RÚSSIA - A Rússia produziu 17 mil doses de uma vacina contra a covid-19 para ser utilizada em animais, anunciou hoje (30) o regulador agrícola do país. A Carnivac-Cov foi registrada em março, depois de vários testes terem revelado que ela gera anticorpos contra o vírus em cães, gatos, raposas e visons.
De acordo com a agência Reuters, o primeiro lote vai ser fornecido em várias regiões do país, mas as autoridades russas dizem que vários países já demonstraram interesse em ter acesso ao imunizante.
Apesar de ainda terem que ser realizados mais estudos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já manifestou a preocupação com o risco de transmissão do vírus de humanos para os animais.
O regulador russo garante que a Carnivac-Cov é capaz de proteger espécies mais vulneráveis e até impedir mutações virais.
Ainda de acordo com as autoridades russas, estará já em andamento o processo para registrar o produto no exterior, especialmente na União Europeia.
*Por RTP
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu um aviso à China e a Rússia, 2 de seus maiores adversários, durante o 1° discurso ao Congresso nesta 4ª feira (28.abr.2021). O democrata acusou a China de realizar práticas comerciais desleais e disse que as ações do presidente Vladimir Putin terão consequências.
“Deixei muito claro para o presidente Putin que, embora não busquemos uma escalada, suas ações têm consequências”, afirmou o democrata. A declaração vem na esteira da imposição de sanções econômicas dos Estados Unidos à Rússia depois que um relatório da inteligência dos EUA apontou a interferência russa nas eleições norte-americanas de 2020 e ataques cibernéticos atribuídos a Moscou. Putin respondeu à medida expulsando diplomatas norte-americanos.
“Eu respondi de forma direta e proporcional à interferência da Rússia em nossas eleições e ataques cibernéticos em nosso governo e empresas –e eles fizeram as duas coisas e eu respondi”, disse Biden
A relação entre os 2 líderes têm se estremecido. Em março, Joe Biden disse que o Kremlin é um “assassino”. Putin respondeu e falou que Biden “não quer melhorar as relações” com a Rússia. Neste mês, o presidente norte-americano telefonou para o russo e propôs uma reunião para discutir “todas as questões” envolvendo os países.
A China também foi alvo de alfinetadas. Joe Biden afirmou que o país tem práticas comerciais desleais. “Os Estados Unidos enfrentarão práticas comerciais injustas que prejudicam os trabalhadores e as indústrias americanas, como subsídios para empresas estatais e o roubo de tecnologias e propriedade intelectual americanas”.
O democrata Biden afirmou que disse ao presidente da China, Xi Jinping, que os EUA defenderão os direitos humanos e a democracia. “A América não vai desistir de nosso compromisso com os direitos humanos e as liberdades fundamentais. Nenhum presidente norte-americano responsável pode permanecer em silêncio quando os direitos humanos básicos são violados. Um presidente tem que representar a essência do nosso país”, disse.
“Eu também disse ao presidente Xi que manteremos uma forte presença militar no Indo-Pacífico, assim como fazemos com a Otan na Europa –não para iniciar o conflito mas para prevenir o conflito”, disse Biden.
Assista à íntegra do discurso ao Congresso:
*Por: Beatriz Roscoe / PODER360
RÚSSIA - O presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo americano Joe Biden podem se reunir em junho, informou a agência de notícias RIA no domingo, citando um assessor do Kremlin, em meio a tensões latentes entre Moscou e o Ocidente.
O assessor de política externa, Yuri Ushakov, disse que ainda não foi tomada uma decisão definitiva sobre a reunião.
"Tomaremos uma decisão dependendo de muitos fatores", disse Ushakov, que foi o embaixador russo nos Estados Unidos de 1998 a 2008.
Separadamente, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, citado pela RIA, disse no domingo que a proposta de Biden para o encontro foi recebida "positivamente" e agora está sendo considerada.
O jornal russo Kommersant, citando fontes não identificadas, disse que Biden ofereceu a Putin um encontro entre 15 e 16 de junho em um país europeu.
O Kremlin não respondeu imediatamente a um pedido de comentários da Reuters.
Putin e o então presidente dos EUA, Donald Trump, realizaram um encontro em Helsinque em julho de 2018.
No início deste mês, Biden pediu a Putin que reduzisse as tensões provocadas por um aumento militar russo na fronteira com a Ucrânia e propôs uma cúpula para lidar com uma série de disputas.
O Kremlin disse na época que uma cúpula dependeria do comportamento dos EUA, supostamente dizendo a Washington para descartar um plano para impor novas sanções à Rússia.
Os laços Rússia-EUA tiveram um novo revés no pós-Guerra Fria no mês passado, depois que Biden concordou quando questionado em uma entrevista se ele pensava que Putin era um "assassino" e Moscou chamou de volta seu embaixador em Washington para consultas.
(Reportagem adicional de Tom Balmforth)
*Por Vladimir Soldatkin / REUTERS
PARIS - Potências mundiais devem traçar “limites claros” em relação à Rússia e considerar possíveis sanções quando eles forem cruzados, disse o presidente francês Emmanuel Macron em entrevista à emissora de televisão norte-americana CBS.
“É o único jeito de ter credibilidade”, afirmou Macron, segundo um trecho do vídeo da entrevista, gravada na sexta-feira.
“Sanções não são suficientes em si, mas são parte de um pacote”, disse, acrescentando que também concordava com a disposição do presidente norte-americano Joe Biden de abrir um diálogo com o presidente russo Vladimir Putin em um momento de tensões acirradas.
Desde sua eleição, em 2017, o líder francês tem tentado reduzir a desconfiança entre Rússia e o Ocidente, na esperança de conseguir a ajuda Moscou para resolver as crises mais intragáveis do mundo.
Em uma aparente mudança de tom, Macron citou a anexação da Crimeia, na Ucrânia, por parte da Rússia em março de 2014 como um episódio em que a diplomacia ocidental foi complacente demais.
Os Estados Unidos impuseram semana passada uma série de sanções contra a Rússia, incluindo restrições às compras de sua dívida, em respeito do que disse ter sido interferência de Moscou na eleições norte-americana, ataques cibernéticos e intimidações na Ucrânia, entre outros problemas. Também expulsou 10 diplomatas da Rússia.
*Reportagem de Mathieu Rosemain e Michel Rose / REUTERS
ALEMANHA - A Alemanha anunciou nesta quinta-feira (8) que quer discutir possíveis entregas do imunizante Sputnik V com Moscou, sem esperar pelo sinal verde da União Europeia (UE), onde a vacina anticovid russa continua gerando polêmica.
“Expliquei, em nome da Alemanha ao Conselho de Ministros da Saúde da UE, que discutiríamos bilateralmente com a Rússia, antes de mais nada, para saber quando e quais quantidades poderiam ser entregues”, indicou o ministro da Saúde Jens Spahn na rádio pública regional WDR nesta quinta-feira (8).
Ele justificou sua decisão com a recusa da Comissão Europeia, expressa, segundo ele, na noite de quarta-feira (7) aos Estados membros, em negociar em nome dos 27 a compra da vacina Sputnik V, ao contrário do que tem feito com outros imunizantes contra Covid -19.
A questão do uso da Sputnik V é controversa na Europa. O ministro francês das Relações Exteriores criticou recentemente a Rússia por torná-la uma ferramenta de "propaganda" no mundo.
De acordo com Berlim, qualquer entrega da vacina russa permanece, no entanto, sujeita ao sinal verde da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
“As entregas russas devem ocorrer nos próximos dois a cinco meses para realmente fazer diferença na nossa situação atual em termos de número de doses", disse Jens Spahn, criticado pela lentidão da campanha de vacinação em seu país.
Por querer ser capaz de produzir o suficiente e desejar dedicar sua produção como uma prioridade à população russa, Moscou até agora apenas despachou pequenas quantidades de sua vacina para o exterior.
Desde a primeira vacinação, logo após o Natal de 2020, três imunizantes são atualmente utilizados na Alemanha: o da Pfizer/BioNTech, o da Astrazeneca, que ficou suspenso e agora é usado só para maiores de 60 anos, e o da Moderna. Um quarto, o da Johnson & Johnson, deve ser distribuído em toda a União Europeia nas próximas semanas.
Na Alemanha, a pressão pela vacina russa está aumentando. A Baviera, maior região do país, já anunciou quarta-feira (7) que negociou um "contrato preliminar" para receber 2,5 milhões de doses da vacina russa, sujeitas à autorização do regulador europeu.
As discussões foram realizadas em particular com o Fundo Soberano da Rússia, que financiou o desenvolvimento da vacina.
Mecklenburg-Vorpommern, uma região pouco povoada do nordeste, fez o mesmo nesta quinta-feira ao pré-encomendar um milhão de doses da Rússia.
“Atualmente ainda estamos na situação de grande dependência de poucos fabricantes de vacinas”, sublinhou o ministro regional da Saúde, Harry Glawe, citado pela agência DPA.
A EMA não estabeleceu um prazo para sua decisão sobre a Sputnik V. No entanto, para outros laboratórios que submeteram sua vacina contra a Covid-19 para aprovação, a agência examinou os dados fornecidos em dois a quatro meses.
O ministro da Saúde alemão insistiu na autorização para comercializar a Sputnik no mercado europeu antes de qualquer distribuição da vacina em seu país.
“Para isso, a Rússia deve fornecer dados como todos os outros [laboratórios] e, enquanto esses dados não forem fornecidos, não pode haver autorização”, disse.
As autoridades alemãs, profundamente preocupadas com a terceira onda de contaminações, estão sob pressão. Apenas 13% da população recebeu pelo menos uma injeção, mais de três meses após o lançamento da midiática campanha de vacinação.
As autoridades prometeram que qualquer pessoa que deseje ser vacinada receberá ao menos a primeira dose até o final de setembro.
A chanceler Angela Merkel e os líderes das 16 regiões devem se reunir novamente na próxima segunda-feira (12) para decidir sobre novas medidas de restrição. A líder alemã é favorável a um lockdown curto, mas rígido, a fim de conter a epidemia que está novamente colocando o sistema hospitalar do país em dificuldades.
(Com informações da AFP)
*Por: RFI
RÚSSIA - O presidente russo, Vladimir Putin, zerou o contador de mandatos presidenciais. O líder russo assinou a lei que lhe permitirá, se assim quiser, disputar mais duas eleições presidenciais e, assim, perpetuar-se no poder. Com esta última assinatura consagra a regra, feita praticamente à sua medida, que reescreve a Constituição para lhe permitir contornar o tópico que dispõe que o presidente não pode exercer o cargo por mais de dois mandatos consecutivos. A polêmica medida, que tramitou durante um ano e foi submetida a consulta popular—com a qual o Kremlin quis lhe passar o verniz de aprovação dos cidadãos, em razão das duras críticas da oposição—, dá a Putin a oportunidade de continuar ocupando o assento presidencial até 2036.
A lei, que foi publicada nesta segunda-feira no diário oficial da Rússia, limita os mandatos presidenciais a dois; e não apenas dois consecutivos, como agora, o que havia permitido a Putin alternar dois mandatos seguidos com um como primeiro-ministro e retornar à presidência. No entanto, a lei estabelece especificamente que quem tiver desempenhado o cargo de presidente da Rússia antes da entrada em vigor das emendas à Constituição não está mais proibido de retornar ao cargo. E isso traz nova oportunidade para Putin, de 68 anos, como também a seu aliado Dmitri Medvedev, o homem que o substituiu para guardar para ele a cadeira do Kremlin por um mandato, entre 2008 e 2012, quando o líder russo foi obrigado a deixar a presidência e passou, então, a ocupar o cargo de primeiro-ministro, justamente porque a Constituição não permitia que ele concorresse pela terceira vez consecutiva. Em 2012, Putin voltou a disputar a eleição e a Constituição foi alterada para estender o mandato presidencial de quatro para seis anos. Essas manobras provocaram protestos multitudinários em todo o país.
Com as mudanças constitucionais, que não só zeram seu contador, como também abrangem um pacote de medidas que torna a Rússia um país mais conservador e nacionalista, e trata de patriotismo e religião, Putin também garante que nenhum outro presidente tenha tanto poder como ele exerce. Sua manobra para alternar a presidência com o cargo de primeiro-ministro não será mais possível.
O presidente russo, que em teoria deveria se aposentar em 2024, quando termina seu atual mandato, é muito enigmático sobre seu futuro e evita comentar seus possíveis planos políticos. Os analistas acreditam, de fato, que as modificações na Constituição russa são acima de tudo uma fórmula para deixar todas as portas abertas e relaxar as possíveis guerras políticas em torno de sua sucessão. No momento, não há nenhum sucessor apadrinhado à vista. Além disso, com as novas leis, Putin garante para si mesmo e para Medvedev—e de certa forma para os parentes dos dois, seus bens ou empresas—imunidade vitalícia. Medvedev, que permanece ao lado de Putin, agora é o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.
A reforma ocorre em um momento em que Putin, que permaneceu durante a maior parte da pandemia em sua residência nos arredores de Moscou e quase sem participar de atos públicos abertos, está em um de seus momentos mais baixos de popularidade (embora mantenha apoio de 60%, alto para os padrões ocidentais), sobretudo pela crise de saúde, o descontentamento social, a economia e o caso do oposicionista Alexei Navalny, envenenado em meados do ano passado na Sibéria e que acusa o líder russo de ter orquestrar esse atentado.
*Por: María Sahuquillo / EL PAÍS
MOSCOU - O governo russo aprovou a prorrogação de um acordo de cooperação espacial com os Estados Unidos até dezembro de 2030, disseram agências de notícias no sábado.
Os laços de Moscou com Washington estão em baixa pós-Guerra Fria, com o presidente dos EUA Joe Biden dizendo que acredita que seu homólogo russo, Vladimir Putin, é um assassino que merece ser atingido por sanções por intromissão na política dos EUA, nega o Kremlin.
“O acordo ... sobre cooperação na exploração e uso do espaço sideral para fins pacíficos estará em vigor até 31 de dezembro de 2030”, disse o gabinete em um comunicado divulgado por agências.
O Departamento de Comércio dos EUA disse no mês passado que estava endurecendo as sanções sobre algumas exportações para a Rússia, mas estava excluindo parcialmente certos itens, como os relacionados à aviação e ao espaço.
*Reportagem de Alexander Marrow / REUTERS
MUNDO - A Rússia anunciou na 2ª feira (30.nov) que começou a vacinar a população com a Sputnik V. A oferta do imunizante tem início antes mesmo da conclusão dos testes da vacina.
Atualmente, a testagem está em andamento em países como Bielorrússia, Emirados Árabes Unidos, Venezuela e Índia.
De acordo com o governo russo, no entanto, o 1º lote do imunizante já foi entregue ao Hospital Central de Domodedovo, na capital Moscou, onde a vacina começou a ser oferecida na semana passada.
De acordo com o hospital, os interessados em serem vacinados devem fazer registro em plataforma do governo com antecedência. As vacinas não são oferecidas a quem já foi diagnosticado com covid-19.
Para receber a vacina, os cidadãos precisam levar exames médicos e documentos de identificação.
A Rússia foi o 1º país no mundo a registrar uma vacina contra covid-19, em 11 de agosto. A aprovação aconteceu antes do início dos testes em larga escala, que começaram em setembro.
No Brasil, os Estados do Paraná e da Bahia têm acordos coma Rússia para a encomenda de doses e produção da Sputnik V no país.
Até o momento, contudo, o laboratório Nikolai Gamaleya, responsável pela vacina, não formalizou pedido de testes ou registro da vacina na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
EFICÁCIA
De acordo com o laboratório, em anúncio feito em 24 de novembro, a Suptnik V teve eficácia “acima de 95%” após a 2ª dose ser ministrada em voluntários.
O anúncio foi feito em comunicado publicado pelo laboratório e assinado conjuntamente com o Ministério da Saúde da Rússia e o Fundo Russo de Investimento Direto, que financia o desenvolvimento da vacina. Eis a íntegra, em inglês (754 KB).
PREVISÃO DE INÍCIO DA VACINAÇÃO NO MUNDO
Em 5 países, aimunização deve começar ainda em 2020. Eis a previsão de início da vacinação pelo mundo:
© Fornecido por Poder360
*Por: Paulo Motoryn / PODER360
MUNDO - Tropas de paz da Rússia foram enviadas ao enclave montanhoso de Nagorno-Karabakh nessa terça-feira (10), parte de um acordo de cessar-fogo firmado para encerrar seis semanas de combates intensos entre o Azerbaijão e forças armênias étnicas.
Conforme o acordo, o Azerbaijão manterá os ganhos territoriais obtidos nos combates, incluindo Shusha, segunda maior cidade do enclave e que os armênios chamam de Shushi. As forças armênias étnicas devem ceder o controle de uma série de outros territórios até 1º de dezembro.
O Ministério da Defesa da Armênia disse que as ações militares foram suspensas e que a calma foi restaurada no território separatista, que é reconhecido internacionalmente como parte do Azerbaijão, mas povoado e, até recentemente, totalmente comandado por armênios étnicos.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o acordo deveria abrir caminho para um pacto político duradouro, após um conflito que já matou milhares, deslocou muitos e ameaçou mergulhar a região como um todo em uma guerra.
A Turquia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e principal apoiadora e fornecedora de armas do Azerbaijão, disse que o acordo garantiu ganhos importantes para seu aliado, e seu ministro das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, comemorou o feito como um "sucesso sagrado".
O cessar-fogo provocou comemorações em Baku, a capital do Azerbaijão, onde carros e ônibus tocaram buzinas e pessoas vibraram e acenaram com a Bandeira Nacional.
"Este comunicado [de cessar-fogo] tem significado histórico e constituiu a capitulação da Armênia. Este comunicado põe fim à ocupação de anos", disse o presidente azeri, Ilham Aliyev.
Alguns azeris lamentaram que os combates tenham terminado antes de seu país controlar toda a área de Nagorno-Karabakh e desconfiaram da chegada das tropas de paz da Rússia, que dominaram a região nos tempos soviéticos.
"Estávamos prestes a recuperar toda Nagorno-Karabakh", disse Kiamala Aliyeva, de 52 anos. "O acordo é muito vago, não confio na Armênia e confio ainda menos na Rússia."
O líder de Nagorno-Karabakh, Arayik Harutyunyan, afirmou que não havia opção além de concluir um acordo de paz, por causa do risco de perder todo o enclave para o Azerbaijão. O primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, disse que concluiu o acordo de paz sob pressão de seu próprio Exército.
*Por Andrew Osborn, Nvard Hovhannisyan e Nailia Bagirova* - Repórteres da Reuters
*Reportagem adicional de Margarita Antidze, Vladimir Soldatkin, John Irish, Elisabeth Pineau e Tuvvan Gumruku
MUNDO - O Reino Unido e os Estados Unidos condenaram nesta segunda-feira o que chamaram de ciberataques que teriam sido orquestrados por agentes de serviços de espionagem russos, incluindo tentativas de atingir os Jogos Olímpicos de Tóquio.
Autoridades britânicas e norte-americanas afirmaram que os ataques foram conduzidos pela Unidade 74455 da agência de espionagem militar russa GRU, também conhecida como Centro Principal de Tecnologias Especiais.
O Departamento de Justiça dos EUA afirmou que seis membros da unidade tiveram papéis importantes nos ataques contra alvos que variaram desde a Organização para a Proibição de Armas Químicas às eleições de 2017 na França. As acusações envolvem quatro anos de atividades entre 2015 e 2019.
As autoridades dos EUA não comentaram se o momento da revelação, há poucas semanas da eleição nos Estados Unidos, foi escolhido para alertar sobre a atividade de grupos de hackers apoiados por governos estrangeiros.
Já autoridades britânicas afirmaram que os hackers do GRU também conduziram operações de “ciber reconhecimento” contra os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que seria realizado neste ano mas acabou adiado para 2021 por causa da pandemia.
As autoridades britânicas se recusaram a dar mais detalhes sobre os ataques ou a afirmar se foram bem sucedidos, mas disseram que tinham como alvo os organizadores das Olimpíadas, fornecedores e patrocinadores.
O secretário do Exterior do Reino Unido, Dominic Raab, afirmou que as “ações do GRU contra as Olimpíadas são cínicas e imprudentes. Condenamos elas nos termos mais fortes possíveis.”
O vice-diretor da polícia federal dos EUA (FBI) David Bowdich afirmou: “O FBI repetidamente tem alertado que a Rússia é um adversário altamente capaz em ciberataques e a informação revelada neste indiciamento ilustra como as atividades cibernéticas da Rússia são invasivas e destrutivas.”
A Rússia foi banida dos Jogos Olímpicos por quatro anos em dezembro por causa de acusações de doping de seus atletas.
As autoridades britânicas e norte-americanas afirmaram nesta segunda-feira que os hackers russos se envolveram em outros ataques, como o que comprometeu sistemas de computadores dos Jogos de Inverno em 2018 durante a cerimônia de abertura, na Coreia do Sul. Este ataque comprometeu centenas de computadores, derrubou acesso à internet e interrompeu as transmissões de mídia.
*Por: Jack Stubbs, Christopher Bing / REUTERS
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.