Instituição busca apoio para projetos de modernização e ampliação da capacidade de atendimento do hospital
SÃO CARLOS/SP - Na quinta-feira (12), a Santa Casa de São Carlos recebeu a visita do Deputado Federal Coronel Telhada e do Deputado Estadual Capitão Telhada, acompanhados dos candidatos a prefeito e vice-prefeito de São Carlos, Netto Donato e Roselei Françoso. Os parlamentares foram recebidos pelo Diretor Técnico da instituição, Dr. Roberto Muniz Junior, e pelo mesário Omar Casale.
Durante a visita, os deputados conheceram de perto as instalações do hospital, passando pelas enfermarias, e o novo ambulatório oncológico, que se encontra em fase final de construção.
Ao longo do encontro, Dr. Roberto entregou aos deputados dois ofícios solicitando recursos para a reforma do CT, principal enfermaria clínica da Santa Casa, e do D2, setor que a instituição pretende adequar para atender pacientes cardiológicos e, eventualmente, pacientes cirúrgicos. Cada uma das reformas está orçada em R$ 400 mil. "Esperamos que os deputados compreendam a importância desses pleitos e possam nos apoiar com as emendas necessárias para continuarmos melhorando o atendimento à população de São Carlos e região", destacou Dr. Roberto.
Os deputados se comprometeram a avaliar as solicitações com atenção. "Vamos analisar os ofícios e dentro das possibilidades, faremos o possível para destinar esses recursos à Santa Casa. O hospital realiza um trabalho admirável e essencial para São Carlos e região, e queremos ajudar a instituição a continuar cumprindo seu papel", afirmou o Deputado Coronel Telhada.
Capitão Telhada também reforçou o compromisso. "A Santa Casa de São Carlos é uma referência no atendimento à saúde e sabemos da necessidade dessas reformas. Vamos nos empenhar para viabilizar os recursos solicitados o mais breve possível."
BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, na quinta-feira (12), a Rede Alyne, uma reestruturação da antiga Rede Cegonha, de cuidados a gestantes e bebês na rede pública de saúde. A meta é beneficiar mulheres com cuidado humanizado e integral, observando as desigualdades étnico-raciais e regionais.
A finalidade é reduzir a mortalidade materna geral em 25% até 2027, e em 50% considerando apenas as mulheres pretas. Em 2022, a razão de mortalidade materna (número de óbitos a cada 100 mil nascidos vivos) de mães pretas foi o dobro em relação ao geral: 110,6. No geral, foram 57,7 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos.
O Brasil quer atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), até 2030, com a marca de 30 óbitos por 100 mil nascidos vivos.
Durante o lançamento do programa, em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, Lula se emocionou ao falar da morte de sua primeira esposa, Maria de Lourdes, e do filho em 1971. Para o presidente, a morte durante o parto de emergência foi por descaso dos médicos.
“Cheguei do hospital, encontrei minha mulher morta e meu filho morto. Eu, hoje, tenho certeza absoluta que foi relaxamento, que foi falta de trato, porque as pessoas pobres muitas vezes são tratadas como se fosse pessoas de segunda categoria. E se é pobre e é mulher negra é tratada como se fosse de terceira categoria”, disse o presidente.
“E nós precisamos tratar todas as pessoas com respeito, com carinho, com muito amor, porque nós não iremos criar uma sociedade civilizada, humanamente respeitada, se a gente não tratar das pessoas, independentemente da cor, do berço que nasceu, da religião”, destacou Lula.
O novo modelo homenageia Alyne Pimentel, que morreu grávida de seis meses por falta de atendimento adequado na rede pública de saúde no município de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, em 2002.
A morte da jovem de 28 anos levou o Brasil a ser condenado internacionalmente pelo Comitê para Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra Mulheres (Cedaw) das Nações Unidas (ONU), com recomendações para diminuir os números de morte materna evitável, reconhecida como violação de direitos humanos das mulheres a uma maternidade segura.
“Nós queremos criar um programa para que a mulher seja atendida com decência, para que a mulher faça todos os exames necessários, para que a mulher possa fazer todas as fotografias que ela quiser fazer do útero para ver como é que tá a criança, para que a gente possa fazer com que a mulher chegue saudável no médico e saia de lá, além de saudável, com uma criança muito bonita no seu colo”, disse Lula durante o evento, que contou com a presença da filha de Alyne, que tinha cinco anos na ocasião da morte da mãe.
Investimentos
Entre as inovações do programa está a realização de um plano integrado entre a maternidade e a Saúde da Família – com qualificação das equipes de Saúde da Família, principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) – e a ampliação do Complexo Regulatório do SUS com equipe especializada em obstetrícia.
O objetivo do Ministério da Saúde é integrar a rede para acabar com a “peregrinação da gestante” e garantir vagas para atendimento, com prioridade para a mulher que precisa de suporte no deslocamento para a maternidade.
Em 2024, o Ministério da Saúde vai investir R$ 400 milhões na rede. Em 2025, o aporte deverá chegar a R$ 1 bilhão. Haverá um novo modelo de financiamento com a distribuição mais equitativa dos recursos para reduzir desigualdades regionais e raciais; o financiamento será por nascido vivo, por local de residência e município do atendimento.
O governo também vai triplicar o repasse para estados e municípios realizarem exames de pré-natal: de R$ 55 para R$ 144 por gestante. Novos exames serão incorporados na rede, além dos já contemplados na Rede Cegonha, que passará a ter testes rápidos para HTLV, hepatite B e hepatite C.
A expansão do orçamento também chega à atenção de média e alta complexidade para a estruturação de equipes especializadas em atendimento materno e infantil, com cobertura 24 horas, sete dias da semana, na regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192.
Pela Rede Alyne haverá um novo financiamento com custeio mensal de R$ 50,5 mil para ambulâncias destinadas à transferência de gestantes e recém-nascidos graves. “Isso vai contribuir para a diminuição dos atrasos de deslocamento em momentos críticos”, explicou o governo.
Novas maternidades
Por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da área da Saúde, também serão construídas 36 novas maternidades e 30 novos centros de Parto Normal, totalizando R$ 4,85 bilhões de investimento na etapa de seleções, com prioridade para as regiões com piores índices de mortalidade materna.
A rede de bancos de leite do Brasil, que é referência internacional e terá um “sistema mais completo” de incentivo ao aleitamento materno.
O Ministério da Saúde vai investir R$ 41,9 milhões ao ano em um novo repasse para aumentar a disponibilização de leite materno nas unidades neonatais, além de um valor adicional para os bancos de leite que alcançarem autossuficiência, atendendo a demanda das unidades neonatais de referência.
A Rede Alyne vai incentivar, ainda, o uso do Método Canguru, cujas evidências científicas comprovam impacto positivo em desfechos, como infecção, amamentação e mortalidade – com aumento de valor para Unidades de Cuidado Neonatal Canguru (UCINca) em 240%. A prática consiste em colocar o bebê em contato com o corpo dos pais, em uma posição semelhante a que o canguru carrega seus filhotes.
Para integrar os dados das gestantes, está previsto, ainda em 2024, o lançamento de uma versão eletrônica da Caderneta da Gestante por meio do aplicativo “Meu SUS Digital”.
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
IBATÉ/SP - A Escola Municipal Profa. Neusa Milori Freddi promoveu uma semana de atividades especiais com as crianças, utilizando o "Setembro Amarelo" para conscientizá-las sobre o impacto das palavras e atitudes. Para iniciar a reflexão, os alunos ouviram a história das Ilhas de Salomão, onde, segundo a tradição, os habitantes não cortam as árvores, mas se reúnem ao redor delas e proferem palavras negativas até que as árvores percam a vida. Após ouvirem a história, as crianças participaram de uma conversa sobre o poder das palavras.
Em seguida, foram divididos em três grupos, cada um com uma missão específica. Um grupo escreveu palavras que edificam e ajudam, o segundo registrou palavras que trazem tristeza e vergonha, e o terceiro grupo foi instruído a não realizar nenhuma ação, representando a indiferença.
Para reforçar o aprendizado, os alunos se posicionaram em frente a três potes de água, cada um correspondente a um grupo de palavras. Diante de um dos potes, foram lidas palavras positivas; diante do segundo, palavras negativas; e o terceiro pote foi simplesmente ignorado. Após essa etapa, os potes foram levados ao freezer, e no dia seguinte, os alunos observaram os cristais formados pela água congelada. Esse momento foi registrado em fotos, que serão reveladas para que as crianças possam ver o resultado de perto.
Em uma atividade complementar, as crianças utilizaram um microscópio para examinar os cristais de gelo formados nos diferentes potes, proporcionando uma análise mais detalhada dos efeitos das palavras. Para concluir o projeto, uma nova experiência foi proposta, desta vez com arroz em potes, onde novamente serão usadas palavras positivas e negativas. Essa atividade, com efeitos a longo prazo, servirá como mais uma oportunidade para conversar sobre o impacto contínuo que nossas palavras e atitudes podem ter na vida das pessoas.
Essas ações visam mostrar de forma lúdica e educativa como a empatia e o cuidado com o próximo podem transformar realidades, reforçando valores importantes para as crianças.
"A educação vai muito além de ensinar matérias em sala de aula. Ações como essa, realizadas pela Escola Profa. Neusa Milori Freddi, mostram como podemos cultivar valores fundamentais nas nossas crianças, como o respeito, a empatia e o poder das palavras. Quando os alunos vivenciam experiências que demonstram de forma prática os efeitos das palavras e atitudes, aprendem de maneira profunda e verdadeira sobre o impacto que podem ter no mundo ao seu redor. Essas atividades não apenas ensinam, mas tocam o coração e formam cidadãos mais conscientes e gentis. Estamos plantando sementes de bondade e respeito que, com certeza, florescerão ao longo de suas vidas," apontou Danielle Beatriz Silva Garcia Chaves, Secretária Municipal de Educação de Ibaté.
Evento reforça o papel da instituição como um espaço de acolhimento e apoio aos pacientes
SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa de São Carlos realiza semanalmente uma roda de conversa em apoio aos acompanhantes dos pacientes internados. Na quarta-feira (11), o encontro foi especial, em alusão ao Setembro Amarelo, mês dedicado à valorização da vida. A atividade, que normalmente conta com a presença de pacientes, psicólogos e estagiários de gerontologia da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), ganhou um enfoque ainda maior na saúde mental, oferecendo um ambiente seguro e acolhedor para que os participantes pudessem expressar suas emoções e trocar experiências. O evento contou também com a participação da Central de Relacionamento da instituição, que reforçou seu papel de escuta ativa e apoio à comunidade hospitalar.
A coordenadora do Centro Integrado de Humanização (CIH), Juliana Tedesco, destacou a importância de momentos como esse. "O Setembro Amarelo nos lembra da necessidade de falar sobre saúde mental, e este é um tema que deve ser tratado não apenas neste mês, mas sempre que houver uma necessidade emocional. Nosso objetivo com essas rodas de conversa é fortalecer o acolhimento e promover a escuta ativa, para que todos se sintam ouvidos e cuidados. A saúde mental é parte fundamental do processo de cura", afirmou.
O provedor da Santa Casa, Antonio Valério Morillas Junior, ressaltou o compromisso da instituição em promover ações que vão além do cuidado físico dos pacientes. "A Santa Casa está comprometida com a humanização no atendimento e com o cuidado integral de nossos pacientes. A roda de conversa é um exemplo desse trabalho, que envolve não apenas os profissionais de saúde, mas também o suporte emocional e psicológico, essenciais para uma recuperação completa", disse.
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, ressalta que o Sistema Único de Saúde (SUS) vem ofertando mensalmente 1.170 exames de mamografia que são realizados na Santa Casa de São Carlos e no Hospital Universitário (HU-UFSCar).
A mamografia é um exame de raio x que serve para identificar um nódulo pequeno na mama, de até 1 mm, ou seja, antes mesmo que a mulher ou seu médico consigam senti-lo com a palpação. A mamografia, quando identifica um nódulo que vem a ser um tumor maligno, pode ajudar a salvar a vida da mulher, pois uma vez identificado no exame, o nódulo pode ser retirado e a mulher é tratada mais cedo, com mais chances de cura do câncer. A mamografia também ajuda os médicos a visualizarem nódulos ou calcificações que não significam câncer, podendo ser tumores benignos ou lesões de outro tipo. A mamografia de rastreamento é recomendada na faixa etária de 40 a 69 anos, a cada dois anos.
“Aqui em São Carlos são oferecidas pelo SUS 1.170 mamografias por mês e também exames de Papanicolau que a demanda é livre. A solicitação para fazer a mamografia pode ser solicitada diretamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Saúde da Família (USFs), por meio de consulta médica ou consulta de enfermagem”, explica a secretária de Saúde, Jôra Porfírio.
A secretária disse, ainda, que mensalmente sobram vagas para o exame de mamografia. “Não temos filas para esses exames, o de Papanicolau, que detecta alterações nas células do colo do útero, é coletado na unidade mesmo e a mamografia já é marcada após a consulta, por isso alertamos as mulheres para que procurem a unidade mais próxima da sua residência e façam seus exames de rotina”, alerta Jôra Porfírio.
A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, disponibiliza aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), diagnosticados com câncer, os serviços do Ambulatório Oncológico. De janeiro a agosto desse ano já passaram por consulta no Ambulatório 8.039 pacientes.
“As pacientes diagnosticadas com câncer de mama também são encaminhadas para o Ambulatório Oncológico. Nesta unidade elas passam consultas médicas com oncologistas e iniciam o tratamento quimioterápico ou de hormonioterapia e de radioterapia. A cirurgia, quando necessária, também é marcada pelo Ambulatório. Hoje mais de 369 pacientes diagnosticadas com câncer de mama recebem tratamento”, finaliza a secretária.
O Ambulatório Oncológico está localizado na rua Paulino Botelho, 865, na Vila Pureza. Os telefones para contato são 3368-4833 ou 3419-3460. O atendimento é de segunda a sexta-feira das 7h às 17h.
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde realizou na manhã desta terça-feira (10/09), no Paço Municipal, capacitação com o tema “Transtornos Mentais da Infância e Adolescência, o que devemos saber?” direcionada para os profissionais da saúde da atenção primária, da atenção especializada, dos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), em especial do CAPS Infantil, da área da educação, da assistência social, integrantes do CRAS (Centros de Referência de Assistência Social), CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e para estudantes das residências multiprofissionais e estagiários da Psicologia, Enfermagem e outros cursos relacionados ao cuidado da criança e do adolescente.
Foi uma exposição do serviço de educação continuada, com a temática de transtornos mentais na infância e adolescência para a necessidade de uma atenção especial sobre a saúde mental desse público, com o objetivo de promover e proteger a saúde de crianças identificando precocemente possíveis distúrbios mentais e suas complicações.
A palestrante, Dra. Clarissa Andrade Serotini, médica no CAPS-IJ e do Ambulatório Materno Infantil, trouxe a importância desde o pré-natal, o acolhimento à criança, a puericultura que acompanha o desenvolvimento de crianças e adolescentes, das relações familiares e como tudo isso pode impactar de forma negativa nos transtornos mentais crescentes em crianças e adolescentes.
“Temos alguns mecanismos para a identificação desses transtornos, desde a atenção primária, a enfermeira, o técnico de enfermagem, o próprio médico, na educação as professoras que podem estar atentas a esses sinais e fazer a orientação para a família buscar um atendimento no serviço especializado que é o CAPS-IJ (Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil), nos temos o acolhimento de toda uma equipe multiprofissional, com fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta, médicos, todos capacitados para identificar esses sinais e intervir antes de uma gravidade maior”.
A palestrante também falou da importância de fazer todos pensar na saúde mental da criança e adolescente. “Eles também são impactados pelo estresse, pela rotina, com a falta de tempo dos pais e que tudo isso pode impactar, desenvolvendo transtornos mentais graves”.
A psicóloga do CAPS-IJ, Amanda Letícia Gianeis Peres, ressalta a importância de capacitar todos os profissionais envolvidos no cuidado da saúde mental de crianças e adolescentes.
“A importância é capacitar esses profissionais que estão envolvidos nesse cuidado das crianças e adolescentes, que apresentam sofrimento psíquico e transtorno mental, para que possamos entender onde isso começa e quais os impactos, os fatores de riscos, desde a formação, no desenvolvimento da criança, no cuidado da mãe, no pré-natal, no pós-parto, nos fatores de risco da mãe, dos familiares, da formação de vínculo, dos cuidados, dos riscos que devemos verificar no desenvolvimento dessas criança e adolescentes e como a gente tem que olhar para isso no dia a dia, na rotina, e como devemos desenvolver esse cuidado. Essa capacitação vem com o objetivo de informar e principalmente proteger essas crianças e adolescentes”.
Cuidar da saúde mental e emocional juntamente com a saúde física possibilita mais qualidade de vida e bem-estar ao indivíduo. Por isso, é importante a observação constante de sintomas que possam estar associados a transtornos mentais, como ansiedade, depressão e bipolaridade, por exemplo.
BRASÍLIA/DF - O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, ao longo de 2023, 11.502 internações relacionadas a lesões em que houve intenção deliberada de infligir dano a si mesmo, o que dá uma média diária de 31 casos. O total representa um aumento de mais de 25% em relação aos 9.173 casos registrados quase dez anos antes, em 2014. Os dados foram divulgados na quarta-feira (11) pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede).
Em nota, a entidade lembrou que, nesse tipo de circunstância, médicos de emergência são, geralmente, os primeiros a prestar atendimento ao paciente. Para a associação, o aumento de internações por tentativas de suicídio e autolesões reforça a importância de capacitar esses profissionais para atender aos casos com rapidez e eficiência, além de promover acolhimento adequado em situações de grande fragilidade emocional.
Segundo a Abramede, os números, já altos, podem ser ainda maiores, em função de possíveis subnotificações, registros inconsistentes e limitações no acesso ao atendimento em algumas regiões do país. Os dados mostram que, em 2016, houve uma oscilação nas notificações de internação por tentativas de suicídio, com leve queda em relação aos dois anos anteriores. O índice voltou a subir em 2018, com um total de 9.438 casos, e alcançou o pico em 2023.
A análise regional das internações por lesões autoprovocadas revela variações entre os estados brasileiros. Para a associação, em alguns deles, foi registrado “um crescimento alarmante”. Alagoas, por exemplo, teve o maior aumento percentual de 2022 para 2023 – um salto de 89% nas internações. Em números absolutos, os casos passaram de 18 para 34 no período.
A Paraíba e o Rio de Janeiro, de acordo com a entidade, também chamam a atenção, com aumentos de 71% e 43%, respectivamente. Por outro lado, estados como São Paulo e Minas Gerais, apesar de registrarem números absolutos elevados – 3.872 e 1.702 internações, respectivamente, em 2023 –, registraram aumentos percentuais menores, de 5% e 2%, respectivamente.
Num movimento contrário, alguns estados apresentaram reduções expressivas no número de internações por tentativas de suicídio e autolesões no ano passado. Amapá lidera a lista, com uma queda de 48%, seguido pelo Tocantins (27%) e Acre (26%).
A Abramede destaca que a Região Sul como um todo enfrenta “tendência preocupante” de aumento desse tipo der internação. Santa Catarina apresentou crescimento de 22% de 2022 para 2023, enquanto o Paraná identificou aumento de 16%. O Rio Grande do Sul ficou no topo da lista, com aumento de 33%.
De acordo com a associação, o perfil de pacientes internados por lesões autoprovocadas revela uma diferença significativa entre os sexos. Entre 2014 e 2023, o número de internações de mulheres aumentou de 3.390 para 5.854. Já entre os homens, o total de internações caiu, ao passar de 5.783 em 2014 para 5.648 em 2023.
Em relação à faixa etária, o grupo de 20 a 29 anos foi o mais afetado em 2023, com 2.954 internações, seguido pelo grupo de 15 a 19 anos, que registrou 1.310 casos. “Os números ressaltam a vulnerabilidade dos jovens adultos e adolescentes, que, juntos, representam uma parcela significativa das tentativas de suicídio”, avaliou a entidade.
Já as internações por lesões autoprovocadas entre pessoas com 60 anos ou mais somaram 963 casos em 2023. Outro dado relevante é o aumento das internações entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos – em 2023, foram 601 registros, quase o dobro do observado em 2011 (315 internações).
Para a Abramede, embora o atendimento inicial desses casos necessite de “foco técnico”, é importante que a abordagem inclua também a identificação de sinais de vulnerabilidade emocional, com o objetivo de oferecer suporte integrado. A entidade avalia que uma resposta rápida e humanizada pode fazer a diferença no prognóstico desses pacientes, além de ajudar na prevenção de novos episódios.
No Brasil, uma das principais campanhas de combate ao estigma na temática da saúde mental é o Setembro Amarelo que, este ano, tem como lema Se Precisar, Peça Ajuda. Definido por diversas autoridades sanitárias como um problema de saúde pública, o suicídio, no país, responde por cerca de 14 mil registros todos os anos. Isso significa que, a cada dia, em média, 38 pessoas tiram a própria vida.
Na avaliação do psicólogo e especialista em trauma e urgências subjetivas Héder Bello, transtornos mentais representam fatores de vulnerabilidade em meio à temática do suicídio – mas não são os únicos. Ele cita ainda ser uma pessoa LGBT, estar em situação de precariedade financeira ou social, ser refugiado político ou enfrentar ameaças, abuso ou violência. “Esses e outros fatores contribuem para processos de ideação ou até de tentativa de suicídio.”
“Políticas públicas que possam, de alguma maneira, falar sobre esse assunto, sem tabu, são importantes. Instrumentos nas áreas de educação e saúde também podem ser amplamente divulgados – justamente pra que a gente possa mostrar que existem possibilidades e recursos amplos para lidar com determinadas situações que são realmente muito estressantes e de muita vulnerabilidade.”
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, todos os anos, mais de 700 mil pessoas em todo o mundo tiram a própria vida. A entidade alerta para a necessidade de reduzir o estigma e encorajar o diálogo aberto sobre o tema. A proposta é romper com a cultura do silêncio e do estigma, dando lugar à abertura ao diálogo, à compreensão e ao apoio.
Números da entidade mostram que o suicídio figura, atualmente, como a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. A OMS cita consequências sociais, emocionais e econômicas de longo alcance provocadas pelo suicídio e que afetam profundamente indivíduos e comunidades como um todo.
Reduzir a taxa global de suicídio em pelo menos um terço até 2030 é uma das metas dos chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Os desafios que levam uma pessoa a tirar a própria vida são complexos e associam-se a fatores sociais, econômicos, culturais e psicológicos, incluindo a negação de direitos humanos básicos e acesso a recursos”, destacou a OMS.
Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - Teve início na tarde da última segunda-feira (09/09), a 8ª Semana de Fitoterapia de São Carlos, a abertura foi realizada no Paço Municipal e contou com a participação de vários segmentos da sociedade civil e representantes do poder público.
O evento teve início na cidade após a aprovação do Projeto de Lei Municipal Nº 15.826, de autoria do então vereador José Luís Rabello, falecido em 2016, que propõe compartilhar informações sobre o valor medicinal das plantas, tendo em vista seus efeitos benéficos, a facilidade de aquisição e o baixo custo.
A COMPICS&EPS (Comissão Municipal de Práticas Integrativas e Complementares & Educação Popular em Saúde) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Universidade de São Paulo (USP), o Centro Universitário Central Paulista (UNICEP), a Fundação Educacional São Carlos (FESC), a Secretaria Municipal de Saúde, além de entidades ligadas a fitoterapia, participam e apoiam a Semana.
Desde 2006, a fitoterapia destaca-se como uma prática integrativa e complementar no Sistema Único de Saúde (SUS), através de experiências e normatizações, apresentando-se para o fortalecimento da Atenção Básica. A utilização de fitoterápicos e plantas medicinais valoriza a cultura, o conhecimento tradicional e o popular, fortalece o desenvolvimento da cadeia produtiva e é uma opção terapêutica aos usuários do SUS.
Em São Carlos a Semana de Fitoterapia acontece desde 2016 e vem se fortalecendo, segundo a farmacêutica da Prefeitura de São Carlos, Lucimara Rodrigues da Cruz Peres.
“Em 2019 o município foi contemplado com recursos do Ministério da Saúde para a implantação, plantio, manipulação e distribuição de fitoterápicos para a população. Nós estamos recebendo as mudas para um projeto piloto para a produção e distribuição das plantas medicinais no SUS. A partir do próximo ano, o projeto é de capacitação dos profissionais prescritores, os agentes de saúde e toda a cadeia desde o plantio até a prescrição e distribuição para o paciente, tudo com segurança, seguindo toda a legislação do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira (ANVISA, 2011), podendo manipular e ofertar os fitoterápicos aos usuários dos serviços de saúde”.
Ketylin Migliato, farmacêutica da UNICEP, explica que para a planta ou o medicamento fitoterápico chegar até a população existe todo um processo altamente rigoroso e seguro, envolvendo todos os agentes da produção até a prescrição do medicamento.
“A Semana de Fitoterapia existe desde 2014, ela vem trazendo a ampliação, a conscientização, o conhecimento sobre a fitoterapia dentro do município, para que a população entenda e para que os profissionais de saúde também tenham essa compreensão para fazer a prescrição das plantas medicinais e também dos fitoterápicos, buscamos esse fortalecimento para estar mais próximos para que os profissionais de saúde possam se tornar prescritores e a população receber esse tratamento dentro das práticas integrativas. Nosso objetivo é treinar o profissional para que ele tenha conhecimento e segurança para fazer a prescrição, então a ideia agora é capacitar todos os envolvidos no processo. Já temos alguns modelos de sucesso, como a experiencia da cidade de Jardinópolis, que vimos aqui hoje com a palestra da secretária de Saúde, Drª. Ivanice Maria Cestari Dandaro, onde o projeto já existe há muito tempo e tem produzido resultados surpreendentes, então é possível sim criar a “Farmácia Viva”, que vem da semente até o medicamento, tudo com certificação, tudo com controle de qualidade para encaminhamento ao SUS e aí sim ser prescritos e encaminhados a população. Finaliza a farmacêutica.
A 8ª Semana de Fitoterapia conta com várias atividades em diversos locais até sábado (14/09) quando tem seu encerramento, você pode conferir toda a programação no https://sites.google.com/view/semanafitoterapiasaocarlos.
COLÔMBIA - Gloria Espinosa decidiu organizar uma festa de despedida após receber o diagnóstico para um câncer em fase terminal. A mulher, nascida em Barranquilla (Colômbia), foi diagnosticada com lipossarcoma mixóide, um câncer raro que afeta as células que armazenam gordura.
Em 2020, após vários tratamentos que não surtiram o efeito esperado, os médicos lhe disseram que o tratamento não estava funcionando e nada mais poderiam fazer para salvá-la.
"Estou mais pronta para ir do que para ficar", disse a mulher, na época em que lhe deram entre quatro a seis semanas de vida.
Em julho deste ano, Gloria decidiu organizar, com a ajuda das amigas, a festa do seu 50.º aniversário, ainda antes do dia do seu aniversário. O Objetivo era celebrar a sua vida enquanto ainda estava presente.
Gloria acabou morrendo na última sexta-feira (6), de forma "tranquila, segundo o marido.
POR NULL
ESPANHA - Um paciente do Serviço de Urgência do Hospital Universitário de Jerez, na Andaluzia, Espanha, foi detido por agredir um médico cirurgião que o havia examinado anteriormente e solicitado um exame.
A unidade hospitalar ativou o seu plano de prevenção para agressões após o sucedido e apresentou uma denúncia, segundo relata o jornal El Mundo.
O Ministério da Saúde revelou que o ataque ocorreu na manhã de domingo (8). O homem teria insultado e agredido fisicamente o profissional de saúde.
O médico foi socorrido por seguranças e pela acompanhante de outro paciente que estava no quarto.
O agressor foi preso pela Polícia Nacional.
O hospital colocou à disposição do profissional todos os recursos necessários, incluindo aconselhamento jurídico e apoio psicológico.
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.