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SUÉCIA - As federações de futebol da Polônia, Suécia e República Tcheca condenaram a invasão militar russa à Ucrânia em comunicado conjunto, publicado nesta quinta-feira (24). Em nota, as entidades afirmam que as três seleções não querem disputar na Rússia as próximas partidas decisivas das Eliminatórias Europeias da Copa do Mundo do Catar, programadas para o próximo mês. 

“A escalada militar que estamos observando está associada a graves consequências e a uma redução significativa do nível de segurança das nossas representações e delegações oficiais", disse a federação polonesa em um trecho do comunicado oficial. “Os signatários deste apelo não levam em consideração a viagem à Rússia e a realização de partidas de futebol lá. A escalada militar que estamos a observar está associada a graves consequências e a uma redução significativa do nível de segurança das nossas representações e delegações oficiais. Portanto, esperamos uma resposta imediata da Fifa e da Uefa e a apresentação de soluções alternativas para os próximos jogos”.

Pelo calendário das Eliminatórias, a Polônia fará semifinal contra a Rússia em Moscou, no dia 24 de março. No dia seguinte, a Suécia recebe a República Tcheca, na outra semi, na cidade de Solna. Os dois vencedores vão se enfrentar na final. 

A Uefa fará reunião extraordinária nesta sexta-feira, as 6h (horário de Brasília).  Nesta tarde, a Fifa também condenou o uso da força pela Rússia na Ucrânia, e disse que informará “oportunamente atualizações em relação às próximas Eliminatórias”. 

“A Fifa condena o uso da força pela Rússia na Ucrânia e qualquer tipo de violência para resolver conflitos. A violência nunca é uma solução e a Fifa pede a todas as partes que restaurem a paz por meio de um diálogo construtivo. A FIFA também continua expressando sua solidariedade às pessoas afetadas por este conflito. Em relação aos assuntos de futebol na Ucrânia e na Rússia, a FIFA continuará monitorando a situação e as atualizações em relação às próximas eliminatórias da Copa do Mundo da FIFA Qatar 2022™️ serão comunicadas oportunamente”.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

EUA - Durante coletiva realizada agora há pouco na Casa Branca, em Washington, o presidente norte-americano Joe Biden anunciou sanções à Rússia após a invasão da Ucrânia, iniciada na madrugada desta quinta-feira (24). Segundo Biden, essa é “A maior sanção econômica já vista na história.”

O presidente disse que as medidas terão início nos próximos dias. “A Rússia não poderá negociar nem em dólares, nem em euros nem em ienes”. Segundo Biden, os títulos do governo russo já caíram mais de 30%. A moeda do país, o rublo, também segue em desvalorização perante o mercado internacional.

Biden anunciou que todos os ativos dos bancos russos nos Estados Unidos (EUA) serão congelados. “Temos US$ 1 trilhão em ativos congelados; um terço dos bancos russos serão cortados do sistema financeiro SWIFT”, revelou. O sistema SWIFT é uma cooperação internacional que conecta instituições financeiras em mais de 200 países, e que é controlado pelos bancos centrais dos países que integram o G-10 - grupo das 10 maiores economias do mundo.

Biden disse que os EUA reduzirão o acesso da Rússia à tecnologia e a financiamentos em setores estratégicos, como o aeroespacial. “Nossas ações afetarão mais da metade das exportações de alta tecnologia”, complementou.

O presidente norte-americano destacou ainda que “Os EUA não estão fazendo isso sozinhos, Há meses estamos construindo uma coalizão de parceiros”, disse, citando França, Austrália, Reino Unido, e Nova Zelândia. Momentos antes da entrevista, Biden já havia alinhado as sanções anunciadas com os outros líderes do G7 - grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. “Estão todos aliados”, informou.

Sobre os fornecimentos de combustíveis e gás natural, o político pediu para que as petrolíferas norte-americanas não se aproveitem da situação para aumentar preços. Ele garantiu que os EUA estão se coordenando com produtores de petróleo para garantir o fornecimento de energia global, e que há reservas de petróleo disponíveis.

Defesa de aliados

“Este foi um ataque premeditado”, disse Biden. Ele lembrou que, durante muitas semanas vinha alertando o mundo do que ocorreria. E, segundo ele, quando o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), estava prestes a se reunir, Putin atacou a Ucrânia.

Infográfico mostra o primeiro dia da invasão russa à Ucrânia.

Infográfico mostra o primeiro dia da invasão russa à Ucrânia. - Reuters/Agência Brasil


De acordo com Joe Biden, o presidente russo, Vladimir Putin, usou diversas desculpas para invadir o país vizinho, mas nenhuma se mostrou verossímil. “A escolha de Putin não se justifica. Nunca foi uma questão de se defender mas de proteger o império”, disse. 

Biden disse ainda que a verdadeira intenção de Putin seria a recriação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). “É disso de que se trata essa guerra”, disse.

Joe Biden disse que, em conversa com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, realizada ontem (23), garantiu que ajudaria na condução do país oferecendo “alívio militar”, mas não explicou o que significaria isso.

Um encontro de 30 aliados da Organização do Atlântico Norte (Otan) deve acontecer amanhã (25) para definir os próximos passos em relação às ações de guerra da Rússia. Na hipótese de futuras agressões a nações já integradas no tratado, Biden afirmou que “os Estados Unidos vão defender os aliados com toda sua força. A Otan está mais unida do que nunca.”, disse.

O presidente disse que ainda não está pronto para revelar qual posicionamento foi negociado com a China sobre o conflito.

 

 

Por Cláudia Felczak - Repórter da Agência Brasil 

EUA - Os mercados asiáticos e os futuros de ações dos EUA despencaram nesta quinta-feira (24), quando o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma operação militar na Ucrânia.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 3,2%. O Kospi da Coréia caiu 2,7%. O Nikkei 225 do Japão perdeu 2,4% depois de voltar de um feriado. O Shanghai Composite da China caiu 0,9%.

Os futuros de ações dos EUA também caíram. Os futuros da Dow caíram até 780 pontos, ou 2,4%. Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq caíram 2,3% e 2,8%, respectivamente.

As perdas amplas seguiram um declínio acentuado em Wall Street na quarta-feira. O Dow fechou mais de 464 pontos, ou 1,4%, registrando seu quinto dia consecutivo de perdas. O S&P 500 e o Nasdaq caíram 1,8% e 2,6%, respectivamente.

A Bolsa de Moscou anunciou que suspendeu as negociações em todos os seus mercados até novo aviso.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

UCRÂNIA - A Ucrânia relata pelo menos oito mortes e mais de uma dezena de feridos nas primeiras horas da invasão russa ao país, segundo o assessor do Ministério do Interior, Anton Gueraschenko.

"Uma mulher e uma criança ficaram feridas na região de Konopot, onde um carro se incendiou. Na cidade de Podolsk, na região de Odessa, há sete mortos, sete feridos e 19 desaparecidos como resultado do bombardeio. Na cidade de Mariupol, região de Donetsk, há um morto e dois feridos", relatou o responsável, na plataforma Telegram.

O presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, anunciou hoje o início de uma operação militar no leste da Ucrânia, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa nas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, que reconheceu como independentes na segunda-feira.

 

 

LUSA

RÚSSIA - O Parlamento russo concedeu na terça-feira (22/02) ao presidente Vladimir Putin a permissão para enviar forças militares para cumprir "missões de paz” em Donetsk e Lugansk, as duas "repúblicas” separatistas no leste da Ucrânia, formalmente reconhecidas pelo líder russo no dia anterior.

A votação dá luz verde à mobilização das Forças Armadas para as duas regiões. Ao todo, Moscou já enviou mais de 150 mil soldados para a fronteira com a Ucrânia. Iniciado há oito anos, o conflito entre separatistas e forças de defesa ucranianas já fez mais de 14 mil vítimas.

A decisão do Conselho da Federação, a câmara alta do Parlamento russo, deve acirrar ainda mais as tensões entre Moscou e o Ocidente. As ações de Putin em relação à Ucrânia geraram uma enxurrada de críticas internacionais e destravaram novas sanções contra a Rússia.

Segundo parlamentares, a permissão para o envio de tropas ao exterior passa a valer imediatamente: "Ao aprovarmos o emprego das Forças Armadas no exterior, presumimos que elas serão forças de paz, voltadas para a manutenção da paz e estabilidade nas [autoproclamadas] repúblicas”, afirmou a líder do Conselho da Federação, Valentina Matvienko.

 

Acordos de amizade

Enquanto os parlamentares discutiam a medida, o Kremlin anunciava que Putin ratificou acordos de amizade entre Moscou e as regiões separatistas, que permitirão a construção de bases militares e o estabelecimento de uma postura comum de defesa, além de reforçar a integração econômica.

Vários líderes europeus já denunciaram a mobilização de soldados russos para as regiões separatistas, logo após Putin reconhecer a independência das duas "repúblicas”. Entretanto, não está clara ainda a dimensão desses contingentes.

Há muito a Ucrânia e o Ocidente vêm denunciando a participação de soldados russos no conflito no leste do país, o que Moscou ainda nega. Apesar de os temores terem sido exacerbados com as medidas tomadas pelo governo russo nas últimas horas, o Kremlin ainda desmente que tenha intenção de invadir a Ucrânia.

 

 

rc/av (AP, Reuters)

DW.COM

RÚSSIA - Os governos da Rússia e de Belarus decidiram estender os exercícios militares previstos para se encerrarem no domingo (20). A informação divulgada pelo ministro da Defesa de Belarus, Viktor Khrenin, intensifica ainda mais o medo de uma possível guerra com a Ucrânia, país vizinho das duas nações.

O presidente russo Vladimir Putin havia prometido, em reunião com o presidente da França, Emmanuel Macron, no início do mês, que as atividades militares terminariam neste domingo.

No entanto, de acordo com o governo de Belarus, medida servirá garantir a segurança dos países por conta de “pessoas mal intencionadas na fronteira”. Segundo a agência AFP, essas pessoas supostamente seriam as forças ucranianas que lutam contra separatistas pró-Rússia, apoiados por Moscou desde 2014 (quando a Rússia anexou a Crimeia da Ucrânia).

Recentemente, a Rússia tem divulgado vídeos de suas tropas sendo retiradas da fronteira com a Ucrânia, mas a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), afirma que o país tem até 30 mil soldados em Belarus e poderia utilizá-los em uma possível invasão. Moscou segue negando que tenha essa intenção.

Para o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, as advertências do Ocidente de que o país estaria próximo de invadir a Ucrânia são provocativas e servem, apenas, para causar medo. Peskov ainda destacou que essas provocações podem ter consequências, mas não deu maiores detalhes.

Os países do Ocidente reforçam que preparam sanções à Rússia que seriam de amplo alcance contra empresas e indivíduos russos em caso de invasão. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, entretanto, defende que essas sanções sejam impostas imediatamente, em vez de esperar pelo pior.

Para segunda-feira (21) está prevista uma conversa entre Rússia, Ucrânia e membros da Organização para a Segurança e Cooperação da Europa (OSCE). Entre outras exigências, os russos pedem que o país vizinho nunca faça parte da Otan.

 

 

REDE TV!

BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o 24º líder a conversar com Vladimir Putin em 2022, de acordo com informações do Kremlin. O russo teve 41 compromissos oficiais com chefes de governo ou estado de 1º de janeiro até 6ª feira (18). Emmanuel Macron (França) se reuniu com Putin, presencialmente ou não, em 5 ocasiões — é o líder que mais conversou com o presidente da Rússia nos primeiros 49 dias do ano.

Bolsonaro e Putin se encontraram na 3ª (15). Realizaram reunião no Palácio do Kremlin, sede do Executivo russo. A “atitude” de Bolsonaro durante a visita a Moscou foi criticada pelos Estados Unidos, mesmo que o governo brasileiro tenha mantido neutralidade em relação às tensões entre o país anfitrião e a Ucrânia.

Embora tenha sido o 24º presidente ou primeiro-ministro a ter contato com Putin em 2022, o encontro realizado na 4ª (16.fev) resultou na 39ª conversa oficial do presidente russo no período. No dia seguinte (17.fev), Putin falou por telefone com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. E recebeu o presidente da Belarus, Alexander Lukashenko, na 6ª feira (18).

Ao realizar este levantamento, o Poder360 desconsiderou reuniões de Putin com 2 ou mais líderes ao mesmo tempo. Dessa forma, não entram no cálculo os diálogos que teve com os representantes dos países que integram a OTSC (Organização do Tratado de Segurança Coletiva) durante a sessão realizada em 10 de janeiro.

O critério faz com que o presidente da França, Emmanuel Macron, lidere o ranking de governantes mais presentes na agenda do Kremlin de janeiro e fevereiro. Foram 5 conversas em 16 dias, sendo 4 por telefone.

Lukashenko foi o 2º mais assíduo. O presidente bielorrusso teve 3 diálogos oficiais por telefone com Vladimir Putin antes de encontrá-lo pessoalmente na 6ª feira.

O mesmo aconteceu com o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev. A viagem do cazaque a Moscou foi realizada em 10 de fevereiro.

Nikol Pashinyan, primeiro-ministro da Armênia, também conversou com Putin em 4 ocasiões. Todas por telefone.

Entre os líderes do G7, Macron é o único que conversou mais de uma vez com Putin. A 1ª delas foi em 28 de janeiro. O francês foi seguido por:

  • Mario Draghi (Itália), em 1º de fevereiro;
  • Boris Johnson (Reino Unido), em 2 de fevereiro;
  • Joe Biden (EUA), em 12 fevereiro;
  • Olaf Scholz (Alemanha), em 15 de fevereiro e
  • Fumio Kishida (Japão), em 17 de fevereiro.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, ainda não o fez.

Bolsonaro foi o 8º líder estrangeiro a encontrar presencialmente Putin em 2022. Antes do brasileiro, viajaram até a Rússia:

  • Seyyed Ebrahim Raisi (Irã), em 19 de janeiro;
  • Viktor Orbán (Hungria), em 1º de fevereiro;
  • Alberto Fernández (Argentina), em 3 de fevereiro;
  • Emmanuel Macron (França), em 7 de fevereiro;
  • Kassym-Jomart Tokayev (Cazaquistão), em 10 de fevereiro.

Depois de Bolsonaro, Alexander Lukashenko foi até o Kremlin.

No período analisado, Vladimir Putin só saiu da Rússia para uma conversa. Em 4 de fevereiro, o russo encontrou o presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim.

A possibilidade da Rússia invadir a Ucrânia chamou a atenção de chefes de estado e governo de todo o mundo para o Leste Europeu, mas a agenda de Putin já estava movimentada antes da questão vir à tona.

INGLATERRA - Evidências sugerem que a Rússia está planejando "a maior guerra na Europa desde 1945", disse o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em entrevista à BBC.

"Todos os sinais são de que o plano já começou em alguns sentidos", afirmou ele.

Segundo Johnson, informações de inteligência indicam que a Rússia pretende lançar uma invasão que cercará a capital ucraniana, Kiev.

"As pessoas precisam entender o enorme custo na vida humana que isso pode acarretar", disse o premiê britânico.

Johnson está Munique, na Alemanha, onde os líderes mundiais estão reunidos para uma conferência anual de segurança.

As últimas estimativas do governo dos Estados Unidos sugerem que entre 169 mil e 190 mil soldados russos estão agora estacionados ao longo da fronteira da Ucrânia, tanto na Rússia quanto na vizinha Belarus — mas esse número também inclui rebeldes no leste da Ucrânia.

Johnson também afirmou que o Reino Unido introduziria sanções ainda mais abrangentes contra a Rússia do que as consideradas anteriormente.

Ele disse que o Reino Unido e os EUA impedirão as empresas russas de "negociar libras e dólares" — uma medida que, segundo ele, "atingiria muito, muito duramente" com seu impacto.

As sanções sugeridas anteriormente incluem ampliar o escopo de pessoas e empresas russas que o Reino Unido poderia visar.

Autoridades ocidentais alertaram nas últimas semanas que Moscou pode estar se preparando para invadir a qualquer momento, mas o governo russo negou as alegações, dizendo que as tropas estão realizando exercícios militares na região.

Questionado se uma invasão russa ainda é iminente, Johnson disse: "Temo que seja para isso que as evidências apontam".

"O fato é que todos os sinais são de que o plano já começou em alguns sentidos."

Segundo Johnson, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse a líderes ocidentais que informações de inteligência indicam que as forças russas não estavam apenas planejando entrar na Ucrânia a partir do leste, via Donbas, mas também por Belarus e pela área ao redor de Kiev.

"Temo dizer que o plano que estamos vendo é para algo que pode ser realmente a maior guerra na Europa desde 1945 apenas em termos de escala", disse o primeiro-ministro britânico.

As pessoas precisam considerar não apenas a potencial perda de vidas de ucranianos, mas também de "jovens russos", acrescentou.

KIEV - A principal autoridade de segurança ucraniana, Oleksiy Danilov, acusou na sexta-feira a Rússia de encenar provocações na região leste da Ucrânia para que os militares do país respondam, mas acrescentou que a Ucrânia vai continuar se atendo a maneiras pacíficas para desarmar a crise.

Em um briefing conjunto, a ministra para Integração dos Territórios Temporariamente Ocupados, Iryna Vereshchuk, disse que a Rússia está tentando forçar a Ucrânia a fazer concessões.

Danilov disse que a Ucrânia não tem planos de liberar territórios mantidos por separatistas à força, acrescentando que uma invasão russa em larga escala na Ucrânia é improvável.

Já autoridades separatistas no leste do país disseram nesta sexta que não veem nenhum propósito na realização de conversas de emergência com o governo ucraniano após um aumento expressivo nos bombardeios entre os dois lados, reportou a agência de notícias Interfax.

RÚSSIA - O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Vershinin, acusou a Ucrânia na quinta-feira (17), diante do Conselho de Segurança da ONU, de descumprir os acordos de Minsk de 2015, sem aprofundar as denúncias do Ocidente de uma possível invasão russa, qualificada como "especulação".

"Não se enganem" por esta questão nesta reunião, pediu Vershinin, que dedicou seu discurso aos acordos de Minsk, destinados a pacificar o leste separatista da Ucrânia.

A Rússia não participa do conflito no leste entre o governo ucraniano e os separatistas, garantiu o vice-ministro russo que releu os diferentes pontos dos acordos de Minsk.

"Não há outra solução senão cumprir o documento" desses acordos, disse ele, lamentando que as autoridades ucranianas nem tenham aberto um diálogo com os separatistas como o acordo previa.

Em um tom muito comedido, o funcionário russo falou de "atrocidades" cometidas no leste da Ucrânia, mas sem usar os termos de crimes de guerra ou genocídio como Moscou denunciou recentemente.

A Rússia e a Ucrânia se acusam há anos de descumprir os acordos de Minsk, patrocinados pela França e pela Alemanha, que estão paralisados.

A reunião anual do Conselho de Segurança, sob a presidência russa, estava planejada há muito tempo.

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