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Primeiro encontro de 2025 do projeto Atena acontece em 23/9, com alunas do Ensino Médio da Escola Estadual José Ferreira da Silva

 

SÃO CARLOS/SP - A partir do mês de setembro, o Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realiza uma nova edição do "Projeto Atena - Atividades de Tecnologia e Engenharia para Meninas". Ao todo, serão quatro encontros programados para os próximos três meses. O primeiro acontece no dia 23 de setembro, das 8 às 18 horas, no DEMa, área Norte do Campus São Carlos, e contará com a participação de 24 alunas do Ensino Médio da Escola Estadual José Ferreira da Silva, de Descalvado (SP). A iniciativa é oferecida em parceria com o programa "Vem Saber", da Universidade de São Paulo (USP), que desenvolve atividades de difusão científica para estudantes, professores e gestores de escolas de Ensino Médio.

A programação inclui palestras sobre mulheres na Ciência e Engenharia, além de oficinas práticas em cerâmicas, polímeros e metais, com atividades como impressão 3D, cerâmica artística, fundição de peças metálicas e microscopia. As estudantes também visitarão laboratórios e diferentes espaços da Universidade, aproximando-se do ambiente acadêmico e de pesquisa.

Criado em 2023, o Atena já envolveu mais de 70 estudantes de escolas públicas da região de São Carlos (SP) e tem como missão incentivar a participação de meninas na Ciência, Engenharia e Tecnologia, democratizando o acesso a essas áreas. O projeto é coordenado pelas docentes Danielle Cristina Camilo Magalhães e Juliana Mara Pinto de Almeida, ambas do DEMa, e conta com o apoio de professores, estudantes de graduação e pós-graduação. Nesta edição, a iniciativa também recebe apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio da Chamada CNPq nº 31/2023.

Para Magalhães, esta é uma oportunidade única de transformação. "O Projeto Atena acredita na potência transformadora da educação. Ver a luz de uma descoberta no olhar de uma aluna é nossa maior recompensa. A parceria com o Vem Saber, da USP, e o financiamento do CNPq foram fundamentais para consolidar e expandir esse projeto, permitindo que ele atingisse um número maior de meninas e mulheres e, consequentemente, mais futuras engenheiras e cientistas. É um passo importante para diversificar e fortalecer a ciência e a tecnologia no nosso país", reforça a docente.

SÃO PAULO/SP - Sete em cada dez estudantes brasileiros do ensino médio usuários da internet utilizam ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa, como o ChatGPT e o Gemini, para realizar pesquisas escolares. Apesar disso, poucos deles (apenas 32% do total) receberam alguma orientação nas escolas sobre como utilizar de forma segura e responsável essa tecnologia.

As informações fazem parte da 15ª edição da pesquisa TIC Educação, que foi divulgada na manhã de hoje (16) pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). O núcleo foi criado para implementar projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), que é o responsável por coordenar e integrar as iniciativas e serviços da internet no país.

Nesta primeira coleta de dados, 37% dos estudantes de ensino fundamental e médio disseram usar esse tipo de ferramenta na busca de informações. Entre os alunos dos anos finais do ensino fundamental, a proporção sobe para 39% e entre os estudantes do ensino médio chega a 70%.

"O dado evidencia novas práticas de aprendizagem adotadas pelos adolescentes”, explicou Daniela Costa, coordenadora do estudo.

“Tais recursos requerem novas formas de lidar com a linguagem, de pensar a curadoria de conteúdos e de compreender a informação e o conhecimento”, ressaltou.

Segundo ela, as escolas já estão se adaptando a esse novo uso e passando a debater com os pais o uso de IA Generativa pelos alunos.

De acordo com dados da pesquisa, as regras sobre o uso de IA generativa por alunos e professores nas atividades escolares já é pauta de reuniões dos gestores com professores, pais, mães e responsáveis.

"68% dos gestores escolares dizem que realizaram reunião com professores e outros funcionários e 60% com pais, mães e responsáveis sobre o uso de tecnologias digitais nas escolas. Regras sobre o uso de celulares nas instituições foram uma das principais pautas desses encontros, mas regras sobre o uso de ferramentas de IA pelos alunos ou pelos professores são citadas por 40% dos gestores”, explicou.

Apesar de a maioria dos estudantes brasileiros de ensino médio já usar ferramentas de IA Generativa em seus trabalhos escolares, poucos deles (apenas 32% do total) receberam alguma orientação nas escolas sobre como utilizar essa tecnologia, o que seria extremamente importante, defendeu a coordenadora do estudo.

“O principal ponto é que essas práticas de busca de informações baseadas em IA trazem novas demandas para as escolas no que diz respeito a orientar os alunos sobre a integridade da informação, a autoria e sobre como avaliar fontes de informação", destacou a coordenadora.

"Além disso, é importante também que os alunos saibam como se valer desses recursos para construir o próprio conhecimento e ampliar as suas estratégias de aprendizagem, além de receber uma resposta pronta e considerá-la como única resposta possível, a mais adequada ou a verdadeira”, disse, em entrevista à Agência Brasil.

Esta foi a primeira vez que a TIC Educação investigou os recursos adotados pelos estudantes na realização de pesquisas escolares. O levantamento foi feito entre agosto do ano passado e março deste ano por meio de entrevistas realizadas com 945 gestores e 864 coordenadores em 1.023 escolas públicas e privadas. A pesquisa também ouviu 1.462 professores e 7.476 alunos, tanto de escolas rurais quanto urbanas de todo o país. Os resultados estão disponíveis no site do levantamento.

Celulares

A pesquisa TIC Educação foi realizada enquanto estava sendo promulgada a Lei 15.100, de janeiro deste ano, que passou a restringir o uso de dispositivos móveis, como celulares nas escolas.

Apesar disso, a pesquisa já começou a demonstrar a mudança de uso nas regras de aparelhos celulares dentro das escolas. Em 2023, por exemplo, 28% das instituições proibiam o uso do telefone celular pelos alunos e 64% permitiam o uso apenas em alguns espaços e horários. Em 2024, a proporção de escolas que não permitem o uso do dispositivo aumentou para 39%, enquanto a permissão em alguns espaços e horários diminuiu para 56%.

"Os indicadores confirmam a tendência de redução de uso de telefones celulares pelos alunos, especialmente entre os estudantes de escolas localizadas em áreas rurais (de 47% para 30%), de escolas municipais (de 32% para 20%) e particulares (de 64% para 46%)”, explicou a coordenadora da pesquisa TIC Educação.

Segundo ela, essa mesma tendência é observada nas escolas particulares, que vêm diminuindo o uso de tecnologias digitais, inclusive nos espaços escolares. “A proporção de escolas particulares com disponibilidade de acesso à internet na sala de aula passou de 70% em 2020 para 52% em 2024”, disse Daniela à Agência Brasil.

Conectividade nas escolas

A pesquisa também apontou que quase a totalidade das escolas brasileiras (96% do total) possui acesso à internet. Esse acesso cresceu principalmente nas instituições municipais (que passaram de 71% de acesso em 2020 para 94% em 2024) e nas escolas rurais (que passou de 52% para 89% nesse mesmo período).

No entanto, embora a conectividade tenha crescido, as desigualdades nesse acesso permanecem presentes. Se nas escolas estaduais, 67% dos alunos utilizam a internet para fazer atividades solicitadas pelos professores, na rede municipal, a proporção é de apenas 27%.

No caso das instituições de educação básica municipais, por exemplo, 75% dispõem de, pelo menos, um espaço com conexão à Internet para uso dos alunos, mas apenas 51% delas têm computadores para atividades educacionais e 47% contam com acesso à Internet e dispositivos para os estudantes.

“O acesso à internet tem se disseminado entre as escolas de ensino fundamental e médio”, diz a coordenadora do estudo.

Em 2020, 52% das escolas rurais contavam com acesso à rede, proporção que passou para 89% na edição 2024.

"No entanto, a disponibilidade de dispositivos digitais, como computadores, ainda é um grande desafio para as instituições, especialmente nas escolas rurais e municipais de pequeno porte. Entre 2022 e 2024, a presença de ao menos um computador para uso dos alunos nas escolas rurais diminuiu, passando de 46% para 33%”, explicou.

Para ela, essas desigualdades só poderão ser reduzidas a partir de “melhor entendimento sobre o papel das tecnologias digitais nos processos de ensino e aprendizagem” e também com “iniciativas que permitam a equalização de oportunidades entre os estudantes de diferentes contextos”.

Formação docente

Além disso, a pesquisa revelou que, nos últimos anos, caiu o número de professores que participaram de formação voltada ao uso de tecnologia digital nos processos de ensino e de aprendizagem. Se em 2021, cerca de 65% dos professores dizia ter feito algum curso de formação sobre tecnologia digital, em 2024 esse número caiu para 54%. A queda foi ainda maior entre os professores da rede pública municipal, que passou de 62% em 2021 para apenas 43% no ano passado.

Para a coordenadora do estudo, o acesso dos professores a cursos de formação, apoio e atualização seria essencial, “especialmente em um contexto de mudanças nas formas de lidar com a aprendizagem, como a inserção de tecnologias emergentes – entre elas a IA, nas práticas pedagógicas”.

Essa formação também é importante porque permitiria que os professores orientassem melhor seus alunos para o uso seguro, crítico, responsável e criativo das tecnologias digitais. Segundo Daniela, esse foi um dado comprovado pela pesquisa: a maior parte dos docentes que realizaram desenvolvimento profissional (67% do total) mencionou que a atividade contribuiu para melhor orientar os alunos sobre o uso dessas tecnologias.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Educação, realiza, nos dias 2 e 3 de outubro, a 3ª Parada Pedagógica, um evento formativo voltado aos profissionais da educação infantil com foco na equidade e na qualidade do ensino. O encontro pretende reunir professores, diretores, supervisores, bibliotecários, merendeiros, auxiliares administrativos e demais servidores da rede municipal em uma série de oficinas e palestras distribuídas por diversos espaços da cidade.

A programação contempla temas relevantes como literatura infantil, direitos humanos, primeiros socorros, inclusão, alimentação escolar e gestão educacional, com diversas palestras programadas.

Além das atividades pedagógicas, o evento contextualiza o compromisso com a construção de uma educação mais justa e inclusiva, alinhada às diretrizes da educação infantil, como informou o secretário de Educação, Lucas Leão. “A proposta da Parada Pedagógica é garantir que todas as crianças tenham acesso a uma educação que respeite suas especificidades e promova a inclusão escolar”.

Para o secretário Lucas Leão, “a 3ª Parada Pedagógica é mais do que um evento formativo. É uma reafirmação do nosso compromisso com uma educação pública de qualidade. Investir na formação dos nossos profissionais é garantir que cada criança, independentemente de sua origem, tenha acesso a experiências educativas significativas. São Carlos está construindo uma rede de ensino que valoriza a diversidade e promove o desenvolvimento integral desde a primeira infância”, concluiu.

Startup Clyons assume desenvolvimento de testes criados em pesquisa premiada do Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade e busca ampliar acesso no SUS

 

SÃO CARLOS/SP - No Brasil, cerca de 30 mil novos casos de hanseníase são registrados anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde. Embora seja tratável com medicamentos, a doença ainda é classificada como negligenciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em grande parte devido à dificuldade de diagnóstico precoce. Exames tradicionais, como a baciloscopia, são invasivos e pouco eficazes para detectar casos iniciais, e muitos pacientes só recebem confirmação quando já apresentam sequelas físicas.

Diante desse cenário, pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), desenvolveram uma tecnologia de diagnóstico sorológico da hanseníase. A pesquisa foi conduzida por Sthéfane Valle de Almeida no escopo de seu doutorado, sob orientação do professor Ronaldo Censi Faria, do Departamento de Química (DQ) da UFSCar, e coorientação de Juliana Ferreira de Moura, do Departamento de Patologia Básica, da UFPR. Almeida é, atualmente, docente na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Segundo Faria, o teste é pouco invasivo, simples de aplicar e capaz de identificar não apenas pacientes sintomáticos, mas também contatos que carregam o bacilo sem manifestar a doença. "O dispositivo foi pensado para oferecer uma leitura rápida, de fácil interpretação e aplicável em regiões com pouca infraestrutura laboratorial, diferente dos métodos atuais", situa o docente. O estudo recebeu, em 2024, o Prêmio Capes de Tese, reconhecimento nacional à relevância do trabalho.

Do laboratório à aplicação clínica
A tecnologia foi protegida, negociada e licenciada com o apoio da Agência de Inovação da UFSCar (AIn.UFSCar) para a Clyons Diagnóstica, empresa-filha da UFSCar, uma startup considerada spin-off (originada de pesquisa acadêmica que se torna um novo negócio a partir de resultados científicos), com foco no desenvolvimento de biossensores para doenças humanas crônicas, oncológicas e infecciosas.

Segundo Thiago do Prado, diretor executivo da Clyons, a aproximação com a hanseníase foi estratégica: "O Ministério da Saúde lançou recentemente o programa Brasil Saudável: Unir para Cuidar, alinhado à Agenda 2030 da ONU e que prevê a eliminação de doenças infecciosas na América Latina. Era o momento certo para adaptar a tecnologia a um formato comercial e acessível. Nosso papel como empresa é transformar essa patente em produto validado e disponível ao Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente para áreas endêmicas, onde o diagnóstico precoce pode mudar radicalmente a vida dos pacientes".

Lucas Catunda, diretor de dados e comunicação da startup, reforça a importância desse avanço: "A hanseníase não mata, mas incapacita. Muitos pacientes só chegam ao tratamento quando já não conseguem segurar um copo ou trabalhar na roça, o que os condena a sequelas irreversíveis. Além disso, mesmo após a cura, familiares e pessoas próximas podem carregar o bacilo sem apresentar sintomas, transmitindo novamente a doença. Nosso teste busca responder a esse desafio, ao permitir identificar tanto pacientes sintomáticos quanto contatos assintomáticos".
Para o professor Faria, a parceria com a AIn.UFSCar foi decisiva para o licenciamento. "O grande mérito da Agência foi criar condições para que a patente se transformasse em produto", afirma. Catunda complementa: "Além de proteger a propriedade intelectual e conduzir o licenciamento, a AIn equilibra as necessidades de quem pesquisa e de quem leva a tecnologia ao mercado. Essa ponte é o que permite que soluções saiam do laboratório e cheguem à sociedade".

Atualmente, o teste está em processo de validação clínica e registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Nosso compromisso é que a tecnologia seja útil para os profissionais que atuam na linha de frente, especialmente em regiões endêmicas. A ciência precisa servir quem mais precisa dela", conclui Prado.

Sobre a AIn.UFSCar
A Agência de Inovação da UFSCar (AIn.UFSCar) é, desde 2008, o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UFSCar. Criada para operacionalizar e fortalecer a política de inovação da instituição, a AIn tem como missão impulsionar a transformação de conhecimento científico e tecnológico em soluções de impacto econômico e social, promovendo a articulação entre universidade, empresas, setor público e sociedade. 

Com competências estruturadas em inovação tecnológica e social, a AIn.UFSCar é responsável pela gestão estratégica da propriedade intelectual, incluindo patentes, cultivares, programas de computador e desenhos industriais, transferência de tecnologia, empreendedorismo e inovação. Na frente de transferência de tecnologia, já foram celebrados contratos de licenciamento de mais de 90 tecnologias (dos mais de 570 ativos protegidos), abrangendo áreas como biotecnologia, engenharia, saúde, materiais, agricultura e software, com um acumulado superior a R$ 23 milhões em royalties. 

A Agência também coordena os fluxos institucionais para o uso de know-how e desenvolve ações para garantir segurança jurídica e valorização das criações acadêmicas. Mais informações em https://www.inovacao.ufscar.br.

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de promoveu na última semana, uma formação para 12 motoristas em parceria com o Sest-Senat e também celebrou o Dia do Motorista.

A iniciativa, organizada pelo Departamento de Regulação do Centro de Formação dos Profissionais da Educação e pelo Departamento de Logística, teve como objetivo principal reforçar a segurança no transporte escolar. Durante a atividade, o instrutor de trânsito Paulo Rogério Matos e a psicóloga Camila Amorim ministraram uma palestra sobre direção defensiva, abordando cuidados, reflexões e práticas essenciais para a segurança no trânsito.

A formação destaca o compromisso da Secretaria de Educação com a qualificação de seus profissionais e a garantia de um transporte escolar cada vez mais seguro para todos.

Estiveram presentes no evento, a diretora do Departamento de Formação, Rafaela Marchetti, a diretora do Departamento de Logística, Amanda Cristina Marangoni e Arary Ferreira, secretária Adjunta de Programas Educacionais, que representou o secretário de Educação, Lucas Leão.

SÃO PAULO/SP - O Brasil é o país com a maior quantidade de estudantes por professor no ensino superior privado, de acordo com o relatório Education at a Glance (EaG) 2025, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado na terça-feira (9). Segundo o relatório, são 62 estudantes por docente, enquanto a média entre os países da OCDE com dados disponíveis é de 18 alunos por professor.

No ensino público, o cenário é o inverso. O Brasil tem uma média de dez estudantes por professor, número inferior à média da OCDE, de 15 alunos por professor.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a superlotação de turmas é um desafio. A autarquia diz que isso ocorre sobretudo por conta das matrículas em educação a distância (EaD), que estão, na maioria, na rede privada de ensino.

O ensino superior no Brasil tem 9,9 milhões de estudantes matriculados, segundo o último Censo da Educação Superior, de 2023. A maior parte deles, 79,3%, está em instituições privadas de ensino. Considerados apenas os novos alunos, a maioria dos ingressantes nas instituições privadas se matriculou em cursos a distância, 73%. Na rede pública, ocorreu o contrário, 85% se matricularam em cursos presenciais.

Segundo a coordenadora de Estatística Internacional Comparada do Inep, Christyne Carvalho, o marco da educação a distância ajudará a mudar esse cenário.

“Isso [a superlotação] se dá pela influência do ensino a distância, que já reverbera nas políticas brasileiras, em especial no marco da educação a distância, com o qual a gente espera que sejam superados esses desafios”, disse Christyne, que apresentou os destaques do relatório em coletiva de imprensa online.

Entre outras medidas, o novo marco regulatório da educação a distância estabelece que nenhum curso de bacharelado, licenciatura e tecnologia pode ser 100% a distância.

Professores

O Inep também destacou como desafio o envelhecimento dos professores, que, na média, estão mais velhos, mostrando que os mais jovens não têm se interessado pela carreira docente. O relatório mostra que isso não ocorre apenas no Brasil. “Nós temos também uma outra questão que tem ocupado bastante os debates educacionais, não só no Brasil, mas em todo mundo, que é a a questão do etarismo, o envelhecimento do pessoal acadêmico”, ressaltou Christyne Carvalho.

A pesquisa mostra que, no Brasil, entre 2013 e 2023, houve um aumento de 23% no número de professores do ensino superior com 50 anos ou mais, chegando a 33,8% desses profissionais nessa faixa etária. A média da OCDE é ainda maior, 40,4%. “É um dado que é bastante instigante para que tomemos algumas ações públicas e que possamos superar esse desafio”, afirmou a coordenadora.

O EaG traz dados educacionais como desempenho dos estudantes, taxas de matrícula e organização dos sistemas educacionais dos 38 países-membros da OCDE, além de Argentina, Bulgária, China, Croácia, Índia, Indonésia, Peru, Romênia, Arábia Saudita, África do Sul e Brasil – que é parceiro-chave da organização. O grupo reúne as principais e mais ricas economias do mundo. Neste ano, o relatório tem como foco principal o ensino superior.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

Iniciativa soma mais de R$ 8,4 milhões de investimentos e 163 bolsas aprovadas com parcerias que envolvem 32 empresas e 15 programas de pós-graduação

 

SÃO CARLOS/SP - Desde sua participação pioneira no Doutorado Acadêmico Industrial (DAI) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 2018, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem se destacado no cenário nacional de ciência, tecnologia e inovação. A consolidação do Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação (MAI/DAI), nas chamadas 2020, 2022 e 2024, ampliou ainda mais essa presença: já são 169 bolsas aprovadas e 100 implementadas, com aporte superior a R$ 8,4 milhões - sendo R$ 7,7 milhões oriundos do CNPq e mais de R$ 1,1 milhão em contrapartidas das 32 empresas parceiras.

Os números refletem a robustez institucional da iniciativa: são 51 projetos aprovados, dos quais 42 em andamento, envolvendo 31 docentes e 15 programas de pós-graduação da UFSCar. As bolsas cobrem desde a iniciação tecnológica industrial (109 aprovadas, 57 já implementadas), até o pós-doutorado empresarial (5 aprovadas, 2 já implementadas), passando por mestrado (20 aprovadas, 11 implementadas) e doutorado (35 aprovadas, 30 implementadas).

A coordenação do Programa na UFSCar é feita pela Agência de Inovação da Instituição (AIn-UFSCar), em parceria com as pró-reitorias de Pesquisa (ProPq), Extensão (ProEx) e Pós-Graduação (ProPG).

"A UFSCar tem se comprometido de forma estratégica com a integração entre academia e setor produtivo. O MAI/DAI é uma das principais ferramentas institucionais para fortalecer essa conexão, com impacto direto na formação de pesquisadores e no desenvolvimento das empresas", destaca Daniel Braatz, Diretor Executivo da AIn-UFSCar.

Segundo levantamento do CNPq e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), 89,7% das empresas participantes do Programa MAI/DAI no Brasil relatam aumento da capacidade de inovação após a colaboração. Além disso, a aproximação favorece o recrutamento de profissionais qualificados, o licenciamento de tecnologias desenvolvidas na universidade e o fortalecimento da cultura de inovação em diferentes ambientes.

"O programa permite que nossos estudantes atuem em problemas reais, em contextos desafiadores, sem abrir mão do rigor científico. É uma via de mão dupla: as empresas ganham em competitividade e a universidade amplia seu impacto social e econômico", analisa Braatz.

Na prática, os bolsistas desenvolvem seus projetos como estudantes regulares da pós-graduação, orientados por docentes da UFSCar e supervisionados por técnicos das empresas. Essa dinâmica garante formação acadêmica sólida, ao mesmo tempo em que gera soluções de impacto direto para o setor produtivo.

Exemplos que conectam ciência e mercado
Um dos destaques que ilustra o impacto do MAI/DAI na UFSCar é a iniciativa coordenada por Mônica Lopes Aguiar, docente do Departamento de Química (DQ), junto à multinacional ArcelorMittal. A colaboração teve início em 2017, com a necessidade de soluções mais eficientes na filtração de gases em processos siderúrgicos. Em 2018, o primeiro edital do DAI viabilizou bolsas para alunos de doutorado, que aprofundaram a investigação sobre filtros de mangas - dispositivos usados para remover partículas sólidas de gases industriais.

O trabalho, conduzido por Bárbara Karolinne Silva Araújo Andrade e Bruno José Chiaramonte de Castro, resultou em ganhos expressivos de eficiência, ao avaliar diversos tipos de meios filtrantes disponíveis no mercado, com foco no design, acabamento, durabilidade e desempenho em condições industriais reais. A investigação também contou com parcerias internacionais e culminou na instalação, no Campus São Carlos da UFSCar, do único equipamento de testes de filtração desse tipo existente no Brasil, adquirido pela própria empresa.

O sucesso levou à contratação dos estudantes pela ArcelorMittal ainda durante a vigência das bolsas. "Além de reduzir custos e aumentar a durabilidade dos sistemas, os resultados contribuem para minimizar impactos ambientais e caminhar rumo a emissões praticamente nulas de partículas finas - substâncias associadas a doenças respiratórias, cardiovasculares e neurológicas. Esse tipo de poluente penetra nos alvéolos pulmonares e pode chegar à corrente sanguínea, aumentando riscos de câncer, doenças cardiovasculares e até neurodegenerativas, como Alzheimer", explica Aguiar. O modelo chamou atenção inclusive de unidades da empresa na Europa. "Pesquisadores da Espanha estiveram recentemente conosco e querem replicar a parceria em suas universidades locais", conta a docente.

Outro caso emblemático é o da Nanox, empresa-filha da UFSCar considerada spin-off (originada de pesquisa acadêmica que se torna um novo negócio a partir de resultados científicos) do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF). A cooperação, coordenada pela docente Lígia Menossi Araújo, do Departamento de Letras (DL), aplica teorias linguístico-discursivas à comunicação organizacional da companhia.

"A relação com a Nanox surgiu de uma convergência natural: a empresa tem origem no meio acadêmico e valoriza a integração entre ciência e mercado. O projeto mostra que a Linguística, especialmente sob a ótica da análise do discurso, também é uma ferramenta de inovação no fazer comunicação", explica Araújo.

O estudo, realizado pela doutoranda Viviane Quenzer, já resultou em um guia de linguagem institucional. "Esse guia reúne diretrizes voltadas à identidade comunicacional da Nanox, propondo parâmetros para a construção de mensagens mais alinhadas ao momento e ao posicionamento da marca. Nosso objetivo é mostrar que conceitos como ethos discursivo e gêneros do discurso não são abstrações teóricas, mas recursos estratégicos para clareza e consistência comunicacional, sobretudo em empresas de base tecnológica que lidam com soluções complexas", acrescenta a docente.

Neste segundo semestre, as atividades devem avançar para uma nova fase, voltada à aplicação deste guia aos conteúdos veiculados nos canais de comunicação da empresa, como as redes sociais, e-mails e apresentação institucional.

Segundo Araújo, os aprendizados vão além da metodologia criada. "A troca entre saberes acadêmico e empresarial exige escuta ativa e disposição para reconfigurar abordagens. Essa experiência comprova que a Linguística pode contribuir para a inovação e estruturar práticas replicáveis em outras organizações", avalia.

Diversidade de áreas e impacto transversal
Ao todo, cinco centros da UFSCar estão representados nos projetos MAI/DAI: o Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET), o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), o Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH), os três do Campus São Carlos; o Centro de Ciências Agrárias (CCA), do Campus Araras; e o Centro de Ciências e Tecnologias para Sustentabilidade (CCTS), do Campus Sorocaba. A diversidade de áreas abrange desde Linguística até Engenharia de Materiais, passando por Ciência da Computação, Estatística, Biotecnologia e Produção Vegetal, entre outras.

"Além da diversidade temática e do envolvimento de vários centros da Universidade, o que mais nos orgulha é ver os resultados concretos do programa: empresas fortalecidas, tecnologias desenvolvidas e pesquisadores preparados para atuar com excelência dentro e fora da academia", conclui Braatz.

Mais informações sobre o MAI/DAI da UFSCar estão disponíveis em maidai.ufscar.br.

SÃO CARLOS/SP - A entrega do Prêmio Excelência Educacional aconteceu na manhã desta sexta-feira (05/09), no auditório da Escola Estadual Álvaro Guião. O evento reconheceu escolas municipais e estaduais que atingiram as metas de alfabetização estabelecidas pelo SARESP, dentro do programa Alfabetiza Juntos SP, promovido pelo Governo do Estado de São Paulo.

Três escolas da rede municipal de São Carlos foram premiadas: a EMEB Professor Afonso Fioca Vitali (CAIC), dirigida por Melina Thais da Silva Mendes, com 1.029 alunos matriculados; a EMEB Dr. Alcyr Afonso Leopoldino, sob direção de Hellen Ramos Arruda, com 472 alunos; e a EMEB Professora Maria Ermantina Carvalho Tarpani, liderada por Leia Priscila da Silva dos Santos, com 275 estudantes. Cada unidade receberá um troféu e R$100 por aluno, valor que será investido diretamente em ações voltadas à primeira infância.

Representando o presidente da Câmara, Lucão Fernandes, o vereador Gustavo Pozzi, também professor da rede estadual, destacou a importância da iniciativa. “Esses eventos são importantes para ressaltar as escolas que se empenharam para ter um desempenho melhor. São iniciativas que valorizam o trabalho das escolas, dos professores, e mostram que estamos tendo ganhos educacionais ao longo dos anos”, afirmou.

Débora Gonzalez Costa Blanco, dirigente regional de ensino, explicou que o prêmio está alinhado ao programa Alfabetiza Juntos SP e aos objetivos nacionais de alfabetização até o segundo ano do ensino fundamental. “O resultado a gente lê em notas, mas ele é um processo. O que vale mesmo é tudo o que foi feito pelas equipes, professores e estudantes. É muito importante para uma região desenvolvida como a nossa ter essa excelência”, disse.

O secretário municipal de Educação, Lucas Leão, ressaltou que a conquista é fruto de um trabalho coletivo. “Esse resultado vem de anos de investimento na rede municipal. O ex-prefeito Airton Garcia iniciou esse processo com contratações e estrutura, e hoje, com o apoio do prefeito Netto Donato e do vice Roselei Françoso, estamos colhendo os frutos. Agradeço aos profissionais da rede, diretores, coordenadores, professores, que fazem esse resultado acontecer”.

O prefeito de São Carlos, Netto Donato, também comentou a premiação. “Investir na educação é investir no futuro da cidade. Ver nossas escolas sendo reconhecidas em um programa estadual mostra que estamos no caminho certo. Vamos continuar apoiando e fortalecendo a rede municipal para que mais conquistas como essa aconteçam”. Os prefeitos de Corumbataí (Joãozinho Altarugio) e de Itirapina (Dona Graça Moraes) estiveram presentes à cerimônia.

Além de São Carlos, os municípios de Corumbataí, Descalvado, Dourado, Ibaté, Itirapina e Ribeirão Bonito também foram homenageados. Ao todo, 19 escolas estaduais da região receberam reconhecimento, evidenciando o compromisso coletivo com a melhoria da educação pública.

SÃO CARLOS/SP - Nesta sexta-feira (05/09), às 9h, a Fundação Educacional São Carlos (FESC), unidade Vila Nery, promove uma palestra sobre assédio moral conduzida pelo juiz Paulo César Scanavez, titular da 1ª Vara da Família e Sucessões de São Carlos. O evento, voltado aos servidores, promete trazer reflexões importantes sobre os impactos do assédio moral nas relações pessoais, profissionais e institucionais.

Com vasta experiência na área jurídica e atuação direta em casos que envolvem conflitos familiares e sucessórios, o magistrado abordará os aspectos legais, sociais e psicológicos do assédio moral, destacando formas de prevenção, canais de denúncia e o papel da Justiça na proteção das vítimas.

A palestra integra as ações educativas promovidas pela FESC com foco na cidadania e na conscientização da comunidade sobre temas sensíveis e relevantes. O presidente da FESC, Eduardo Cotrim, reforçou a importância da iniciativa. “Trazer o juiz Paulo Scanavez para falar sobre assédio moral é uma oportunidade valiosa de ampliar o debate sobre respeito, dignidade e direitos fundamentais. A FESC tem o compromisso de formar cidadãos conscientes, e eventos como este fortalecem nossa missão de promover educação com responsabilidade social”.

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Educação, anunciou a abertura do período de inscrições para vagas no Ensino Fundamental da rede pública em 2026. Até o dia 14 de setembro de 2025, pais ou responsáveis por alunos que atualmente estudam em escolas particulares ou fora do Estado de São Paulo devem procurar uma escola pública — municipal ou estadual — para realizar o cadastro presencial.

A medida é voltada para estudantes que desejam ingressar do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental em unidades públicas da cidade. Para efetivar a inscrição, é recomendado apresentar documento original com foto, histórico escolar e comprovante de residência atualizado.

Além da opção presencial, os responsáveis também podem realizar o pré-cadastro online por meio da plataforma Secretaria Escolar Digital (SED), acessando o site https://sed.educacao.sp.gov.br.

Segundo o secretário municipal de Educação, Lucas Leão, o processo é essencial para garantir o planejamento adequado da rede. “Estamos trabalhando para assegurar que cada aluno tenha sua vaga garantida e seja encaminhado à escola mais próxima de sua residência”, afirmou.

Rede municipal - Já os estudantes que já estão matriculados na rede pública municipal, tanto na Educação Infantil quanto no Ensino Fundamental, devem realizar a Atualização Cadastral obrigatória até o dia 12 de setembro de 2025, por meio do sistema DemandaNet.

Essa etapa é especialmente importante para os alunos que estão concluindo ciclos, como a Fase 6 da Educação Infantil, o 5º ano ou o 9º ano do Ensino Fundamental. Eles deverão indicar se desejam ou não o turno integral, informação que será considerada na alocação para o próximo ciclo. “É fundamental que os dados estejam atualizados para que possamos oferecer um atendimento mais eficiente e respeitar as preferências das famílias, inclusive quanto ao turno escolar”, reforçou Lucas Leão.

Caso o responsável não tenha acesso ao sistema, a escola atual do aluno fornecerá login e senha para viabilizar o processo. A Secretaria Municipal de Educação alerta que o cumprimento dos prazos é indispensável para garantir o correto encaminhamento dos estudantes no ano letivo de 2026.

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