SÃO PAULO/SP - O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse a interlocutores ter sido aconselhado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a tomar cuidado com a associação excessiva de sua imagem à do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
O argumento de Bolsonaro seria que, caso a campanha de Nunes afunde, o governador poderia ser prejudicado.
Ainda assim, Tarcísio disse nesta terça-feira (9) que pretende nos próximos dias intensificar as agendas junto a Nunes. "Vamos intensificar sim, para mostrar a importância da parceria do governo do estado com a prefeitura. Não é possível resolver problemas em uma cidade com 12 milhões de habitantes sem uma parceria dessas", afirmou.
A campanha de Nunes vive um momento de distanciamento com o ex-presidente, em que o bolsonarismo se aproxima da candidatura de Pablo Marçal (PRTB).
Bolsonaro e seus filhos chegaram a abrir fogo contra o autodenominado ex-coach, mas recuaram diante da reação negativa do seu público. Na semana passada, Carlos Bolsonaro publicou nas redes sociais que havia conversado com Marçal.
Na última quarta-feira (28), o ex-presidente gravou um vídeo chamando seus apoiadores para um ato na avenida Paulista, no dia 7 de setembro, e afirmou que "qualquer candidato a prefeito" de São Paulo poderia comparecer.
Depois do crescimento de Marçal nas pesquisas, a campanha de Nunes enfrenta o desafio de recuperar os eleitores de direita que demonstraram simpatia pelo influenciador.
A pesquisa Datafolha mais recente mostra um empate na liderança.
O deputado Guilherme Boulos (PSOL) tem 23% das intenções de voto, no mesmo patamar do início de agosto, quando tinha 22%. Pablo Marçal cresceu de 14% para 21% nesse período, e Ricardo Nunes oscilou negativamente, de 23% para 19%. Os três estão empatados tecnicamente.
Com mensagens como "o capitão abandonou o povo", bolsonaristas que declaram apoio ao candidato do PRTB têm manifestado, nas redes sociais e durante compromissos de campanha, a insatisfação com o ex-presidente por apoiar a reeleição de Nunes.
Com o início da campanha eleitoral no rádio e na TV, no dia 30 de agosto, a expectativa da equipe do prefeito é que o público associe o emedebista ao bolsonarismo, fazendo com que Marçal caia nas próximas pesquisas.
Para reforçar essa imagem, Nunes tem aparecido nos programas junto do governador de São Paulo. Há a confirmação de que Jair Bolsonaro também aparecerá ao lado do candidato em propagandas futuras.
Tarcísio afirmou que conversará com Bolsonaro ainda esta semana para combinar os detalhes das gravações. O ex-presidente estará na capital paulista para a manifestação convocada para o 7 de setembro.
"Vou conversar com o presidente só para ajustar essa questão, mas é uma pessoa superimportante, a quem eu tenho toda a gratidão, uma pessoa que abençoou essa candidatura do Ricardo, que é a candidatura que dá resultado, e a melhor propaganda para a direita é o resultado", afirmou o governador.
Tarcísio diz acreditar que Nunes estará no segundo turno. Questionado sobre como seria a relação entre o governo estadual e a Prefeitura de São Paulo em uma eventual vitória de Marçal, respondeu que "faria o melhor, como sempre", mas que prevê uma dificuldade de diálogo.
POR FOLHAPRESS
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos iniciou as obras de revitalização da Praça Santo Antonio, localizada na Avenida Sallum, na Vila Prado, um investimento de R$ 54 mil com previsão de conclusão dos trabalhos até o final do mês de setembro.
De acordo com a Secretaria Municipal de Obras Públicas será realizado reparos pontuais no piso, reparo e assentamento de novas miniguias nos jardins, paisagismo nos canteiros, instalações de novas lixeiras, pintura de guias, pontos de taxi, muretas e gradis.
A Praça Santo Antonio também recebeu recentemente um novo abrigo de ônibus, moderno, com acessibilidade (espaço para cadeirante aguardar a chegada do transporte público), com telhas térmicas e com proteção contra sol e chuva, utilização de energia fotovoltaica para iluminação e para alimentar os carregadores USB dos usuários do transporte coletivo.
Vale lembrar que a Prefeitura, através da Secretaria de Obras Públicas, já revitalizou a Praça Paulino Carlos em frente à Catedral e está revitalizando a Praça dos Voluntários, na região do Mercado Municipal; a Praça Santa Cruz, no centro; a Praça Antônio Prado, localizada em frente à antiga Estação Ferroviária de São Carlos e a Praça Coronel Salles.
A Prefeitura de São Carlos, através da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, está investindo ainda R$ 5 milhões na instalação de novas luminárias de LED nas praças públicas, canteiros centrais e áreas de lazer da cidade.
Já receberam a nova iluminação de LED a praça Brasil na Vila Nery, Praça General Carlos de Meira Mattos (Rodoviária), Praça da Independência (Cemitério Nossa Senhora do Carmo), canteiro central do Douradinho, Praça do Douradinho, Praça Recanto das Flores, Praça Dom José Marcondes Homem de Melo (Catedral), Kartódromo, canteiro central da Avenida São Carlos X Rua Luís Vaz de Camões (HU); canteiro central da Avenida São Carlos X Rua Eugênio de Andrade Egas; canteiro central da Avenida Trabalhador São-carlense (Rodoviária); canteiro central da Avenida Dr. Teixeira de Barros (Rua Larga); Rua Augusto Maria Patrizzi (área de lazer do Itamaraty) e na Rua Dr. Procópio do Toledo Malta (Campo de Malha do Santa Felícia). Está em processo de finalização a troca da iluminação na Praça XV de Novembro e também será instalada na pista de caminhada da Avenida Henrique Gregori.
BRASÍLIA/DF - O eleitor pode consultar a seção de votação por meio do aplicativo e-Título ou na internet, já com a atualização dos dados referentes às eleições 2024. Quem tiver solicitado a transferência temporária de seção, por exemplo, pode conferir online a informação com o novo endereço de votação.
Para fazer a consulta, é necessário entrar na página do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que disponibiliza serviços de autoatendimento, clicar em "título eleitoral", "onde votar" e inserir número do título eleitoral, CPF ou nome, data de nascimento e nome da mãe. Em seguida, basta clicar em "entrar".
A página seguinte mostra se a situação do eleitor é regular e o local de votação, com endereço, seção e zona. Há também dado sobre se o eleitor teve a biometria coletada.
Informações sobre a seção de votação também podem ser acessadas via e-título, o aplicativo móvel da Justiça Eleitoral. O app pode ser baixado para tablet ou smartphone nas plataformas IOS ou Android.
Depois de baixar o e-título, o eleitor precisa inserir nome, data de nascimento, CPF e nome da mãe e do pai (se constarem no registro junto à Justiça Eleitoral). Em seguida, é só clicar em "entrar no e-título" para ter acesso às informações.
A eleição 2024 está marcada para o primeiro domingo de outubro, dia 6. O segundo turno acontece, nas cidades em que houver, no dia 27 do mesmo mês.
O pleito definirá prefeitos e vereadores por todo o país. A votação ocorrerá em mais de 5.500 cidades e vai mobilizar mais de 150 milhões de eleitores, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
POR FOLHAPRESS
VENEZUELA - O Natal, celebrado no dia 25 de dezembro, será adiantado para 1º de outubro na Venezuela, de acordo com anúncio feito pelo ditador Nicolás Maduro na noite de segunda-feira (2) em seu programa de televisão Con Maduro+.
“É setembro e já cheira a Natal. E por isso este ano, em homenagem a vocês, em agradecimento a vocês, vou decretar o adiantamento do Natal para 1º de outubro”, disse Maduro sobre a data que cairá numa terça-feira. “Para todos e todas, chegou o Natal, com paz, felicidade e segurança.”
Não é a primeira vez que Maduro adianta o feriado cristão. Em 2020, ele anunciou o início das celebrações natalinas em 15 de outubro e no ano seguinte antecipou para o dia 4 do mesmo mês, de acordo com o jornal espanhol El País.
A mudança da festividade acontece no mesmo dia em que o Ministério Público do país ordenou a detenção do candidato opositor, Edmundo González, por supostos crimes relacionados ao terrorismo e em meio a uma profunda crise política.
Durante o mesmo pronunciamento, o líder chavista lembrou do apagão recente que afetou 80% da Venezuela, causado por sabotagem externa, segundo Maduro. Ele destacou a continuidade do trabalho e a recuperação rápida do sistema elétrico, elogiando a união cívico-militar-policial.
Tanto a oposição quanto o ditador reivindicam a vitória na eleição de 28 de julho. Maduro, no poder desde 2013, é apoiado pela Tribunal Superior de Justiça (TSJ) e pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que não publicou a contagem completa dos votos -segundo eles, devido a um ataque cibernético.
A oposição compartilhou o que dizem representar 80% das contagens de votos, mostrando uma vitória retumbante para González. Alguns observadores internacionais e muitos países ocidentais disseram que as condições da eleição foram injustas e exigiram a apuração total dos votos.
FOLHAPRESS
SÃO CARLOS/SP - A pesquisa realizada pela Real Time Big Data, divulgada nesta terça-feira, 3 de agosto, traz um panorama das intenções de voto para a Prefeitura de São Carlos.
No cenário estimulado, onde os entrevistados recebem uma lista de candidatos, Newton Lima (PT) lidera com 43% das intenções de voto. Netto Donato (PP) aparece em segundo lugar com 34%, seguido por Mario Casale (Novo) com 9%. A pesquisa também aponta que 6% dos eleitores declararam voto em branco ou nulo, enquanto 8% não souberam ou não responderam.
Na pesquisa espontânea, onde os entrevistados mencionam seus candidatos sem que lhes sejam apresentadas opções, Newton Lima também está na frente, com 18% das intenções de voto. Netto Donato segue com 7%, e Mario Casale aparece com 2%. Outros candidatos somam 3%, enquanto o ex-vereador Julio Cesar foi mencionado por 1% dos entrevistados. Brancos, nulos ou nenhum somam 11%, e 60% dos entrevistados não souberam ou não responderam.
Quanto à rejeição, o ex-prefeito Newton Lima tem a maior taxa, com 46% dos entrevistados afirmando que não votariam nele de jeito nenhum. Já o ex-secretário de governo Netto Donato é rejeitado por 32%, e o empresário Mario Casale por 24%.
Essa pesquisa foi contratada pela 3 Poderes Mídia, da Rede Record, e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-02742/2024. A amostra foi composta por mil entrevistados, com base em dados do CENSO IBGE e do TSE.
O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com uma margem de erro de aproximadamente 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
BRASÍLIA/DF - Há dois anos, Esteffane de Oliveira, de 25 anos, moradora da Cidade de Deus, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, enfrenta dificuldades para conseguir uma vaga em creche pública para sua filha, Maytê, de 2 anos. A situação tem se tornado cada vez mais complicada para Esteffane, que precisa trabalhar para sustentar sua família. Sem conseguir uma solução, ela se vê forçada a deixar Maytê aos cuidados de sua outra filha, Ana, de apenas 7 anos.
"Disseram para mim que não há vaga, que está tudo cheio. Eu até choro, está ficando muito complicado", desabafa Esteffane, destacando a frustração e a angústia de não conseguir o acesso à educação infantil para sua filha, essencial para que ela possa trabalhar com tranquilidade.
O caso de Esteffane está na Justiça. Ela é uma das 7,5 mil crianças que esperam vagas em creches no Rio de Janeiro, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação. Em todo o país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2023 (PNAD Contínua 2023) cerca de 2,3 milhões de crianças de 0 a 3 anos não estão em creches por alguma dificuldade de acessar o serviço, seja por falta de escola, inexistência de vaga ou porque a instituição de ensino não aceitou o aluno por causa da idade.
A educação infantil é uma das principais competências do município em relação à educação e um dos maiores desafios para as próximas gestões que serão eleitas este ano.
A educação, para Esteffane, é uma das demandas prioritárias. Os outros dois filhos, Ana e Pierre, de 4 anos, estão matriculados em escola próxima à casa deles. Agora só falta Maytê. "Minha filha de 7 anos sabe ler, faz conta, faz tudo. Meu filho de 4 está aprendendo agora também. E eu queria que ela já entrasse na creche, porque já vai sabendo o ritmo, como é a escola", diz a mãe.
Além da aprendizagem das crianças, Esteffane sente-se segura deixando as crianças na escola. "Isso para mim é muito importante, entendeu? Eu vou trabalhar com a minha mente mais tranquila".
A Constituição Federal estabelece a educação como direito de todos e dever do Estado e da família. De acordo com o Artigo 211, os sistemas de ensino federal, estadual e municipal devem se organizar em regime de colaboração. Os municípios devem atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil, que abrange creches (que atendem bebês e crianças de até 3 anos) e pré-escolas (4 e 5 anos). A Constituição estabelece que as prefeituras destinem, no mínimo, 25% de sua arrecadação à educação.
Os municípios também devem estar atentos à prestação de alguns serviços para que a educação seja garantida aos estudantes: o transporte escolar, a merenda dos estudantes, a qualidade do ensino e o financiamento, que abrange o salário dos professores. Em regime de colaboração, o governo federal oferece apoio por meio de iniciativas como o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Representantes
No dia 6 de outubro, mais de 150 milhões de eleitores poderão comparecer às urnas e votar em candidaturas para os cargos de prefeito e vereador. As pautas educacionais estão entre as que são citadas por candidatos e que fazem parte das promessas de campanha. Pesquisa Genial Quaest, divulgada em julho deste ano, mostra que entre os principais problemas considerados pelos eleitores estão economia (citada por 21% dos entrevistados); violência (19%); questões sociais (18%); saúde (15%); corrupção (12%) e educação (8%).
Segundo a professora do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mayra Goulart, o resultado da pesquisa mostra "algo desfavorável em termo das percepções sobre educação nessa lista de principais temas", aparecendo em último lugar entre os assuntos considerados. No entanto, o Pé de Meia, voltado para estudantes do ensino médio, aparece entre os programas mais conhecidos e aprovados do governo Lula, mostrando que a educação têm relevância diante do eleitorado.
As demandas da população são muitas, como a de Esteffane por vaga em creche, mas nem todas são de competência municipal, que deve ter como foco principalmente a educação infantil e o ensino fundamental. Promessas que fogem a essa alçada geralmente não são cumpridas.
A área da educação virou também terreno de disputa. "O tema da educação aparece de outra forma por causa da polarização com a extrema direita que fala muito de Escola sem Partido, de ideologia de gênero na escola. É nesse sentido que a educação tem sido disputada, a partir da ideia de que tem que ficar a cargo da família, o que contrasta com a ideia de que a educação tem que ficar a cargo do Estado e das instituições republicanas", afirma Mayra.
A professora recomenda aos eleitores acompanhar o trabalho dos candidatos. Essa é uma forma de não cair em falsas promessas e de pressionar para que sejam cumpridas as que foram feitas. "A participação do eleitor no acompanhamento, no controle sobre o representante, vendo se ele está cumprindo a função de representação, acho que é a chave para se proteger de falsas promessas e responsabilizar os representantes quando eles não cumprem suas propostas", alertou.
Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
MÉXICO - A Justiça do México ordenou no sábado (31) que a Câmara dos Deputados não avance na discussão de uma polêmica reforma judicial que seria debatida pelos parlamentares na primeira semana de setembro, de acordo com um documento verificado pela agência de notícias Reuters.
A decisão partiu da juíza de distrito Martha Eugenia Magaña López, do estado de Morelos, em resposta às preocupações sobre os direitos trabalhistas dos funcionários do Poder Judiciário. Proposto pelo presidente Andrés Manuel López Obrador no início do ano, o projeto gerou tensão com os Estados Unidos, provocou manifestações e motivou greves de juízes e outros profissionais do setor.
A reforma prevê eleições diretas para cerca de 7.000 cargos no Judiciário –dos magistrados da Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN), o tribunal máximo do país, aos juízes federais e estaduais, incluindo os titulares do Tribunal Eleitoral. Aprovada a proposta, o pleito ocorreria no ano que vem.
A proposta também inclui a redução do número de ministros do Supremo de 11 para 9 integrantes, diminui de 15 para 12 anos o mandato deles e estabelece como teto salarial a mesma remuneração do Presidente da República, entre outras mudanças.
Os defensores afirmam que o projeto é uma forma de democratizar a Justiça e acabar com uma suposta corrupção no Judiciário, enquanto os críticos argumentam que, além de prejudicar as carreiras dos juízes, a reforma ameaça a divisão de Poderes e pode resultar em uma abertura do Judiciário a influências criminosas.
A proibição vale até a próxima quarta-feira (4), dia em que a Justiça pode tornar a suspensão permanente. O Congresso mexicano, no entanto, já ignorou ordens semelhantes de juízes no passado, de modo que há dúvidas sobre o cumprimento da decisão pelos parlamentares.
O embaixador dos Estados Unidos no México, Ken Salazar, condenou a reforma judicial e a classificou de "um grande risco para o funcionamento da democracia mexicana". O governo do Canadá também criticou o projeto.
AMLO, como é conhecido o presidente mexicano, anunciou nesta semana uma pausa das relações com as embaixadas dos dois países como resposta às declarações, as quais acusou de desrespeitarem a soberania do México.
A reforma também é defendida por Claudia Sheinbaum, presidente eleita que assume o cargo no dia 1º de outubro, como uma forma de aprimorar a democracia. "Nós sempre teremos diálogo com nossos parceiros comerciais, como os EUA, mas não precisamos discutir tudo [com eles]. Algumas questões são responsabilidade dos cidadãos mexicanos", disse.
POR FOLHAPRESS
SÃO CARLOS/SP - O Fusca branco, com placas CNN-2126, foi furtado no estacionamento da UPA Vila Prado na tarde de domingo, 2 de setembro, em São Carlos.
Caso alguém veja o carro, entre em contato imediatamente com a polícia pelo número 190.
BRASÍLIA/DF - O bilionário Elon Musk usou seu perfil no X (antigo Twitter), rede social da qual é dono e que está suspensa no Brasil por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para agradecer uma manifestação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) sobre o bloqueio das contas bancárias da Starlink no Brasil, também por decisão de Moraes.
Musk repostou um vídeo neste domingo, 1º, em que Lira critica o bloqueio. "Se no escândalo das Americanas fôssemos bloquear a conta da Ambev não seria correto. Então, a briga jurídica envolvendo X nunca deveria ter sido extrapolada para bloqueio de contas da empresa Starlink", avaliou Lira em um evento promovido pela XP Investimentos neste sábado. Na publicação, o bilionário escreveu que "o apoio" de Lira é "apreciado". O vídeo compartilhado é do portal Metrópoles.
As contas da Starlink, empresa do bilionário que fornece internet via satélite, foram bloqueadas por Moraes com o intuito de garantir o pagamento das multas aplicadas pela Justiça brasileira contra o X após a plataforma não cumprir decisões judiciais de remoção de conteúdo e bloqueio de perfis.
Segundo juristas ouvidos pelo Estadão, o bloqueio de bens da Starlink como forma de quitar as dívidas do X é excepcional no mundo jurídico e seria cabível apenas se a existência de fraude fosse comprovada.
Além de bloquear as contas da empresa, Moraes também determinou a suspensão do X no Brasil depois que a rede social se recusou a apontar um representante legal no País.
Segundo apurou o Estadão, mesmo após a notificação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aos cerca de 20 mil provedores de internet que prestam serviços no País, a Starlink segue permitindo o acesso dos usuários à rede social.
POR ESTADAO CONTEUDO
SÃO PAULO/SP - Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) veem sua atual postura na eleição municipal de São Paulo como uma estratégia para manter "um pé em cada canoa" na disputa pela cidade que concentra o maior colégio eleitoral do País. Enquanto declara apoio formal à reeleição de Ricardo Nunes (MDB), inclusive com a expectativa de aparecer no horário eleitoral do prefeito, Bolsonaro decidiu levantar a bandeira branca para o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), com quem ensaiou uma rivalidade recentemente.
Na semana passada, o ex-presidente distribuiu em seu canal no WhatsApp, onde soma mais de 1,2 milhão de seguidores, um vídeo resgatando falas controversas do empresário na eleição de 2022. No mesmo dia, Bolsonaro respondeu, de forma irônica, a um comentário do ex-coach em sua publicação.
Ontem, no entanto, os sinais foram em direção oposta: Bolsonaro gravou um vídeo abrindo espaço para Marçal participar do ato de 7 de setembro e seu "filho 02", o vereador Carlos Bolsonaro (PL), foi às redes sociais anunciar que resolveu seus problemas com Marçal após uma conversa com o ex-coach por telefone
"Estamos no muro, vendo no que vai dar. Apostamos no cavalo errado e quem está na frente é o azarão", disse, reservadamente, um aliado próximo do ex-presidente.
Na visão desse aliado, o entorno de Bolsonaro percebeu que as chances de Marçal chegar ao segundo turno são reais e concluiu que era melhor evitar um rompimento com o ex-coach, que pode virar o adversário de Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno e a esperança da direita em São Paulo.
O recuo da família Bolsonaro ocorreu no mesmo dia em que a pesquisa Quaest mostrou que a campanha negativa do ex-presidente e seu círculo contra Marçal não teve o impacto esperado. A Quaest foi a campo entre os dias 25 e 27 de agosto, ou seja, depois que o clã Bolsonaro abriu uma guerra contra Marçal nas redes sociais. Aliados do ex-presidente esperavam que a ofensiva resultasse num derretimento do ex-coach nas pesquisas, mas isso não aconteceu.
O resultado da Quaest está alinhado com o último Datafolha, que mostrou Marçal tecnicamente empatado com Nunes e Boulos - embora as duas pesquisas não sejam diretamente comparáveis, pois adotam metodologias diferentes.
Fabio Wajngarten, assessor e advogado de Bolsonaro, declarou logo após a divulgação do Datafolha, no último dia 22, que qualquer pesquisa divulgada nas 72 horas seguintes aos ataques do entorno de Bolsonaro contra Marçal não refletiria a verdadeira situação eleitoral em São Paulo.
"Somente no próximo round de coleta de intenção de voto teremos fidedignidade e segurança nos dados. A intenção de voto é dinâmica e cada máscara que cai influencia e faz diferença", escreveu Wajngarten. Com a divulgação da Quaest, fica evidente que Bolsonaro não conseguiu dissuadir seu eleitorado de apoiar a candidatura do ex-coach.
Também influenciaram a mudança de tom de Bolsonaro a relação desgastada com Nunes - que, na visão de pessoas próximas ao ex-presidente, não tem acenado suficientemente às pautas bolsonaristas - e as duras críticas que a família Bolsonaro recebeu de seus apoiadores nas redes sociais devido à aliança com o prefeito. "Se o nosso eleitor está querendo apoiar o Marçal, quem somos nós para dizer o que o povo deve fazer? Essa é a postura do ex-presidente", avalia um aliado do ex-mandatário.
O entorno de Bolsonaro considera improvável que ele rompa com a campanha de Nunes para apoiar Marçal, especialmente porque o vice na chapa de Nunes, o coronel Ricardo Mello Araújo, foi indicado por Bolsonaro. Além disso, pesa o fato de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ter se tornado o principal articulador da candidatura do prefeito. A indefinição da corrida eleitoral paulistana também força Bolsonaro a evitar um rompimento tanto com Nunes quanto com Marçal.
Após o vaivém do ex-presidente, o diretório municipal do PL em São Paulo, comandado por Isac Félix, aliado de Nunes, divulgou uma nota reafirmando o apoio à candidatura do prefeito.
"Tendo em vista que somos um partido que honra os compromissos, sob a direção do nosso presidente Jair Messias Bolsonaro e do nosso presidente nacional Valdemar Costa Neto, cumpriremos e honraremos todos os nossos compromissos com a candidatura majoritária do Prefeito Ricardo Nunes e do nosso candidato a vice, Mello Araújo", disse a nota, que prevê punição a vereadores que apoiarem outra candidatura. "Lembrando que a coligação com o MDB e o prefeito é tão certa que a indicação do vice é do PL."
A eleição na capital paulista não é a única que Bolsonaro enfrenta dificuldade. No Rio de Janeiro, seu reduto eleitoral, Alexandre Ramagem (PL) apareceu com 9% na última pesquisa Quaest, que reforça o favoritismo do prefeito Eduardo Paes (PSD), que tem 60%. Em Minas Gerais, a mesma coisa: o bolsonarista Bruno Engler (PL) pontuou 12%, empatado tecnicamente com outros quatro candidatos.
Campanha do prefeito já esperava 'estica e puxa'
A instabilidade de Bolsonaro já era esperada pela campanha do prefeito Ricardo Nunes, que, embora se irrite com as frequentes mudanças de postura do ex-presidente, trata como natural esse "vaivém". "Vai ser assim a campanha inteira", declarou um interlocutor do prefeito, de forma reservada.
Assim como o entorno de Bolsonaro, membros da campanha do atual prefeito não acreditam em um rompimento abrupto. Para eles, a presença de Mello Araújo na chapa "mantém" Bolsonaro preso à candidatura do prefeito, assim como o apoio de Tarcísio. No passado, Bolsonaro já disse que não entraria em bola dividida com o governador.
POR ESTADAO CONTEUDO
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