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SÃO PAULO/SP - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém os mesmos 12 pontos porcentuais de vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e lidera a corrida eleitoral, segundo a rodada mais recente da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 31. Agora, o petista tem 44% das intenções de voto enquanto o chefe do Executivo tem 32%. A diferença é a mesma em relação aos dois levantamentos anteriores do mês de agosto.

Os dois principais nomes oscilaram um ponto para baixo em relação à última pesquisa, do dia 17 de agosto. Ciro Gomes (PDT) oscilou dois pontos para cima e agora tem 8% dos votos. Simone Tebet (MDB) manteve os mesmos 3%. Vera Lúcia (PSTU) e Felipe D’Avila (Novo) têm 1%. Eymael (DC), Sofia Manzano (PCB), Soraya Thronicke (União) e Léo Péricles (UP) não pontuaram. 5% por cento dos entrevistados afirmaram que não irão votar e outros 6% não sabem ou não responderam.

Esta é a primeira pesquisa Genial/Quaest após as sabatinas do Jornal Nacional, da TV Globo. O cenário é de estabilidade, com oscilações dentro da margem de erro. A pesquisa também conferiu as intenções de voto num possível segundo turno entre os líderes nas pesquisas.

Lula mantém os mesmos 51% das últimas duas pesquisas deste mês enquanto Bolsonaro, que havia oscilado um ponto para cima na pesquisa anterior, volta ao patamar do começo de agosto, com os mesmos 37%. Nove por cento dos entrevistados disseram que não irão votar e 4% afirmaram estar indecisos.

A pesquisa Genial/Quaest consultou 2 mil eleitores presencialmente entre os dias 25 e 28 de agosto. A margem de erro prevista é de dois pontos, para mais ou para menos. O registro do levantamento na Justiça Eleitoral é BR-00585/2022.

 

Debate

O primeiro debate entre os candidatos à Presidência foi marcado por tensão dentro e fora do estúdio. A radicalização no cenário político recente fez com que o evento não tivesse a presença de plateia. Mesmo assim, a hostilidade marcou a noite, com ataques do presidente Bolsonaro à jornalista Vera Magalhães e briga entre bolsonaristas e petistas na sala onde estavam os convidados das campanhas.

O clima do debate também deu o tom nas redes sociais, onde apoiadores do presidente rebateram as críticas que o chefe do Executivo recebeu. O movimento apareceu nos trending topics do Twitter com a hashtag #MulheresComBolsonaro, em oposição a uma ofensiva de aliados do ex-presidente Lula, que deram eco ao posicionamento de que o presidente é agressivo contra o público feminino.

Para colunistas e jornalistas do Estadão que acompanharam a transmissão e analisaram a atuação dos concorrentes, Simone Tebet e Soraya Thronicke ganharam destaque no debate, que pode aumentar a exposição das candidatas em relação ao eleitorado que não as conhece.

Já os dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas tiveram postura diferente no debate da vista durante a sabatina da Rede Globo, na semana passada.

Entrevistado no Jornal Nacional, o petista foi mais incisivo em críticas ao governo Bolsonaro, principalmente no tema da corrupção. Já no debate, aliados do ex-presidente se frustraram com o desempenho do candidato, que buscou tom mais pacificador. A presença de Lula e Bolsonaro rendeu à rede Globo recordes em audiência e registrou manifestações em diversas capitais do País.

 

 

Levy Teles / ESTADÃO

SÃO PAULO/SP - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue favorito na disputa pela Presidência em 2022, segundo uma pesquisa do instituto Ipec divulgada na segunda-feira (29/08).

Na sondagem, o petista aparece com 12 pontos percentuais à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL): enquanto Lula tem 44% das intenções de voto, o atual ocupante do cargo tem 32%. Ambos mantiveram as mesmas porcentagens alcançadas na última pesquisa do Ipec, publicada em 15 de agosto.

Em seguida aparecem Ciro Gomes (PDT), com 7%, Simone Tebet (MDB), com 3%, e Felipe D'Ávila (Novo), com 1%.

Vera Lúcia (PSTU), Pablo Marçal (Pros), José Maria Eymael (DC), Roberto Jefferson (PTB), Soraya Thronicke (União Brasil), Sofia Manzano (PCB) e Leonardo Péricles (UP) não chegaram a 1% cada um.

Eleitores indecisos somam 6%, enquanto brancos e nulos representam 7%.

No caso de um eventual segundo turno, Lula derrotaria Bolsonaro. O ex-presidente venceria com 50% dos votos, contra 37% do atual presidente. Outros 9% votariam em branco ou anulariam, e 4% não sabem ou não responderam.

 

Primeira após sabatinas

O Ipec foi criado por diretores que deixaram o Ibope depois do fechamento desse instituto. O levantamento entrevistou presencialmente 2 mil eleitores em 128 municípios, entre os dias 26 e 28 de agosto.

A pesquisa é, portanto, a primeira a compreender o período posterior às sabatinas com os principais presidenciáveis no Jornal Nacional, da TV Globo, bem como o início da propaganda eleitoral gratuita nas emissoras de televisão e rádio, na última sexta-feira.

A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

 

Datafolha

A nova sondagem do Ipec está em linha com outra divulgada em 18 de agosto pelo Datafolha, que também mostrou ampla vantagem de Lula sobre Bolsonaro. Há cerca de dez dias, o petista apareceu com 47% das intenções de voto totais, contra 32% do atual presidente.

Considerando apenas os votos válidos, Lula venceria no primeiro turno. O petista tem 51% dos votos válidos, e Bolsonaro soma 35%.

As últimas pesquisas também sinalizam que a enxurrada de benefícios que o governo Bolsonaro implementou neste ano eleitoral ainda não está surtindo o efeito decisivo desejado pelo Planalto nas intenções de voto, embora o presidente de extrema direita tenha diminuído um pouco a desvantagem ao longo das últimas pesquisas.

 

 

dw.com

MELBOURNE - Com ajuda de células tronco, cientistas desejam ressuscitar espécie extinta na década de 1930. Trata-se do Tilacino, ou Tylacinus Cynocephalus, mais conhecido como Tigre-da-Tasmânia. O animal é um marsupial que habitava a Oceania, mas teve seu território reduzido pelo crescimento da população e depois foi caçado até sua extinção.

Um grupo de cientistas da Australia e Estados Unidos ligados a Universidade de Melbourne, afirma que utilizando células tronco de um marsupial vivo e tecnologia de edição de genes, é possível reviver a espécie.

Obtendo sucesso, a expectativa é que em 10 anos um filhote de tigre-da-tasmânia esteja pronto para reintrodução na natureza. Caso ocorra, será um caso de ‘desextinção’. Mas do que se trata e qual é seu objetivo?

 

A desextinção e a Universidade de Melbourne

O processo de 'desextinção', ou 'deextinção', é o processo de criação de um organismo, que é um membro ou se aproxima de uma espécie já extinta. É tema polêmico na comunidade cientifica, mas muitos ambientalistas e cientistas acreditam que seja uma forma de manutenção de espécies.

Anualmente registramos milhares de espécies animais extintas e muitas são de nossa responsabilidade. Ambientalistas lutam a séculos para manutenção dessas espécies e a Escola de Biociências da Universidade de Melbourne é um dos atores presentes nesse tema.

É por isso que a Universidade trabalha para fortalecer o Laboratório de Pesquisa em Restauração Genética Integrada de Tilacina, comandado pelo professor Andrew Pask. Com uma doação filantrópica de US$ 5 milhões da Wilson Family Trust, o professor e sua equipe estão desenvolvendo tecnologias para desextinção e manutenção de espécies marsupiais.

“Graças a esse generoso financiamento, estamos em um ponto de virada onde podemos desenvolver as tecnologias para potencialmente trazer de volta uma espécie da extinção e ajudar a proteger outros marsupiais à beira do desaparecimento”, afirmou o professor Pask em comunicado oficial.

Com olhar cético ou não, a ideia da 'dexestinção' é um convite a tomada de ações. Afinal de contas, até quando vamos causar extinções de espécies?

 

 

Walter Farias - Revista Seleções

Estudo considera a maneira encoberta como o racismo opera no Brasil

 

SÃO CARLOS/SP - Quando e como crianças começam a perceber situações de discriminação e/ou preconceito étnico-racial? Essa é a questão que norteia uma pesquisa na área da Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que busca fazer um levantamento, via questionário online, junto aos pais de crianças para "identificar exatamente as motivações destes para conversar ou não com seus filhos sobre a discriminação étnico-racial", explica Juliana Almeida Rocha Domingos, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) da UFSCar e responsável pelo trabalho. De acordo com Domingos, apesar de avanços importantes na pesquisa e intervenção para prevenção do preconceito e da discriminação étnico-racial, ainda há poucos estudos na Psicologia brasileira investigando o tema.
"Um dado relevante para se compreender o desenvolvimento dessa percepção diz respeito ao perfil das famílias (de crianças brancas e negras) que conversam sobre essas situações desde cedo e ao conteúdo e forma dessas conversas. Estudos realizados com crianças norte-americanas têm demonstrado que o contexto familiar influencia a habilidade das crianças de reconhecer a discriminação racial direcionada a elas ou a terceiros", relata a pesquisadora, que considera em sua investigação a maneira encoberta como o racismo opera no Brasil e a escassez de estudos sobre o tema na Psicologia brasileira.
Conforme explica, o "estudo pretende contribuir para o avanço da pesquisa sobre desenvolvimento sociocognitivo no Brasil, em especial, ao fornecer dados inéditos sobre como e com que frequência pais de crianças brancas e negras conversam com seus filhos sobre discriminação/preconceito racial. Esperamos que esses dados possam embasar intervenções futuras voltadas para a prevenção e enfrentamento do preconceito/discriminação racial junto a crianças pequenas".

Como participar
O estudo está convidando mães e pais de crianças de 6 a 11 anos para responder a um questionário composto por 15 perguntas de múltipla escolha (incluindo perguntas sobre o perfil étnico-racial do respondente, de seu cônjuge e dos filhos) e três perguntas abertas. O questionário está disponível em https://bit.ly/3PSaTBf. É garantido o sigilo de todas as informações e toda a participação é online.
O trabalho, intitulado "Atitudes parentais sobre a percepção de discriminação racial em crianças", conta com a assistente de pesquisa, Luana Barretto, graduanda do curso de Psicologia da UFSCar, e orientação da professora Debora de Hollanda Souza, do Departamento de Psicologia (DPsi) da Universidade. Dúvidas podem ser esclarecidas pelos e-mails da professora Débora Souza (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.), da pesquisadora Juliana Domingos (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) ou com a assistente de pesquisa Luana Barretto (luana.barretto@estudante.ufscar.br). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 56253822.0.0000.5504).
Jovens de todo o Brasil podem participar online e gratuitamente

 

SÃO CARLOS/SP - Compreender como está sendo a transição para a vida adulta de jovens com paralisia cerebral (PC) é o objetivo principal de pesquisa que está sendo desenvolvida por integrantes do Laboratório de Análise do Desenvolvimento Infantil (LADI) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O estudo está recrutando voluntários de qualquer região do Brasil para participação remota.
A pesquisa é feita pela doutoranda Camila Araújo Santos Santana, sob orientação de Ana Carolina de Campos, docente do Departamento de Fisioterapia (DFsio) da UFSCar, e tem parceria com pesquisadores do Canadá e Holanda, que já pesquisam sobre o tema em países desenvolvidos.
A paralisia cerebral é uma condição de saúde crônica de origem na infância. Estudos apontam que, devido à melhora nos cuidados em saúde, as pessoas com PC estão atingindo a vida adulta em maiores proporções, em comparação com décadas anteriores. "O processo de se tornar adulto, chamado de transição para a vida adulta, ocorre principalmente durante a adolescência, e é desafiador para todos, mas pode ser ainda mais complexo para jovens com deficiência, como a PC. Isso acontece porque estes jovens precisam lidar com questões relacionadas à própria deficiência e com diversos fatores contextuais, como suporte social, acesso ao mercado de trabalho e serviços de saúde específicos para as demandas desta fase da vida", explica Camila Araújo Santana.
De acordo com a pesquisadora, atualmente no Brasil, são quase inexistentes dados publicados sobre os múltiplos fatores envolvidos no processo de transição para a vida adulta de indivíduos com PC, sendo a maioria das pesquisas focadas na infância e início da adolescência. "Esta falta de evidência científica impossibilita o entendimento sobre as barreiras e facilitadores que afetam a vida desses indivíduos, limitando a adequação e o desenvolvimento de serviços e políticas públicas voltadas para este público no nosso País", reflete. A doutoranda da UFSCar acrescenta que esse cenário pode limitar o desenvolvimento mais saudável e participativo desses indivíduos na sociedade, o que seria importante para uma vida adulta com mais qualidade de vida.
Para realizar a pesquisa, estão sendo convidados jovens com PC, com idades entre 13 e 30 anos, de todas as regiões do Brasil. Os participantes precisam ter autonomia para compreender e se comunicar de alguma forma. Camila Araújo fará as entrevistas online com os participantes sobre 11 diferentes temas, como funcionalidade, autonomia, experiências, qualidade de vida, dentre outros.

BRASÍLIA/DF - Se as eleições fossem hoje, 17, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não venceria no primeiro turno, mas venceria em segundo turno a disputa pelo palácio da Alvorada, segundo pesquisa Genial/Quest divulgada nesta quarta-feira.

No primeiro turno, Lula (PT), aparece com 45% das intenções de voto, seguido pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL), com 33%. Já o candidato Ciro Gomes (PDT), aparece com 6% e a candidata Simone Tebet (MDB), com 3%. Os outros candidatos não pontuaram: Felipe d’Avila (Novo), José Maria Eymael (DC), Leonardo Péricles (UP), Sofia Manzano (PCB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Vera Lúcia (PSTU).

Os eleitores que dizem que irão votar em branco, anular ou deixar de votar somam 6%. A proporção dos indecisos também é de 6%.

Já no senário de segundo turno a pesquisa aponta que Lula (PT), venceria com 51% das intenções de voto, e Jair Bolsonaro ficaria com 38%. Os indecisos seriam 4% e os que votariam em branco, anular ou deixar de votar somam 7%.

A Pesquisa Genial/ Quest entrevistou 2 mil eleitores em 123 municípios de 11 a 14 de agosto de 2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos em um intervalo de confiança de 95%.

BRASÍLIA/DF - Com o orçamento apertado, um em cada quatro habitantes no país não consegue pagar todas as contas no fim do mês. A constatação é de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB Pesquisa, que aponta redução nos gastos com lazer, roupas e viagens.

De acordo com a pesquisa, sair do vermelho está cada vez mais difícil. Isso porque apenas 29% dos brasileiros poupam, enquanto 68% não conseguem guardar dinheiro. Apesar disso, 56% dos entrevistados acreditam que a situação econômica pessoal estará um pouco ou muito melhor até dezembro.

O levantamento também mostrou que 64% dos brasileiros cortaram gastos desde o início do ano e 20% pegaram algum empréstimo ou contraíram dívidas nos últimos 12 meses. Em relação a situações específicas, 34% dos entrevistados atrasaram contas de luz ou água, 19% deixaram de pagar o plano de saúde e 16% tiveram de vender algum bem para quitar dívidas.

Outros hábitos foram afetados pela inflação. Segundo a pesquisa, 45% dos brasileiros pararam de comer fora de casa, 43% diminuíram gastos com transporte público e 40% deixaram de comprar alguns alimentos.

Entre os que reduziram o consumo, 61% acreditam na melhora das finanças pessoais nos próximos meses. O otimismo, no entanto, não se refletirá em consumo maior. Apenas 14% da população pretendem aumentar os gastos até o fim do ano.

Pechincha

Entre os itens que mais pesaram no bolso dos entrevistados nos últimos seis meses, o gás de cozinha lidera, com 68% de citações. Em seguida, vêm arroz e feijão (64%), conta de luz (62%), carne vermelha (61%) e frutas, verduras e legumes (59%). Os combustíveis aparecem em sexto lugar, com 57%. No caso dos alimentos, a percepção de alta nos preços de itens como arroz, feijão e carne vermelha aumentou mais de 10 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, em abril.

Com a alta dos preços, a população está recorrendo a um hábito antigo: pechinchar. Segundo a pesquisa, 68% dos entrevistados admitiram ter tentado negociar um preço menor antes de fazer alguma compra neste ano. Um total de 51% parcelou a compra no cartão de crédito, e 31% admitiram “comprar fiado”. Os juros altos estão tornando o crédito menos atrativo. Menos de 15% dos brasileiros recorreram ao cheque especial, crédito consignado ou empréstimos com outras pessoas.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Andrade, os rescaldos da pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia comprometeram a recuperação econômica do país. A aceleração da inflação levou à alta dos juros, o que tem desestimulado o consumo e os investimentos. Em contrapartida, afirma Andrade, o desemprego está caindo, e o rendimento médio da população está se recuperando gradualmente, o que dá um alento para os próximos meses.

O levantamento, encomendado pela CNI ao Instituto FSB Pesquisa, é o segundo realizado no ano com foco na situação econômica e nos hábitos de consumo. Foram entrevistados presencialmente 2.008 cidadãos, em todas as unidades da Federação, de 23 a 26 de julho.

 

 

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil 

Evento, online, é aberto a estudantes de graduação e pós de todas as universidades

 

SÃO CARLOS/SP - De 4 a 6 de outubro, acontece a XV edição do Seminário de Pesquisa da Pós-Graduação em Linguística (XV SPLin), em formato totalmente online. O SPLin é organizado anualmente pelos discentes do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 
O evento é um momento oportuno para que professores e estudantes de graduação e pós-graduação compartilhem suas pesquisas, em andamento ou concluídas. Neste ano, o Seminário tem como tema "As várias línguas no Brasil". 
As inscrições com apresentação de trabalho são gratuitas, foram prorrogadas até o dia 3 de agosto e podem ser feitas em duas modalidades: comunicação oral (formato síncrono) e painel (formato assíncrono). Alunos de outras universidades e programas também podem se inscrever.
Além da apresentação de trabalhos, o SPLin conta com conferências, mesas-redondas e minicursos. A programação completa e demais informações podem ser consultadas no site www.splin.ufscar.br e também no Instagram @splinufscar. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Estudo teve mais 1,6 mil participantes de todo o Brasil, abordando as relações entre trabalho e família em diferentes setores

 

SÃO CARLOS/SP - Neste terceiro ano de convivência com a Covid-19, com medidas menos restritivas de distanciamento, diversas atividades já voltaram ao ritmo normal em escolas, empresas, comércios e nas rotinas familiares. Mas, no começo da pandemia, em 2020, a modalidade remota exigiu reorganização rápida na relação trabalho-família. Investigando a temática, uma pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) foi premiada em concurso nacional de artigos científicos promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A pesquisa que deu origem ao artigo vencedor integra o projeto de doutorado desenvolvido por Marcela Alves Andrade, estudante no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, sob orientação de Tatiana Sato, docente no Departamento de Fisioterapia da Instituição. Dentre outros resultados, o trabalho mostra conflito menor na relação trabalho-família em pessoas com mais de 60 anos e, no outro extremo, dificuldades maiores entre profissionais do setor de Educação.
A pesquisa, que teve início em 2020, configura estudo longitudinal em um grupo de trabalhadores denominado IMPPAC (Implicações da pandemia de Covid-19 nos aspectos psicossociais e capacidade para o trabalho em trabalhadores brasileiros - estudo longitudinal). A iniciativa recebeu apoio da Capes e, atualmente, tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).O objetivo central é avaliar aspectos psicossociais e a capacidade para o trabalho em profissionais de diversos setores econômicos, com acompanhamento longitudinal durante 12 meses. Foram aplicados questionários online junto a 1.698 trabalhadores, dentre os quais o Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ II-Br), desenvolvido na Dinamarca, traduzido e adaptado para o Português brasileiro pelo grupo de pesquisa liderado pela professora Sato. O questionário abrange uma série de aspectos, dentre os quais o conflito entre trabalho e família, tema do concurso de artigos científicos. "A partir do artigo, pudemos explorar este aspecto de forma mais aprofundada", explica Tatiana Sato.
"Nós tivemos de modificar nossa forma de trabalhar e de se relacionar com o trabalho dentro de casa com a família. Foi tudo muito brusco, inesperado e imprevisível. Então, este tema é muito relevante e interessante", destaca a professora. Neste contexto, o estudo identificou que o conflito foi menor em pessoas acima dos 60 anos, "o que atribuímos à maior experiência para lidar com o trabalho e a família e, também, ao fato de que os trabalhadores com mais idade podem ter tido redução da carga de trabalho na pandemia por comporem o grupo de risco".
Outros pontos importantes destacados na pesquisa referem-se ao trabalho no setor da Educação e ao medo de se contaminar no trabalho. Esses fatores, segundo a orientadora da pesquisa, foram associados ao conflito entre trabalho e família. "Sabemos que os professores foram altamente impactados pelo ensino remoto, o que gerou aumento das demandas de trabalho e da chance de conflitos com a vida familiar". Em relação ao medo de contaminação, a professora relata que no início da pandemia havia muito medo de que os familiares pudessem ser contaminados e, em decorrência dessa insegurança, muitos profissionais relataram durante a pesquisa que seus familiares desejavam que eles deixassem suas profissões, principalmente os da área da saúde, ou mudassem de emprego, mesmo que momentaneamente, para que o risco fosse minimizado. "Assim, o estresse emocional e psicológico devido ao medo da contaminação pode ter ocasionado conflitos entre diferentes membros da família", salienta a pesquisadora.
A docente aponta, no entanto, que algumas hipóteses iniciais do estudo não foram confirmadas. Uma delas relaciona-se à parentalidade e associava o conflito trabalho-família ao fato de se ter filhos. "Este resultado não se confirmou. Discutimos este aspecto compreendendo que ter filhos gera demandas, mas também pode ter contribuído para melhorar as relações entre o trabalho e a família, uma vez que os trabalhadores com filhos tiveram mais momentos de distração familiar e, assim, conseguiram gerenciar melhor o desgaste provocado pelo confinamento", expõe Sato. Outra expectativa do estudo era que as mulheres tivessem maior chance de conflito entre trabalho e família, por conta das demandas com os afazeres domésticos e de cuidado familiar, o que também não se confirmou.
A família é um fator determinante na vida do indivíduo e contribui positivamente para as relações interpessoais. "Portanto, os conflitos causados por altas demandas de trabalho e modificações nos processos de trabalho devido às medidas restritivas resultaram em reações sem precedentes, devendo ser cada vez mais objeto de estudo", reforça Sato. A docente também aponta que o estudo mostrou que o convívio social é importante para o bem-estar individual e coletivo e que nem todos os trabalhadores conseguem conciliar a demanda do trabalho e da família de forma positiva. "O retorno às atividades presenciais e as redes de apoio podem auxiliar neste processo. É fundamental que as famílias fiquem atentas a estas modificações de comportamentos, busquem separar as atividades de trabalho das atividades com a família e realizem mais atividades de lazer dentro e fora do ambiente familiar", recomenda a docente.
Para a doutoranda Marcela Andrade, o reconhecimento da pesquisa no concurso da Capes é um estímulo para a continuidade dos estudos. "Estar cursando o doutorado na UFSCar foi um fator decisivo para o sucesso das publicações internacionais e para a vitória neste concurso. É um caminho necessário fazer pesquisa sobre os aspectos psicossociais dos trabalhadores brasileiros, a fim de compreendermos os impactos diretos e indiretos, imediatos e tardios, ocasionados pela pandemia de Covid-19. Muito ainda há por se compreender, muitas hipóteses precisam ser confirmadas, e o único caminho para se alcançar isso é a pesquisa", conclui Andrade.
O artigo premiado será divulgado, em breve, em publicação específica do Observatório Nacional da Família.

BRASÍLIA/DF - A Pesquisa Datafolha realizada na quarta (27) e quinta-feira (28), mostra que Jair Bolsonaro (PL), teve uma leve mudança em relação ao voto dos mais pobres, porém ainda continua atrás de Lula (PT).

De acordo com a pesquisa de junho, as intenções de voto em Bolsonaro estão entre os que ganham até 2 salários mínimos mensais passaram de 20% para 23%, dentro da margem de erro de 2,7 pontos percentuais. Já o petista oscilou negativamente, de 56% para 54%. Portanto, a diferença entre os dois passou de 36 para 31 pontos percentuais nessa faixa de renda.

Por outro lado, o mandatário viu cair sua vantagem sobre o petista entre os mais ricos, ainda que também esteja dentro das margens de erro. A distância entre os dois passou de 15 para 10 pontos percentuais no grupo com renda de 5 a 10 salários mínimos é de 12 para 8 pontos no grupo acima de 10 salários. O atual presidente ainda lidera nesses dois segmentos, com 44% e 41% dos votos, respectivamente.

52% do total do eleitorado brasileiro ganha até 2 salários mínimos, 32% ganha de 2 a 5 salários mínimos, 8% ganha de 5 a 10 salários mínimos e 3% recebe acima disso, segundo o próprio instituto de pesquisa, Datafolha.

Essa última pesquisa foi feita nesta semana com 2.556 eleitores acima dos 16 anos em 183 cidades. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-09088/2022.

Um dado muito importante em se observar é que esta análise sobre as faixas de renda foi considerada a pergunta estimulada, ou seja, em que os candidatos são nominalmente apresentados aos entrevistados.

A margem de erro total é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

 

 

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