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SÃO PAULO/SP - Favorável ao diálogo para o ex-tucano Geraldo Alckmin ser vice na chapa presidencial do petista Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal e secretário-geral do PT, Paulo Teixeira (SP), adota postura pragmática e defende a composição, criticada por outros integrantes do partido.

"Ao mesmo tempo que o nome dele [Alckmin] entra no debate, temas fundamentais para o nosso projeto estão sendo discutidos sem que haja uma mudança nas agendas do PT", diz ele ao jornal Folha de S.Paulo.

Teixeira, que integrou a oposição ao ex-governador de São Paulo, admite que sejam dados "todos os passos possíveis na direção de derrotar o bolsonarismo", o que inclui a aliança com Alckmin, cujas tratativas foram reveladas pela coluna em novembro. "Nossas divergências ficaram no passado."

Em entrevista à Folha de S.Paulo no domingo (16), o ex-presidente do PT e deputado federal Rui Falcão (PT) disse que "Lula não precisa de uma muleta eleitoral" e que o ex-tucano representa uma contradição a tudo o que o partido fez e quer fazer caso volte a ocupar a Presidência.

Contemporizando com a frase "no PT é proibido proibir", Teixeira afirma que o debate não pode ser interditado e que é preciso ouvir "as preocupações trazidas por aqueles que resistem" à ideia. O importante, ressalta, é que o programa da legenda não sofra recuos.

O parlamentar argumenta ser necessário deixar diferenças de lado em nome de uma frente democrática para derrotar tanto o presidente Jair Bolsonaro (PL), que ele classifica como de extrema direita, quanto o que chamou de "outra cepa do bolsonarismo", o ex-juiz e presidenciável Sergio Moro (Podemos).

Nesta quarta-feira (19), Lula defendeu a dobradinha com o ex-governador e disse que, de sua parte, "não existe nenhum problema de fazer aliança com Alckmin e ter ele de vice".

 

PERGUNTA - O que está sendo feito para conciliar as alas do partido favoráveis e contrárias à chapa com Alckmin?

PAULO TEIXEIRA - Antes de entrar nisso, é preciso falar dos esforços para construir a aliança para disputar a eleição e governar o Brasil. Isso envolve debates com PSB, PC do B, PSOL, Solidariedade, PV, Rede e, por que não dizer, segmentos do MDB que querem apoiar o presidente Lula.

O segundo esforço é o de oferecer uma proposta de reconstrução nacional, com um programa elaborado pelo PT e os partidos aliados. E o terceiro é em torno da formação de uma federação com siglas como PSB, PC do B e PV, ainda que saibamos que as alianças que faremos não necessariamente estarão nesse formato.

Constituída a aliança, é preciso que ela tenha uma agenda. Estamos falando em valorizar o mundo do trabalho, rever o enfraquecimento sindical pela reforma trabalhista, fortalecer o salário-mínimo e enfrentar os temas da emergência climática, da fome, do desemprego e do baixo crescimento econômico.

São agendas nas quais os governos Lula e Dilma Rousseff foram muito bem, com responsabilidade fiscal e manutenção de direitos. Muito diferente dessa agenda retrógrada que veio depois.

 

E como a questão da vice se insere nesse debate?

PT - A definição da vaga de vice não deve preceder a esse roteiro que apresentei. Em primeiro lugar, ela não deve representar um rebaixamento programático, nada que comprometa ou prejudique o programa. Os partidos da aliança concordam com nosso projeto de reconstrução nacional, com atuação do Estado para estimular o crescimento, instituições públicas robustas, fortalecimento dos sindicatos.

A aliança que está sendo construída tem como missão a consolidação da escolha democrática feita na Constituição de 1988. Estamos diante de um risco profundo, com ameaças à democracia brasileira por este governo [Bolsonaro]. Para fazer frente a isso, precisamos construir uma frente democrática que garanta a manutenção do pacto constitucional.

 

A possibilidade de ser Alckmin o vice dialoga com o que o sr. propõe?

PT - O PT, em primeiro lugar, tem critérios para a escolha de um vice. Na minha opinião, os critérios são: que não seja alguém do PT —seguindo o exemplo de 2002, na escolha do José Alencar [PL]— e que venha do Sudeste, para alcançar um eleitorado com perfil mais conservador. Cumpridos esses critérios, na minha opinião, o nome do Alckmin não pode sofrer qualquer restrição por parte do PT.

O Alckmin fez um movimento interessante: saiu do PSDB e não foi construir a terceira via. Está fazendo um diálogo com o Lula, conhece o programa e os propósitos do Lula. E acho que o PT não pode ter nenhum tipo de veto ou reserva a uma chapa com Alckmin, que também precisa ser amadurecida com os partidos do arco de alianças.

 

Vê Geraldo alinhado aos debates propostos pelo PT, por exemplo, em relação à reforma trabalhista?

PT - O movimento que ele faz em direção à candidatura do Lula é também em direção a algo conhecido, já que todo o país conhece as posições do PT em relação aos principais assuntos. E, ao mesmo tempo que o nome dele entra no debate, temas fundamentais para o nosso projeto estão sendo discutidos sem que haja uma mudança nas agendas do PT.

 

O ex-presidente do PT Rui Falcão fez críticas a essa chapa em entrevista à Folha de S.Paulo e outros líderes do partido também são contra. O que o partido faz para equacionar essas questões?

PT - No PT, nenhum debate pode ser interditado. No PT é proibido proibir. E é assim desde que o PT foi fundado, com debate caloroso, ideias circulando. Mas também temos que dialogar com as preocupações trazidas por aqueles que resistem. É por isso que estou reafirmando a necessidade de não haver nenhum rebaixamento programático.

Além disso, creio que essa aliança democrática progressista, que é de esquerda, mas também com alcance para o campo democrático, vai criar uma onda no Brasil que possa levar [Lula] à vitória e afastar qualquer ameaça de ruptura com o sistema democrático que este presidente [Bolsonaro] representa.

 

Seu raciocínio é o de que essa chapa teria maior legitimidade, afastando, por exemplo, o risco de impeachment?

PT - Acho que devemos entrar na campanha com o espírito de que vamos criar um movimento de mudança no Brasil, de fortalecimento democrático, que vai oferecer oportunidades de trabalho, reduzir a desigualdade social, valorizar o salário-mínimo, fortalecer o SUS e a educação pública, cessar o desmatamento da Amazônia.

As condições para isso estão dadas. Temos que transformar essa aliança num movimento político que contagie a sociedade brasileira, que leve o Lula à Presidência e uma grande bancada ao Congresso Nacional.

A história não nos perdoará se nós errarmos e Bolsonaro não for derrotado, ou não for derrotada a outra cepa do bolsonarismo, que é o morismo. Por isso defendo que possamos dar todos os passos possíveis na direção de derrotar o bolsonarismo e o ultraliberalismo que está destruindo a economia brasileira.

 

O sr., assim como outros vários petistas, já fez duros ataques a Alckmin quando ele era governador de São Paulo e candidato à Presidência pelo PSDB. Como conciliar a posição crítica do passado com a chance real de uma aliança?

PT - É inegável que nós estivemos em campos opostos com o PSDB, que fizemos uma dura oposição ao governo do Alckmin e que tivemos divergências ao longo das nossas histórias. Entretanto, nós temos hoje um governo que permite a morte de 620 mil brasileiras e brasileiros [por Covid], que destrói a Amazônia, que entrega o patrimônio nacional e que representa um risco de uma ruptura com o sistema democrático.

Então, tenho que saudar o reencontro dessas forças para recuperar a escolha democrática da Constituição de 1988. As nossas divergências ficaram no passado. O que agora vai nos unir é derrotar este governo da destruição nacional e colocar no lugar o da reconstrução nacional.

Se essa composição for resultado de um amadurecimento do presidente Lula e dos partidos aliados, vejo com bons olhos. Creio que o PT não terá dificuldade em aprová-la. Precisamos formar uma aliança para ganhar as eleições e reconstruir o Brasil.

 

O PT considera ser possível dialogar com a base de Bolsonaro ou vê essa como uma causa perdida

PT - Nós não podemos entrar nessa campanha de salto alto. Temos que entrar sem o "já ganhou", com humildade. E a humildade é promover esse diálogo que estamos propondo, um diálogo aberto e respeitoso, que recepciona aqueles que querem vir e têm boas intenções de caminhar juntos conosco.

Acho que, ainda que as pesquisas indiquem que o Lula tem muita chance de ganhar no primeiro turno, nós temos que notar que são pesquisas.

A campanha não começou de fato e haverá um esforço da extrema direita e da direita, representadas respectivamente por Bolsonaro e Moro, para derrotar o presidente Lula. São craques em mentiras e manipulações.

Por isso acho que todo esforço na direção de construir uma frente democrática, com conteúdo forte, que possa criar um movimento político no Brasil, nós temos que fazer. São três desafios: derrotar [o bolsonarismo], impedir um golpe e conseguir governar o Brasil.

 

O PT admite a possibilidade de fazer autocrítica em relação à corrupção, tema amplamente explorado pelos adversários e comprovado em vários casos?

PT - O PT fortaleceu as instituições brasileiras para combater a corrupção. Agora, o grande desvio ali na Lava Jato foi tentar associar o PT a essa corrupção. Uma coisa é a existência de corrupção, que é um mal que tem que ser combatido, mas ele está presente na atividade pública e na atividade privada.

Os governos Lula e Dilma combateram a corrupção, e o grande desvio da Lava Jato foi querer associar essa corrupção aos dois presidentes. Tanto foi um erro que as sentenças contra o presidente Lula foram anuladas e a presidenta Dilma nem sequer responde a processo. O grande pecado da Lava Jato foi se politizar. O juiz virou ministro. Por outro lado, acho que devemos aperfeiçoar os instrumentos de combate à corrupção e avaliá-los.

 

E Dilma, associada à recessão econômica, deve ser lembrada na campanha?

PT - A Dilma é uma mulher honesta, séria e que sempre trabalhou para melhorar a vida do povo. Nós temos que sempre incluí-la nos nossos projetos. O Brasil viveu em 2015 o auge da crise mundial, em decorrência da situação na China. Aqui no Brasil, isso coincidiu com uma crise política, com o candidato derrotado na eleição de 2014 [Aécio Neves, do PSDB] recusando-se a aceitar o resultado da eleição e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, trabalhando para sabotar o governo. Não vamos esconder tudo o que fizemos pelo nosso país.

Fernando Haddad (PT) pontua bem nas pesquisas para governador em São Paulo, mas Márcio França (PSB), que é um potencial aliado do PT, mantém sua pré-candidatura. Vê saída para o impasse?

 

PT - Os entendimentos entre o França e o Haddad são o de que seria candidato aquele que estivesse mais bem colocado nas pesquisas, e o outro sairia ao Senado.

O Haddad ganhou uma dianteira e acho que deve ser o candidato a governador. O PT é muito forte em São Paulo, o Haddad foi prefeito e ministro com desempenho positivo e foi candidato a presidente. Por essas razões, acho que ele deveria ser o candidato.

A oportunidade da eleição do Haddad é muito grande. E o governo de São Paulo apoiando o governo Lula [caso ambos se elejam] traria grande estabilidade ao Brasil. Que é tudo o que não temos com este atual presidente da República.

SÃO PAULO/SP - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com a ex-presidente Dilma Rousseff, durante a tarde de quinta-feira, 13, em São Paulo. Este é o primeiro encontro dos petistas neste ano. O local não foi informado pela assessoria de imprensa do ex-presidente. Segundo fontes no PT, o encontro se deu para discutir o cenário eleitoral de 2022.

A presidente do partido Gleisi Hoffmann e o ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, também participaram do encontro.

Dilma reside em Porto Alegre, onde também vive sua família. No mês passado, não esteve no jantar do Grupo Prerrogativas promovido para premiar Lula e realizar o primeiro encontro público entre o petista e o ex-governador Geraldo Alckmin, que articula uma aliança para ser vice na chapa do ex-presidente. Alckmin foi a favor do impeachment de Dilma.

Em entrevista ao jornal O Globo, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo afirmou que houve um "ruído de comunicação" que fez com que o convite não chegasse a Dilma e assumiu a responsabilidade pelo equívoco.

Após o desencontro, a ex-presidente tem recebido desagravos do partido. No dia 4, a Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, publicou uma nota de solidariedade a Dilma.

"Toda solidariedade à presidenta de honra da Fundação Perseu Abramo, Dilma Rousseff, primeira mulher eleita e reeleita presidenta do Brasil, exemplo de coragem, integridade e de luta por um Brasil verdadeiramente soberano e democrático, sem machismo, xenofobia, sem racismo, sem misoginia, sem lgbtfobia. O golpe contra Dilma foi um golpe contra a democracia, contra todas e todos nós", diz a nota.

 

 

Luiz Vassallo / ESTADÃO

SÃO PAULO/SP - O ex-presidente Lula afirmou na quinta-feira (2) que o PT "errou muita coisa" e que o cantor Mano Brown estava certo quando disse, em 2018, que o partido não estava mais conseguindo falar com a população.

Lula deu as declarações ao participar do podcast Podpah. Em mais de duas horas de conversa, em clima de descontração, o petista criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) - chamado por ele de "anomalia política"--, questionou o fim do Bolsa Família e disse que atualmente é "moda se dizer ignorante".

Ao ser questionado sobre o momento do PT, disse que não se pode "sair da periferia" e que é necessário ir ao povo onde está.

O cantor Mano Brown disse em comício em 2018 que o partido não tinha conseguido "falar a língua do povo". Questionado sobre isso, Lula disse que o artista aliado estava certo. "Ir na porta de banco, vai na porta de fábrica, vai nos bairros. Conversar com o povo."

Sobre erros nos mandatos petistas, disse: "Acho que o PT errou muita coisa, deve ter errado, deve ter deixado de fazer coisas". Mas não detalhou quais são os erros que considera que o partido cometeu.

O ex-presidente disse que até quando se recebe vaia é preciso entender os motivos. Ele reclamou, porém, de quem pede que o PT faça autocrítica e disse que isso cabe aos adversários. "Nunca vi ninguém pedir para o Fernando Henrique Cardoso fazer autocrítica."

Sobre a eleição de 2022, reafirmou que ainda vai decidir se será candidato, mas se disse disposto a voltar. Criticou outros possíveis adversários, como João Doria (PSDB) - afirmou que, por ser rico, o tucano não tem conhecimento sobre a situação da população.

Também falou sobre a possibilidade de alianças em eventual governo e comparou com as circunstâncias da Alemanha, onde o social-democrata Olaf Scholz só conseguiu um acordo para assumir o governo após conversar com partidos que tinham sido adversários.

Lula, porém, não citou diretamente o nome do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que vem sendo cotado para uma aliança em que seria vice na chapa do petista em 2022.

O ex-presidente disse que o Auxílio Brasil, criado por Bolsonaro, é uma bobagem criada visando só a eleição e que o pobre é tratado "como papel higiênico". Comparou o atual governo com uma "tempestade de maldades".

No programa, Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto para presidente em 2022, também falou sobre o período na prisão e voltou a criticar as autoridades da Operação Lava Jato. Ele passou 580 dias preso entre 2018 e 2019, em decorrência de condenação por corrupção e lavagem de dinheiro. As sentenças foram anuladas neste ano no Supremo Tribunal Federal, que considerou parcial o ex-juiz Sergio Moro.

Lula disse que pretende pedir indenização pelas medidas que sofreu em decorrência da investigação. "Eu ainda vou pensar bem, mas em algum momento eu vou processar, porque nem que seja um tataraneto meu um dia ainda vai ganhar um processo por essa sacanagem que fizeram comigo."

O petista afirmou que que nunca imaginou que iria sofrer acusações da maneira como ocorreu na Lava Jato.

SÃO PAULO/SP - O ex-juiz Sergio Moro respondeu, nas redes sociais, à provocação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que culpou o ex-ministro por problemas na Petrobras e atribuiu a ele culpa pela alta nos combustíveis.

Ao Painel, no domingo (14), Gleisi afirmou que quer travar um debate econômico com Moro e disse que ele foi responsável por entregar a Petrobras a interesses norte-americanos.

"Ele fragilizou a Petrobras e mudaram com essa ação dele a política de preço e desestruturam o marco regulatório do pré-sal", disse a petista.

Na segunda (15), Moro compartilhou a notícia nas redes sociais e afirmou que a Petrobras foi saqueada durante "foi saqueada durante o governo do PT com bilhões de dólares em prejuízo".

"A empresa quase quebrou. Transformar bandidos em heróis e atribuir culpa a quem combateu o crime é estratégia para se alterar a verdade e inverter valores. Não vão enganar o povo brasileiro", escreveu o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.

 

 

FOLHA

BRASÍLIA/DF - Além da aposta na candidatura à Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, o Partidos dos Trabalhadores (PT) decidiu priorizar pela primeira vez em sua história a eleição de uma bancada na Câmara dos Deputados. A legenda deve deixar em segundo plano as disputas para o Senado e para os governos estaduais.

Os motivos são a necessidade de formar uma bancada que garanta a governabilidade e ajude a impedir a tramitação de pedidos de impeachment, caso Lula seja eleito, ou uma posição de força caso o petista seja derrotado. Além disso, pesa na decisão a repartição dos recursos públicos dos fundos eleitoral e partidário, cuja maior parte é dividida entre as legendas de acordo com o número de representantes de cada uma eleitos para a Câmara dos Deputados.

Essa é a primeira vez que o PT prioriza a eleição de deputados. Para tanto, a legenda definiu uma primeira lista de candidatos nos Estados, incluindo nomes como o ex-governador de Minas Fernando Pimentel e políticos recém-chegados, como o ex-deputado do PSOL Jean Wyllys. “A Câmara virou fundamental para a governabilidade e para dar racionalidade à política”, disse Pimentel, que confirmou a candidatura a deputado.

“O Jean Wyllys será candidato em São Paulo”, contou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. No mesmo Estado, o partido pretende lançar o vereador Eduardo Suplicy a deputado. “Ainda não está definido se a deputado federal ou estadual”, disse Suplicy ao Estadão. Desde quando se elegeu senador pela primeira vez, em 1990, Suplicy sempre concorreu para o Senado.

 

Em São Paulo

Dois ex-candidatos ao governo paulista também devem concorrer à Câmara: Luis Marinho e Alexandre Padilha.

“O PT tem como estratégia fortalecer as chapas para deputados federais. Fizemos uma rodada com todos os diretórios estaduais e colocamos que essa é uma prioridade do partido. Precisamos ter força na Câmara”, afirmou Gleisi Hoffmann.

Lula e a direção do PT procuraram ainda figuras conhecidas do partido, como o ex-deputado federal José Genoino, que declinou da candidatura – ele pretende continuar fazendo “trabalho de base”. Outra recusa – ao menos por enquanto – a participar do “projeto 2022” veio da ex-presidente Dilma Rousseff.

 

Nordeste

Na semana passada, Lula esteve no Nordeste. “Aqui no Piauí ele conversou com líderes de nove partidos. Disse que precisava de uma bancada não só do PT, mas também de aliados”, afirmou o governador do Piauí, Wellington Dias (PT). No Estado, apesar de ocupar o Executivo, o partido ainda não definiu se terá candidato ao governo ou se apoiará o senador Marcelo Castro (MDB).

Além de candidatar medalhões para a Câmara, o PT decidiu investir em nomes novos para atrair eleitores que abandonaram a sigla e migraram para o PSOL nas últimas eleições, como aconteceu no Rio. Ali os candidatos do PSOL obtiveram mais votos do que os petistas.

Em 2018, o PT elegeu só Benedita da Silva como deputada, enquanto o PSOL obteve quatro cadeiras. Agora, o PT decidiu apoiar Marcelo Freixo (PSB) para o governo do Estado e apostar na professora e escritora Elika Takimoto para a Câmara.

Em Minas, a sigla ainda não definiu se terá candidato ao governo. Depois do Nordeste é para lá que Lula vai no dia 15 – sua primeira viagem a Minas desde que recuperou os direitos políticos. Serão três dias em Belo Horizonte, Contagem e Juiz de Fora, com agenda ainda não definida.

O deputado federal Reginaldo Lopes, que coordena a frente pró-Lula em Minas, desistiu de concorrer ao governo e vai se lançar ao Senado. “A prioridade do PT em 2022 será formar uma base no Congresso. Acreditamos que podemos voltar aos 90 deputados federais de 2002. Hoje são 54.” Segundo ele, o partido “não vai lançar candidatos a governador para marcar posição”.

 

 

*Por: Marcelo Godoy e Pedro Venceslau / ESTADÃO

SÃO PAULO/SP - A defesa reiterada do regime cubano feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi determinante para derrubar a popularidade digital do petista na semana passada. Enquanto isso, a obstrução intestinal que levou o presidente Jair Bolsonaro a ficar internado durante quatro dias em São Paulo elevou o desempenho virtual do atual chefe do Executivo.

A performance dos adversários políticos nas redes sociais é medida diariamente pela consultoria Quaest por meio do Índice de Popularidade Digital (IPD). É analisado o desempenho deles nas plataformas Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Wikipédia e Google.

Antes das declarações pró-Cuba de Lula, o IPD do petista estava na casa dos 40 pontos – 43,18. Um dia depois, o petista usou as redes para minimizar os protestos contra o governo cubano e chamar de “desumano” o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos. A declaração, que deu início a uma série de outros comentários sobre o caso, fez seu índice cair para 29,35. Em 14 de julho, o IPD do petista chegou a 27,48.

Lula chegou a recorrer ao episódio de violência policial que terminou com a morte de George Floyd, nos EUA, para defender a ação do governo cubano contra os manifestantes. “As pessoas se manifestam. Mas você não viu nenhum soldado em Cuba com o joelho em cima do pescoço de um negro, matando ele... Os problemas de Cuba serão resolvidos pelos cubanos”, escreveu o ex-presidente.

Na madrugada desse mesmo dia, Bolsonaro deu entrada no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, onde foi diagnosticado com quadro de obstrução intestinal. Horas mais tarde, ele foi transferido para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde ficou internado durante quatro dias. A situação de saúde do presidente fez com que seu índice subisse de 48,38 para 67,89. No sábado, 17, dia em que teve alta hospitalar, Bolsonaro alcançou o IPD de 73,91.

Para o monitoramento, a Quaest considera os seguintes aspectos: fama (número de seguidores), engajamento (comentários e curtidas por postagem), valência (reações positivas e negativas às postagens), mobilização (compartilhamento das postagens), presença (número de redes sociais em que a pessoa está ativa) e interesse (volume de buscas no Google, YouTube e Wikipédia).

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Escala

A partir de dados coletados nas redes sociais, um algoritmo de inteligência artificial classifica a posição de cada personalidade política em uma escala de 0 a 100, onde 100 indica o máximo de popularidade positiva no mundo digital.

De acordo com as medições mais recentes, mesmo com Bolsonaro já recuperado, o índice do presidente se mantém na casa dos 70 pontos. Do mesmo modo que o de Lula segue estagnado na casa dos 30.

 

 

*Por: ESTADÃO

SÃO PAULO/SP - Os Petistas foram à loucura na quarta-feira (14). No Twitter, Pabllo Vittar revelou o desejo de querer cantar na posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso o político seja eleito nas eleições de 2022.

Ao ser questionado por uma fã no microblog se irá cantar no evento caso Lula vença, Pabllo respondeu na lata: “Espero que sim”.

Na sequência, o perfil do Partido dos Trabalhadores, comentou o post da artista deixando um emoji com estrelas nos olhos e um coração.

 

 

*Por: ISTOÉ GENTE

SÃO PAULO/SP - Em campos opostos da política desde a década de 1990, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) almoçaram juntos na semana passada. O encontro foi promovido pelo ex-ministro Nelson Jobim, que atuou tanto no governo do petista quanto no do tucano. O almoço ocorreu na casa de Jobim e durou cerca de 3 horas. A reunião foi registrada nas redes sociais de Lula.

A aproximação com o tucano faz parte da estratégia do ex-presidente de se apresentar como um pré-candidato moderado e atrair lideranças do centro político. No início do mês, ele esteve em Brasília e se reuniu com nomes como o do também ex-presidente José Sarney (MDB), o ex-ministro Gilberto Kassab, presidente do PSD, e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O gesto de FHC a Lula ocorre no momento em o PSDB enfrenta uma divisão interna e planeja fazer prévias para escolher seu candidato ao Palácio do Planalto em 2022. O partido de FHC reagiu à divulgação do almoço. “Esse encontro ajuda a derrotar Bolsonaro, mas não faz bem a um potencial candidato do PSDB. Nossa característica é saber dialogar, inclusive com adversários políticos. De toda forma, precisamos evitar sinais trocados a nossos eleitores. O partido segue firme na construção de uma candidatura distante dos extremos que se estabeleceram na democracia brasileira.”

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À coluna Direto da Fonte, FHC afirmou nesta sexta: "Continuo buscando uma terceira via entre Bolsonaro e Lula. Se possível, no PSDB. Se essa não acontecer, não vou deixar meu voto em branco”.

Em entrevistas ao jornal Valor Econômico na semana passada e à Rádio Eldorado nesta semana, o tucano afirmou que, num eventual segundo turno entre Bolsonaro e Lula, votaria no petista.

“Espero que não seja necessário, mas se for, provavelmente, sim. PT é um partido importante que se organizou. Não tenho medo do PT”, afirmou ao jornal. Na mesma entrevista, FHC revelou que anulou o voto na disputa presidencial de 2018, quando Fernando Haddad (PT) enfrentou Bolsonaro no segundo turno. No Twitter, Lula elogiou a entrevista e respondeu: “Eu faria o mesmo se fosse contrário”.

 

 

*Por: Pedro Venceslau / ESTADÃO

SÃO CARLOS/SP - O resultado de uma ação de improbidade administrativa não pode ter qualquer influência sobre o andamento de um processo de natureza penal. Esse entendimento foi adotado pela 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça para rejeitar o pedido de trancamento da ação que apura indícios de corrupção passiva na campanha de reeleição do ex-prefeito de São Carlos, Oswaldo Baptista Duarte Filho, que teria recebido recursos não declarados da empreiteira Odebrecht.

De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF), o esquema teria contado com a intermediação do então deputado federal Newton Lima Neto, antecessor de Oswaldo Filho na prefeitura da cidade paulista.

No recurso em Habeas Corpus apresentado ao STJ, a defesa sustentou que, na esfera civil, uma ação de improbidade relativa aos mesmos fatos foi julgada improcedente, motivo pelo qual seus efeitos deveriam atingir a esfera penal.

Além disso, foi alegado que, como a ação apura o suposto pagamento de propina a um candidato a prefeito, não haveria interesse da União que justificasse a atuação do MPF no caso, motivo pelo qual o processo, se não fosse trancado, deveria ir para a Justiça estadual.

Coisas diferentes
O relator do recurso, ministro Joel Ilan Paciornik, destacou que o Tribunal Regional Federal da 3ª Região confirmou a competência da Justiça federal no caso em razão, entre outros fundamentos, dos indícios de participação do então deputado federal Newton Lima no esquema de captação ilícita de recursos.

Sobre a possibilidade de conexão entre as ações civil e penal, o magistrado lembrou que os procedimentos civis, criminais e administrativos são, como regra, independentes entre si, de modo que cada um pode investigar responsabilidades dentro de suas atribuições, ressalvados os casos previstos em lei para a decretação de prejudicialidade nas demais esferas.

"Tendo em mente que os bens jurídicos tutelados pelas normas de natureza civil, administrativa e penal são distintos, evidente que as penalidades também o são. Portanto, a apuração das responsabilidades se dá no âmbito de cada jurisdição", afirmou o ministro.

Paciornik argumentou também que, nos termos da jurisprudência do STJ, apenas repercutem na esfera administrativa as sentenças penais absolutórias que atestem a inexistência dos fatos ou a negativa de autoria.

"Portanto, em se tratando de penalidades de distintas naturezas — muito embora originadas de um único fato —, remanesce a viabilidade de apuração em distintos âmbitos de julgamento, não havendo que se falar em bis in idem", concluiu o ministro. Com informações da assessoria de imprensa do STJ.

Clique aqui para ler o voto do relator
RHC 137.773

 

 

*Revista Consultor Jurídico

SÃO CARLOS/SP - O Comitê Solidário Ana Fonseca, do Partido dos Trabalhadores de São Carlos, iniciou neste mês de abril uma campanha de combate à fome para ajudar as pessoas mais necessitadas e que perderam sua renda durante a pandemia. Em menos de 15 dias, as doações ultrapassaram a meta planejada, atingindo valor suficiente para a compra de 60 cestas básicas.

Na quinta-feira (22), uma parcela das cestas foi entregue à Paróquia São João Batista, que em parceria com o movimento de Economia Solidária, cuidará da distribuição às famílias. Outra parcela será distribuída entre as famílias petistas que enfrentam dificuldades. Os itens foram cuidadosamente selecionados por militantes do partido, visando garantir valores nutricionais, como a inclusão de produtos de pequenos agricultores, com verduras e legumes frescos; além de proteínas.

Para Erick Silva, a solidariedade é o único caminho frente a um governo omisso. 

"O momento exige mais do que nunca políticas públicas para evitar que as pessoas passem tanta dificuldade. Esse governo não se preocupa com os mais pobres e reduziu o auxílio emergencial para menos da metade. Em São Carlos a realidade não é diferente, o povo está passando por uma situação muito difícil, o número de desempregados, de pais e mães de família dizendo que estão passando fome é absurdo", lamenta o presidente do partido.

Erick afirma ainda que a situação sanitária de São Carlos, em meio ao aumento vertiginoso de contaminações e superlotação do sistema de saúde exige medidas que coloquem a vida do povo são-carlense em primeiro lugar. "Garantir um auxílio emergencial municipal é essencial para o momento que vivemos. Temos exemplo em Araraquara, já vimos que funciona, só precisa ter capacidade de gestão", ressalta.

A ação de solidariedade é realizada pelo PT em todo o Brasil, mobilizando a militância do partido para doações, com o objetivo de combater a fome, que já atinge 19 milhões de brasileiros.

 

Brasil no mapa da fome

A fome foi superada em 2013 pelo Brasil, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) retirou o país do Mapa da Fome, graças à política nacional de segurança alimentar implementada em 2003 pelo presidente Lula. Porém, a falta de comida voltou a assolar a população. Apenas entre 2018 e 2020, a fome aumentou 27,6% no Brasil, segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan).

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