Evento visa estimular reflexões acerca dos 50 anos da Universidade e da vida e obra do sociólogo Florestan Fernandes
SÃO CARLOS/SP - Nos dias 29 e 30 de outubro, a Unidade Multidisciplinar de Memória e Arquivo Histórico (UMMA), com o apoio do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi), ambos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realiza o VI Seminário de Política de Informação e Memória: 50 anos da UFSCar e Centenário de Florestan Fernandes. O evento online pretende estimular reflexões acerca da história da Instituição e também da vida e obra do sociólogo Florestan Fernandes, cuja biblioteca particular foi adquirida pela Universidade em 1996.
Ao longo dos dias, serão realizadas três mesas-redondas, que irão rememorar a história das bibliotecas nos quatro campi e a relevância do acervo de Florestan Fernandes para a UFSCar e pesquisadores de todo o mundo, uma vez que o seu pensamento permanece vivo por meio de suas obras. No dia 29 de outubro, das 14 às 16 horas, acontece a primeira mesa, intitulada "Resgatando a história das bibliotecas da UFSCar", que terá a participação das primeiras servidoras das bibliotecas de cada campus da Universidade.
A segunda mesa ocorre no dia 30, das 9 às 11 horas, e abordará "A importância dos arquivos pessoais dentro das instituições públicas". A atividade conta com especialistas da área de arquivos, enfocando especialmente os arquivos pessoais. Por fim, no mesmo dia, das 14 às 16 horas, será a terceira mesa-redonda, com o tema "A relevância do acervo de Florestan Fernandes para a UFSCar", e receberá pesquisadores do Fundo Florestan Fernandes, o jornalista e filho do sociólogo, Florestan Fernandes Júnior, e o ex-reitor da UFSCar e responsável pela vinda do acervo de Florestan para a UFSCar, professor Newton Lima Neto.
As inscrições são gratuitas, abertas a todas as pessoas interessadas e devem ser feitas em https://umma2020.faiufscar.com
Até 30 de outubro, Ibaté recebe matrículas de crianças, jovens e adultos que estão fora da rede municipal de ensino. Para alunos que já estão na rede, a rematrícula é automática
IBATÉ/SP - A Prefeitura de Ibaté, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, está recebendo até 30 de outubro matrículas para o ano letivo de 2021.
Segundo a Secretária-adjunta de Educação de Ibaté, Andréa Falvo, a matrícula precisa ser feita apenas para novos alunos e para alunos que precisem de transferência para rede municipal da cidade. "Para os alunos que já estão matriculados, em alguma escola municipal de Ibaté, a rematrícula é automática. Não é necessário ir até a escola. A vaga para 2021 está garantida para os alunos que já estão na nossa rede".
Já para novos alunos ou para alunos que queiram transferência para rede municipal, os pais e responsáveis devem procurar, até 30 de outubro, a Unidade Escolar mais próxima de sua residência, e apresentar cópia da certidão de nascimento da criança; RG e CPF da criança (se houver); caderneta de vacina da criança com comprovantes, RG e CPF dos pais ou responsáveis e comprovante de residência.
Para novos alunos da EJA (Educação para Jovens e Adultos), os interessados devem procurar as Unidades Escolares EM "Neusa Milori Freddi" ou a EM "Brasilina Teixeira Ianone", onde são desenvolvidas as atividades para essa faixa etária, com cópia de RG, CPF e comprovante de residência.
Para as matrículas presenciais, o uso de máscara de proteção facial é obrigatório.
Ideb 2019
A Educação Municipal de Ibaté foi uma das melhores avaliadas, em relação às cidades pertencentes à Diretoria de Ensino de São Carlos, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2019, divulgado em setembro pelo Ministério da Educação. O município obteve a nota 7,0, sendo que a meta projetada era de 6,4, na avaliação dos alunos dos 5º anos do ensino fundamental.
O índice avalia, bienalmente, o desempenho do sistema educacional brasileiro. Em 2015, Ibaté tinha como meta projetada 5,9 e obteve 6,2. Em 2017, a meta projetada era 6,2 e alcançou a nota 6,8.
A rede municipal de ensino de Ibaté conta com 14 unidades e atende 903 alunos da Creche; 873 da Pré-escola e 2459 alunos do Ensino Fundamental 1 (até o quinto ano), com duas turmas de jovens e adultos (EJA).
SÃO CARLOS/SP - Em essência, a atuação dos docentes sempre envolveu uma entrega descomunal. Entretanto, essa constatação ficou escancarada para a sociedade brasileira, sobretudo para os pais e responsáveis, durante a pandemia. O exercício profissional, diante da necessidade de aulas remotas, tornou-se uma verdadeira maratona de superação e amor pela educação. Para se ter uma ideia, um levantamento que questionou o quanto os docentes estavam preparados para usar, no ensino, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) mostrou que, no Brasil, somente 64,2% se sentiam confortáveis com a temática. Ou seja, a cada três professores, um teve que superar muitas barreiras para continuar ministrando aulas. Aliás, antes da covid-19, muitos deles já defendiam que o desenvolvimento profissional de alta qualidade era uma prioridade.
Com convicção, digo que essa conduta dos professores não me surpreendeu, porque eu sempre soube da dedicação que envolve a decisão de se tornar um educador no Brasil. Quer uma evidência disso? A Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) – conduzida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – aponta que, no país, entre as principais motivações para ingressar na profissão de docente estão a possibilidade de contribuir com a sociedade (97,2%); a chance de influenciar o desenvolvimento de jovens e crianças (95,4%); e pelo fato de a atividade permitir ao profissional beneficiar as pessoas menos favorecidas socialmente (93,7%). Na prática, aqui reside a resposta para essa dedicação tão intensa e firme. Os professores – ao lado dos profissionais da saúde – são alguns dos protagonistas do momento que vivemos. Uma inspiração que ultrapassa as palavras que eu possa usar.
Diante das histórias de superação que ouvimos sobre os professores – alguns decidiram caminhar quilômetros para levar as atividades para os alunos sem internet; outros, tiveram que conciliar a vida profissional e a dinâmica familiar em um mesmo ambiente; e houve os que abriram diálogo com os pais e responsáveis para juntos encontrarem a melhor alternativa educacional para o momento – confesso que a solidariedade entre os docentes foi algo que me comoveu, especialmente. A pesquisa da OCDE mostrou que 39% deles utilizaram sugestões de conteúdo ou dinâmicas dadas por outros professores; 38% pesquisaram temas na internet. Ou seja, a troca entre eles foi muito grande; um amparo e empatia entre pares. Em uma perspectiva mais contemporânea e com olhar na ancestralidade, eles mostraram que é preciso uma aldeia para educar uma criança; se apoiaram neste trabalho colaborativo e nos conteúdos produzidos por eles e para eles na internet para não deixar essa missão fracassar.
Mas, claro, o período não envolve apenas superação; engloba outras preocupações, sobretudo o equilíbrio emocional dos professores. Desde 2018, um levantamento conduzido pela Nova Escola já mostrava a importância de ficarmos atentos à saúde mental do educador, ou seja, em um contexto anterior à pandemia, o estudo apontava um alto estresse envolvido na atividade: 63% relataram dores de cabeça constante e 68% sofriam de ansiedade. Hoje, diante do novo e do inesperado, é percebido que se intensificou a tensão. O risco de voltar às aulas presenciais em um contexto sem vacina também é uma grande preocupação. Vejo que, como sociedade, estamos todos aprendendo juntos. Entretanto, é fato que alguns de nós estão se doando e sofrendo um impacto muito maior.
No livro Antifrágil - Coisas que se beneficiam com o caos – best-seller do The New York Times, escrito por Nassim Nicholas Taleb – há um conceito que ilustra muito bem esse momento que vivenciamos. O antifrágil está para além do que é resiliente e robusto; o resiliente resiste a impactos e permanece o mesmo. O antifrágil fica melhor, porque enfrenta choques e cresce com eles, ou seja, melhora diante de uma situação inesperada. Enxergo os educadores brasileiros, sendo pautados por essa conduta.
Por isso, a eles, a minha admiração e o agradecimento!
| Claudio Sassaki é mestre em Educação pela Stanford University e cofundador da Geekie.
Inscrições para o próximo bloco acontecem entre os dias 19 e 28 de outubro
SÃO CARLOS/SP - O Núcleo Ouroboros de Divulgação Científica, um projeto de extensão do Departamento de Química (DQ) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realiza até dezembro uma série de oficinas teatrais online abertas para as comunidades interna e externa à Universidade.
"Diante da atual situação da Covid-19, muitas atividades artísticas precisaram ser repensadas para alcançar o público e não deixar a população carente de cultura. Pensando nisso, criamos a modalidade das oficinas a distância, com o objetivo de continuar levando arte, ciência e inclusão, para todos, mesmo em meio a uma pandemia", explica Karina Lupetti, coordenadora da iniciativa.
Para o projeto, foram programados três blocos de atividades, com seis horas cada, e horários de acordo com a idade dos participantes: o grupo 1, de 7 a 12 anos, com aulas às segundas-feiras, das 16 às 18 horas; e o grupo 2, a partir dos 13 anos, com aulas às quartas, das 18 às 20 horas. Para cada grupo, são ofertadas 15 vagas.
As pessoas interessadas podem escolher entre os dois blocos restantes, já que o primeiro está sendo realizado neste mês de outubro: o bloco 2, com inscrições abertas de 19 a 28 de outubro, e aulas em novembro; e o terceiro bloco, cujas aulas acontecem principalmente em dezembro, com inscrições entre os dias 16 e 25 de novembro.
Os temas abordados são: "Jogos teatrais em diversos espaços formais e não-formais"; "Teatro e comunicação: Ciência, arte e inclusão em palco"; e "Processo criativo: Como criar seu espetáculo on line?". As oficinas são ministradas por Lupetti, doutora em Química e divulgadora científica; Tiago Botassin, técnico em Artes Dramáticas e educador; e Isabella Rios, licencianda em Química e bolsista do projeto.
A iniciativa tem parceria com o Núcleo de Formação de Professores (NPF) da UFSCar. Mais informações e os links para as inscrições podem ser obtidos neste documento (https://bit.ly/33OvBf2).
Evento tem atividades para todas as idades, de 17 a 23 de outubro
SÃO CARLOS/SP - De 17 a 23 de outubro, acontece em todo o Brasil a 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, com o tema "Inteligência Artificial: a nova fronteira da Ciência Brasileira". A iniciativa, coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), visa promover a cultura científica junto a públicos variados. A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) preparou uma programação intensa e variada para o período, com ações que vão de palestras e minicursos a oficinas de culinária molecular, compreendendo atividades para pessoas de todas as idades.
Dentre os assuntos que serão abordados nos minicursos, palestras, mesas-redondas e seminários estão, além do tema principal da Semana - a Inteligência Artificial -, a riqueza e o potencial escondido em diferentes biomas brasileiros, como o Cerrado, dentre outros; novos materiais para diferentes aplicações; relações entre Tecnologia e Cultura; Biotecnologia; Genética; e outras áreas do conhecimento.
Na programação também está edição online do tradicional Circo da Ciência, com desafios e outras atividades voltadas para estudantes dos ensinos Fundamental e Médio, organizadas pelos grupos PET (do Programa de Educação Tutorial) das áreas de Química, Física, Matemática e Biologia. O Núcleo Ouroboros de Divulgação Científica promove apresentações teatrais, oficinas, concurso de vídeos e contação de histórias.
A programação completa está disponível no site do evento, em https://snct17.faiufscar.com, onde é possível realizar inscrições nas atividades, até o dia 14 de outubro. A página também traz uma seleção de materiais audiovisuais voltadas à disseminação do conhecimento, como a produção do Laboratório Aberto de Interatividade para a Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI) relacionada à Covid-19; vídeos de divulgação dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) e Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) sediados na UFSCar e matérias produzidas pela TV UFSCar.
A organização da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na UFSCar é da Pró-Reitoria de Pesquisa (ProPq), com apoio da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI) e da Secretaria Geral de Relações Internacionais (SRInter) da Universidade. A programação nacional da Semana pode ser consultada em https://snct.mcti.gov.br/.
Evento online terá diálogos sobre Inteligência Artificial a partir da Informação, Inovação e Sociedade
SÃO CARLOS/SP - No dia 19 de outubro, acontece o II Seminário Informação, Inovação e Sociedade (SIIS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que neste ano será realizado online, em consonância com a 17ª Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Com o tema "Inteligência Artificial: diálogos a partir da Informação, Inovação e Sociedade", o SIIS se configura como espaço de divulgação e de articulação da produção científica no que diz respeito ao conhecimento, à tecnologia e à inovação em âmbito nacional e internacional, a partir do olhar das áreas de Ciência da Informação (CI) e Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), como um amplo campo de estudo das relações entre a informação e os aspectos evolutivos da tecnologia, na promoção da inovação e seu impacto nos diversos segmentos da sociedade contemporânea.
Ao longo do dia, o Seminário terá três palestras. A primeira, intitulada "Qual o impacto da Inteligência Artificial e dos dados (abertos e conectados) na Educação?", ocorre a partir das 10 horas e será ministrada por Seiji Isotani, Professor Titular na área de Computação e Tecnologias Educacionais junto ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP).
Às 15 horas, a palestra "Por que não dá para deixar tudo nas mãos dos algoritmos?" terá a participação de Chico Camargo, pós-doutorando em Ciência de Dados na Universidade de Oxford, do Reino Unido. Em seguida, às 17 horas, Dalton Lopes Martins, docente da Faculdade de Ciência da Informação (FCI) na Universidade de Brasília (UnB), falará sobre "A qualidade dos dados em tempos de Inteligência Artificial e Big Data". A apresentação dos trabalhos aprovados acontecerá às 14 horas e às 16 horas.
O SIIS é gratuito, aberto às pessoas interessadas e será transmitido por meio do canal no YouTube (https://bit.ly/
Na publicação, pesquisador destaca a importância do Centro Cultural Quilombaque, no bairro de Perus da capital paulista
SÃO CARLOS/SP - Há uma absoluta necessidade de que o Centro Cultural Quilombaque, localizado na região periférica de Perus, na cidade de São Paulo, continue existindo. A afirmação é do professor Cesar Alves Ferragi, do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e que está atuando na campanha de preservação do local. "O Quilombaque é um centro cultural, um local de resistência, que hoje está sendo ameaçado de despejo por conta da especulação imobiliária na região. Ele promove a transformação social desse bairro periférico por meio da consciência que a arte propõe", afirma.
"O Quilombaque é um suspiro no modo de vida das pessoas da região e sua extinção pode ser evitada", defende Ferragi, que esteve no local algumas vezes, com alunos da UFSCar e visitantes estrangeiros, em especial da Universidade Breda de Ciências Aplicadas, da Holanda, parceira da UFSCar.
Durante as visitas, professores, alunos e comunidade conversaram sobre o chamado Turismo de Resistência, termo cunhado por visitantes da Organização Mundial do Lazer que ali estiveram. "A capacidade - e a necessidade - de construir juntos é algo que tem dado o tom de inovação social do Quilombaque", afirma Ferragi. "As visitas ao Quilombaque foram uma experiência marcante a todos nós. Marcaram porque percebemos como as pessoas de Perus e região estão dando conta de lidar com os silenciamentos e distanciamentos simbólicos das periferias do Brasil. Principalmente em termos de sua relação com o território, com a terra, com a história do local e com a ancestralidade do povo que ali habita", relata.
Segundo ele, Perus foi um bairro famoso por conta da antiga fábrica de cimento, hoje desativada. "O vazio provocado pela entrada e saída de uma grande empresa, pareceu-nos simbolicamente uma experiência de desterritorialização das pessoas, que aparece muito no corpo, na dança, no grito do Quilombaque. Amanhã, caso o Quilombaque desapareça, as pessoas não terão mais o lugar que constela todas as suas relações de familiares, amigos... de comunidade. Como alguém que mora na Consolação, centro de São Paulo, percebi em Perus um grau de território, de relação com as trilhas, com a história, que hoje nos bairros centrais mal temos. Com a sua extinção, o que está em jogo é a imposição de um espaço confinado nessas vidas ali do entorno, um atestado claustrofóbico de um espaço que acabará virando doença, dor e impossibilidade", aponta o professor.
De acordo com ele, "a realidade periférica de Perus não fica atrás das demais tragédias comumente reportadas na mídia. Observamos habitações irregulares por todos os lados, esgotos a céu aberto e pouco verde nas ruas. Existe o tráfico, sim. Ao mesmo tempo observamos algumas hortas comunitárias, parques de skate... e uma grande árvore, gigantesca, plantada no Quilombaque. Isso para mim foi importante, ao ver como uma comunidade se ergue, orgânica, ampla e abrangente como uma árvore; como uma possibilidade de pulsão de vida, em contraponto às pulsões de morte. Ele representa um lugar para que narrativas próprias falem, para que pessoas da comunidade falem por elas próprias. Isso é inovação social, e faz bem".
Mesmo com todas as violências, o Quilombaque, conta Ferragi, vibra uma narrativa que não é contada, e que vai contra uma narrativa hegemônica de periferia como um lugar hostil, triste e perigoso. "É importante saber dessa narrativa, que é a vivida pelo Quilombaque. A força das pessoas que sustentam o Quilombaque é o que mais inspira. Força interior para retomar a vida exterior, uma vontade de fazer esforço na direção oposta daquilo que mingua suas potências. Os corpos que ali dançam e se expressam, na batida do Jongo, são resistências vivas em oposição aos corpos confinados em quartos escuros e sem janela", salienta o professor.
Publicação
A atuação de Ferragi junto ao Centro Cultural Quilombaque deu origem aos capítulo "Placemaking, Social Constructionism and Global South" (em Português, "Placemaking, Construcionismo Social e Sul Global"), publicado no "Manual SAGE de Práticas Construcionistas Sociais" ("The SAGE Handbook of Social Constructionist Practices"), da editora inglesa SAGE. O capítulo, em Inglês, tem a coautoria da professora Celiane Camargo-Borges, da Universidade Breda de Ciências Aplicadas, da Holanda, e descreve práticas de turismo de base comunitária em torno do Quilombaque.
Para saber mais sobre ao assunto, acesse o artigo publicado por Cesar Ferragi no Linkedin (https://bit.ly/3jOI9dj). Acompanhe as novidades sobre o Centro Cultural Quilombaque nas páginas do Facebook (facebook.com/quilombaque) e Instragram (instagram.com/quilombaque).
Com resultados inovadores, tese recebeu Prêmio Capes na área de Cîências Ambientais
SÃO CARLOS/SP - Como é possível fortalecer a representação e a participação dos segmentos sociais envolvidos nas decisões de gestão de recursos hídricos no Brasil? Essa foi uma das questões que norteou a tese de doutorado desenvolvida por Flávia Darre Barbosa junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Com foco nos Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs), Barbosa identificou os principais desafios para propor uma nova abordagem do processo participativo na gestão da água e dos recursos hídricos no Brasil.
A relevância dos resultados fez com que a tese, realizada entre 2015 e 2019, recebesse da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) o Prêmio Capes de Teses - Edição 2020 na área de Ciências Ambientais. O trabalho foi orientado pelo professor Frederico Yuri Hanai, do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) da UFSCar, e coorientado pelo engenheiro Paulo Augusto Romera e Silva (in memorian), do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo.
"O tema gestão de água e recursos hídricos, no Brasil e no mundo, requer muito cuidado, atenção e inovação, sobretudo com o avanço de impactos socioambientais significativos nessa área como, por exemplo, a escassez hídrica e a qualidade da água", defende a autora da tese premiada, que destacou o apoio e os ensinamentos de seus orientadores, imprescindíveis para a qualidade e repercussão de seu trabalho.
Ela explica que os CBHs são fundamentais para o processo participativo em uma gestão efetiva e sustentável dos recursos hídricos, mas que ainda existem grandes desafios a serem superados nos Comitês. "Desafios que envolvem questões políticas e institucionais, instrumentos de gestão, comunicação e informação, qualidade de representação entre outros. Por isso, é preciso continuar fortalecendo os CBHs para que se avance no processo participativo, com ampla participação de todos os segmentos - Poder Público (Federal, Estadual e Municipal); sociedade civil organizada; e dos usuários de água. É preciso inserir a participação popular, da comunidade que está na ponta, que está ao lado do rio que transborda, da água que precisa ser tratada", recomenda.
Nesse sentido, a pesquisa elencou 29 desafios dos CBHs, reunidos em sete grupos estratégicos: Questões políticas institucionais; Institucionalização e atuação do CBH; Instrumentos de gestão dos recursos hídricos; Comunicação, Informação, Conhecimento e Divulgação; Representação e representantes no CBH; Articulações; e Participação no CBH.
Dentro dos sete grupos estratégicos a tese também aponta o que é preciso ser feito para o fortalecimento dos Comitês, como por exemplo, o aumento das articulações com outras políticas públicas; transparência ao processo de gestão; comunicação e divulgação; paridade de representação; equilíbrio entre as organizações que compõem a sociedade civil organizada; parcerias para a gestão da água e dos recursos hídricos; contribuição para instituições com menor capacidade financeira, entre outras ações.
Métodos e diferenciais
Em linhas gerais, explica Barbosa, os CBHs são os colegiados, que dentro do Sistema Nacional de Gestão de Recursos Hídricos, devem promover o ambiente de discussão entre sociedade e Estado, nos temas e pautas referentes à gestão da água e dos recursos hídricos. A pesquisa deu ênfase para dois CBHs com métodos diferenciados: um Comitê Estadual (CBH Turvo Grande - em que foi feita observação participante e aplicação de método participativo) e um Comitê Interestadual (CBH Grande- com realização de observação simples). "Mas também foi realizada aplicação de questionários e entrevistas com representantes de CBHs de vários estados brasileiros. Ao todo a pesquisa alcançou 60 CBHs", descreve a pesquisadora.
"As políticas nacional e estaduais de recursos hídricos no Brasil proporcionam o viés participativo na gestão com a criação dos colegiados, como os CBHs, o que é princípio fundamental para uma boa gestão. Porém, a participação na gestão da água vai além do que está proporcionado na legislação, pois deve envolver, e creio que de forma ampla, os representantes e a sua representatividade, os interesses dos diversos setores da sociedade e os interesses da comunidade", defende.
Um dos diferenciais que contribuiu para a premiação da tese foi relacionar esses temas, apresentando uma nova abordagem para compreender o processo participativo, em escalas e graus de participação, além de considerar a representação e a representatividade. "Como a pesquisa foi essencialmente qualitativa, procurei tratar grande parte dos dados com muito rigor, e sem utilizar programas de tratamento de dados e análises estatísticas", destaca Barbosa.
O trabalho "Comitês de Bacias Hidrográficas, representação e participação: desafios e possibilidades à gestão da água e dos recursos hídricos no Brasil" está disponível na íntegra no Repositório Institucional da UFSCar, em https://repositorio.ufscar.br/
São ofertadas 24 vagas e as inscrições podem ser feitas até 14 de outubro
SÃO CARLOS/SP - Estão abertas, até 14 de outubro, as inscrições na seleção para o curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia (PPGGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). No total, são ofertadas 24 vagas e todas as etapas do processo seletivo serão realizadas de forma remota em virtude da pandemia da Covid-19. O início do curso será no primeiro semestre de 2021.
O PPGGero tem duas linhas de pesquisa: Saúde, Biologia e Envelhecimento; e Gestão, Tecnologia e Inovação em Gerontologia. O objetivo do Programa é capacitar o aluno, teórica e metodologicamente, para atuar como docente do Ensino Superior e iniciar a carreira de pesquisador, produzindo conhecimento em Gerontologia e tornando-o acessível à comunidade científica e à população em geral.
O processo seletivo terá duas etapas: análise e arguição do projeto de pesquisa e análise do currículo. As inscrições devem ser feitas conforme as instruções do edital, disponível em www.ppggero.ufscar.br. As orientações completas sobre a seleção também estão no edital. Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Inscrições para mestrado vão até 20 de outubro; para o doutorado até 3/11
SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP) do Campus São Carlos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas em processos seletivos para os cursos de mestrado e doutorado acadêmicos, com início em 2021.
As inscrições para o mestrado serão realizadas até 20 de outubro, e todas as instruções estão em edital disponível no site do PPGEP (em www.ppgep.dep.ufscar.br). São 41 vagas disponíveis, em cinco linhas de pesquisa: Dinâmica Tecnológica e Organizacional; Gestão de Cadeias Agroindustriais; Gestão da Qualidade; Gestão da Tecnologia e da Inovação; e Planejamento e Controle de Sistemas Produtivos.
O processo seletivo, para o mestrado, é composto de duas etapas, eliminatórias e classificatórias: prova de conhecimento específico (na linha de pesquisa selecionada) e defesa oral do projeto de pesquisa.
Para o doutorado, as inscrições acontecem em fluxo contínuo, com dois ciclos de avaliação, o primeiro já encerrado. Para o segundo, as inscrições devem ser feitas antes de 3 de novembro, para divulgação do resultado em janeiro de 2021. O número de vagas disponíveis após o encerramento do primeiro ciclo será divulgado em 26 de outubro. Também são duas as etapas no processo seletivo: análise curricular e defesa oral do projeto. Todos os detalhes estão registrados no edital do processo seletivo para o doutorado, também em www.ppgep.dep.ufscar.br.
Mais informações sobre o PPGEP podem ser conferidas no site do Programa.
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