MATO GROSSO DO SUL - A maior planície úmida do planeta está mais seca. A diferença entre o total da área coberta por água e campos alagados registrada na cheia de 1988/1989 e na de 2018 é de 29%. Na primeira cheia registrada na série histórica de imagens de satélite analisadas pelo MapBiomas, esse total era de 5,9 milhões de hectares. Na última, em 2018, a área alcançou apenas 4,1 milhões de hectares. Em 2020, esse valor foi de 1,5 milhões de hectares, o menor nos últimos 36 anos. Estes e outros dados foram apresentados em um webinar na quarta-feira, 29 de setembro, no canal do MapBiomas no Youtube.
Mais seco, o Pantanal está também mais suscetível ao fogo. Os períodos úmidos favorecem o desenvolvimento de plantas herbáceas, arbustivas, aquáticas e semi-aquáticas, acumulando biomassa. No período seco, a vegetação seca vira combustível para o fogo. De todos os biomas brasileiros, o Pantanal foi o que mais queimou nos últimos 36 anos: 57% de seu território foi queimado pelo menos uma vez no período, ou 86.403 km². Áreas de vegetação campestre e savanas foram as mais afetadas, respondendo por mais de 75% das áreas queimadas. Ao todo, 93% do fogo no período ocorreu em vegetação nativa; apenas 7% ocorreu em área antrópica. Em 2020 foram mais de 2,3 milhões de hectares queimados, desde 1985 esse valor só é menor do que a área queimada de 1999, com 2,5 milhões de hectares.
"A conservação do Pantanal, sua cultura e seu uso tradicional dependem dos ciclos de inundações e dos rios que nascem na região do Planalto, onde ficam as cabeceiras da Bacia do Alto Paraguai", explica Eduardo Rosa, do MapBiomas. Enquanto 83,8% da planície estava coberta por vegetação nativa em 2020, no planalto, isso ocorreu em apenas 43,4% do território. Pastagens degradadas, a falta de florestas que protegem nascentes e rios, a construção de hidrelétricas, afetam o fluxo dos rios, que também sofrem com a deposição de sedimentos que reduzem a vazão da água, no planalto e na planície.
O uso antrópico no Pantanal cresceu 261% entre 1985 e 2020, ganhando 1,8 milhão de hectares. Nesse período, a área de pastagens na Bacia do Alto Paraguai dobrou, de 15,9% em 1985 para 30,9% em 2020. A agricultura, por sua vez, quadruplicou, passando de 1,2% em 1985 para 4,9% em 2020. Já a formação savânica, caiu de 24,4% em 1985, para 18% em 2020. Em 2020, 40% da Bacia do Alto Paraguai possui uso agropecuário.
GRÉCIA - Uma foto de um peixe ‘comendo’ um cigarro acabou viralizando e ganhou os veículos de mídia de todo o mundo. A imagem registrada por Steven Kovacs ganhou notoriedade por participar do Ocean Photography Awards, de 2021, o maior prêmio de fotografia oceânica do planeta.
IBATÉ/SP - Em comemoração ao Dia da Árvore, que é nesta terça-feira, 21 de setembro,a Escola Municipal Ruth Zavaglia Gomes realiza durante toda a semana, diversas atividades de conscientização ambiental.
A diretora da unidade escolar, Ana Lucia Peruchi, conta que, no Brasil, este dia foi escolhido pela chegada da Primavera, onde a floração e o desabrochar da natureza é visto por todos. “É um período reprodutivo de muitas plantas e árvores”, contou.
A escola também entregará aos alunos que estão frequentando presencialmente as aulas,mudas de árvores. “Esta é uma forma de semearmos e incentivarmos atitudes que façam a diferença para o meio ambiente”, afirmou Ana Lucia.
A diretora ressalta que o importante é lembrardesta data e também pensar uma forma de trabalhar o assunto com os alunos desde pequenos. “Ao longo de todo o ano, atitudes que os sensibilizem e motivem a serem preservadores e defensores da natureza. Quando pensamos em natureza logo imaginamos seu maior símbolo, a árvore. Ela nos oferece sombra, melhora a umidade e temperatura do ambiente, serve de moradia para alguns animais e alimento, como são seus frutos”, contou.
“Proteger o Meio Ambiente é papel de toda a sociedade e é fundamental que cada um faça sua parte para que as próximas gerações consigam viver em um planeta tão bonito quanto temos hoje”, finalizou a diretora.
BRASÍLIA/DF - Foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (17) a Portaria 439/21, do Ministério do Meio Ambiente, que cria o Programa Rios + Limpos, último eixo da Agenda Ambiental Urbana. A partir da disponibilização de dados sobre a qualidade das águas e efluentes em uma plataforma digital, o objetivo do programa é contribuir para a melhoria da gestão de efluentes e saneamento básico em todo o país.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, que lançou a iniciativa ontem no Mato Grosso, esse sistema vai oferecer mais transparência para os usuários e gerar incentivo a melhorias operacionais, além de aprimorar a orientação de ações de fiscalização pelos órgãos ambientais e agências reguladoras, com instrumentos para verificação das metas de desempenho.
A iniciativa vai permitir ações de despoluição dos rios, incentivar a limpeza e coleta de lixo em rios, lagos, lagoas e praias fluviais, além da implementação de sistemas de tratamento descentralizado de efluentes em áreas não atendidas pelos sistemas tradicionais, bem como a promoção de projetos que visem o reuso de efluentes no país.
Ainda segundo o MMA, a plataforma para informatização dos dados de saneamento, inserida entre as ações do Marco Legal do Saneamento Básico, permitirá uma regulação mais robusta e fiscalização mais ágil e, com isso, melhores serviços prestados aos cidadãos. O novo Marco do Saneamento prevê atração de investimentos de R$ 700 bilhões e geração de mais de 700 mil postos de trabalho.
SÃO PAULO/SP - O Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) lança a nota técnica Crise hídrica, termelétricas e renováveis: Considerações sobre o planejamento energético e seus impactos ambientais e climáticos. Atualmente, a principal medida adotada no Brasil para evitar um apagão energético foi acionar as termelétricas fósseis e, além disso, o uso das termelétricas em tempo integral tem sido implementado. Como consequência, o documento alerta que deve-se esperar um aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no setor elétrico, impactos ambientais na qualidade do ar, limitações para a ampliação das demais fontes renováveis e um potencial agravamento da crise hídrica no futuro. Leia a nota técnica na íntegra.
Para evitar quadros futuros de risco de abastecimento, indica-se que o planejamento reveja os critérios para a contratação de energia no médio e longo prazo, evitando o cancelamento de leilões do ambiente regulado, como foi o caso em 2020, ou a baixa contratação registrada nos últimos leilões de energia nova e existente, afirma Ricardo Baitelo, coordenador de projetos no Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) e o autor principal da nota. No caso atual, o planejamento de longo prazo parece ter sido desconsiderado quando maximizar o acionamento das termelétricas é a última solução para reduzir o risco de um novo racionamento, um ciclo que gera mais GEE e pode piorar as secas.
O Brasil tem optado por avançar com a operação e a instalação das termelétricas fósseis, que usam carvão e derivados do petróleo para gerar energia. Os últimos leilões de energia elétrica existente deste ano, permitiram, pela primeira vez, o funcionamento em tempo integral das termelétricas contratadas. Além disso, a Lei 14.182/2021, que trata da privatização da Eletrobrás, determina a inserção de 8 GW de termelétricas a gás natural operando em tempo integral hoje, a capacidade instalada de termelétricas a gás é de 15,7 GW. Essa inserção de 8 GW de usinas termelétricas acumulará em 15 anos de operação a emissão de 260,3 MtCO?, mais do que as emissões de todo o setor de transportes em 2019.
EUA - A empresa de biogenética americana Colossal anunciou na segunda-feira (13) o lançamento de um plano de US$ 15 milhões (R$ 78,2 milhões) para ressuscitar o mamute-lanoso, animal que está extinto há cerca de 10 mil anos.
Para isso, a companhia — fundada pelo empresário de tecnologia Ben Lamm e pelo geneticista de Harvard George Church — planeja editar o genoma dos elefantes asiáticos.
Na verdade, o plano dos pesquisadores não é criar um animal idêntico aos extintos. Mas sim criar um híbrido com o animal mais semelhante ao mamute nos dias atuais, compartilhando 99,6% do DNA.
BERTIOGA/SP - Um dragão azul do mar foi encontrado em uma praia na cidade de Bertioga, no litoral norte de São Paulo. A arquiteta Dalma Mesquita se deparou com o animal durante um passeio pela praia e se surpreendeu com o achado.
O dragão azul do mar (Glaucus atlanticus) é um molusco marinho, também conhecido como um tipo de lesma-do-mar, que tem como principal fonte de alimentação as caravelas portuguesas. Não, não as caravelas de Portugal das colonizações, mas os animais que possuem esse nome (e são bem parecidos com as águas vivas, suas primas dentro do filo Cnidaria).
Dragão do mar não está em extinção, mas é dificilmente encontrado nas praias do litoral brasileiro; animal se alimenta de caravelas portuguesas e é considerado uma ‘lesma do mar’
O registro de Dalva foi acidental. Ela fazia uma caminhada pela Riviera de São Lourenço recolhendo o lixo que encontrava na praia com uma sacolinha. Ela quase pegou o Dragão Azul nas mãos, mas entendeu que era um animal que poderia ser perigoso. De fato, essa lesma do mar solta toxinas quando entra recebe toque e as substâncias podem causar irritação na pele.
“Eu nunca tinha visto nem na televisão, só na literatura mesmo. A espécie pode ser conhecida, mas ela estava ali na minha frente. Para resumir, é emocionante se deparar com um serzinho desses”, afirmou a arquiteta ao site Metrópoles.
Os dragões azuis não são comuns em praias, mas costumam habitar regiões tropicais e substropicais como o Brasil, a costa do continente africano, a Austrália e o Mar Mediterrâneo. Não existem dados sobre a conservação do animal, mas, com poucos predadores, os cientistas entendem que eles não estão sob risco.
*Por: Hypeness
MÉXICO - O Senado do México aprovou por unanimidade um projeto de lei federal que proíbe os testes em animais para cosméticos. A decisão torna o México o primeiro país da América do Norte e o 41º país do mundo a adotar essa medida, segundo o portal Tree Hugger e a Humane Society International.
De acordo com a nova lei, pesquisas cosméticas não podem realizar testes em animais que incluam ingredientes cosméticos individuais ou produtos já prontos. A nova lei também proíbe a fabricação, comercialização e importação de cosméticos, quer sua formulação final ou alguns de seus ingredientes individuais tenham sido testados em animais em outras partes do mundo.
Dos 103 senadores que participaram da votação, todos votaram a favor do projeto. A Humane Society International do México defendeu o projeto, junto com uma organização não governamental chamada Te Protejo, que promove o uso de cosméticos cruelty-free.
Os grupos acreditam que o interesse na legislação foi influenciado positivamente pelo filme de animação da Humane Society International Save Ralph, que teve mais 150 milhões de visualizações no YouTube e mais de 730 milhões de tags no TikTok. Isso estimulou mais de 1,3 milhão de pessoas a assinar uma petição pela legislação no México. Assista ao filme (em inglês):
O patrocinador do projeto, o senador Ricardo Monreal, classificou a decisão como "histórica" ??ao fazer o anúncio.
Finalmente, vamos salvar Ralph e todos os animais, porque hoje estamos aprovando uma reforma histórica: a proibição de usá-los como experimentos para produtos de beleza. Beleza não pode ser crueldade, e é por isso que nós, senadores, salvamos os animais e emitimos leis que proíbem firmemente o uso de animais para experimentos de beleza, cosmetologia ou de qualquer tipo. Arriba los animales!
Os animais são usados ??de várias maneiras na indústria de testes de cosméticos para testar a segurança dos ingredientes.
Às vezes, ingredientes individuais ou produtos acabados são testados em animais como coelhos, camundongos, porquinhos-da-índia e ratos. Eles podem ser pingados nos olhos, esfregados na pele ou dados aos animais para ver se há algum efeito negativo.
A legislação antiteste no México foi apoiada por empresas do setor de beleza, incluindo Avon, LOréal, Lush, P&G e Unilever. Muitos estão trabalhando em conjunto com a HSI por meio da Avaliação de Segurança Livre de Animais (AFSA), uma colaboração de líderes corporativos e sem fins lucrativos que estão desenvolvendo métodos alternativos e seguros para testes em animais.
Além do México, o uso de animais para testes em cosméticos foi proibido em 40 países, além de dez estados no Brasil e sete nos EUA, de acordo com a HSI. Mais três estados nos EUA (Nova Jersey, Nova York e Rhode Island) estão considerando uma legislação e projetos de lei federais estão aguardando a reintrodução nos EUA e no Canadá.
*Por: Equipe eCycle
CAMPINAS/SP - Antes de chegar em nossas mesas, o mel que comemos precisa ser extraído das colmeias e processado. Mas durante o trajeto entre o apiário e a indústria, o lote de mel pode se cristalizar, gerando atrasos na produção porque o processo consolidado hoje no mercado para descristalização de mel leva dias. Uma alternativa para solucionar esse problema é um equipamento que utiliza um método descristalizador de mel desenvolvido e testado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele agiliza esse processo a ponto de reduzir a espera em até 33 vezes.
A tecnologia que está disponível para licenciamento propõe, de acordo com seus inventores, diminuir o tempo de descristalização do mel para até cinco horas, o que otimiza a etapa de processamento industrial do alimento, enquanto da forma tradicional pode-se levar até sete dias. O pedido de patente foi depositado via Agência de Inovação da Unicamp (Inova) e concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
A cristalização do mel ocorre naturalmente por diversos motivos, que vão desde o tipo do mel ao clima ou do local de colheita ao tempo de armazenamento. Apesar de natural, causa problemas no processamento e envase, que passam por etapas de filtragem para remoção de restos de pólen, cera de abelha e outros resíduos que possam vir na colheita do produto.
A forma mais tradicional de descristalização envolve deixar os tambores, alguns com mais de 200 litros, que são usados no transporte do mel, numa espécie de sauna seca. O alimento é aquecido por convecção com corrente forçada de ar entre 45 e 58ºC. Uma operação demorada que pode levar de 4 a 7 dias dependendo do estágio da cristalização.
O novo método utilizado pelo descristalizador de mel desenvolvido na Unicamp associa tratamento térmico em banho de água quente com a agitação controlada dos tambores A água facilita a transferência de calor para o interior do latão que é mantido lacrado, assim o mel não tem contato direto com ela.
O movimento contínuo também acelera o retorno dos cristais de açúcar à forma líquida. Aumenta a eficiência, padroniza a descristalização, e, ainda, melhora os parâmetros de qualidade do mel, em função do aumento da velocidade de penetração do calor.
Outra vantagem do método desenvolvido na Unicamp está na etapa de filtração. A viscosidade do mel cai a temperaturas mais altas e isso melhora a fluidez, facilitando a operação de filtragem, blendagem quando for o caso e o posterior envase.
O emprego de altas temperaturas no mel é um problema tecnológico, pois pode alterar muitas das propriedades do alimento, como o aumento do hidroximetilfurfural (HMF) numa reação que causa escurecimento do produto em função da decomposição da glicose. Outro importante indicador de qualidade está relacionado à diminuição da enzima diastase, produzida pelas abelhas durante a digestão do pólen.
Ambos modificam o valor nutricional do produto e carregam teores, inclusive, fixados pela legislação. Os limites são usados como indicadores de processamento e armazenamento inadequados, envelhecimento ou mesmo adulteração do mel com xaropes e, por isso, a temperatura ideal é uma preocupação dos produtores. O método de descristalização com agitação e tratamento em água aquecida não influenciou nas características físico-químicas do produto e ainda obteve resultados mais positivos na preservação dos parâmetros naturais.
Neste trabalho, estudamos a cinética de formação do HMF e da destruição da enzima. Vimos que era possível trabalhar numa temperatura mais alta por um tempo mais curto e ter um efeito melhor do que a descristalização tradicional, feita em temperaturas mais brandas por longos períodos, explica o professor Flávio Luís Schmidt, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, sobre o estudo que embasa o pedido de patente realizado pela Inova.
Leia matéria na íntegra no site da Agência de Inovação da Unicamp.
*Por: eCycle
NOVA ORLEANS - Chester Lastie lembra do furacão Katrina, que devastou seu bairro no leste de Nova Orleans há exatamente 16 anos, enquanto as rajadas de outro ciclone, chamado Ida, sopram sobre sua casa branca.
"Estávamos sentados no jardim por volta das onze da manhã quando os diques cederam", em 29 de agosto de 2005, conta à AFP. Então, ele pulou em um caminhão rumo à ponte de Claiborne, elevada, de onde viu o caos chegar ao Lower Ninth Ward, bairro operário de maioria negra.
"Peguei um barco com um amigo. Vimos muitas pessoas presas em casas, em telhados, refugiadas em árvores. Nós as resgatamos", conta.
A maioria das mortes por afogamento no leste de Louisiana causadas pelo Katrina ocorreram neste bairro, segundo um boletim das autoridades publicado três anos depois da catástrofe.
Bairro parcialmente deserto
As imagens de vias e casas submersas sob as águas turvas do rio Mississípi, que banha a região, deram a volta ao mundo, fazendo do Lower Ninth Ward um símbolo dos danos causados pelo Katrina.
Lastie espera que os danos sejam menos devastadores com Ida. "Não penso que Deus o faria uma segunda vez", suspira o homem de 50 anos, que demorou mais de um ano para reconstruir totalmente sua casa e outras propriedades.
Sua esposa, Patricia Walker, de 53 anos, também é sobrevivente do Katrina.
"Fui me refugiar no sótão com meu cachorro e esperei que o sol saísse, então vieram me resgatar", lembra. Esta chef esperou dois anos para voltar ao Lower Ninth Ward que a viu crescer.
Muitos nunca o fizeram, como atestam os muitos terrenos cobertos por eva daninha ao longo do eixo principal do bairro, agora quase deserto.
Antes do Katrina, "as ruas viviam cheias de crianças, mas agora não há mais nada, só lotes vazios" lamenta Lastie. Ela aponta com o dedo os locais onde se erguiam grandes casas de dois andares dos vizinhos, que desapareceram com o furacão de categoria 3 em uma escala que vai até 5.
Novos diques
Mas nem todo mundo fugiu. Peter Torregiano vive com a esposa e três filhos em uma casa azul nova, cuja construção acabou em fevereiro.
"Acho que não estavam preparados para o Katrina. Agora temos diques novos", garante, enquanto prepara, debaixo da chuva, o gerador que vai usar caso fique sem eletricidade.
Seu cômodo fica elevado para enfrentar inundações e mostra com orgulho as laterais da casa, concebidas para resistir a rajadas de vento.
Shane Boyington, que passeia com seu labrador, George, apesar da chuva e das rajadas de vento, também confia no novo sistema de diques edificados após a passagem do Katrina, que custaram mais de 14 bilhões de dólares; assim como na capacidade da sua casa para suportar o impacto de Ida, de categoria 4.
"Está elevada e tem janelas especiais para tempestades", detalha, ao informar que foram construídas pela associação Make it right, criada em 2007 para reconstruir o Lower Ninth Ward.
"Rezo a Deus que os diques aguentem", diz Carroll Barriere. O homem de 47 anos, dono de um estacionamento e um terreno no bairro, espera que algumas instituições essenciais possam, por fim, voltar a esta parte da cidade após a passagem do Ida.
"Penso em construir algo quando houver uma nova delegacia de polícia", antecipa, ao mostrar uma grande picape que deve permitir que fique seguro durante o furacão.
*Por AFP
*R7
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