos residenciais na região, a procura por vagas no CEMEI aumentou muito e a Secretaria Municipal de Educação solicitou um projeto para ampliação da unidade e também para resolver o problema de alagamento na parte do fundo da escola quando chovia muito forte. Iniciamos as obras no final de janeiro e agora já estamos na fase do acabamento”, disse João Muller, secretário de Obras Públicas.
De acordo com o diretor do CEMEI Olívia Carvalho, Lauro Freitas, foram construídas duas novas salas de aula, dois sanitários novos e sistema novo de drenagem para o escoamento de água no terreno da escola. “Com essa obra finalizada vamos poder abrir mais duas turmas por período, totalizando mais 40 vagas. Foi uma grande conquista para toda a comunidade conseguirmos aumentar a nossa capacidade de atendimento”, comemora o diretor.
Atualmente estão matriculados 300 estudantes abrangendo crianças da Fase 1 à Fase 6, ou seja, a partir de 4 meses de idade até 5 anos e 11 meses.
Lauro Freitas disse, ainda, que com as duas novas salas vai ser possível separar as fases por ambientes. “Um espaço vai atender somente as crianças da creche com todas as adaptações necessárias e outro somente a pré-escola”, finaliza.
“Estamos investindo tudo que podemos para recuperar e ampliar as nossas escolas, porém sempre por meio de processos licitatórios. Vamos sempre trabalhar para oferecer um ambiente adequado para todos os alunos, professores e servidores da rede municipal de ensino”, ressaltou o prefeito Airton Garcia.
A Secretaria Municipal de Educação vai promover no equipamento público durante o recesso escolar a pintura interna e também externa. Também estão previstas aquisições de novo mobiliário para as novas salas e brinquedos para o parquinho.
A Secretaria Municipal de Educação, por meio da Seção de Central de Vagas, possui um processo contínuo de matrículas para a Educação Infantil. Os pais e responsáveis podem ser atendidos por meio de mensagens nos seguintes números de WhatsApp: (16) 99242-2956, (16) 99413-6199 e (16) 99416-4790. Outras informações também podem ser obtidas por meio do telefone (16) 3373-3222, ramal 2.
SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições para a Semana da Engenharia de Materiais (SEMa), realizada por estudantes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP) e que abordará o tema "As perspectivas profissionais da Engenharia de Materiais".
O evento acontece entre os dias 22 e 26 de agosto, nos campi das duas universidades em São Carlos. Na programação estão previstas visitas técnicas; minicursos práticos com especialistas; palestras e workshops das mais diversas áreas da Engenharia de Materiais; entre outras atividades.
Inscrições e demais informações no site do evento, em https://bit.ly/3yoMtsb.
SÃO CARLOS/SP - A ciência e a tecnologia trabalham para melhorar o homem como um todo, bem como seu entendimento de tudo ao seu redor. Este processo constante de investimento e acumulo de conhecimento, tem permitido que a humanidade supere crises severas que já ocorreram em sua existência e que continuam ocorrendo. Mais recentemente viveu-se uma crise (que ainda persiste) com um novo vírus que nos atingiu. Novamente, aqui a ciência se mostrou soberana, preparando vacinas com uma rapidez nunca vista, desenvolvendo testes de diagnóstico e, principalmente, tecnologias que permitem evitar que o mal se torne ainda maior.
Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), inseridos no Centro Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF) e em conjunção com empresas parceiras dentro do programa EMBRAPII, desenvolveram diversas tecnologias para ajudar neste período. Ocorre, que a Covid não é apenas uma gripe que vem e vai; ela deixa sequelas de diversas naturezas. Há quem entenda que a denominada “Covid-Longa” se refere aos diversos efeitos colaterais que acabam ficando. Dores musculares, dores articulares, fadiga, dificuldades respiratórias, formigamento ou parestesia, tonturas e diversas alterações, como de equilíbrio, olfato, paladar e zumbido no ouvido, além de problemas circulatórios e perda de memória, dentre outros, são sequelas da doença.
Preocupados com estas situações Pós-Covid, os pesquisadores que trabalham com o desenvolvimento de novas tecnologias para reabilitação, utilizando laser como elemento principal, desenvolveram equipamentos e protocolos para reabilitação destas sequelas. As técnicas e procedimentos já foram aprovados pela ANVISA e estão sendo disponibilizados aos profissionais da saúde.
Através de uma parceria CEPOF-INOVA (Parque Tecnológico Damha) dentro do programa CITESC (Centro de Inovação e Tecnologia em Saúde de São Carlos), os pesquisadores estão agora expandindo a iniciativa nascida em São Carlos, do criado Centro de Reabilitação Pós-Covid, para outros municípios do estado de São Paulo. Este é o caso da parceria criada com o Consórcio CISMETRO, que envolve mais de vinte e cinco municípios da região de Campinas.
Criação de novos centros para tratamento de sequelas Pós-Covid no Estado de São Paulo
Convidada por esse Consórcio, a equipe de pesquisadores da USP apresentou no dia 08 de julho, na cidade de Holambra (SP), para mais de vinte prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais na área de saúde, as novas tecnologias e as possibilidades de avançarem com a criação de centros em seus respectivos municípios.
A equipe, liderada pelo Prof. Vanderlei Salvador Bagnato e constituída pelos pesquisadores Drs. Antonio Aquino e Vitor Panhoca, acompanhados pela Dra. Bruna Boasorte (INOVA), mostraram as novas tecnologias e deram início ao processo de treinamento de profissionais daquela região para que o Consórcio possa também disponibilizar os protocolos de reabilitação Pós-Covid em toda a região.
Segundo Vanderlei Bagnato, esta é uma das oportunidades de aproveitar a experiência do IFSC/USP para a expansão dos avanços científicos e tecnológicos desenvolvidos no Instituto para outros municípios e regiões do Estado de São Paulo. ”Quando a ciência transborda e oferece soluções para a sociedade, é como se fizéssemos uma verificação de que todo investimento e esforço feito em ciência valeu a pena”, diz Bagnato.
Para o pesquisador, o CITESC é um esforço iniciado há já algum tempo e que agora começa a dar seus resultados e com atividades concretas e decisivas para beneficiar a saúde da população. “Esforços conjuntos público-privados estão cada vez mais permitindo avanços consideráveis na solução de problemas de nossa sociedade. Quando fazemos ciência de alta qualidade, sempre encontramos uma forma de colocá-la ao serviço da sociedade. Às vezes, realizamos pesquisas e geramos conhecimentos que se tornarão fundamentais para a solução de problemas muitos anos depois. O importante é que a detenção do conhecimento é que garante ir adiante, e isto nosso Instituto tem feito muito bem. Aos poucos, São Carlos, com seus desenvolvimentos, torna-se uma peça importante no cenário nacional no tratamento da Pós-Covid e isso nos deixa muito orgulhosos”, enfatizou Bagnato.
Rui Sintra - IFSC/USP
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