SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos abriu nesta sexta-feira (28/07), o processo seletivo para a contratação de 30 professores temporários para atuarem na Rede Municipal de Ensino. O salário oferecido é de aproximadamente R$ 4 mil para uma jornada de trabalho de 33 horas semanais. As inscrições estão abertas e se encerram no dia 4 de agosto.
O secretário municipal de Educação, Roselei Françoso, explicou que podem se inscrever os professores que atuam na Educação Infantil, sendo necessário ter o magistério ou licenciatura plena em pedagogia. Os interessados podem se inscrever pelo link https://cidadao.saocarlos.sp.gov.br/ e apresentar a documentação prevista no edital como identidade, documentos que comprovam a formação e possibilitem a Prefeitura analisar a titulação.
“Nós faremos a análise da titulação, da formação e do currículo do profissional. Vamos finalizar toda a análise do processo seletivo no dia 12 de agosto, pois queremos que os aprovados iniciem o trabalho o mais rápido possível, porque encerrando o prazo de recursos a Secretaria de Educação vai iniciar a convocação para a contratação dos professores que devem trabalhar até o final do ano letivo de 2023”, explicou o secretário de Educação, Roselei Françoso.
A SME informou que os professores atuarão em toda a rede como apoio e substituição, no total serão contratados 140 professores, faltando ainda em torno de 20 podendo chegar até 30 professores contratados.
“Nós temos um concurso aberto, corremos toda a lista do concurso não havendo mais interessados para trabalhar em regime temporário, portanto, abrimos o processo seletivo para poder contratar os professores e complementar os que ainda faltam”, finalizou Roselei Françoso.
IBATÉ/SP - O segundo semestre letivo da rede municipal de ensino de Ibaté tem início nesta quinta-feira, 27. Cerca de 4,2 mil estudantes voltam às aulas para seguirem o calendário escolar até o dia 19 de dezembro.
O prefeito de Ibaté, José Luiz Parella, destaca que as aulas retornam com novidades, especialmente, no que se diz respeito à segurança de toda a comunidade escolar. “A Prefeitura estará disponibilizando controladores de acesso para intensificar a segurança nas 15 unidades escolares, as quais estão alinhadas para receber as nossas crianças e preparadas para proporcionar um ambiente seguro e acolhedor”, destacou.
Danielle Chaves, secretária municipal de Educação e Cultura, explica que a medida se dá por conta de ataques registrados em unidades escolares de diversas cidades do país. “Graças a Deus, não tivemos nenhum registro desse tipo em Ibaté. Contudo, estamos nos prevenindo com a adoção de novas medidas para aumentar a segurança nas unidades escolares da cidade e, assim, preservar a integridade dos nossos estudantes e profissionais da rede municipal de ensino”, afirmou.
A contratação foi realizada através de processo licitatório e a atuação desses profissionais envolve o controle mais rígido para acesso às unidades escolares, colocando em prática o protocolo de reforço à segurança nas escolas.
Os controladores de acesso atuarão em carga horária escolar, das 6h30 às 17h30, com exceção das Escolas Municipais “Neusa Milori Freddi” e “Brasilina Teixeira Ianoni”. “Essas escolas oferecem a modalidade de ensino EJA [Educação de Jovens e Adultos], as quais serão atendidas até às 23h30”, enfatiza a secretária de Educação e Cultura.
Além dos controladores de acesso, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura informa que todas as unidades escolares possuem câmeras de segurança que monitoram a entrada e saída de alunos, professores, diretores e servidores das escolas, além de cerca elétrica, concertinas e alarme.
Os diretores escolares também seguem orientados sobre o reforço das medidas de segurança das escolas, dentre eles, manter portões e portas de acesso trancadas, e proibir a entrada de qualquer pessoa estranha ao quadro de funcionários das escolas. Já os alunos das escolas de ensino infantil, popularmente chamada de Creche, continuarão sendo recebidos pelos professores no portão de acesso à unidade escolar, assim como fora no primeiro semestre.
Outra medida de segurança que segue no segundo semestre é a intensificação das rondas pela Guarda Municipal, durante o período escolar. “Toda a corporação estará em contato constante com o serviço de inteligência da Polícia Militar e da Polícia Civil, prestando todo apoio e patrulhamento necessário para inibir qualquer situação estranha ao cotidiano escolar”, destacou o comandante da GCM, Vitor Reis.
O prefeito de Ibaté, José Luiz Parella, destaca que todas as medidas para melhorar a segurança da comunidade escolar estão sendo tomadas para garantir que as crianças tenham um novo semestre de muito aprendizado e com segurança. “Precisamos cuidar do que nos é mais precioso, que são as nossas crianças. Desejo um novo semestre de muito aprendizado para todos. Que possamos ser cada vez mais exemplo e avançar fazendo o nosso melhor”, finalizou.
SÃO CARLOS/SP - No último dia 6 de julho, o medicamento Lecanemab, desenvolvido para tratamento modificador da doença de Alzheimer, obteve aprovação tradicional da Food and Drug Administration (FDA), agência americana reguladora de alimentos e medicamentos.
A eficácia do Lecanemab - que recebeu o nome comercial de Leqembi - foi avaliada em estudo com pacientes com comprometimento cognitivo leve ou estágio de demência leve. Será que finalmente estamos perto da cura dessa doença? Quais são os possíveis efeitos colaterais do medicamento? E quais são as controvérsias relacionadas aos novos tratamentos para o Alzheimer?
Estas reflexões estão no artigo mensal de Marcia Regina Cominetti, docente no Departamento de Gerontologia (DGero) da UFSCar, para a coluna "EnvelheCiência", uma parceria com o Instituto da Cultura Científica (ICC) da Instituição. A iniciativa visa divulgar informações - baseadas em evidências científicas - sobre o processo de envelhecimento, tornando assim o conhecimento e as descobertas importantes da área disponíveis para um público mais amplo.
Na publicação do mês - "Novos tratamentos para o Alzheimer: estamos perto da cura?" -, a pesquisadora cita as principais abordagens farmacológicas atuais da doença, como elas atuam no organismo e quais os desafios acerca da temática.
O artigo está disponível para leitura no site do ICC.
Mais informações sobre o projeto EnvelheCiência estão disponíveis em https://www.icc.ufscar.br/pt-br/projetos/sementes-da-cultura-cientifica/coluna-envelheciencia.
BRASÍLIA/DF - A criação do Programa Escola em Tempo Integral representa uma retomada da política nacional para ampliação de matrículas no ensino em tempo integral, segundo avaliam os especialistas ouvidos pela Agência Brasil. A lei que cria o programa será sancionada nesta quarta-feira (26) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A nova legislação regulamenta o repasse de recursos e de assistência técnica da União para estados, Distrito Federal e municípios, visando ampliar o número de vagas nessa modalidade de ensino, que prevê uma jornada igual ou superior a 7 horas diárias, ou 35 horas semanais. Segundo o Ministério da Educação (MEC), serão investidos R$ 4 bilhões no programa, que tem a meta de criar, até o ano de 2026, 3,6 milhões de novas vagas, sendo 1 milhão de novas matrículas logo na primeira etapa.
Para a diretora da Associação Cidade Escola Aprendiz, Natacha Costa, a lei representa a retomada de uma agenda nacional para escolas em tempo integral, uma vez que o programa sofreu uma redução a partir do governo de Michel Temer.
“Temer transformou o Programa Mais Educação no Programa Novo Mais Educação, este com foco apenas em reforço escolar. Então, houve um reducionismo da concepção do programa. Além disso, o investimento caiu drasticamente. O Programa Mais Educação foi reduzido e depois descontinuado. Bolsonaro extinguiu o programa”, destacou a especialista da organização que, há mais de 25 anos, atua na área da educação no Brasil.
Natacha acrescentou que o governo federal, nesse período, decidiu investir apenas na ampliação da jornada do ensino médio através do Novo Ensino Médio. Já entre os estados, ela registra que houve iniciativas de ampliação da jornada também no ensino médio com o apoio de institutos e fundações privadas
Segundo Natacha, a política de escolas em tempo integral ganhou dimensão nacional pela primeira vez em 2007, com a criação do Programa Mais Educação. Em 2014, o Plano Nacional de Educação (PNE) estabeleceu como meta que 50% das escolas do país devem oferecer ensino em tempo integral, com 25% dos alunos matriculados nessa modalidade até o final de 2024.
Porém, entre 2015 e 2021, o percentual de alunos de escolas públicas em tempo integral caiu de 18,7% para 15,1% do total de matrículas, segundo levantamento da Campanha Nacional pelo Direito à Educação feito com dados do Censo Escolar do MEC. Com isso, o Brasil está a 10 pontos percentuais de atingir a meta do PNE.
Para a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a política nacional de escola em tempo integral sofreu nos últimos anos devido à falta de investimentos.
“Nesse período, a falta de investimentos e de um olhar para essa questão fez com que ou se paralisasse ou se caminhasse a passos muito curtos. Você também não teve um olhar para o financiamento de outras políticas, como da alimentação escolar e da reorganização do transporte. Isso gerou uma falta de estímulo e até um efeito paralisia porque os municípios e estados não tiveram recursos para arcar com todo esse custo”, destacou o presidente da Undime, Luiz Miguel Garcia, que também é dirigente municipal de educação do município de Sud Mennucci (SP).
Garcia acrescentou que a criação do Programa Escola em Tempo Integral é importante, sendo fundamental que haja um ajuste no financiamento.
“Esse é o elemento central. Nós temos aí todo um processo de capacitação, de estruturação de equipe, de pessoal e de proposta pedagógica. Mas tudo isso passa pela garantia do financiamento. Sem essa garantia, a gente não consegue avançar em nenhum desses outros pontos.”
Os recursos já anunciados para a política de escola em tempo integral não devem ser suficientes, segundo avaliação do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo.
“Se o Tribunal de Contas da União (TCU) fiscalizou e encontrou que mais da metade das escolas são inapropriadas, R$ 4 bilhões nos quatro anos do programa são suficientes para recuperar essas escolas?”, questionou o presidente do CNTE, para quem é preciso recuperar as escolas que existem e criar novas para o tempo integral.
Heleno se referiu a fiscalização do TCU que concluiu que 57% das escolas públicas são inapropriadas.
Araújo ponderou ainda que a nova legislação é importante e necessária, mas que falta uma base normativa mais sólida para sustentar programas como esse que, segundo ele, ficam à mercê do governo “de plantão”. Ele citou a ausência de uma lei para o sistema nacional de educação “que nós entendemos que deve articular as questões financeiras e técnicas entre os entes federados” e a ausência de leis locais para gestão democrática da educação brasileira. “São leis fundamentais para você articular os sistemas de ensino federal, estaduais, distrital e municipais”, opinou.
Por Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil
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