SÃO PAULO/SP - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com a ex-presidente Dilma Rousseff, durante a tarde de quinta-feira, 13, em São Paulo. Este é o primeiro encontro dos petistas neste ano. O local não foi informado pela assessoria de imprensa do ex-presidente. Segundo fontes no PT, o encontro se deu para discutir o cenário eleitoral de 2022.
A presidente do partido Gleisi Hoffmann e o ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, também participaram do encontro.
Dilma reside em Porto Alegre, onde também vive sua família. No mês passado, não esteve no jantar do Grupo Prerrogativas promovido para premiar Lula e realizar o primeiro encontro público entre o petista e o ex-governador Geraldo Alckmin, que articula uma aliança para ser vice na chapa do ex-presidente. Alckmin foi a favor do impeachment de Dilma.
Em entrevista ao jornal O Globo, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo afirmou que houve um "ruído de comunicação" que fez com que o convite não chegasse a Dilma e assumiu a responsabilidade pelo equívoco.
Após o desencontro, a ex-presidente tem recebido desagravos do partido. No dia 4, a Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, publicou uma nota de solidariedade a Dilma.
"Toda solidariedade à presidenta de honra da Fundação Perseu Abramo, Dilma Rousseff, primeira mulher eleita e reeleita presidenta do Brasil, exemplo de coragem, integridade e de luta por um Brasil verdadeiramente soberano e democrático, sem machismo, xenofobia, sem racismo, sem misoginia, sem lgbtfobia. O golpe contra Dilma foi um golpe contra a democracia, contra todas e todos nós", diz a nota.
Luiz Vassallo / ESTADÃO
SÃO PAULO/SP - O ex-presidente Lula afirmou na quinta-feira (2) que o PT "errou muita coisa" e que o cantor Mano Brown estava certo quando disse, em 2018, que o partido não estava mais conseguindo falar com a população.
Lula deu as declarações ao participar do podcast Podpah. Em mais de duas horas de conversa, em clima de descontração, o petista criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) - chamado por ele de "anomalia política"--, questionou o fim do Bolsa Família e disse que atualmente é "moda se dizer ignorante".
Ao ser questionado sobre o momento do PT, disse que não se pode "sair da periferia" e que é necessário ir ao povo onde está.
O cantor Mano Brown disse em comício em 2018 que o partido não tinha conseguido "falar a língua do povo". Questionado sobre isso, Lula disse que o artista aliado estava certo. "Ir na porta de banco, vai na porta de fábrica, vai nos bairros. Conversar com o povo."
Sobre erros nos mandatos petistas, disse: "Acho que o PT errou muita coisa, deve ter errado, deve ter deixado de fazer coisas". Mas não detalhou quais são os erros que considera que o partido cometeu.
O ex-presidente disse que até quando se recebe vaia é preciso entender os motivos. Ele reclamou, porém, de quem pede que o PT faça autocrítica e disse que isso cabe aos adversários. "Nunca vi ninguém pedir para o Fernando Henrique Cardoso fazer autocrítica."
Sobre a eleição de 2022, reafirmou que ainda vai decidir se será candidato, mas se disse disposto a voltar. Criticou outros possíveis adversários, como João Doria (PSDB) - afirmou que, por ser rico, o tucano não tem conhecimento sobre a situação da população.
Também falou sobre a possibilidade de alianças em eventual governo e comparou com as circunstâncias da Alemanha, onde o social-democrata Olaf Scholz só conseguiu um acordo para assumir o governo após conversar com partidos que tinham sido adversários.
Lula, porém, não citou diretamente o nome do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que vem sendo cotado para uma aliança em que seria vice na chapa do petista em 2022.
O ex-presidente disse que o Auxílio Brasil, criado por Bolsonaro, é uma bobagem criada visando só a eleição e que o pobre é tratado "como papel higiênico". Comparou o atual governo com uma "tempestade de maldades".
No programa, Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto para presidente em 2022, também falou sobre o período na prisão e voltou a criticar as autoridades da Operação Lava Jato. Ele passou 580 dias preso entre 2018 e 2019, em decorrência de condenação por corrupção e lavagem de dinheiro. As sentenças foram anuladas neste ano no Supremo Tribunal Federal, que considerou parcial o ex-juiz Sergio Moro.
Lula disse que pretende pedir indenização pelas medidas que sofreu em decorrência da investigação. "Eu ainda vou pensar bem, mas em algum momento eu vou processar, porque nem que seja um tataraneto meu um dia ainda vai ganhar um processo por essa sacanagem que fizeram comigo."
O petista afirmou que que nunca imaginou que iria sofrer acusações da maneira como ocorreu na Lava Jato.
SÃO PAULO/SP - O ex-juiz Sergio Moro respondeu, nas redes sociais, à provocação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que culpou o ex-ministro por problemas na Petrobras e atribuiu a ele culpa pela alta nos combustíveis.
Ao Painel, no domingo (14), Gleisi afirmou que quer travar um debate econômico com Moro e disse que ele foi responsável por entregar a Petrobras a interesses norte-americanos.
"Ele fragilizou a Petrobras e mudaram com essa ação dele a política de preço e desestruturam o marco regulatório do pré-sal", disse a petista.
Na segunda (15), Moro compartilhou a notícia nas redes sociais e afirmou que a Petrobras foi saqueada durante "foi saqueada durante o governo do PT com bilhões de dólares em prejuízo".
"A empresa quase quebrou. Transformar bandidos em heróis e atribuir culpa a quem combateu o crime é estratégia para se alterar a verdade e inverter valores. Não vão enganar o povo brasileiro", escreveu o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.
BRASÍLIA/DF - Além da aposta na candidatura à Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, o Partidos dos Trabalhadores (PT) decidiu priorizar pela primeira vez em sua história a eleição de uma bancada na Câmara dos Deputados. A legenda deve deixar em segundo plano as disputas para o Senado e para os governos estaduais.
Os motivos são a necessidade de formar uma bancada que garanta a governabilidade e ajude a impedir a tramitação de pedidos de impeachment, caso Lula seja eleito, ou uma posição de força caso o petista seja derrotado. Além disso, pesa na decisão a repartição dos recursos públicos dos fundos eleitoral e partidário, cuja maior parte é dividida entre as legendas de acordo com o número de representantes de cada uma eleitos para a Câmara dos Deputados.
Essa é a primeira vez que o PT prioriza a eleição de deputados. Para tanto, a legenda definiu uma primeira lista de candidatos nos Estados, incluindo nomes como o ex-governador de Minas Fernando Pimentel e políticos recém-chegados, como o ex-deputado do PSOL Jean Wyllys. “A Câmara virou fundamental para a governabilidade e para dar racionalidade à política”, disse Pimentel, que confirmou a candidatura a deputado.
“O Jean Wyllys será candidato em São Paulo”, contou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. No mesmo Estado, o partido pretende lançar o vereador Eduardo Suplicy a deputado. “Ainda não está definido se a deputado federal ou estadual”, disse Suplicy ao Estadão. Desde quando se elegeu senador pela primeira vez, em 1990, Suplicy sempre concorreu para o Senado.
Em São Paulo
Dois ex-candidatos ao governo paulista também devem concorrer à Câmara: Luis Marinho e Alexandre Padilha.
“O PT tem como estratégia fortalecer as chapas para deputados federais. Fizemos uma rodada com todos os diretórios estaduais e colocamos que essa é uma prioridade do partido. Precisamos ter força na Câmara”, afirmou Gleisi Hoffmann.
Lula e a direção do PT procuraram ainda figuras conhecidas do partido, como o ex-deputado federal José Genoino, que declinou da candidatura – ele pretende continuar fazendo “trabalho de base”. Outra recusa – ao menos por enquanto – a participar do “projeto 2022” veio da ex-presidente Dilma Rousseff.
Nordeste
Na semana passada, Lula esteve no Nordeste. “Aqui no Piauí ele conversou com líderes de nove partidos. Disse que precisava de uma bancada não só do PT, mas também de aliados”, afirmou o governador do Piauí, Wellington Dias (PT). No Estado, apesar de ocupar o Executivo, o partido ainda não definiu se terá candidato ao governo ou se apoiará o senador Marcelo Castro (MDB).
Além de candidatar medalhões para a Câmara, o PT decidiu investir em nomes novos para atrair eleitores que abandonaram a sigla e migraram para o PSOL nas últimas eleições, como aconteceu no Rio. Ali os candidatos do PSOL obtiveram mais votos do que os petistas.
Em 2018, o PT elegeu só Benedita da Silva como deputada, enquanto o PSOL obteve quatro cadeiras. Agora, o PT decidiu apoiar Marcelo Freixo (PSB) para o governo do Estado e apostar na professora e escritora Elika Takimoto para a Câmara.
Em Minas, a sigla ainda não definiu se terá candidato ao governo. Depois do Nordeste é para lá que Lula vai no dia 15 – sua primeira viagem a Minas desde que recuperou os direitos políticos. Serão três dias em Belo Horizonte, Contagem e Juiz de Fora, com agenda ainda não definida.
O deputado federal Reginaldo Lopes, que coordena a frente pró-Lula em Minas, desistiu de concorrer ao governo e vai se lançar ao Senado. “A prioridade do PT em 2022 será formar uma base no Congresso. Acreditamos que podemos voltar aos 90 deputados federais de 2002. Hoje são 54.” Segundo ele, o partido “não vai lançar candidatos a governador para marcar posição”.
*Por: Marcelo Godoy e Pedro Venceslau / ESTADÃO
SÃO PAULO/SP - A defesa reiterada do regime cubano feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi determinante para derrubar a popularidade digital do petista na semana passada. Enquanto isso, a obstrução intestinal que levou o presidente Jair Bolsonaro a ficar internado durante quatro dias em São Paulo elevou o desempenho virtual do atual chefe do Executivo.
A performance dos adversários políticos nas redes sociais é medida diariamente pela consultoria Quaest por meio do Índice de Popularidade Digital (IPD). É analisado o desempenho deles nas plataformas Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Wikipédia e Google.
Antes das declarações pró-Cuba de Lula, o IPD do petista estava na casa dos 40 pontos – 43,18. Um dia depois, o petista usou as redes para minimizar os protestos contra o governo cubano e chamar de “desumano” o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos. A declaração, que deu início a uma série de outros comentários sobre o caso, fez seu índice cair para 29,35. Em 14 de julho, o IPD do petista chegou a 27,48.
Lula chegou a recorrer ao episódio de violência policial que terminou com a morte de George Floyd, nos EUA, para defender a ação do governo cubano contra os manifestantes. “As pessoas se manifestam. Mas você não viu nenhum soldado em Cuba com o joelho em cima do pescoço de um negro, matando ele... Os problemas de Cuba serão resolvidos pelos cubanos”, escreveu o ex-presidente.
Na madrugada desse mesmo dia, Bolsonaro deu entrada no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, onde foi diagnosticado com quadro de obstrução intestinal. Horas mais tarde, ele foi transferido para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde ficou internado durante quatro dias. A situação de saúde do presidente fez com que seu índice subisse de 48,38 para 67,89. No sábado, 17, dia em que teve alta hospitalar, Bolsonaro alcançou o IPD de 73,91.
Para o monitoramento, a Quaest considera os seguintes aspectos: fama (número de seguidores), engajamento (comentários e curtidas por postagem), valência (reações positivas e negativas às postagens), mobilização (compartilhamento das postagens), presença (número de redes sociais em que a pessoa está ativa) e interesse (volume de buscas no Google, YouTube e Wikipédia).
Escala
A partir de dados coletados nas redes sociais, um algoritmo de inteligência artificial classifica a posição de cada personalidade política em uma escala de 0 a 100, onde 100 indica o máximo de popularidade positiva no mundo digital.
De acordo com as medições mais recentes, mesmo com Bolsonaro já recuperado, o índice do presidente se mantém na casa dos 70 pontos. Do mesmo modo que o de Lula segue estagnado na casa dos 30.
*Por: ESTADÃO
SÃO PAULO/SP - Os Petistas foram à loucura na quarta-feira (14). No Twitter, Pabllo Vittar revelou o desejo de querer cantar na posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso o político seja eleito nas eleições de 2022.
Ao ser questionado por uma fã no microblog se irá cantar no evento caso Lula vença, Pabllo respondeu na lata: “Espero que sim”.
Na sequência, o perfil do Partido dos Trabalhadores, comentou o post da artista deixando um emoji com estrelas nos olhos e um coração.
*Por: ISTOÉ GENTE
SÃO PAULO/SP - Em campos opostos da política desde a década de 1990, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) almoçaram juntos na semana passada. O encontro foi promovido pelo ex-ministro Nelson Jobim, que atuou tanto no governo do petista quanto no do tucano. O almoço ocorreu na casa de Jobim e durou cerca de 3 horas. A reunião foi registrada nas redes sociais de Lula.
A aproximação com o tucano faz parte da estratégia do ex-presidente de se apresentar como um pré-candidato moderado e atrair lideranças do centro político. No início do mês, ele esteve em Brasília e se reuniu com nomes como o do também ex-presidente José Sarney (MDB), o ex-ministro Gilberto Kassab, presidente do PSD, e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O gesto de FHC a Lula ocorre no momento em o PSDB enfrenta uma divisão interna e planeja fazer prévias para escolher seu candidato ao Palácio do Planalto em 2022. O partido de FHC reagiu à divulgação do almoço. “Esse encontro ajuda a derrotar Bolsonaro, mas não faz bem a um potencial candidato do PSDB. Nossa característica é saber dialogar, inclusive com adversários políticos. De toda forma, precisamos evitar sinais trocados a nossos eleitores. O partido segue firme na construção de uma candidatura distante dos extremos que se estabeleceram na democracia brasileira.”
À coluna Direto da Fonte, FHC afirmou nesta sexta: "Continuo buscando uma terceira via entre Bolsonaro e Lula. Se possível, no PSDB. Se essa não acontecer, não vou deixar meu voto em branco”.
Em entrevistas ao jornal Valor Econômico na semana passada e à Rádio Eldorado nesta semana, o tucano afirmou que, num eventual segundo turno entre Bolsonaro e Lula, votaria no petista.
A convite do ex-ministro Nelson Jobim, o ex-presidente Lula e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se reuniram para um almoço com muita democracia no cardápio. pic.twitter.com/6f0mwcc3wI
— Lula (@LulaOficial) May 21, 2021
“Espero que não seja necessário, mas se for, provavelmente, sim. PT é um partido importante que se organizou. Não tenho medo do PT”, afirmou ao jornal. Na mesma entrevista, FHC revelou que anulou o voto na disputa presidencial de 2018, quando Fernando Haddad (PT) enfrentou Bolsonaro no segundo turno. No Twitter, Lula elogiou a entrevista e respondeu: “Eu faria o mesmo se fosse contrário”.
*Por: Pedro Venceslau / ESTADÃO
SÃO CARLOS/SP - O resultado de uma ação de improbidade administrativa não pode ter qualquer influência sobre o andamento de um processo de natureza penal. Esse entendimento foi adotado pela 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça para rejeitar o pedido de trancamento da ação que apura indícios de corrupção passiva na campanha de reeleição do ex-prefeito de São Carlos, Oswaldo Baptista Duarte Filho, que teria recebido recursos não declarados da empreiteira Odebrecht.
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF), o esquema teria contado com a intermediação do então deputado federal Newton Lima Neto, antecessor de Oswaldo Filho na prefeitura da cidade paulista.
No recurso em Habeas Corpus apresentado ao STJ, a defesa sustentou que, na esfera civil, uma ação de improbidade relativa aos mesmos fatos foi julgada improcedente, motivo pelo qual seus efeitos deveriam atingir a esfera penal.
Além disso, foi alegado que, como a ação apura o suposto pagamento de propina a um candidato a prefeito, não haveria interesse da União que justificasse a atuação do MPF no caso, motivo pelo qual o processo, se não fosse trancado, deveria ir para a Justiça estadual.
Coisas diferentes
O relator do recurso, ministro Joel Ilan Paciornik, destacou que o Tribunal Regional Federal da 3ª Região confirmou a competência da Justiça federal no caso em razão, entre outros fundamentos, dos indícios de participação do então deputado federal Newton Lima no esquema de captação ilícita de recursos.
Sobre a possibilidade de conexão entre as ações civil e penal, o magistrado lembrou que os procedimentos civis, criminais e administrativos são, como regra, independentes entre si, de modo que cada um pode investigar responsabilidades dentro de suas atribuições, ressalvados os casos previstos em lei para a decretação de prejudicialidade nas demais esferas.
"Tendo em mente que os bens jurídicos tutelados pelas normas de natureza civil, administrativa e penal são distintos, evidente que as penalidades também o são. Portanto, a apuração das responsabilidades se dá no âmbito de cada jurisdição", afirmou o ministro.
Paciornik argumentou também que, nos termos da jurisprudência do STJ, apenas repercutem na esfera administrativa as sentenças penais absolutórias que atestem a inexistência dos fatos ou a negativa de autoria.
"Portanto, em se tratando de penalidades de distintas naturezas — muito embora originadas de um único fato —, remanesce a viabilidade de apuração em distintos âmbitos de julgamento, não havendo que se falar em bis in idem", concluiu o ministro. Com informações da assessoria de imprensa do STJ.
Clique aqui para ler o voto do relator
RHC 137.773
*Revista Consultor Jurídico
SÃO CARLOS/SP - O Comitê Solidário Ana Fonseca, do Partido dos Trabalhadores de São Carlos, iniciou neste mês de abril uma campanha de combate à fome para ajudar as pessoas mais necessitadas e que perderam sua renda durante a pandemia. Em menos de 15 dias, as doações ultrapassaram a meta planejada, atingindo valor suficiente para a compra de 60 cestas básicas.
Na quinta-feira (22), uma parcela das cestas foi entregue à Paróquia São João Batista, que em parceria com o movimento de Economia Solidária, cuidará da distribuição às famílias. Outra parcela será distribuída entre as famílias petistas que enfrentam dificuldades. Os itens foram cuidadosamente selecionados por militantes do partido, visando garantir valores nutricionais, como a inclusão de produtos de pequenos agricultores, com verduras e legumes frescos; além de proteínas.
Para Erick Silva, a solidariedade é o único caminho frente a um governo omisso.
"O momento exige mais do que nunca políticas públicas para evitar que as pessoas passem tanta dificuldade. Esse governo não se preocupa com os mais pobres e reduziu o auxílio emergencial para menos da metade. Em São Carlos a realidade não é diferente, o povo está passando por uma situação muito difícil, o número de desempregados, de pais e mães de família dizendo que estão passando fome é absurdo", lamenta o presidente do partido.
Erick afirma ainda que a situação sanitária de São Carlos, em meio ao aumento vertiginoso de contaminações e superlotação do sistema de saúde exige medidas que coloquem a vida do povo são-carlense em primeiro lugar. "Garantir um auxílio emergencial municipal é essencial para o momento que vivemos. Temos exemplo em Araraquara, já vimos que funciona, só precisa ter capacidade de gestão", ressalta.
A ação de solidariedade é realizada pelo PT em todo o Brasil, mobilizando a militância do partido para doações, com o objetivo de combater a fome, que já atinge 19 milhões de brasileiros.
A fome foi superada em 2013 pelo Brasil, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) retirou o país do Mapa da Fome, graças à política nacional de segurança alimentar implementada em 2003 pelo presidente Lula. Porém, a falta de comida voltou a assolar a população. Apenas entre 2018 e 2020, a fome aumentou 27,6% no Brasil, segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan).
SÃO CARLOS/SP - No dia 18 de março de 2020, São Carlos registrou o seu primeiro caso de Covid -19. Nos 9 meses seguintes, 70 óbitos foram confirmados na cidade. Do final de dezembro de 2020 até o dia 17 de março de 2021, foram 98 óbitos confirmados. Em menos de três meses, ultrapassamos a quantidade de mortes de quase um ano de pandemia na cidade.
Os três primeiros meses de 2021 têm sido duríssimos para todo o Brasil. Isso é fruto do despreparo logístico, da negação da ciência e da falta de preocupação com a vida do povo. Bolsonaro é agente do caos e colaborador da pandemia; mas isso não isenta as administrações locais.
Enquanto não houver isolamento social de fato, o número de casos não diminuirá; enquanto não houver testagem em massa, não saberemos onde estão os focos da doença e não controlaremos a contaminação; enquanto não houver articulação regional, não teremos mais leitos; enquanto não houver liderança firme na cidade lutando por vacinação em massa, não tem saída para essa crise sanitária.
Enquanto não houver preocupação com a vida do são-carlense, enquanto não houver ações que encaminhem as deliberações do conselho municipal de saúde, que desde 25 de Janeiro, pelo lockdown, a situação só vai piorar.
O PT propõe que se instaure o auxílio emergencial municipal, a isenção de impostos municipais e garantia de alimentos para as famílias de baixa renda e a compensação da merenda escolar para as crianças. Precisamos garantir as condições para que o povo fique em casa em segurança sanitária e alimentar.
O que não se pode mais é não fazer nada! O que não podemos aceitar é deixar a situação como está. Mais de 300 casos por dia, Santa Casa, UPAs e centro de triagem lotados; em pouco mais de 15 dias, mais de 30 mortes. Sem testagem em massa, sem auxílio emergencial municipal, sem liderança. Existem saídas, mas precisamos de prefeito com coragem para fazer!
Chega de mortes!
Chega de fome!
Cadê as ações do prefeito de São Carlos?
*ESTE TEXTO É UMA NOTA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES AO POVO DE SÃO CARLOS
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