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Mostra pode ser vista até 31 de março; entrada é gratuita

 

SOROCABA/SP - Até 31 de março, no saguão da Biblioteca Campus Sorocaba (B-So), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o fotógrafo Marcelo Nascimento apresenta a exposição "Mulheres na Batalha". A mostra reúne 25 fotografias emolduradas que retratam mulheres reais de Sorocaba e de cidades da região. O objetivo é refletir sobre a valorização da mulher e de seu trabalho, além de discutir sobre as questões de gênero que permeiam a sociedade.
A mostra exalta a presença da mulher em diferentes espaços de atuação, com singularidade e força. A diversidade também é destaque, por meio de: cores, cabelos, idades, roupas, jeitos, profissões e ocupações, sorrisos e belezas.
A exposição pode ser visitada nos horários de funcionamento da B-So, de segunda a quinta-feira, das 13 às 22 horas, e às sextas-feiras, das 9 às 18 horas. A entrada é gratuita.

BRASÍLIA/DF -  A revogação do novo ensino médio foi discutida nesta terça-feira (7) em reunião do presidente Lula com entidades de trabalhadores da educação, no Palácio do Planalto. O pleito foi apresentado ao presidente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

O novo ensino médio foi aprovado por lei em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, com o objetivo de tornar a etapa mais atrativa e ampliar a educação em tempo integral, mas a implementação enfrenta desafios estruturais, resistência e até desconhecimento por parte da população.

"A ideia é revogar o entulho do golpe. O novo ensino médio veio, por imposição, através de uma Medida Provisória, por um governo que não tinha legitimidade popular, sem qualquer diálogo com os setores da área de educação. Apresentamos a demanda de revogação do ensino médio e da Base Nacional Comum Curricular, afirmou Heleno Araújo, presidente da CNTE, à Agência Brasil. Segundo ele, Lula foi sensível aos problemas apresentados e prometeu analisar melhor o pedido.

Na semana passada, o ministro da Educação, Camilo Santana, evitou falar em revogação, mas disse que um grupo de trabalho será criado para reunir todos os setores educacionais interessados e discutir o andamento do novo ensino médio.  “Não é questão de revogar. O [novo] ensino médio está em andamento. O que nós estamos colocando é criar um grupo de trabalho, que será oficializado por portaria. Vamos reunir todos os setores para discutir”, afirmou o ministro.

Em nota, o MEC reconheceu que houve falta de diálogo no processo que levou à promulgação da lei do novo ensino médio e explicou como vai funcionar o grupo de trabalho. "O grupo será formado por setores sociais diversos, como as entidades representativas de classe, estudantes, professores, comunidade acadêmica, secretários estaduais e municipais de todos os estados brasileiros, com objetivo de estabelecer o diálogo democrático, numa discussão coletiva e qualificada por meio de pesquisas, consultas públicas, seminários e outras ferramentas que nos permitam tomar decisões embasadas. A questão preponderante é sobre como garantir o melhor Ensino Médio para o país, com justiça e, principalmente, igualdade", diz a pasta.

Carta aberta

Mais de 300 entidades ligadas à educação também fizeram uma carta aberta essa semana pedindo a revogação do novo ensino médio. No documento, que descreve 10 dos principais problemas da lei, os representantes dessas instituições alegam que o novo modelo vai na contramão de todos os estudos ligados à área e afirmam que o processo foi feito de maneira unilateral, sem espaço para o diálogo com a comunidade escolar.

Com o novo modelo, parte das aulas será comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. São os chamados itinerários formativos. Entre as opções, está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de itinerários, entretanto, vai depender da capacidade das redes de ensino e das escolas.

"Foi vendida a ideia de que o aluno poderia escolher entre cinco itinerários formativos, o que não acontece na prática. O aluno está sendo empurrado a fazer itinerário que a escola oferece, e nenhuma escola oferece os cinco itinerários formativos previstos", critica Araújo.

A implementação do novo ensino médio ocorre de forma escalonada até 2024. Em 2022, ela começou pelo 1º ano do ensino médio com a ampliação da carga horária para pelo menos cinco horas diárias. Pela lei, para que o novo modelo seja possível, as escolas devem ampliar a carga horária para 1,4 mil horas anuais, o que equivale a sete horas diárias. Isso deve ocorrer aos poucos. Essa ampliação da carga horária é uma forma de fazer com que as escolas ofereçam ensino integral aos seus estudantes, mas profissionais da educação criticam a falta de estrutura mínima.

"A lei exige uma ampliação da carga horária, para forçar a ampliação do tempo integral. As escolas ainda não têm estrutura para assegurar isso. Essa situação, muitas vezes, por conta da desigualdade social do país, faz com que alunos abandonem os estudos porque não conseguem acompanhar a carga horária. Em Pernambuco, por exemplo, mais de 800 mil jovens entre 15 e 29 anos não concluíram o ensino médio, enquanto aqueles que concluíram ou estão matriculados somam 341 mil", aponta o presidente da CNTE.

Em 2023, a implementação segue com o 1º e 2º anos e os itinerários devem começar a ser implementados na maior parte das escolas. Em 2024, o ciclo de implementação termina, com os três anos do ensino médio.

Escolas Cívico-Militar

Durante a reunião com a CNTE, Heleno Araújo afirmou que Lula também se comprometeu a descontinuar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militar (Pecim), criado em 2019 pelo governo de Jair Bolsonaro. "A ideia, segundo relatou o presidente, é não abrir para novas adesões ao programa daqui em diante, mas sem necessariamente desmanchar o que foi feito", afirmou o dirigente sindical.

Até o fim do ano passado, cerca de 200 escolas públicas de todo o país haviam aderido ao programa do governo federal, que oferece capacitação pedagógica aos militares, certificação das escolas e envio de recursos para melhorias estruturais nas unidades. Em janeiro, o governo já havia publicado portaria extinguindo a diretoria responsável pelas escolas cívico-militares no Ministério da Educação (MEC). A estrutura era vinculada à Secretaria de Educação Básica do ministério.

O modelo cívico-militar é diferente do modelo das escolas militares mantidas pelas Forças Armadas. De acordo com o MEC, as secretarias estaduais de Educação continuam responsáveis pelos currículos escolares, que é o mesmo das escolas civis. Os militares, que podem ser integrantes da Polícia Militar ou das Forças Armadas, atuam como monitores na gestão educacional, estabelecendo normas de convivência e aplicando medidas disciplinares, mas, em tese, não podem interferir no ensino.

 

 

Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil

Duas estudantes da Universidade estão entre os dez candidatos classificados para o 10ª Cargill Global Scholars Program (CGSP)

 

SÃO CARLOS/SP - As estudantes Lara Souza Martins Fernandes, do curso de Engenharia Mecânica, e Bianca Chicarelli Alcântara, do curso de Engenharia de Produção, ambas do Campus São Carlos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), foram selecionadas para a 10ª edição do Cargill Global Scholars Program (CGSP), programa de desenvolvimento de liderança e networking, que envolve alunos de seis países - entre eles, o Brasil -, promovido pela maior multinacional privada na área de alimentos, agricultura e gerenciamento de riscos.
O CGSP é um programa de bolsas de estudos com duração de dois anos que fornece apoio financeiro a estudantes de graduação em países específicos. As estudantes da UFSCar contam que os participantes do Cargill Global Scholars recebem uma bolsa de até US$ 5 mil para ajudar a cobrir despesas relacionadas ao Ensino Superior, incluindo custos de matrícula, livros, intercâmbios e outras oportunidades de interesse do aluno. O programa promove o desenvolvimento de liderança por meio de seminários, eventos de networking, um componente de orientação individual (mentorship) e uma ativa rede de antigos participantes.  
Além das atividades no Brasil, graduandos de outros países - todos vencedores do Cargill Global Scholars em seus respectivos países -, também realizaram treinamentos sobre confiança, coaching, trabalho em equipe e a expansão de suas perspectivas globais. "A seletiva ocorre em seis países - Brasil, China, Índia, Indonésia, Rússia e EUA. Todo ano são escolhidos dez alunos por país; em 2022 foram contemplados alunos de cinco instituições brasileiras diferentes", conta Lara Fernandes. 
A seleção é composta por duas fases. A primeira delas é a inscrição, que inclui, entre outros documentos, o histórico escolar e duas cartas escritas pelo candidato, descrevendo um momento decisivo de sua vida e uma causa social que está "perto do seu coração" e o que o candidato faria para ajudá-la. A segunda fase consiste em uma entrevista online em Inglês.

Atividades do Programa
O Programa da Cargill tem duração de dois anos. "No primeiro é realizado o seminário In-Country (etapa nacional), no qual os alunos passam cerca de cinco dias na cidade de São Paulo e recebem treinamentos sobre liderança, inovação e comunicação e conhecem seus mentores nacionais", conta Lara Fernandes. "No último dia, conhecemos nossos mentores, que nos acompanharão na primeira mentoria por meio de encontros mensais durante um ano", completa Bianca Alcântara.
No segundo ano, os alunos integram a etapa internacional do Programa, com um seminário de Liderança Global, com os participantes do mundo todo, quando cada bolsista participa de um projeto em equipe e conhece seu mentor internacional", detalha Fernandes. Segundo as estudantes, a previsão é de que o evento deste ano ocorresse presencialmente nos Estados Unidos, mas, devido à fila de espera para o visto norte-americano, o seminário internacional será híbrido, e ocorre no mês de julho. "Estaremos em São Paulo presencialmente com os outros scholars do Brasil e lá teremos atividades online com os scholars de outros países", afirma Alcântara.

BenefíciosAs estudantes da UFSCar, por enquanto, completaram um ano no Programa. "Mas os benefícios que recebi já são incalculáveis", comemora Lara Fernandes. "Neste ano fui capaz de me autoconhecer de maneira profunda, melhorar meus pontos fracos, fortalecer meus pontos fortes, fazer networking com outros alunos do programa, melhorar minhas habilidades de liderança e comunicação e aprender sobre o mercado de trabalho e sobre a vida com um grande líder da Cargill".
Para Bianca Alcântara, "por se tratar de um programa com duração de dois anos, os benefícios também são prolongados e recebidos no decorrer de toda essa trajetória". Ela ressalta que, além dos momentos de seminário e mentoria, "o programa permite que a gente desenvolva habilidades que serão utilizadas por toda nossa trajetória pessoal e profissional, além de proporcionar um networking com pessoas incríveis a nível internacional".
Para Fernandes, ser aluna da UFSCar foi crucial para a participação no programa. "Graças às oportunidades que tive estudando na UFSCar, pude me desenvolver até me tornar apta para ser escolhida entre uma das bolsistas do programa".
Alcântara conta que soube da seleção através de conhecidos que já haviam participado do programa. Segundo ela, "o próprio convênio da UFSCar com o programa permitiu minha inscrição e participação, sendo, portanto, essencial para que a oportunidades existisse", explica a estudante, que acompanhou a divulgação pelas redes sociais da Secretaria Geral de Relações Internacionais (SRInter) da Universidade. Ela destaca que, além do ensino no curso de graduação, fazer parte de grupos extracurriculares, especialmente o Centro Acadêmico (CAEPS) e o Programa de Educação Tutorial (PET), ambos do curso de Engenharia de Produção, também contribuiu para sua participação. "Sem essas oportunidades que eu encontrei dentro da UFSCar e abracei, eu não teria um repertório tão completo de experiências que possibilitou minha aprovação no programa".

Informações
Mais informações sobre o Cargill Global Scholars Program (CGSP) estão no site www.cargillglobalscholars.com. Já as iniciativas de internacionalização da UFSCar podem ser conhecidas no site www.srinter.ufscar.br ou nas redes sociais da SRInter: Facebook (fb.com/UFSCarSrinter) e Instagram (@srinter_ufscar).
Objetivo é avaliar experiência de um plano de aleitamento materno

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de Iniciação Científica, realizada no Departamento de Enfermagem (DEnf) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem como objetivo avaliar a experiência de implementação de um plano de aleitamento com gestantes. O estudo está convidando voluntárias, a partir da trigésima quinta semana de gravidez, para uma consulta sobre amamentação. O projeto é realizado pela graduanda Beatriz Guimarães Silva, sob orientação de Natalia Sevilha Stofel, docente do DEnf.
O plano de aleitamento da gestante é um documento escrito que contempla as formas que a pessoa deseja para o seu processo de amamentação. "Ele é o mesmo para todas as gestantes e, após orientação prévia, a pessoa irá assinalar aquilo que deseja, explica Beatriz Silva. 
De acordo com a pesquisadora, o documento é semelhante a um plano de parto, mas envolve temas relacionados à amamentação. São questões que abordam, por exemplo, a oferta, ou não, de bicos artificiais, que a mama só seja tocada com consentimento, que há o desejo de amamentar na primeira hora de vida, dentre outros apontamentos. O plano de aleitamento deve ser direcionado aos profissionais da maternidade que atuam no atendimento à gestante.
"Esse plano ainda não é uma realidade, então, com a pesquisa, iremos propor que seja implementado no pré-natal. Logo, a pessoa terá contato com o plano durante as consultas, preencherá e entregará para a maternidade", detalha. "A pesquisa possibilitará avaliar a necessidade de se aplicar o plano de aleitamento durante o pré-natal, o que vai trazer benefícios à família pois, por meio dele, irá expressar os seus desejos e direitos durante a amamentação, gerando assim um documento que deve ser respeitado", complementa Silva sobre a importância do estudo.

Consultas
Para realizar o estudo, gestantes, a partir de 18 anos de idade e 35 semanas de gestação, são convidadas para consulta individual - online ou presencial - em que serão abordadas as principais questões de aleitamento, como a importância da amamentação, pega correta, adaptação à amamentação e possíveis manejos. Ao final, as voluntárias receberão auxílio no preenchimento do plano. Interessadas devem entrar em contato com a pesquisadora pelo WhatsApp (16) 99730-2924 até o mês de julho.
A pesquisa é realizada no âmbito do Grupo de Orientação e Cuidado em Aleitamento (GOtAS) da UFSCar, e tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 55688522.6.0000.5504).

SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta (PL), protocolou um projeto de lei que prevê a implantação do “Programa Jovem Economista” nas escolas da rede municipal de ensino.


Bruno Zancheta destacou que esse projeto de lei tem como principal finalidade educar, planejar e promover atividades que tratem de questões econômicas nas escolas municipais, por meio de aulas extracurriculares e temas transversais. Esse programa pode ser feito por meio de parcerias com empresas, entidades do terceiro setor entre outros órgãos.


"O Programa Jovem Economista tem um objetivo muito claro: levar educação financeira aos alunos da rede municipal de ensino, ensinando conceitos básicos de economia, presentes nos noticiários e em situações cotidianas, afinal, esses conhecimentos serão utilizados durante toda sua vida. Desta forma, o projeto Jovem Economista viabiliza uma realidade mais agradável e um futuro mais próspero aos cidadãos são-carlenses”, finalizou o parlamentar.

Aulas ocorrem em maio de 2023

 

SÃO CARLOS/SP - Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), quase 1 bilhão de pessoas no mundo são portadoras de deficiência, sendo que as crianças representam cerca de 10% desse contingente. Tendo em vista a promoção de políticas de inclusão nos mais diversos ambientes, desde a década de 90, no Brasil, as escolas têm passado por um processo de readequação inclusiva, com o intuito de promover a Educação Básica igualitária, permitindo que as crianças com deficiência sejam inseridas no processo de ensino-aprendizagem convencional, desde que haja suporte à elas, se necessário. No caso das crianças surdas, por exemplo, com as políticas educacionais inclusivas e a alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, esse grupo passou a ter direito à educação bilíngue (Libras/Língua Portuguesa).
Porém, devido à falta de direcionamento de profissionais para atuação específica nessa área, a implementação dessa ideologia requer ajustes no currículo e formações continuadas para os educadores. "Atualmente, nós vemos em salas de aula, na rede de ensino, o pedagogo, que tem uma habilitação mais generalista, proporcionada pelo curso ou por uma introdução à Língua de Sinais. Para que tenhamos uma base curricular que atenda a uma modalidade bilíngue, precisamos de profissionais preparados para o mercado, para além da interpretação", explica Vanessa Martins, coordenadora do curso de bacharelado em Tradução e Interpretação em Libras/Língua Portuguesa, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Ainda de acordo com a professora, o ideal é que profissionais habilitados auxiliem na aquisição da linguagem e do conteúdo, em Libras. "90% das crianças surdas são filhas de pais ouvintes, portanto elas aprendem uma gestualidade caseira diferente da Língua de Sinais, necessária para que o professor possa dimensionar conteúdos. A inclusão é mais do que ter a pessoa surda na escola, requer investir em formação para que o estudante possa ter condições de ingressar em uma universidade um dia. O baixo número de alunos surdos no Ensino Superior é um sinal de que há uma defasagem de escolaridade adequada para possibilitar uma continuidade da vida escolar. Queremos permitir que, assim como um indígena e um estrangeiro, o aluno surdo adquira o Português como sua segunda Língua e tenha todo o conteúdo pensando especificamente para o modo de aprender dele, refletindo no futuro", defende.
Com o intuito de capacitar profissionais e estabelecer metas para o desenvolvimento do ensino bilíngue, considerando a diversidade, a UFSCar oferece a "Formação continuada em Pedagogia Bilíngue para alunos surdos". As inscrições estão abertas. Serão encontros remotos síncronos nos dias 6, 7, 20 e 21 de maio. A formação de 60 horas, é voltada para professores bilíngues, instrutores de Libras e intérpretes educacionais dos anos iniciais do Ensino Fundamental, sendo que profissionais surdos também podem participar.
Informações sobre investimento e disciplinas podem ser obtidas no site www.pedagogiabilingue.faiufscar.com.
Projeto realizado pela estudante já avaliou mais de 3,4 mil aplicativos voltados à saúde

 

SÃO CARLOS/SP - A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) anunciou recentemente as vencedoras da 4ª edição do Prêmio "Carolina Bori Ciência & Mulher", que nesta edição premiou a categoria "Meninas na Ciência", cujas pesquisas de Iniciação Científica demonstraram criatividade, boa aplicação do método científico e potencial de contribuição com a ciência no futuro. Dentre as finalistas na área de Ciências Biológicas e da Saúde estava Beatriz Suelen Ferreira de Faria, graduanda do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 
O projeto atual desenvolvido pela estudante - "Aplicativos disponíveis em lojas online brasileiras voltados para saúde e bem-estar dos trabalhadores: uma busca sistemática" - tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O objetivo da pesquisa é avaliar a disponibilidade e a qualidade dos aplicativos móveis de saúde (mHealth) voltados para saúde e bem-estar dos trabalhadores. "Pensando na importância que a autogestão tem na saúde dos trabalhadores e o impacto dos aplicativos de saúde, o intuito do projeto é identificar possíveis lacunas nessa área a fim de possibilitar avanços e melhorias para a saúde dos trabalhadores", explica Tatiana Sato, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar e orientadora do estudo.
Beatriz Faria aponta que o projeto já identificou, até o momento, 3.456 aplicativos disponíveis nas lojas online que utilizavam as palavras-chave selecionadas para realizar a busca. "Dentre eles, identificamos os três melhores aplicativos que apresentaram maior pontuação em relação à sua qualidade na escala que utilizamos", explica. A professora afirma que os aplicativos podem ser usados pelos trabalhadores e oferecem dicas de exercícios, com avatares e vídeos explicativos, estimulam a realização de pausas no trabalho com variação postural e interrupção de longos períodos de sedentarismo no trabalho. "Esses aspectos podem ajudar os trabalhadores a reduzirem os sintomas e desconfortos quando usados com certa regularidade", complementa Sato.
O estudo, que teve início em maio de 2022, deve ser finalizado até o próximo mês de abril. 

Meninas na Ciência
A premiação recebeu indicações de 446 candidatas de 223 instituições de todas as regiões do País. Foram 126 indicadas para a categoria Ensino Médio e 320 para a Graduação, categoria subdivida entre três grandes áreas do conhecimento: Biológicas e Saúde (126), Engenharias, Exatas e Ciências da Terra (103) e Humanidades (91). A vice-presidente da SBPC, Fernanda Sobral, em entrevista sobre o prêmio, destacou a grande diversidade dos trabalhos desenvolvidos e da origem das candidatas de instituições públicas e privadas.
"É muito gratificante e motivador receber esse reconhecimento e o recebo em nome de todas as meninas e mulheres pesquisadoras e cientistas da nossa Universidade. É um prazer enorme estar inserida nessa área e conseguir contribuir de alguma forma para a pesquisa do nosso País", destaca a graduanda, que tem uma trajetória de dedicação no ensino público, sempre reconhecida em projetos voltados a estudantes de baixa renda e considerados jovens talentos. Na UFSCar, ela atua como membro do Grupo de Pesquisa "Fisioterapia na Saúde do Trabalhador" e do Laboratório de Fisioterapia Preventiva e Ergonomia (LAFIPE), coordenado por Sato. 
"A Beatriz é uma menina fantástica. Ela estar entre as finalistas no prêmio nos incentiva a continuar trilhando nosso caminho para que mais e mais meninas e mulheres recebam o destaque que merecem no meio científico e acadêmico", celebra a professora.

SÃO CARLOS/SP - Uma parceria entre o Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC), Editora da Universidade de São Paulo (EdUsp), Editora PeirópoliS, Estação Ciência , USP PRCEU, Sistema de Bibliotecas do Município de São Carlos (SIBI) e o Museu da Ciência  de São Carlos Professor “Mário Tolentino”, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), promove no próximo sábado (04/03), às 16h, no auditório do CDCC, o lançamento do livro “Novo Guia Completo dos Dinossauros do Brasil” e a palestra Dinossauros do Brasil – 170 milhões de anos de evolução. 
O livro mapeia os dinossauros que viveram no que é hoje o território brasileiro. A obra que é uma viagem no tempo para observar o início da vida e de sua diversidade.
O autor Luiz Eduardo Anelli, paleontólogo, professor do Instituto de Geociência da USP e ganhador do Prêmio Jabuti por outra obra sobre dinossauros, será o palestrante e estará disponível para autografar os livros que poderão ser adquiridos. 
Segundo Anelli, os dinossauros não dominaram a fauna logo em seguida à sua origem, pois, na época, já havia grandes e impetuosos animais. “No início, miúdos e delicados, os dinossauros tiveram de aguardar trinta milhões de anos até que a fauna carnívora e herbívora concorrente de grandes arcossauros fosse dizimada por mudanças climáticas, pelo impacto de um asteroide e finalmente por um extenso vulcanismo. Não havia competições. O que estava em falta eram espaços desocupados”.
Durante o lançamento também estará disponível ao público diversos objetos relacionados aos dinossauros, que poderão ser manipulados e ajudarão a compreender esses gigantes.
A atividade é gratuita e livre para todas as idades.


LUIZ EDUARDO ANELLI – O paleontólogo e escritor brasileiro Luiz Eduardo Anelli é conhecido por seus livros de divulgação científica sobre dinossauros brasileiros. Anelli é biólogo graduado pela Universidade Estadual de Londrina em 1989, mestre e doutor em paleontologia pelo Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, onde ministra disciplinas de graduação e pós-graduação desde 1996. Coordena há 20 anos a Oficina de Réplicas do Instituto de Geociências e foi o idealizador e curador da exposição Dinos na Oca e Outros Animais Pré-Históricos, no Parque do Ibirapuera, em 2006, visitada por 550 mil pessoas.
Montou as primeiras réplicas de esqueletos de dinossauros na cidade de São Paulo, incluindo o Allosaurus fragilis (Instituto de Geociências). Em Santo André, montou o esqueleto do Tyrannosaurus rex, o único esqueleto completo do grande predador em exposição permanente na América do Sul. Em São José dos Campos foi responsável pela produção da réplica do nosso maior dinossauros predador, o Oxalaia quilombensis.
Anelli é um defensor do ensino de paleontologia nas escolas, onde o tema é pouco abordado até mesmo pelas disciplinas nas quais deveria ser assunto, como Biologia e Geografia. Divulgador científico nacional, reitera que a paleontologia foi toda construída sobre a ciência do hemisfério norte e que as escolas precisam conhecer e ensinar a pré-história do Brasil. Considera que a forma como os dinossauros são mostrados no cinema e em brinquedos contribui para a visão equivocada que se tem deles, de seres cruéis e violentos, e muitas vezes considerados um “brinquedo de menino”. Há uma preocupação em seus livros de não mostrar dinossauros de forma violenta e agressiva, mas sim como animais complexos e vibrantes. Anelli também defende que tanto quanto eram maravilhosos, os dinossauros podem nos levar para lugares incríveis do tempo da sua existência em terras brasileiras, e que conhecer a história profunda de um país é a forma mais eficiente de olhar para o futuro.

Pesquisas da UFSCar indicam problemas e evidenciam a importância de cuidar de quem cuida

 

SÃO CARLOS/SP - Há três anos, em 26 de fevereiro de 2020, o Brasil registrou seu primeiro caso de Covid-19. Desde então, são mais de 698 mil as mortes pela doença no País, dentre as quais as de cerca de 1,3 mil profissionais de Medicina e Enfermagem, segundo estudo recente da Fundação Oswaldo Cruz. No mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, 115 mil profissionais de Saúde perderam a própria vida lutando contra a pandemia.
Neste contexto, como está a saúde desses trabalhadores e trabalhadoras? Como foi vivenciar a perda de colegas e pacientes ao longo da pandemia? Como cuidar de quem cuida?
Buscando responder a essas e outras questões, pesquisas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) se dedicaram a avaliar como a pandemia impactou a saúde física, mental e emocional dos profissionais que atuaram no cenário de combate ao novo coronavírus. Dentre os resultados, destacam-se quadros de esgotamento físico e mental, dores e relatos de sentimentos de angústia, baixa qualidade de vida e sobrecarga de trabalho. Os estudos, nas áreas de Medicina, Fisioterapia e Psicologia, foram realizados por equipes da UFSCar junto a profissionais em diferentes regiões do Brasil.

Resultados Um dos estudos, coordenado por Tatiana Sato, professora e pesquisadora no Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, evidenciou presença intensa de quadros de exaustão e estresse entre profissionais de todo o País, além de má qualidade de sono, sintomas depressivos e dores pelo corpo. A pesquisa teve participação de 125 profissionais da rede pública, que responderam a questionários online, ao longo de 2021 e 2022. Os resultados mostraram que 86% sofrem com burnout - distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante - e 81% com estresse. Por outro lado, a maioria desses profissionais vê grande sentido nos serviços que prestam à sociedade.
Em relação ao clima de trabalho, 75% das pessoas participantes avaliaram negativamente as demandas emocionais ligadas ao trabalho, 61% criticaram o ritmo do serviço e 47% reprovaram a sua imprevisibilidade. Outros dados, relacionados a comportamentos ofensivos, chamaram a atenção do grupo responsável pela pesquisa: 15% das pessoas entrevistadas foram afetadas por atenção sexual indesejada; 26% foram ameaçadas e 9% sofreram de fato violência física; e 17% reportaram bullying.
Pelo lado positivo, destaca-se que mais de 90% dos participantes acreditam realizar um trabalho muito significativo e cerca de 80% se dizem comprometidos com o trabalho, mesmo diante de um clima tão estressante. Artigo resultante da pesquisa, que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi publicado na revista Healthcare e pode ser acessado neste link (https://bit.ly/3xdLXg9).
Outra pesquisa, que teve a participação das docentes do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar Esther Angélica Luiz Ferreira e Cristina Ortiz Sobrinho Valete, junto com pesquisadores de outras instituições, abordou a experiência de profissionais que acompanharam pacientes em seus últimos dias de vida durante a pandemia. O estudo teve a participação de 102 profissionais em vários estados brasileiros e indicou o sentimento de angústia em 69,6% deles e percepção de baixa qualidade de vida em 64,7%.
Entre julho e outubro de 2020, foram coletados dados com 41 profissionais da área médica, 36 de Fisioterapia e 25 de Enfermagem. A autopercepção de angústia foi 37% mais frequente entre profissionais da área médica e 42% mais frequente quando houve desacordo com o cuidado oferecido. A baixa qualidade de vida foi 43% mais frequente nos casos em que houve falta de tempo para conversar com a família do paciente. Por outro lado, a compreensão de que o cuidado médico oferecido foi suficiente reduziu em 30% essa percepção de baixa qualidade de vida. Um artigo sobre a pesquisa, publicado na Revista da Associação Médica Brasileira, pode ser acessado neste link (https://bit.ly/3XlJbjz).
No Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar, um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de graduação buscou compreender em que medida o trabalho durante a pandemia influenciou a saúde mental dos profissionais da Atenção Básica de Saúde (ABS) de São Carlos (SP). O estudo teve a participação de 30 profissionais, entre o final de 2021 e o começo de 2022, e os resultados indicaram que as pessoas participantes enfrentavam diariamente, dentre outras questões, sobrecarga, estruturação inadequada de processos de trabalho, dores no corpo, relações de trabalho fragilizadas e baixa qualidade de sono, além de reconhecimento e valoração do trabalho ausentes ou insuficientes. O estudo foi realizado por Israel Rienzo, sob orientação de Luciana Fioroni, no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas (Pibic-Af), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Cuidar de quem cuida
Tatiana Sato aponta que o trabalho de profissionais de Saúde apresenta comumente uma rotina exaustiva - com longas horas em pé e ritmo de trabalho acelerado, dentre outras características -, que foi amplamente afetada pelas demandas de urgência e emergência da pandemia. A docente indica como os resultados da pesquisa que coordenou evidenciam a necessidade de pressionar as autoridades por melhorias nas condições de trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS). "Profissionais abalados física e mentalmente nem sempre conseguem oferecer o melhor atendimento possível à população. São necessárias mais contratações, melhores remunerações, jornadas menos exaustivas, treinamentos adequados e criação de redes de suporte. O profissional de Saúde também precisa ser visto como um trabalhador e merece nossa atenção", conclui.
Cristina Ortiz, por sua vez, destaca como a morte de um paciente também significa luto para o profissional e que, se esse luto não é vivido de maneira adequada, pode acarretar desequilíbrios. "Encontramos sinais muito fortes de que as coisas precisam ser modificadas de alguma forma. O cuidado à saúde, de forma integral, desses profissionais precisa ser considerado pelos sistemas em que estão inseridos. Eles podem adoecer muito rapidamente, e leitos e equipamentos sem profissionais não permitem, inclusive, o enfrentamento de uma pandemia", registra.
Luciana Fioroni conclui que "experienciar o trabalho e inventar novos modos de condução de territórios do cuidado perpassa a ruptura dos modos de subjetivação do trabalho em que os trabalhadores são reduzidos a operadores de uma técnica que, estando descontextualizada do cuidado, apesar de parecer garantir caminhos seguros, apenas burocratiza e esconde os fluxos singulares da vida".
Essas pesquisas e seus resultados serão tema do Na Pauta Entrevista que vai ao ar no dia 28 de fevereiro, a partir das 8 horas, no canal UFSCar Oficial no YouTube (www.youtube.com/@UFSCarOficial) e demais canais de comunicação pública da Universidade. Acompanhe.

BRASÍLIA/DF - Já está disponível no Portal Acesso Único a lista de aprovados no primeiro processo seletivo de 2023 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que reúne vagas de instituições públicas de ensino superior.

O período para matrícula dos convocados começa nesta quinta-feira (2) e vai até 8 de março. No total, foram oferecidas 226 mil vagas, em 128 instituições públicas do país, das quais 63 são universidades federais.

Para tentar uma vaga, os candidatos usaram a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2022.  Além de ter feito a prova, os interessados não podem ter zerado a nota de redação nem ter feito o exame como treineiros.

Lista de espera

Quem não foi convocado na chamada regular tem até o dia 8 de março para manifestar interesse na lista de espera. A convocação dos candidatos pelas instituições de ensino está prevista para ocorrer a partir de 13 de março.

Pelo Sisu, o candidato pode escolher até duas opções de curso. Nesta edição, a plataforma do MEC teve 1.073.024 inscritos, um aumento de 1,8% em relação à mesma edição do ano anterior, que teve 1.054.474 inscritos.

Confira o cronograma do Sisu:

  • 28 de fevereiro - resultado da chamada regular;
  • 2 a 8 de março - matrícula da chamada regular;
  • 28 de fevereiro a 8 de março - prazo para participar da lista de espera.
  • 13 de março - convocação dos candidatos em lista de espera pelas instituições a partir desta data

 

 

Por Karine Melo – Repórter da Agência Brasil 

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