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SÃO PAULO/SP - Pesquisa DataPoder360 mostra que 43% dos brasileiros acham que os mais jovens devem voltar a trabalhar durante a pandemia da covid-19. Uma parcela maior, no entanto, de 47%, acha que todos ainda devem ficar em casa em quarentena.

As percepções se mantiveram estáveis, dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais, em relação ao último levantamento, feito de 22 a 24 de junho.

A pesquisa foi realizada de 6 a 8 de julho de 2020 pelo DataPoder360, divisão de estudos estatísticos do Poder360, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 512 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. Conheça mais sobre a metodologia lendo este texto.

A divisão de estudos estatísticos do Poder360 vem analisando o comportamento dos brasileiros durante a pandemia. O 1º estudo foi publicado em 18 de abril, quando o Brasil chegava perto dos 20.000 casos e os Estados e municípios estabeleciam as medidas de restrição social.

Esse já é o 7º levantamento realizado sobre a percepção da volta ao trabalho. Até o sábado (11.jul.2020), o Ministério da Saúde registrava 1.839.850. casos de coronavírus e 71.469 mortes em decorrência da covid-19 no Brasil. Foram confirmados mais 39.023 casos e 1.071 mortes em 24 horas.

Apesar da alta diferença do número de casos no país hoje em relação a quando foi feito o 1º estudo, a percepção dos brasileiros sobre a flexibilização do isolamento para os jovens ir trabalhar se mantém estável, com variação de 46% a 52%.

Já o percentual dos que são a favor o retorno subiu 6 pontos desde a pesquisa realizada no final de abril.

 

OS MAIS JOVENS SÃO CONTRA

Os entrevistados de 16 a 24 anos são a faixa etária que mais rejeita o retorno ao trabalho durante a pandemia. Entre eles, 40% são a favor da flexibilização e 52% acham que todos devem ficar em casa. A taxa é 3 pontos percentuais menor que a registrada entre adultos de 25 a 44 anos.

No recorte de renda, aqueles que ganham de 5 a 10 salários mínimos são os que mais defendem a permanência em casa: 64% rejeitam a volta do trabalho presencial com o uso de máscara. Os desempregados e sem renda fixa somam 45% dos que defendem a medida.

Mais da metade dos que têm ensino superior (59%) defendem a permanência em casa. Os que concluíram o ensino médio são 46% e aqueles com fundamental, 43%. O último grupo é o único, considerando escolaridade, que defende mais o retorno do que a manutenção do isolamento para jovens: 46% acham que os mais jovens já podem voltar a trabalhar presencialmente usando máscaras.

 

AVALIAÇÃO DE BOLSONARO

Desde o começo da pandemia no país, o presidente Jair Bolsonaro se posicionou contra o isolamento social horizontal, ou seja, para toda a população. Para ele, o distanciamento social deveria se limitar somente entre as pessoas com mais de 60 anos ou com doenças crônicas, que fazem parte do grupo de risco da covid-19, ou seja, do grupo de pessoas em que a doença tem mais chance de avançar de forma grave.

O comportamento do presidente tem refletido na opinião de seus apoiadores. Mesmo com covid-19, Bolsonaro continua defendendo a flexibilização do isolamento social para a volta ao trabalho e ainda afirmou estar tomando hidroxicloroquina para tratar a doença. O medicamento não tem eficácia cientientificamente comprovada.

Na última semana, Bolsonaro foi diagnosticado com o coronavírus. O novo estudo do DataPoder360 começou a ser realizado em 6 de julho, dia em que o presidente revelou ter sintomas da covid-19 e que iria fazer o exame. A divisão de estudos estatísticos do Poder360 seguiu com as entrevistas até 8.de julho. No dia anterior, 7 de julho, Bolsonaro confirmou que seu teste deu positivo. Ou seja, o levantamento já captou o possível efeito da revelação sobre a enfermidade. Os resultados, no entanto, não mudaram em relação ao levantamento feito há duas semanas, de 22 a 24 de junho.

O DataPoder360 mostra que entre os que defendem a volta dos mais jovens ao trabalho, 76% continuam avaliando o desempenho pessoal do presidente como “ótimo” ou “bom” e 21% como “ruim” ou “péssimo”.

No grupo que acha que todos ainda devem ficar em casa (47%), a aprovação trabalho de Bolsonaro continua de 18% e a rejeição é de 71%.

 

 

*Por: Sabrina Freire / PODER360

MUNDO - A Eurocâmara aprovou, na quarta-feira à noite (8), as novas condições de trabalho dos caminhoneiros no âmbito internacional, uma questão delicada, cuja negociação foi marcada pela divisão entre leste e oeste da União Europeia (UE).

A reforma, que será publicada no Diário Oficial da UE nos próximos dias, busca "melhorar as condições de trabalho dos motoristas e acabar com a concorrência desleal" neste setor, aponta o Parlamento Europeu.

Proposta pela Comissão Europeia em 2017, a reforma foi acompanhada da queda de braço entre os países ocidentais, como a França, que acusam os do leste de praticarem dumping social. Os últimos acusam os primeiros de protecionismo velado.

Em virtude da nova legislação, as empresas de transporte terão de se organizar para permitir que os caminhoneiros voltem para casa a cada três ou quatro semanas e terão de pagar sua acomodação, se não estiverem em casa durante seu descanso semanal.

Os limites de cabotagem (quando uma transportadora faz diferentes cargas e descargas em um país, ao qual chegou, como parte de uma entrega internacional) continuarão os mesmos, com três entregas autorizadas em sete dias.

Para evitar a "cabotagem sistemática", porém, será introduzido um período de espera de quatro dias para poder fazer outra entrega no mesmo país de destino com o mesmo veículo, de acordo com a reforma também aprovada pelo Conselho da UE.

As normas sobre os caminhoneiros deslocados, que preveem remuneração de acordo com as regras do país em que trabalham (como bônus e salário mínimo), serão aplicáveis à cabotagem e ao transporte internacional, com algumas exceções.

Para combater as transportadoras de correios que operam em países diferentes de onde têm sua sede, as companhias de transporte devem ter atividades substanciais no país da UE em que estão registradas, entre outros critérios.

As regras sobre o tempo de descanso entrarão em vigor 20 dias após a publicação da legislação, enquanto o restante será aplicado 18 meses após a entrada em vigor do regulamento, afirmou o Parlamento Europeu.

 

 

*Por: AFP

Alexandre Slivnik ressalta que o distanciamento tem um prazo, e em breve, os profissionais mais habilidosos estarão de volta ao mercado de trabalho

SÃO PAULO/SP - É muito difícil prever os próximos meses com toda situação que o todo o mundo está vivendo. Com isso, muitas empresas e colaboradores ficam inseguros com o futuro e as possibilidades. Negócios fecham e pessoas acabam perdendo seus empregos devido a quarentena. Além disso, a saúde mental pode ser afetada por tudo isso.

Alexandre Slivnik, especialista em gestão de pessoas e vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e desenvolvimento (ABTD), ressalta sobre a importância de se manter firme e com confiança para os próximos meses. “É essencial que o medo seja um agente que impulsione as atitudes nesse período, mas que não seja algo paralisante. Quem optar por utilizar essas inseguranças para criar oportunidades e desenvolver as habilidades, será ainda mais valorizado quando tudo isso acabar”, relata.

Com o distanciamento social e um bom tempo em casa, é possível utilizar esse tempo para aprimorar e desenvolver competências que vão fazer toda a diferença quando a situação estiver normalizada. Slivnik recomenda inserir pelo menos uma hora na rotina para dedicar a isso, com cursos profissionalizantes, leituras, palestras ou qualquer coisa que possa ajudar no processo. Nas últimas semanas muitos conteúdos foram disponibilizados gratuitamente na internet, o que facilitou o acesso a esses materiais.

Ainda assim, não é difícil ver que muitos profissionais ainda serão desligados ou terão suas jornadas de trabalho reduzidas por conta de um cenário que algumas empresas realmente não conseguem suportar. Um estudo recente do SEBRAE resultou no cálculo de que pelo menos 600 mil pequenas empresas vão fechar devido a COVID-19 e, por consequência, terão que demitir funcionários até mesmo a distância.

Por esse motivo, Alexandre destaca a importância de se manter atualizado e com boas conexões. “O perfil do profissional que consegue se recolocar no mercado de trabalho mais facilmente é aquele que tem uma boa rede de relacionamento e que não fica na zona de conforto, mas se esforça para inovar. Pessoas com habilidades são valorizadas por qualquer companhia”, revela o especialista.

O período requer paciência e cautela, além de toda a criatividade para sair dele com maior experiência e mais capacidades de crescimento. “Não será algo definitivo e trará aprendizados. Daqui em diante, as pessoas vão entender que é preciso guardar mais dinheiro, investir em educação e se conectar de forma mais intensa. De certo, as coisas irão mudar.”, finaliza.

Alexandre Slivnik é reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É membro da Society for Human Resource Management (SHRM) e da Association for Talent Development (ATD). Palestrante e profissional com 19 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, ÁFRICA e JAPÃO, tendo feito especialização na Universidade de HARVARD (Graduate School of Education - Boston/ EUA). www.slivnik.com.br

BRASÍLIA/DF - O Senado deu aval para o governo prorrogar a suspensão de contratos de trabalho e a redução de jornadas e salários enquanto durar o período de calamidade pública, ou seja, até o fim do ano. O período de adiamento, porém, dependerá de decisão do presidente Jair Bolsonaro. Os senadores aprovaram a medida provisória sobre o tema por 75 votos favoráveis e nenhum contrário.

A proposta seguirá direto para sanção do presidente Jair Bolsonaro, o que deve ocorrer nos próximos dias. A MP 936/2020 foi assinada por Bolsonaro em abril e é vista como essencial para a preservação de empregos e um alívio financeiro às empresas durante a pandemia de covid-19. Até esta terça-feira, 16, de acordo com o Ministério da Economia, pelo menos 10,693 milhões de acordos entre funcionários e empregadores foram assinados nos moldes da MP.

O texto original da MP autorizava a suspensão de contratos por até 60 dias e a redução de jornada, por até 90 dias. Com a mudança, as empresas poderão estender o período de suspensão ou redução. O adiamento, porém, depende de uma decisão do presidente Jair Bolsonaro. Conforme o Estadão/Broadcast antecipou, o governo avalia prorrogar o período de suspensão por mais dois meses e o prazo de redução de jornada e salário por mais 30 dias.

O governo deve sancionar rapidamente o projeto. Uma das preocupações da equipe econômica e de alguns setores é com acordos de suspensão fechados no início de abril e que venceram no início deste mês. Ou seja, as empresas dependem da prorrogação para continuar com os contratos suspensos por mais um período a partir de julho.

A medida permite redução de jornada em 25%, 50% ou 70%, com um corte proporcional no salário, por até três meses. Também é possível suspender o contrato por até dois meses. O governo estabeleceu uma compensação depositando valores diretamente na conta dos trabalhadores que podem chegar a 100% do seguro-desemprego, dependendo do nível salarial.

A suspensão ou a redução garante ao funcionário um nível de estabilidade no emprego. Por exemplo, se o empregado tiver três meses de salário reduzido, a empresa terá de pagar multas maiores em caso de demissão sem justa causa durante um período de seis meses - o dobro do tempo de duração da redução na jornada. O acordo pode ser fechado coletivamente com sindicatos ou individualmente com cada funcionário.

CLT. O Senado retirou alguns trechos incluídos pela Câmara na medida provisória, entre eles aqueles que traziam alterações permanentes na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), considerou essa parte estranha ao escopo principal da MP, ou seja, um "jabuti" no jargão do Congresso.

A impugnação desagradou o governo, mas foi vista como necessária para aprovar a MP e evitar que o texto voltasse à Câmara dos Deputados. Entre os pontos impugnados por Alcolumbre em acordo com senadores, estavam alterações na jornada de trabalho dos bancários e no cálculo de variação das dívidas trabalhistas na Justiça.

Na mesma sessão, o Senado barrou outra medida incluída pela Câmara que poderia aumentar a margem de empréstimos consignados no período da pandemia de covid-19. O dispositivo aumentava de 35% para 40% a margem de empréstimo descontado em folha para aposentados, servidores e trabalhadores com carteira assinada./COLABOROU IDIANA TOMAZELLI

 

 

*Por: Daniel Weterman / ESTADÃO

BRASÍLIA/DF - Na esteira da crise provocada pela pandemia no novo coronavírus, a taxa de desemprego deve chegar a 14,2% ao fim de 2020, segundo estimativa da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado. No ano passado, a taxa média de desocupação no País ficou em 11,9%, segundo dados do IBGE.

Num cenário pessimista, com piora das perspectivas de queda da atividade econômica em 2020, um número ainda maior de trabalhadores poderia perder o emprego. Nessa situação, a taxa de desocupação chegaria a 15,3%, segundo os cálculos da instituição.

População ativa

O aumento da taxa de desemprego média esperada em 2020 só não é maior devido à queda da taxa de participação de trabalhadores no mercado, isto é, o número de pessoas buscando um emprego ativamente diminuiu.

Isso se deve às próprias restrições da pandemia, uma vez que autoridades sanitárias recomendam o isolamento social como forma de conter o avanço da doença.

Nos cálculos da IFI, o número de brasileiros empregados deve cair 4,8% em 2020, enquanto a massa salarial média (soma de remunerações recebidas pelos trabalhadores) deve diminuir 6,5% em relação ao ano passado.

 

 

*Por: Idiana Tomazelli / ESTADÃO

SÃO CARLOS/SP - A ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos) informa que foi definido o novo horário de funcionamento das atividades do comércio em geral e serviços, durante reunião do Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus, na tarde desta sexta-feira, 12.

Segundo o presidente da ACISC, José Fernando Domingues, o novo horário autorizado para atendimento presencial, a partir da próxima segunda-feira, 15, será das 9h às 13h. “Fomos convidados pelos membros do Comitê da Prefeitura de São Carlos, onde ficou definido esse novo horário para o funcionamento das atividades e serviços do comércio em geral, que estão autorizados nessa nova fase”, explicou.

O Governo do Estado atualizou na última quarta-feira, 10, as fases do Plano SP para todas as regiões do estado. A maioria dos municípios que estavam na Fase 3 [amarela], caso de São Carlos, passou a ter mais restrições, sendo classificada na Fase 2 [laranja]. Essa nova Fase não permite o funcionamento de bares, restaurantes e similares com atendimento presencial (somente delivery ou drive thru), bem como, o funcionamento de salões de beleza ou academias.

Zelão ressalta que as atividades autorizadas pela nova fase, poderão continuar funcionando, porém, com capacidade de 20% e horário de funcionamento de 4h seguidas diárias e não mais de 6h como permitia a fase amarela. “Infelizmente, tivemos um retrocesso na flexibilização das atividades, dado o avanço nos índices de coronavírus em todo o interior paulista. Com isso, seguimos orientando todos os comerciantes e consumidores que obedeçam as regras sanitárias e utilizem máscara para se proteger, pois, caso continue aumentando os casos, fatalmente, todas as atividades não essenciais serão proibidas de atender presencialmente”, alertou.

As normas sanitárias são as mesmas para todos os segmentos: disponibilizar higienização para funcionários e consumidores com álcool gel 70% em pontos estratégicos; os funcionários devem utilizar máscaras durante toda a jornada de trabalho, assim como os consumidores; o acesso e o número de pessoas nos estabelecimentos devem ser controlados; manter todas as áreas ventiladas; e a fila deve ter distanciamento de 2 metros entre as pessoas.

A nova classificação anunciada entra em vigor a partir da próxima segunda-feira, dia 15 de junho. O Plano São Paulo completo pode ser acessado na página do Governo pelo link https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/planosp.

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos publicou na edição do Diário Oficial do Município do último sábado (06/06), o Decreto nº 245 alterando os dispositivos do Decreto Municipal Nº 120, de 19 de março de 2020, que dispõe sobre medidas temporárias de prevenção à disseminação do coronavírus (COVID-19).

Pelo novo decreto ficam suspensas, no âmbito da administração direta e indireta municipal, no período de 8 a 14 de junho de 2020, todas as atividades exceto aquelas consideradas prioritárias para o atendimento ao munícipe referente ao enfrentamento da pandemia, retornando o expediente das repartições públicas no dia 15 de junho.

No dia 9 de junho a Prefeitura de São Carlos vai publicar novo ato oficial com os critérios e protocolos adequados para a retomada das atividades presenciais dos servidores públicos municipais, como o uso de máscaras cedidas pelo município, disponibilização de álcool em gel em todas as repartições e demais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de acordo com a função de cada setor. O atendimento ao público também será realizado de acordo com todas as medidas sanitárias de proteção.

Aposentado especial não tem direito de continuar trabalhando em área de risco, decidiu o Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira (5). A decisão vale para todos aposentados especiais

BRASÍLIA/DF - A proibição de o aposentado especial permanecer na área de risco que justificou a concessão da aposentadoria é decorrente de uma Lei de 1998. Porém, a lei foi declarada inconstitucional pelo Tribunal Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre - RS, em um processo em que uma auxiliar de enfermagem, representada pelo advogado Fernando Gonçalves Dias, teve o direito a aposentadoria especial reconhecido, assim como o direito de permanecer trabalhando na mesma profissão.

O caso da auxiliar de enfermagem chegou ao STF em 2014, por meio de um recurso extraordinário apresentado pelo INSS, contra a decisão do Tribunal de Porto Alegre -RS, e foi escolhido pelos Ministros para servir de exemplo para todo o país.

O INSS defendeu, no recurso, a constitucionalidade da lei de 1998 que proibiu o aposentado especial de permanecer ou retornar a qualquer atividade de risco, sob a alegação de que o aposentado não tem o seu direito de continuar trabalhando cerceado - já que poderá continuar trabalhando – porém, em ambiente sem risco.

Do lado da auxiliar de enfermagem, o advogado Fernando Gonçalves Dias, defendeu que o aposentado especial tem direito de permanecer na área de risco porque a constituição assegura o livre exercício da atividade e igualdade em relação ao aposentado comum que, para aposentar, tenha computado mais de 25 anos de atividade especial - o que é permitido pela legislação - e outros dispositivos da constituição que defendeu terem sido violados pela lei.

Segundo Dias, a Corte contrariou o seu próprio entendimento proferido no julgamento do recurso 954408 (Tema 888) que reconheceu ao servidor público - que atinge o tempo para aposentar especial - o direito de  permanecer na área de risco e receber o abono de permanência, vantagem essa oriunda dos cofres da Previdência dos Regimes aos quais esses servidores estiverem vinculados.

Com a decisão, o advogado alerta que o aposentado especial que continua trabalhando deverá pedir ao seu empregador a sua transferência para área que não exponha a sua saúde a risco de doença. “O empregador, porém, não está obrigado a transferir o aposentado especial, até porque a empresa pode não ter outra área livre de risco, a exemplo de hospitais onde existe a presença do risco biológico. No caso de aposentados especiais de empresas estatais a transferência é proibida pela constituição em razão da regra que exige concurso para a área e o cargo escolhido, conforme decisões do TST”, explica.

Dias chama a atenção para outra consequência: “para o aposentado especial que permanece na área de risco, quando demitido, o empregador não terá a obrigação de pagar a multa do saldo do FGTS, pois esse é o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST)”, alerta.  

Os Ministros, porém, não acataram o pedido do INSS para que o pagamento da aposentadoria especial fosse iniciado somente a partir do afastamento do trabalhador da área de risco, e não da data da solicitação da aposentadoria. Desta forma, aceitaram os argumentos do advogado, que alegou que o trabalhador não poderia afastar da área de risco antes do início do pagamento, principalmente, porque há uma certa demora em analisar os pedidos de aposentadoria. Esse entendimento prevaleceu também para quem tem pedido de aposentadoria através de processo judicial.

O relator do recurso foi o Ministro Dias Toffoli, cujo voto foi acompanhado pelos demais Ministros da Corte, com exceção do Ministro Edson Fachin que divergiu para declarar a inconstitucionalidade da lei de 1998 e permitir o aposentado especial de permanecer na área de risco.

O advogado Fernando Gonçalves Dias disse que irá apresentar recurso para buscar a alteração do julgamento, mas a decisão da Corte já deve ser seguida imediatamente pelos aposentados especiais de todo o país.

Tem direito a aposentadoria especial, tanto o trabalhador da iniciativa privada, quanto o servidor público, desde que comprove ter trabalhado em ambiente com risco à sua saúde e à integridade física (até 13/11/2019, data da aprovação da reforma da previdência). O tempo mínimo exigido varia de 15, 20 a 25 anos.

SÃO PAULO/SP - Profissionais, mães, empreendedoras, responsáveis pelo lar são algumas das funções exercidas em dias comuns. Conciliar casa, trabalho e filhos não é novidade na rotina de milhares de mulheres, fato que, logicamente, exige muito esforço e estratégia. Contudo, o surgimento do coronavírus e as recomendações de isolamento social impuseram viver todas essas realidades juntas, 24 horas, evidenciando ainda mais a sobrecarga e o acúmulo de tarefas que as mulheres precisam vencer diariamente.

Segundo dados de 2019 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres dedicam em média 18,5 horas semanais aos afazeres domésticos e cuidados de pessoas, na comparação com 10,3 horas semanais dos homens. Ou seja, em tempos normais, as mulheres se dedicavam quase o dobro às atividades de casa e aos filhos. O coronavírus só tornou isso mais evidente, já que elas permanecem com todas essas funções, que se somam ao fato de que as crianças agora estão em casa e é quase impossível contar com ajuda externa. Obviamente, além de tudo, há a vida profissional que precisa ser mantida e a exigência de que a qualidade das atividades permaneça igual.

Quem pode ficar em casa enfrenta uma alta pressão de continuar sua carreira como se não houvesse empecilhos e isso gera uma sobrecarga física e emocional que pode acarretar diversas patologias posteriores. Uma das mais visadas é a síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional. O distúrbio psíquico tem como característica estados de estresse ocasionados por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. Se o cenário dito “normal” já é desvantajoso para pessoas do sexo feminino, na atual conjuntura isso se torna ainda mais crítico.

No Brasil, 18% dos ministros, 23% dos desembargadores, 48% dos advogados e 50% dos servidores são mulheres, segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ademais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 70% dos trabalhadores da área de saúde no mundo são mulheres, sendo que, no Brasil, a enfermagem é composta por um quadro 85% feminino. Dessas, quem não está se desdobrando para cuidar da família e da carreira por meio de teleconferências, teleaudiências e trabalho remoto, está atuando diretamente no combate à Covid-19.

Outro dado importante: cerca de 11 milhões de famílias no Brasil são comandadas por mães solo, que muitas vezes não podem contar nem com familiares próximos para ajudar nas tarefas diárias.

Todas essas informações e percepções, além de outras como o aumento da violência doméstica, nos levam a pensar que as atitudes destoam dos discursos.  Guerreiras, heroínas, batalhadora e diversos outros adjetivos são válidos, mas não ditam a obrigatoriedade das mulheres precisarem carregar uma carga muito maior do que de fato suportam. É valido enxergar força, mas covarde observar de longe as lutas pelas quais passaram e estão passando. As mulheres podem e devem receber o devido valor que merecem na sociedade e não se sentirem sobrecarregadas por serem responsáveis pela maioria das esferas em que atuam.

 

Sobre o Glomb & Advogados Associados

O escritório Glomb & Advogados Associados, fundado há mais de 40 anos pelo titular José Lucio Glomb, atua em Direito do Trabalho e Direito Previdenciário. Selecionado em 2018 e em 2019 como um dos 500 melhores escritórios de advocacia do País, ocupando a posição de quinto mais admirado nacionalmente na categoria trabalhista e o quarto mais admirado no Paraná, de modo geral em 2019, tem em sua história milhares de clientes atendidos com eficiência e resultados positivos.

 

*Por: Márcia Glomb

Dra. Márcia é advogada especialista em Direito do Trabalho, e atua no Glomb & Advogados Associados

Médico especialista orienta trabalhadores a praticar atenção plena, já que o trabalho em casa pode durar mesmo após crise de coronavírus.

 

SÃO PAULO/SP - Segundo uma pesquisa desenvolvida pela Infobase, o número de empresas que pretende adotar o home office no Brasil deve crescer 30% mesmo após a crise do novo coronavírus. Isso pode acontecer porque o modelo de trabalho instituído às pressas no início da quarentena pode trazer benefícios às empresas e, se bem executados, aos profissionais.

De acordo com o médico e pesquisador especialista em mindfulness Marcelo Demarzo, a adoção do modelo de trabalho pode ser positiva para a produtividade, desde que o trabalhador consiga equilibrar os desafios da vida pessoal e da profissional no mesmo ambiente.

“Diferente do espaço corporativo, a pessoa que está trabalhando em casa pode ter mais interrupções durante o seu expediente, seja por causa de filhos, telefonemas, campainha ou outros excessos que podem atrapalhar. Com isso, a probabilidade de perdermos o foco e, consequentemente, o rendimento e a produtividade no trabalho, é muito grande”, explicou.

Segundo Demarzo, a ideia de que é possível realizar multitarefas e ser mais produtivo é ilusória. Esse método de trabalho pode fazer com que o profissional perca até 40% da sua produtividade. 

“É como se quiséssemos passar vários trens ao mesmo tempo no mesmo trilho e, na verdade, o que acontece é que ficamos trocando o mesmo trem de trilho. Com isso, nós prejudicamos nosso poder de focar e perdemos a nossa produtividade”, disse.

 

Dicas para melhorar a atenção plena

 

1. Fazer uma pequena pausa antes de começar uma tarefa ou atividade: isso nos ajuda a preparar o foco de atenção para entrar na tarefa e nos serve de lembrete sobre a intenção de mantermos o foco e a atenção plena durante toda a atividade, sabendo que existe uma tendência à desatenção e se preparando também para eventuais interrupções. Essa pequena pausa pode ser usada para praticar mindfulness (veja abaixo a técnica dos três minutos).

 

2. Evitar o multitarefa: fazer várias tarefas ao mesmo tempo nos faz perder produtividade. Uma maneira de evitar o multitarefa é priorizar as tarefas do dia (fazendo uma lista, por exemplo), prevendo um tempo reservado para cada uma delas. Em geral, se preconiza que as atividades que requeiram mais tempo ou mais foco sejam as primeiras da lista;

 

3. Evitar interrupções: as interrupções também prejudicam o nosso rendimento no trabalho. Uma maneira de fazer isso é definir horários específicos para o trabalho e evitar que nesse período você desvie o seu foco para alguma distração em sua casa. 

 

Prática de mindfulness

A prática de mindfulness pode ser feita por qualquer pessoa em qualquer lugar, em diversos níveis, várias vezes ao dia. 

Uma das técnicas para iniciantes tem duração de apenas três minutos. Para conferir, acesse o perfil do Centro Mente Aberta no Spotify (https://open.spotify.com/show/1VKltZrVsy5ACpzm2w3Vux) e escute a meditação guiada por Demarzo. 

 

O que é Mindfulness? 

Mindfulness é um dos estados da mente, acessível a qualquer indivíduo, que consiste em um exercício de querer vivenciar o momento presente, intencionalmente, aceitando a experiência.

Em Mindfulness, o sentido correto de aceitação é o de se olhar a realidade como ela realmente é, sem julga-la ou reagir a ela no "piloto automático".

Com a prática regular, o processo torna-se mais natural, sendo possível permanecer nesse estado em grande parte do tempo e aumentar a qualidade de vida do indivíduo.

Embora muitos dos termos e técnicas tenham origem nas tradições orientais, o Mindfulness hoje em dia é considerado uma prática laica (secular, não-religiosa), com sólida base científica.

 

Quem é Marcelo Demarzo?

É médico especialista em Mindfulness para adultos e crianças, com treinamentos na Inglaterra (Mindfulness in Schools Project, em Londres; Oxford Mindfulness Centre, na Universidade de Oxford; e Instituto Breathworks, em Manchester), e nos EUA (Center for Mindfulness in Medicine, Health Care, and Society, na Universidade de Massachusetts).

Fez pós-doutorado em Mindfulness e Promoção da Saúde na Universidade de Zaragoza, na Espanha, e diversos cursos de aprofundamento nas tradições contemplativas e meditativas, incluindo a Psicologia Budista e Tibetana em Dharamsala, na Índia.

Junto com o professor Javier Garcia-Campayo, da Universidade de Zaragoza, desenvolveu a Terapia de Compaixão Baseada em Estilos de Apego (Attachment-Based Compassion Therapy).

É fundador e atual coordenador do Mente Aberta (www.mindfulnessbrasil.com), referência nacional e internacional nos programas e pesquisas sobre Mindfulness.

 

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-04/numero-de-empresas-adotam-home-office-deve-crescer-30-apos-pandemia

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