SÃO CARLOS/SP - Mais uma vez a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) conquista importantes prêmios na área de pesquisa em vidros. João Vitor Campos, pesquisador de pós-doutorado, sob supervisão de Ana Candida Martins Rodrigues, docente do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa), e Ricardo Felipe Lancelotti, doutorando orientado por Edgar Dutra Zanotto, também do DEMa, foram premiados com o IYOG (International Year of Glass) Future Fellows, como incentivo à participação no 26th International Congress on Glass 2022 (26th ICG), em Berlim. Ambos são vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM), bolsistas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pertencentes ao Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação em Vidros (CeRTEV), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) sediado na UFSCar.
"Eu me senti muito honrado. Foi muito emocionante receber o certificado da premiação em meio a tantos pesquisadores de ponta", afirmou Campos, que ainda destacou o privilégio de participar do Congresso e conhecer pessoas com as quais poderá estabelecer futuras parcerias. A supervisora do pós-doutorando ressaltou que, com essa premiação, ele foi considerado um jovem promissor para a área de pesquisa em vidros.
Lancelotti também destacou a premiação: "Eu fiquei bastante feliz. A premiação mostra que estamos no caminho certo, fazendo pesquisa de ponta." "Do ponto de vista do Laboratório de Materiais Vítreos (LaMaV), este prêmio internacional fortalece e consolida a noção de que estamos realizando pesquisa inovadora e competitiva em nível mundial, em fase com os melhores grupos vidreiros deste planeta. Também demonstra que os alunos do PPGCEM têm nível de excelência", ressaltou o orientador.
Ao todo, o evento recebeu 879 participantes de 37 países e mais de 500 trabalhos apresentados de forma oral e como pôster. Os 17 jovens pesquisadores selecionados foram avaliados pela Sociedade Alemã de Ciência e Tecnologia em Vidros (Deutsche Glastechnische Gesellschaft - DGG), em conjunto com a Comissão Internacional em Vidros (International Commission on Glass - ICG) e com o Instituto de pesquisa Otto Schott da Friedrich Schiller University of Jena.
Pesquisas
Campos apresentou de forma oral e em pôster o trabalho intitulado "Flash sintering with concurrent crystallization of Li1.5Al0.5Ge1.5(PO4)3 glass-ceramics". Nesse estudo, foi utilizado campo e corrente elétrica, capaz de reduzir em até 90% o consumo energético do processo de cristalização com sinterização concorrente de vidros do sistema Li2O·Al2O3·GeO2·P2O5 (LAGP), com potencial aplicação como eletrólitos sólidos em baterias de lítio, em comparação com as técnicas convencionais. Além da redução considerável no consumo energético, a técnica proposta é capaz de obter o material cristalino em questões de segundos, processo que convencionalmente demanda centenas de minutos.
Até o momento, essa técnica de cristalização ultrarrápida de vidros foi testada em dois sistemas, sendo que o objetivo agora é expandir o estudo para verificar se esse novo método é capaz de acelerar a cristalização de outros sistemas vítreos e também estudar a possibilidade de realizar co-sintering, isto é, sinterizar e cristalizar material em uma única etapa. "Ainda estamos em uma escala laboratorial, ou seja, cristalizando pastilhas de pequena dimensão. Todavia, para aplicação como eletrólitos sólido, as dimensões estudadas já são equivalentes às usadas em baterias do tipo coin cell. Portanto, trata-se de uma técnica com grande potencial para ser aplicada industrialmente", explicou Campos.
Já o trabalho de Lancelotti, "Structural relaxation dynamics of a silicate glass via changes in three properties", também apresentado de forma oral e em pôster, abordou o processo de relaxação estrutural de um vidro modelo, o dissilicato de lítio. O objetivo foi comparar a relaxação estrutural através da mudança em três propriedades: índice de refração, condutividade iônica e temperatura de transição vítrea. O conhecimento da cinética e do mecanismo de relaxação é importante para a ciência e tecnologia de materiais, já que são relacionados à têmpera, à estabilidade e ao alívio das tensões térmicas residuais durante a fabricação de vidros. A análise dos resultados mostrou que, apesar de a estrutura relaxar sempre do mesmo modo, a cinética de relaxação medida é fortemente dependente da propriedade analisada, resolvendo uma persistente controvérsia na literatura.
"O conhecimento detalhado do fenômeno de relaxação estrutural é importante para a ciência e tecnologia de materiais, já que é relacionado à têmpera, a estabilidade e ao alívio das tensões térmicas residuais durante a fabricação de vidros", detalhou Lancelotti.
Pela premiação, Campos recebeu € 2500, desconto de 50% na inscrição do congresso, certificado de premiação e um ano de filiação à ICG; e Lancelotti recebeu a isenção da inscrição do congresso e certificado de premiação.
SÃO CARLOS/SP - A vereadora Raquel Auxiliadora (PT) solicitou a realização de uma audiência pública na próxima quinta-feira (15), às 18h30, na Câmara Municipal, para discutir a questão da lista de espera da educação infantil e reivindicar vagas de período integral em escolas municipais.
Falando na tribuna durante a sessão plenária da última terça-feira (6), a vereadora Raquel citou as reclamações de mães que buscam vagas para seus filhos em escolas de educação infantil e ficam sem saber sequer sua posição na lista de espera. Ela também apontou relatos de professores de que a Secretaria Municipal está fechando salas de aula na educação infantil.
“Essa incoerência não se justifica. Há uma péssima gestão na educação municipal, que prejudica o aprendizado das crianças”, afirmou a vereadora, acrescentando que as mães precisam de vagas para seus filhos em período integral.
Raquel também apontou a questão da insegurança alimentar que atinge muitas famílias na cidade, num momento difícil da economia, quando 33 milhões de brasileiros passam fome: “A escola é um grande fator de desenvolvimento das crianças, também pelo fornecimento de merenda escolar”.
Depois de observar que faltam professores e o problema da estrutura física das escolas não foi resolvido, a parlamentar assinalou que conforme o último balanço da Prefeitura, o governo municipal ainda não gastou os 25% do orçamento mínimo na Educação, conforme determina a Constituição. “Dinheiro tem, demanda tem nas escolas e o que a gente não tem é um governo municipal preocupado com a Educação”, concluiu.
Falta pouco para a prova do Enem, que acontece nos dias 13 e 20 de novembro; professor Daniel Ferretto, influenciador e fundador da plataforma Ferretto, lista pontos que nem todos sabem sobre o exame
SÃO PAULO/SP - A pouco mais de 60 dias do Enem 2022, milhares de estudantes de todo o Brasil estão em “contagem regressiva” para a avaliação, que é a mais aguardada pelos candidatos que querem ingressar no ensino superior.
O exame costuma criar muita expectativa entre os alunos, já que, com o Enem, existem mais chances de ser aprovado no Vestibular. “A nota do exame pode ser aplicada no SISU, ProUni, FIES ou sistemas de bolsas de universidades particulares, ou seja, abre caminho para o aluno ingressar em uma universidade”, explica Daniel Ferretto, da plataforma Professor Ferretto - canal 100% online que tem foco na preparação para o Enem e vestibulares, contempla todo o conteúdo do ensino médio e conta com cerca de 50 mil alunos de todo o Brasil.
A prova do Enem já está chegando na sua 24ª edição, mas nem sempre foi aplicada no modelo e da forma como conhecemos hoje. “Ao longo dos anos, o exame foi evoluindo e sofrendo atualizações”, comenta Ferretto.
Pensando nisso, o professor e influenciador listou 5 curiosidades sobre o Enem:
1- Exame não foi criado como forma de vestibular
A primeira prova, em 1998, foi realizada com o intuito de medir como estava o ensino no Brasil. “Foi uma medida para saber como os jovens brasileiros saíam da escola, para saber quais eram os problemas que a educação tinha, assim ajudando na mudança do sistema educacional. Somente no ano seguinte passou a ser possível usar a nota para entrar em algumas universidades", explica Ferretto.
2- Quantidade de questões quase triplicou
No início o exame tinha somente 63 questões e a Redação, e também era aplicado em um único dia, com duração de 5 horas e meia. A partir de 2008, a prova passou a ter dois dias de aplicação e 180 questões e a Redação. “Em 2017 ela passou a ser feita em dois fins de semana, para não deixar a prova cansativa” , relembra ele.
3- Método de correção identifica “chutes”
A correção é feita a partir do método de Teoria de Resposta ao Item (TRI), que começou a ser utilizado em 2009, para comparações das provas de anos anteriores.
“Esse método de avaliação é feito individualmente em cada questão, a partir do grau de dificuldade. As mais fáceis valem mais pontos e as mais complexas somam menos pontos no resultado final. Esse sistema ajuda a identificar se o candidato ‘chutou’ algumas questões, então é importante ficar atento”, alerta Ferretto.
4- Enem ajudava a conquistar diploma do Ensino Médio
Para as pessoas que, por algum motivo, não conseguiram concluir o Ensino Médio, durante os anos de 2009 e 2016, a prova servia como meio de obter o certificado de conclusão. “A partir de 2017, só é possível conseguir o diploma de pessoas que não concluíram o Ensino Médio após a prestar o Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja)", esclarece o professor.
5- Enem passará a ser 100% digital a partir de 2026
Em 2019, foi anunciado mais um modelo de prova: o Enem Digital. Este formato ainda está em fases de testes, e os candidatos podem escolher qual modelo desejam, mas a previsão é que, em 2026, o único modelo do exame seja o digital.
“Ainda é incerto se a versão digital irá facilitar a vida do candidato ou não, existem alguns contras, como o analfabetismo digital e a dificuldade de acesso à internet. Mas essa modalidade promete questões interativas, que podem melhorar o desempenho e as notas. Ainda precisamos de mais testes para saber se será de fato uma boa opção”, finaliza o professor Ferretto.
Pesquisadores da USP de São Carlos colocam essa possibilidade
SÃO CARLOS/SP - A resistência das bactérias aos antibióticos está entre os problemas mais sérios enfrentados pela civilização moderna, acreditando-se que, possivelmente, uma nova pandemia poderá surgir causada por bactérias resistentes aos antibióticos. Os cientistas acreditam na possibilidade do mundo poder enfrentar uma nova pandemia devido à proliferação dessas bactérias resistentes aos antibióticos.
Diariamente, há notícias de doenças que anteriormente respondiam bem aos antibióticos e que agora não obtêm essa resposta, registrando-se, atualmente, um elevado número de óbitos provocados por infecções que não conseguem ser eliminadas. Esta situação desastrosa chegou a este ponto devido ao uso abusivo de antibióticos, fato que contribuiu para que as bactérias adquirissem mutações que se mostram resistentes aos mesmos.
A doença que se tem mostrado mais letal é a pneumonia resistente, que vitimou muita gente que contraiu a COVID-19 nos hospitais e que continua a causar preocupações, colocando aos cientistas de todo o mundo a questão de como quebrar essa resistência.
Através de trabalhos realizados no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) e de uma rede de pesquisadores internacionais, os cientistas conseguiram obter uma primeira resposta para quebrar a resistência bacteriana aos antibióticos, utilizando a ação fotodinâmica.
Produzindo um stress oxidativo nas bactérias, pela introdução de agentes fotossensíveis, grupos de cientistas chefiados pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, que também exerce sua atividade na Texas A&M University (EUA), Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, demonstraram que após este tratamento as bactérias voltaram a ser eliminadas pelo mesmo tipo de antibióticos que haviam anteriormente demonstrado resistência. O trabalho, envolvendo a Dra. Kate Blanco e a aluna Jennifer Machado, ambas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), juntamente com colaboradores estrangeiros, acaba de ser publicado na prestigiosa revista “PNAS- Procedings of the National Academy of Science” (EUA). Outro trabalho sobre este tema está em fase de publicação em outra revista de grande prestígio internacional, sendo que estas abordagens científicas estão tendo uma grande repercussão internacional, devendo prover novas esperanças para o combate das bactérias resistentes.
Atualmente, a equipe do IFSC/USP está progredindo neste campo com o uso da técnica para o tratamento das faringotonsillities (infecções de garganta) e mesmo no tratamento da pneumonia.
SÃO CARLOS/SP - Roselei Françoso, presidente da Câmara Municipal de São Carlos, protocolou um requerimento de urgência na sessão desta terça-feira (6) para solicitar informações e providências da Prefeitura Municipal quanto à situação das professoras da antiga Casa Amarela, fechada em 2015, no bairro Cidade Aracy.
A unidade escolar foi criada provisoriamente para atender crianças dos bairros Cidade Aracy I e Presidente Collor até que o CEMEI Olívia de Carvalho tivesse suas obras concluídas. A Casa Amarela funcionou por 15 anos, com oito turmas distribuídas nos períodos da manhã e tarde.
“Seis professoras se tornaram efetivas na Casa Amarela, além das professoras contratadas em caráter temporário”, explicou Roselei Françoso. Assim que o Cemei Olívia de Carvalho foi entregue, em junho de 2015, essas professoras não tiveram oportunidade de continuar como efetivas nesta unidade.
“Elas foram transferidas compulsoriamente para o Cemei Profª Maria Alice Vaz de Macedo”, lembrou Roselei. Essa situação semelhante ocorreu no Santa Felícia com o fechamento do Cemei Gildeney Carreri, que em tese se uniu ao Cemei Amélia Botta.
“Surgiram vários conflitos com essas mudanças porque as professoras da Casa Amarela e do Gildeney Carreri não levaram suas respectivas pontuações para as unidades atuais”, frisou o presidente da Câmara. Segundo Roselei, no caso do Cemei Amélia Botta a Educação tomou a acertada decisão de garantir suas pontuações.
Para Roselei, é fundamental que a Secretaria Municipal de Educação adote o mesmo procedimento com relação às professoras da Casa Amarela. “Em média elas possuem 7 anos de permanência”, explicou.
No requerimento, que a Secretaria Municipal de Educação deve responder em quinze dias a partir do momento em que for notificada, Roselei questiona se é possível adotar o mesmo tratamento do ocorrido no Cemei Gildeney Carreri, se a Secretaria tem conhecimento de quais professoras estão nesta situação e quais os próximos passos a serem adotados para solucionar o tema.
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