SÃO CARLOS/SP - O vereador Lineu Navarro (PT) conferiu, nesta semana, a limpeza de uma área pública na região da baixada do Castelo Branco. Há cerca de dois meses, o parlamentar foi procurado por moradores do local que reclamavam da limpeza em uma área de lazer situada entre as ruas Rogério Mastrofrancisco, Brasilino Belizário e o Córrego do Gregório.
Naquele momento, o local estava com mato alto, lixo, galhos de árvores espalhadas pela pista de caminhada, além de lâmpadas queimadas e brinquedos quebrados. Após protocolar junto à Prefeitura um requerimento solicitando a manutenção, o serviço foi realizado. “Hoje a praça está limpa e os moradores podem novamente caminhar pela pista, sentar nos bancos e as crianças podem brincar no parquinho. Também é papel do vereador cobrar que a Prefeitura execute os serviços públicos com eficiência”.
AREIA LIMPA – Preocupado com o estado de conservação dos parquinhos e da areia destes locais, Lineu protocolou requerimento à Prefeitura solicitando o cumprimento da Lei N. 18.251, de setembro de 2017, de sua autoria.
O “Programa Areia Limpa” exige uma fiscalização contínua da qualidade da areia contida em quadras esportivas ou tanques destinados ao lazer e recreação infantil, existentes em praças e escolas públicas, e sua limpeza periódica. “Vamos cobrar que essa lei seja cumprida, pois estas areias devem receber semestralmente tratamento e assepsia para descontaminação e combate de bactérias, fungos e verminoses em geral, conforme o que for detectado em análises laboratoriais. Ou serem substituídas”, aponta Lineu.
A Prefeitura também deve colocar placa no local com aviso sobre a data em que fizeram a limpeza ou substituição da areia. “Esta é uma medida para termos uma cidade mais organizada, bonita e que preserva a qualidade de vida da população, particularmente a saúde pública”.
SÃO PAULO/SP - O Governo de São Paulo ampliou significativamente a atenção à infraestrutura das unidades de ensino e entregou, entre janeiro de 2023 e abril deste ano, 4.688 obras em escolas estaduais e creches.
Em 28 meses de gestão, os investimentos superam R$ 2,3 bilhões, contemplando 2.905 unidades de ensino em 534 cidades paulistas — número 36% maior do que período entre 2019 e 2022, quando foram realizadas intervenções em escolas localizadas em 392 municípios.
Com isso, 82,9% dos 644 municípios com escolas estaduais foram atendidos com alguma intervenção. As revitalizações incluem reformas nas quadras esportivas, cozinhas, refeitórios e salas de aulas, telhados e fachadas, além das adequações de acessibilidade e climatização das edificações escolares, impactando diretamente a rotina de mais de 1,7 milhão de estudantes.
O Estado também entregou 58 unidades do Programa Creche Escola. Do total de investimentos nas 534 cidades, R$ 133,7 milhões foram destinados à inauguração dessas unidades para as redes municipais, em atendimento à primeira infância em diferentes regiões do estado.
Fabricio Moura Moreira, presidente da FDE, destaca a abrangência da atuação da fundação no estado e reitera a relevância de destinar recursos às reformas para atualizar e modernizar a infraestrutura da rede promovendo, assim, o bem-estar da comunidade escolar.
“Já foi investido mais de R$ 1 bilhão em reformas nas nossas unidades escolares. Isso é muito importante porque a gente precisa avaliar as condições das nossas edificações e alocar os recursos naquelas escolas que mais necessitam, que precisam de reformas gerais, que precisam de reformas estruturantes”, explica Moreira.
Climatização da rede estadual
Neste período, o Governo do Estado de São Paulo atingiu a marca de 938 escolas climatizadas na rede estadual de ensino, com salas de aula e administração com ar-condicionado. Já foram investidos aproximadamente R$ 350 milhões apenas na primeira etapa do programa de climatização das escolas, que abrange 1.056 unidades escolares.
O programa tem como meta atingir a climatização de 60% das unidades da rede até o início do ano letivo de 2027.
Governo de SP
Segunda reunião do Centro de Operações de Emergência atualiza números, reforça ações intersetoriais e cobra responsabilidade de proprietários de imóveis abandonados
ARARAQUARA/SP - O Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE) realizou seu segundo encontro, reunindo representantes de diversas secretarias e setores da administração pública. O foco foi a atualização dos dados da dengue no município, a avaliação das ações já implantadas e o reforço das estratégias articuladas entre diferentes áreas da gestão para o enfrentamento da epidemia.
Durante a reunião, foi apresentado o cenário atualizado da dengue. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, entre janeiro e abril, mais de 179 mil residências foram vistoriadas. Os bairros Centro e Vila Xavier concentram o maior número de casos. Até o momento, o município registra 13.570 casos confirmados, com 13 internações. Outros 1.413 exames seguem em análise, 30 tiveram resultado inconclusivo e 3.330 foram descartados.
A vacinação contra a dengue segue abaixo do esperado, com apenas 8,16% do público-alvo completamente imunizado. Este grupo é formado por 13.964 crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, dos quais apenas 1.139 receberam as duas doses. Em relação à primeira dose, 3.692 doses foram aplicadas, correspondendo a 26,44% do total previsto.
Durante o encontro, o prefeito Dr. Lapena reforçou o empenho das equipes e a importância da união entre as secretarias no combate à doença. “Vejo o quanto nossos servidores estão se dedicando para conter essa epidemia, seja na prevenção, no combate aos focos ou no tratamento. Infelizmente, ainda não se encontrou uma forma de eliminar o mosquito. Enquanto isso, seguimos firmes, e parabenizo todos os envolvidos pela seriedade com que atuam”, afirmou o prefeito, que também chamou a atenção de parte da população e empresários que ignoram notificações e mantêm áreas com criadouros. "A maioria dos focos está em imóveis abandonados, terrenos baldios e casas fechadas. Muitos são notificados, multados e, mesmo assim, não tomam providências. Precisamos reforçar o apoio do Ministério Público para garantir que essas propriedades sejam cuidadas”, completou, citando a existência de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) firmados com imobiliárias.
O secretário municipal de Saúde, Dr. Abelardo Ferrarezi, anunciou a mudança no horário de funcionamento do Dengário, que passará a atender das 7h às 19h, a partir desta sexta-feira (16). “Essa alteração foi possível graças à estabilização dos atendimentos e à queda no número de casos graves. O serviço seguirá funcionando até a alta do último paciente. Lembramos que todos devem apresentar documento com foto e, se tiverem, o cartão de acompanhamento”, explicou.
A subsecretária de Vigilância em Saúde, Alessandra Nascimento, destacou os resultados positivos das ações intersetoriais implantadas após a primeira reunião do COE, que tiveram impacto direto na redução de novos casos. “Apesar de termos ultrapassado os 13 mil casos, observamos uma redução significativa nas notificações. Contudo, seguimos em alerta com a circulação do sorotipo 3, que pode causar novos surtos. Ainda temos uma parcela da população suscetível. As ações articuladas entre as diferentes áreas da administração pública foram fundamentais para o resultado que estamos alcançando, e precisamos manter esse esforço conjunto”, alertou.
Mesmo com a chegada do clima mais frio, quando normalmente há uma redução nos casos, as autoridades reforçam que o mosquito Aedes aegypti segue ativo mesmo neste período, exigindo a continuidade das ações de eliminação de criadouros e o envolvimento da população.
Prevenção segue como prioridade
A vacinação permanece disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, nas Unidades Básicas de Saúde, e das 8h às 15h, na unidade do Sesa. É necessário apresentar documento com foto e carteira de vacinação. O esquema prevê duas doses com intervalo de três meses, sendo que jovens que já tiveram dengue devem aguardar seis meses para iniciar a imunização.
Outro ponto debatido foi a efetividade do fumacê. Especialistas alertaram que a aplicação de inseticida tem eficácia limitada, já que a fumaça não alcança locais onde o mosquito costuma se esconder, como debaixo de camas, dentro de móveis e atrás de cortinas. Além disso, o método representa um impacto ambiental desnecessário. A medida mais eficaz continua sendo a eliminação dos criadouros.
A orientação permanece clara: eliminar qualquer acúmulo de água parada é essencial para conter a proliferação do mosquito. A responsabilidade é coletiva, e o envolvimento da população segue sendo decisivo para superar este momento crítico.
SÃO CARLOS/SP - O que deveria ser a realização de um sonho está se transformando em um verdadeiro pesadelo para dezenas de famílias no bairro Dream Santo Antônio, em São Carlos. A empresa Direcional está prestes a entregar um empreendimento habitacional em condições consideradas inaceitáveis, desrespeitando os moradores que confiaram, investiram e sonharam com um lar digno.
Durante uma diligência realizada no local, o vereador Elton Carvalho (Republicanos) constatou de perto diversas irregularidades na obra. Segundo ele, o cenário é lamentável e inadmissível para um projeto desse porte. "Famílias batalharam para conquistar sua casa própria e agora estão diante de problemas estruturais, acabamento precário e riscos que comprometem a qualidade de vida. É uma afronta à dignidade dessas pessoas", afirmou o parlamentar.
O vereador cobra providências imediatas por parte dos órgãos competentes e da própria empresa, exigindo que a entrega só ocorra com as devidas correções e garantias de qualidade. "A população merece respeito, merece respostas e, principalmente, merece justiça. Não podemos aceitar que uma obra pública ou privada seja concluída sem cumprir o que foi prometido. A Direcional precisa ser responsabilizada", completou.
A situação está sendo acompanhada de perto e deve gerar novos desdobramentos nas próximas semanas. Para os moradores, resta a esperança de que a pressão popular e política resulte na correção das falhas e na entrega de moradias que realmente atendam aos padrões mínimos de segurança e conforto.
BRASÍLIA/DF - A deputada Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta quinta-feira (15) que não há provas para sua condenação a dez anos de prisão e cobrou a palavra final da Câmara dos Deputados a seu favor.
O STF (Supremo Tribunal Federal) também decidiu que a parlamentar deve perder o mandato. Ela foi considerada pela Primeira Turma do STF culpada por invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e falsidade ideológica.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, já havia votado na sexta-feira passada pela condenação, sendo acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Nesta quarta (14), Luiz Fux também votou, formando o placar de 5 a 0.
Ainda cabe recurso no STF, e as penas só deverão ser aplicadas após o trânsito em julgado do processo (quando não são possíveis mais recursos). A deputada nega as acusações e diz ser vítima de perseguição política.
Os ministros da Primeira Turma também votaram pela condenação do hacker Walter Delgatti Neto.
A denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) diz que Zambelli planejou e comandou a invasão aos sistemas institucionais do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), com o auxílio de Delgatti. O objetivo seria emitir alvarás de soltura falsos e provocar confusão no Judiciário.
"Seria muita burrice e não colocaria mandado em risco por uma brincadeira sem graça", disse a parlamentar ao negar a acusação nesta quinta.
De acordo com a Procuradoria, Delgatti conseguiu invadir o sistema do CNJ por meio de credenciais de outros funcionários do órgão e, em 4 de janeiro de 2023, incluiu três alvarás de soltura falsos.
O hacker ainda inseriu no Banco Nacional de Mandados de Prisão um mandado de detenção preventiva falso contra Alexandre de Moraes por "organização criminosa".
As invasões ocorreram no contexto da disputa eleitoral entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) no fim de 2022.
Em depoimento à PF, Delgatti confessou que invadiu o sistema do CNJ e incluiu o falso mandado de prisão contra Moraes.
O caso foi investigado pela Polícia Federal em 2023, quando se tornou público que o hacker Delgatti tinha se aliado a Bolsonaro para planejar ações contra as urnas eletrônicas.
A principal interlocutora de Delgatti no bolsonarismo era Carla Zambelli. Dados de transações financeiras entregues à PF pelo hacker mostram que pessoas próximas à deputada repassaram R$ 13,5 mil a ele -o que, para a PGR, sinaliza possível pagamento para os serviços contra o CNJ.
Em março, o STF já havia formado maioria para condenar Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto e à perda de mandato por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma. O julgamento foi suspenso devido a um pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques.
O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) também decidiu em janeiro cassar o mandato de Zambelli, por desinformação eleitoral no contexto da eleição de 2022. Mas os efeitos da decisão só passariam a ser válidos após o esgotamento dos recursos.
Nesta semana, em meio à disputa entre o STF e a Câmara dos Deputados sobre o processo contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) na trama golpista, parlamentares passaram a discutir uma retaliação ao Judiciário por meio do caso Zambelli.
por Folhapress
ITIRAPINA/SP - A prefeita Maria da Graça Zucchi de Moraes participou na quarta-feira (14/05) da cerimônia de posse da nova diretoria da AMITESP (Associação das Prefeituras dos Municípios de Interesse Turístico do Estado de São Paulo), realizada na capital paulista.
O evento reuniu importantes lideranças, como o Secretário de Turismo do Estado, Roberto de Lucena; o Secretário de Governo, Gilberto Kassab; os deputados estaduais Itamar Borges e Rafa Zimbaldi, além de prefeitos e autoridades que compartilham a visão do turismo como motor de desenvolvimento para os municípios paulistas.
Itirapina é reconhecida oficialmente como Município de Interesse Turístico (MIT), um título que reforça seu potencial natural, cultural e histórico. A presença da prefeita na cerimônia reafirma o compromisso da atual gestão com o fortalecimento das políticas públicas voltadas ao turismo sustentável, à geração de emprego e renda, e à valorização das riquezas locais.
A Prefeitura segue empenhada em consolidar parcerias e buscar recursos que ampliem as oportunidades para o turismo em Itirapina, promovendo qualidade de vida para a população e desenvolvimento com responsabilidade.
Durante a cerimônia, o parlamentar anunciou uma nova emenda para a instituição
SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa de São Carlos realizou nesta última quarta-feira (14), no Auditório Alois Partel, a cerimônia de reinauguração do Bloco E2 das enfermarias, espaço que passou por ampla revitalização graças a recursos destinados pelo deputado federal Cezinha de Madureira. O parlamentar participou do evento e anunciou uma nova emenda de R$ 500 mil, que será utilizada para a revitalização do Bloco B2.
O Bloco E2 recebeu melhorias estruturais, novo mobiliário e adequações importantes, como a adaptação de um dos quartos para atender pacientes em pós-operatório de cirurgia bariátrica, garantindo mais conforto, segurança e qualidade na recuperação desses usuários. Após a solenidade, as autoridades presentes visitaram as novas instalações e descerraram uma placa em homenagem ao deputado, como forma de reconhecimento pelo apoio à saúde pública da região.
Durante sua fala, o deputado Cezinha de Madureira destacou o compromisso com a Santa Casa. “É uma alegria ver o resultado do nosso trabalho chegando à população. A Santa Casa de São Carlos tem um papel fundamental na saúde da cidade e da região, e seguiremos trabalhando juntos para fortalecer cada vez mais essa instituição tão importante”, afirmou.
O provedor da Santa Casa, Antonio Valerio Morillas Junior, agradeceu a parceria. “O apoio do deputado Cezinha tem feito a diferença. A revitalização do Bloco E2 é um exemplo concreto do que conseguimos realizar com responsabilidade e boas parcerias. Essa nova emenda para o Bloco B2 nos permitirá avançar ainda mais na modernização da nossa estrutura.”
O prefeito de São Carlos, Netto Donato, também falou sobre a importância da Santa Casa para a cidade e valorizou o trabalho dos profissionais da instituição. “A Santa Casa é uma referência por onde passamos. A excelência da instituição, que é reconhecida e elogiada em todo o Brasil, está diretamente ligada à capacidade técnica dos seus profissionais. É um orgulho ver um trabalho tão sério sendo realizado aqui.”
O presidente da Câmara Municipal, Lucão Fernandes, reforçou o papel do Legislativo no fortalecimento da instituição. “A Santa Casa é motivo de orgulho para todos nós. Quando unimos forças, o Executivo, Legislativo e bancada federal, conseguimos entregar melhorias reais para a população. E é isso que estamos vendo hoje: um espaço mais digno para acolher quem mais precisa”, declarou.
Além do deputado, do provedor e do prefeito, participaram do evento o presidente da Câmara Municipal, Lucão Fernandes; o secretário municipal de Saúde, Leandro Pilha; o diretor técnico, Dr. Roberto Muniz Junior; a diretora de Práticas Assistenciais, Dra. Carolina Toniolo Zenatti; o diretor financeiro e administrativo, Danilo Carvalho Oliveira; o vice-diretor técnico, Dr. Flávio Guimarães; o diretor executivo da UNICEP, Marcelo Lourenço; o assessor de Assuntos Institucionais e Governamentais da Santa Casa, Marcos Daniel; o pastor Ismael da Silva, presidente da Igreja Assembleia de Deus de Madureira; mesários e colaboradores.
BRASÍLIA/DF - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (14) que, se for condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) sob a acusação de integrar a trama golpista de 2022, é "game over", por não ter mais para onde recorrer.
Bolsonaro, que tem um histórico de ataques e críticas à corte, disse ainda que não fica feliz em desgastar o Supremo.
"Não tem para onde recorrer mais ali. Se eu for condenado, pronto, acabou, é 'game over'. Vamos ver como vai ser, se vai ter reação da população. Fora do Brasil, isso está tomando corpo. Como disse, Romênia, França, EUA sofreu essa questão também do lawfare, isso tudo gera desgaste ao Supremo", disse, em entrevista ao UOL.
"Não fico feliz em desgastar Supremo. Se fazem pesquisa sobre a popularidade do Supremo, está abaixo do Legislativo quem diria. Não entendo porque essa perseguição brutal em cima de mim", completou.
Apesar da declaração, Bolsonaro manteve durante a entrevista o discurso de que não anunciar qualquer tipo de sucessor. E, quando foi questionado sobre o prazo para que governadores se desincompatibilizassem do cargo para disputar eleição, em abril, disse que ainda falta muito. Foi elogioso a Tarcísio de Freitas, chefe do Executivo em São Paulo, mas não apontou-o como sucessor.
O ex-presidente também minimizou encontro que teve com o general Mário Fernandes no Palácio da Alvorada no fim do seu governo. Fernandes está preso, por ter planejado o assassinato de Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no plano que ficou conhecido como Punhal Verde e Amarelo.
Bolsonaro disse que muitos iam vê-lo para prestar solidariedade, ver como ele estava de saúde, e disse que a Polícia Federal precisa ouvir depoimento do general para questionar sobre o plano -que poderia ser uma "roteiro de novela, filme, algo qualquer", minimizou o ex-presidente.
Questionado sobre o seu ex-ajudante de ordens, Mauro César Cid, que fez delação premiada, evitou dizer se ele mentiu às autoridade, mas afirmou que foi torturado e alvo de "pau de arara do século 21". O termo foi utilizado para cunhar uma forma de tortura da ditadura militar.
O ex-presidente é defensor deste período da história e já chegou a chamar o coronel Brilhante Ustra, notório torturador do regime, de herói nacional.
"Pode fazer delação nessa circunstância? Não, até Lava Jato falou que [é] pau de arara do século 21. Isso foi feito com Cid. Delação subentende o quê? Espontaneidade, verdade e prova. Deixou de existir na delação do Cid. Ele foi torturado, não vou falar que ele mentiu", afirmou.
Em entrevista à Folha de S.Paulo em abril, Bolsonaro foi questionado se uma eventual prisão significaria o fim da sua carreira política e disse: "É o fim da minha vida. Eu já estou com 70 anos". Bolsonaro é acusado de cinco crimes, cujas penas somadas superam 40 anos.
No final de março, a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) recebeu, por unanimidade, a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) e tornou réus Bolsonaro e outros sete acusados de integrar o núcleo central da trama golpista de 2022.
A decisão do Supremo abre caminho para julgar o mérito da denúncia contra o ex-presidente até o fim do ano, em esforço para agilizar o julgamento e evitar que o caso seja contaminado pelas eleições presidenciais de 2026.
O recebimento da denúncia também impacta a situação política de Bolsonaro, declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2023. Com o avanço no Supremo do processo que pode levá-lo à prisão, aliados do ex-presidente se dividem sobre a antecipação da escolha de um candidato para a corrida eleitoral do próximo ano.
A entrevista agora ao UOL se dá em meio a um imbróglio entre a Câmara dos Deputados e o STF. Na véspera, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), reagiu à decisão do Supremo de derrubar a manobra da casa a favor do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), e que beneficiaria outros réus, como Bolsonaro.
Motta anunciou uma ação para levar o caso ao plenário da corte. Em rede social, afirmou que ingressou com uma ADPF "para que prevaleça a votação pela suspensão da ação penal contra o deputado Delegado Ramagem".
Em paralelo, integrantes da cúpula da Câmara dos Deputados dizem que a Casa deve avançar com a PEC (proposta de emenda à Constituição) que limita decisões monocráticas de ministros do STF em uma resposta política à corte.
A PEC foi aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa em outubro do ano passado. Ela fazia parte de pacote que mirava a atuação do STF, diante da insatisfação de parlamentares com a decisão da corte em suspender a execução de emendas parlamentares.
Oriunda do Senado, a proposta restringe o poder de os magistrados do tribunal derrubarem por decisão monocrática (individual) leis aprovadas pelo Congresso.
por Folhapress
SÃO CARLOS/SP - Nos últimos dias o vereador Djalma Nery (PSOL) realizou reuniões com a diretoria do SAAE para tratar de três temas de relevância para o município de São Carlos: a coleta municipal de lixo, o despejo irregular de esgoto industrial em uma Área de Preservação Permanente (APP) e a cobrança dos grandes devedores junto ao Serviço de Água e Esgoto.
Na primeira reunião, que tratou da coleta de lixo, o vereador questionou a SAAE sobre recentes alterações no cronograma de coletas. Segundo a autarquia, as mudanças buscaram otimizar o trabalho, diminuindo a frequência da coleta em bairros onde existe uma menor geração diária de resíduos. “O órgão público justificou as mudanças, mas nós vamos continuar acompanhando o assunto para conferir se os resultados da alteração estão trazendo os benefícios prometidos” ressaltou Djalma.
Já na segunda reunião, realizada no dia 30 de abril, foi cobrado pelo vereador quais ações estão sendo tomadas para resolução do vazamento de esgoto industrial em uma afluente do Córrego do Monjolinho, uma APP que fica dentro do campus da UFSCAR. Segundo a SAAE, na semana que se inaugura no dia 5 de maio, serão iniciadas obras para conserto do emissário que está rompido, e que a empresa já foi comunicada sobre a necessidade de resolução do vazamento.
Sobre a cobrança dos grandes devedores, a SAAE se comprometeu a lançar, nos próximos 15 dias, um programa de Refinanciamento Fiscal (Refis), como uma última oportunidade para que os devedores regularizem suas dívidas junto ao órgão. Caso os valores em aberto não sejam negociados, segundo a autarquia, serão abertas cobranças judiciais para sanar.
SÃO CARLOS/SP - O secretário municipal de Saúde de São Carlos, Leandro Pilha, representando o prefeito Netto Donato, esteve reunido na última terça-feira (13/05), em São Paulo, com o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, e com o deputado estadual Carlão Pignatari. A principal pauta do encontro foi a solicitação de apoio para a ampliação da estrutura do Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar).
Pilha esteve acompanhado da diretora de Vigilância em Saúde, Denise Martins. Entre os pedidos, destacou-se a criação de um setor de hemodiálise no hospital, aquisição de quatro veículos para as equipes de Vigilância em Saúde e a compra de uma Van que será adaptada para funcionar como uma sala de vacinação móvel, o "Vacimóvel". Também foi solicitado o aumento do Teto de Média e Alta Complexidade (MAC), recurso destinado a complementar o custeio dos serviços de assistência à população. Hoje o Teto MAC de São Carlos está em R$ 92.765.321.20.
Segundo o secretário municipal, a instalação de um setor de hemodiálise é uma demanda antiga. "Hoje, cerca de 30 pacientes de São Carlos precisam se deslocar para outras cidades ou permanecer internados em hospitais para fazer o tratamento. Isso causa transtornos e dificulta o acompanhamento médico adequado", afirmou Leandro Pilha.
A proposta da Van é criar uma estrutura itinerante de vacinação, facilitando o acesso da população aos imunizantes e contribuindo para ampliar a cobertura vacinal no município.
O deputado Carlão Pignatari destacou a importância dos pedidos. “Me comprometo a liberar recursos, via emenda parlamentar, para a aquisição da Van, pois vejo ser uma ação importantíssima para aumentarmos os índices de cobertura vacinal. Também vou trabalhar para viabilizar recursos para os demais veículos e levar a demanda da hemodiálise ao ministro Padilha”, afirmou.
O secretário estadual Eleuses Paiva elogiou a iniciativa da gestão municipal. “A interiorização da saúde é uma prioridade do governo estadual. As demandas apresentadas por São Carlos são legítimas e refletem um planejamento sério. Vamos analisar com atenção os pedidos, especialmente a questão da hemodiálise, que pode transformar a qualidade de vida de muitos pacientes. A Secretaria está aberta ao diálogo e à construção conjunta de soluções”, declarou Paiva.
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