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SÃO CARLOS/SP - No âmbito do “Centro de Desenvolvimento e Treinamento para Tecnologias e Procedimentos de Reabilitação de Pacientes Pós-Covid-19”, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizaram nos últimos seis meses 4.118 sessões de tratamentos nas áreas de fisioterapia e odontologia, decorrentes de sequelas de COVID-19, envolvendo, até à presente data, 340 pacientes.

Com uma reabilitação que atinge os 100%, foram atendidos, na área de fisioterapia, casos de dores musculares e articulares, processos de fadiga moderada e grave, dificuldades respiratórias, formigamento (parestesia), tonturas e alterações de equilíbrio. Já na área odontológica, foram atendidos casos de ausência parcial ou total de olfato e paladar, zumbido nos ouvidos e paralisia facial, sendo que no conjunto dos procedimentos o resultado é considerado extraordinário.

Através destes tratamentos, nos últimos seis meses os pesquisadores conseguiram igualmente concretizar duas publicações científicas internacionais relativas aos processos e protocolos adotados, sendo que no próximo mês de julho, em parceria com alunos estagiários da Faculdade de Sete Lagoas (FACSETE/MG), será publicado mais um artigo científico relacionado com este projeto de sucesso, além de abordagens relativas à identificação de outras sequelas entretanto detectadas e igualmente provocadas pelo COVID-19.

Recordamos que o “Centro de Desenvolvimento e Treinamento para Tecnologias e Procedimentos de Reabilitação de Pacientes Pós-Covid-19” é o resultado de uma parceria estabelecida entre a Secretaria de Saúde de São Carlos, Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e o Instituto INOVA/CITESC – Centro de Inovação e Tecnologia em Saúde.

 

 

Rui Sintra - IFSC/USP

SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), da Universidade de São Paulo, identificaram um método com potencial para prever a gravidade da infecção por covid-19 nos pacientes, a partir da análise do plasma sanguíneo. O sistema pode servir como ferramenta de triagem no atendimento dos infectados e ser utilizado a fim de evitar a evolução da doença. O estudo foi publicado na revista científica Journal of Proteome Research.

De acordo com a pesquisa, os pacientes infectados pela doença tiveram variações na concentração de seis substâncias encontradas no sangue, chamadas de metabólitos, sendo elas glicerol, acetato, 3-aminoisobutirato, formato, glucuronato e lactato. As análises revelaram que, quanto maior o desequilíbrio na quantidade dessas substâncias no início da infecção, mais graves eram os quadros de saúde que os pacientes desenvolviam.

Plasma

Foram analisadas amostras de plasma sanguíneo de 110 pacientes com sintomas gripais que passaram, em 2020, pelo Hospital da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), sendo que 57 deles não estavam infectados por covid-19 e os outros 53 eram casos positivos recentes da doença.

Os pesquisadores observaram que, dos infectados, dez pacientes apresentaram complicações e chegaram a ser internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com registro de duas mortes. Esse grupo com quadro de maior gravidade apresentou, no início da infecção por covid-19, variações mais acentuadas na concentração dos metabólitos citados.

Os resultados do estudo podem contribuir, conforme apontou o IQSC, para o desenvolvimento de um novo protocolo clínico que ajudaria médicos e hospitais a identificarem, já nos primeiros dias de sintomas, pacientes que possam desenvolver a forma grave da doença, permitindo que intervenham para evitar a evolução da doença.

Ainda segundo o IQSC, para validar a técnica, os pesquisadores planejam ampliar o número de amostras de plasma sanguíneo avaliadas e incluir novos grupos, como os vacinados que contraíram a covid-19, nos próximos passos do estudo. Além disso, eles pretendem incluir informações sobre gênero e idade nas estatísticas.

 

 

Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil 

Homenagem da USP aos que se destacaram na produção de inovações científicas, tecnológicas ou culturais

 

SÃO CARLOS/SP - Numa iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da USP (PRPI/USP), foi atribuído no dia 07 de junho p.p o “Prêmio USP Trajetória pela Inovação” a diversos cientistas da Universidade de São Paulo que se destacaram, ao longo de suas atividades acadêmicas, na produção de inovações científicas, tecnológicas ou culturais, contribuindo para a excelência da USP e para o desenvolvimento do País.

Na cerimônia de entrega dos Prêmios, o coordenador  da Agência USP de Inovação (Auspin), Luiz Henrique Catalani, afirmou que a USP, em seus 88 anos de existência, tornou-se a universidade brasileira que mais produz ciência e também soluções na área de inovação. “Temos 2.284 empresas com DNA USP, ou seja, empresas que nasceram a partir de pessoas da Universidade. Dos 21 unicórnios brasileiros, sete nasceram na USP; dois terços de seus fundadores são formados pela USP; e, ao todo, esses 21 unicórnios empregam 2.400 alumni da Universidade. Geramos cientistas inovadores e empreendedores, sendo importante celebrar aqueles que têm se destacado e que devem ser reconhecidos pela inovação, uma atividade que agora é reconhecida como atividade-fim da Universidade”.

Dos seis prêmios, três vieram para a USP de São Carlos

Receberam o prêmio os professores Antonio Adilton Oliveira Carneiro (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – FFCLRP), Akemi Ino (Instituto de Arquitetura e Urbanismo – IAU/USP São Carlos), Daniela Prócida Raggio (Faculdade de Odontologia – FO), Jarbas Caiado de Castro Neto (IFSC/USP São Carlos), Maria Rita dos Santos e Passos Bueno (Instituto de Biociências – IB) e Sérgio Mascarenhas de Oliveira (IFSC/USP São Carlos e Instituto de Estudos Avançados – IEA), in memoriam.

Para o diretor do IFSC/USP, Prof Osvaldo Novais de Oliveira Junior, trata-se de uma grande honra ter dois agraciados com este “Prêmio Trajetória pela Inovação”. “Inovação é uma das áreas mais relevantes no país e nós precisamos transformar o conhecimento que é gerado nos institutos  de pesquisa das universidades em riqueza para a sociedade e isso é feito através da inovação. São Carlos tem um histórico já longo de contribuições na geração de tecnologia e em particular o nosso Instituto , o que para nós é motivo de grande orgulho ter dois agraciados entre os premiados pela USP - Os Profs. Jarbas Caiado Neto e Sérgio Mascarenhas (in memoriam).

Já na opinião do Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, coordenador do Grupo de Óptica do IFSC/USP, estrutura onde pertence o Prof. Jarbas Caiado Neto “A USP, por intermédio do “Prêmio Trajetória pela Inovação”, procura valorizar uma atividade que está hoje no discurso e nas ações do governo, bem como em praticamente todos quantos se propõem dirigir instituições brasileiras”, Para o Prof. Bagnato, a necessidade da inovação é a necessidade de fortalecer a transformação do conhecimento em riqueza de forma disseminada para a população, para a melhoria da economia brasileira e para fortalecer a ação social. “Através da inovação, as universidade podem também gerar novos empregos, com novos produtos destinados a solucionar problemas da sociedade. Esse ano, o fato de termos tido dois cientistas do IFSC/USP entre os cinco ganhadores do prêmio mostra a vitalidade que a nossa unidade tem para a realização da inovação tecnológica, que converte o conhecimento em benefícios para a própria sociedade”, enfatiza o pesquisador.

Quanto ao Prof. Jarbas Castro Neto, um dos ganhadores do prêmio, apresenta uma trajetória enorme, com inúmeras contribuições para a formação de diversas empresas em São Carlos e região, tendo gerado muitos empregos e, com eles, muitos produtos que hoje apoiam as pessoas em diversos segmentos.

O segundo premiado, Prof. Sérgio Mascarenhas (in memoriam), foi o fundador do IFSC/USP e desde o início deu diretrizes para que aqui se estabelecessem atividades de inovação, quando essa palavra ainda não estava no dicionário das instituições de pesquisa do Brasil.

Sublinhando igualmente o prêmio atribuído à Profª Akemi Ino (IAU/USP), o Prof. Vanderlei Bagnato classificou essa conquista como uma valorização das obras e a maneira como o Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP de São Carlos lida com a produção e com a preservação da arquitetura no País. “Tudo isso coloca a cidade de São Carlos e Universidade de São Paulo dentro do panorama social nacional. É um orgulho muito grande para a cidade que, dos seis premiados de toda a USP, três sejam do Campus USP de São Carlos e dentre eles dois sejam do IFSC/USP.

Criado em 2016, o prêmio tem como objetivo reconhecer e valorizar as ações dos docentes da USP que se destacaram, ao longo de suas atividades acadêmicas, na produção de inovações científicas, tecnológicas ou culturais, contribuindo assim para a excelência do resultado institucional e para o desenvolvimento socioeconômico do País.

 

 

(Com informações de Erika Yamamoto - USP)

Rui Sintra / IFSC-USP

SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no mesmo Instituto, liderados pelo Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, concluíram os testes finais relativos ao desenvolvimento de um sistema integrado especialmente concebido para monitorar os sinais vitais de pacientes acamados em unidades hospitalares.

Através de uma série de sensores estrategicamente colocados no leito hospitalar e integrados através de um sistema online, o equipamento permite que médicos e enfermeiros acompanhem e monitorem os sinais vitais de um paciente acamado, através de dados que chegam em tempo real à estação de enfermagem que controla os setores de internação.

O sistema de sensores disponibiliza o monitoramento do sistema de oximetria - níveis de oxigênio que são administrados ao paciente -, a frequência dos batimentos cardíacos, e o monitoramento da entrega de soro, sendo que a relação da taxa de gotejamento e volume programados acionam um alarme para substituição.

Da mesma forma, um outro sensor monitora a movimentação do paciente na cama, acionando alarmes quando são detectados espasmos ou movimentos intensos anormais. Para complementar, o sistema tem ainda a particularidade de monitorar a temperatura e níveis de suor e pressão arterial do paciente, disparando alarmes em caso dos níveis normais sofrerem alterações.

O IFSC/USP aguarda agora o estabelecimento de parcerias com empresas para que este sistema possa, em breve, estar disponível para utilização nos estabelecimentos hospitalares.

 

 

 

Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP

SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) descobriram que o uso de luzes de LED pode acelerar a fase de fermentação na produção de cerveja, reduzindo o tempo gasto nesse processo de 15% a 20% sem alterar a qualidade da bebida.

O uso de luz para análise do processo de produção de cerveja permite o controle de reações enzimáticas e fermentativas que antes não passavam de metodologias empíricas. Com as técnicas ópticas, a produção de cerveja passa a ser otimizada, atingindo melhora na qualidade final.

Este foi o resultado inicial de uma pesquisa realizada no Grupo de Óptica do  IFSC/USP, em parceria com o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF/IFSC), a partir do trabalho de doutorado do aluno Éverton Sérgio Estracanholli, com o objetivo de ultrapassar as dificuldades em monitorar, em tempo real, a transformação do amido do malte de cevada em açúcares e, consequentemente, em álcool, garantindo assim a qualidade da cerveja.

Os métodos de análise atualmente praticados são demorados, havendo a necessidade de colher uma amostra, levar para um equipamento e fazer a quantificação.

Nesse contexto e com base nesse estudo, foi desenvolvido um conjunto de equipamentos, começando por um espectrômetro que compila os dados da produção de cerveja durante a produção em diferentes etapas. “Durante a produção de uma cerveja, você começa com a mosturação, que é o processo de cozimento dos grãos de malte de cevada, conhecido também como brassagem, onde acontece uma quebra do amido do malte em açucares. É esse açúcar que vai ser usado para a alimentação da levedura para a produção do álcool, no passo seguinte, a fermentação. Durante todo esse processo, desde a mosturação até à fermentação, o equipamento que vai fazer as medidas é o espectrômetro e os açúcares, juntamente com o álcool, são quantificados através de uma rede de inteligência artificial. Com o espectrômetro é possível monitorar em tempo real as propriedades da cerveja antes do processo ser finalizado, quantidade de açucares e de álcool, o que permite um controle da produção nunca feito antes.”, explica o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Sebastião Pratavieira.

O segundo equipamento, também baseado em leituras ópticas, é um medidor de cor e amargor que atua tanto na bebida em sua fase de produção, quanto com a bebida pronta, sendo possível determinar essas propriedades e adequá-las, atingindo com maior precisão o objetivo final desejado.

No Instituto foram realizados testes de medida de amargor com cervejas de mercado, onde se verificou que, mesmo tolerando variações de 10% entre os valores reais de amargor e os valores declarados em rótulo, ainda assim 2/3 das cervejas foram incondizentes.

“Em um mercado onde cervejas amargas vêm sendo cada vez mais exploradas, com valores de amargor expostos em rótulos como meio de propaganda, torna-se indispensável o uso de técnicas para controle” acrescenta Éverton Sérgio Estracanholli.

Esta pesquisa está integrada na Unidade EMBRAPII – Centro de Pesquisa e Inovação em Biofotônica e Instrumentação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) - Empresa: BR Tecnologia em Bebidas Ltda.

 

 

Rui Sintra - Jornalista

Estudo de caso clínico confirma sucesso do tratamento desenvolvido pelo IFSC/USP

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo de caso clínico de recuperação total de sequelas de COVID-19 relativas à perda de olfato e de paladar numa paciente de 34 anos, residente em São Carlos, e publicado na revista científica “Journal of Biophotonics”, vem confirmar a eficácia do protocolo de um tratamento desenvolvido pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) com base em equipamento de emissão de luz na faixa do vermelho e infravermelho também desenvolvido nesse Instituto.

Primeiro que tudo é necessário explicar aos leitores que as disfunções olfativas, vão desde a perda completa do olfato - chamada de anosmia -, à capacidade parcial ou reduzida de cheirar e detectar odores, designada de hiposmia. A anosmia é comumente associada a infecções virais do trato respiratório superior, onde se inclui a COVID-19. Da mesma forma, a ageusia, que é caracterizada pela perda completa da função do paladar, também está relacionada à COVID-19, sendo que essas duas disfunções - que são comuns em pacientes que contraíram o vírus - podem persistir após a recuperação dos pacientes, sendo descritas como síndromes pós-COVID-19. Contudo, a fisiologia dos mecanismos que levam a essas disfunções durante a infecção de SARSCoV- 2 ainda estão sendo esclarecidas.

Segundo as assistentes Viviane Brocca de Souza e Laís Tatiane Ferreira, orientadas pelo coordenador clínico Dr. Vitor H Panhóca (CITESC/Santa Casa São Carlos/IFSC-USP): “A paciente em primeira consulta disse que não tinha melhora do quadro de alteração de olfato e paladar durante os meses subsequentes à Covid-19”. Posteriormente, a paciente relatou no final do tratamento: “Após as sessões de laser, o olfato e o paladar voltaram totalmente ao normal”.

O tratamento relatado neste estudo utiliza um equipamento com base em luz nas faixas do vermelho e infravermelho, desenvolvido no Grupo de Óptica do IFSC/USP, protocolo esse que foi aplicado na paciente acima citada, que contraiu COVID-19 em Outubro de 2020, tendo ficado com as sequelas de falta de olfato e paladar até Dezembro de 2021, iniciando então o tratamento já no início do corrente ano. Tendo realizado 10 sessões de tratamento (3 vezes por semana), totalizando quarente dias, com aplicações de laser intranasal e na lateral da língua, no final dos procedimentos a paciente relatou uma recuperação de cem por cento em ambas as disfunções, tendo recuperado totalmente sua qualidade de vida, comprovando assim a eficácia do procedimento.

Primeira reunião entre os coordenadores dos grupos de trabalho

 

SÃO CARLOS/SP - Completamente renovado em seu espaço interno, o Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP), Polo de São Carlos, reativou no passado dia 18 de abril as suas atividades com a realização da primeira reunião entre os coordenadores dos grupos de trabalho que irão desenvolver seus projetos a partir de agora, trabalhos que divulgaremos muito em breve.

Tendo como coordenador o Prof. Valtencir Zucolotto (IFSC/USP) e como vice-coordenador o Prof. Frank Crespílho (IQSC/USP), o IEA-São Carlos foi sujeito, nos dois últimos anos, a uma série de obras que visaram principalmente a reestruturação e adequação dos espaços internos, que agora estão em perfeitas condições para receberem alunos, professores e pesquisadores interessados em desenvolver seus trabalhos e projetos. Nesse período também foram criados ou reativados novos Grupos de Trabalho, que são as principais plataformas de atuação do IEA.

Embora a pandemia tenha atrasado o desenvolvimento desses trabalhos, que deveriam ter sido concluídos em um espaço de tempo mais curto, o certo é que a renovada área está agora disponível e operacional, como salientou o Prof. Zucolotto. “Esta foi uma reunião muito importante, pois marca a retomada dos trabalhos do nosso polo do IEA, e teve por objetivo não só apresentar o novo espaço físico do IEA, completamente renovado, como também de reunir e apresentar o grupo inicial de coordenadores dos projetos que serão os incentivadores para que outros grupos possam aqui se reunir para desenvolver seus trabalhos.

Igualmente entusiasmado com a reativação dos trabalhos, o Prof. Frank Crespilho, afirmou que sua presença não se limitaria ao cargo de vice-coordenador, mas também ao desenvolvimento de projetos e Grupos de Trabalho. Estiveram presentes nesta reunião os Profs. Yvonne Primerano Mascarenhas (IFSC/USP, que inicialmente irá trabalhar na área de “Educação nas Escolas”, José Marcos Alves (EESC/USP), que iniciará o projeto “Inclusão Social”, Tadeu Malheiros (EES/USP), que irá avançar com o projeto “Cidades Globais”, Frank Crespilho com o grupo de trabalho “Observatório da COVID-19”, e Juliana Cancino (FFCLRP/USP), cujo projeto traz estudos sobre os Aspectos Regulatórios e os Impactos Econômicos e Sociais da Nanotecnologia.

O que é o IEA

Criado em 29 de outubro de 1986, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (sede), da mesma forma que o seu polo instalado no Campus de São Carlos, é um órgão de integração destinado à pesquisa e discussão, de forma abrangente e interdisciplinar, das questões fundamentais da ciência e da cultura. Sua missão é realizar, junto a segmentos representativos da sociedade, estudos sobre instituições e políticas públicas (nacionais, estaduais, municipais e até supranacionais), destacando-se os trabalhos sobre políticas de desenvolvimento da ciência, tecnologia e cultura, bem como sobre o uso social do conhecimento.

Pela natureza de suas atividades, o IEA desempenha papel significativo no incremento do intercâmbio científico e cultural entre a USP e instituições brasileiras e estrangeiras (universidades, organizações governamentais e não-governamentais, entidades científicas e culturais etc.). Isso se dá através de convênios de cooperação e intercâmbio acadêmico ou convites específicos a pesquisadores e intelectuais, brasileiros e estrangeiros, com trabalhos representativos e enriquecedores dos debates realizados no Instituto.

Para atender às suas finalidades, o IEA possui estrutura acadêmica diferenciada das demais unidades e institutos da USP. O IEA não ministra cursos de graduação ou pós-graduação, não possui quadro estável de pesquisadores, uma vez que a abrangência de seus debates interdisciplinares habilita-o ao debate teórico e prospectivo de questões científicas, não à execução de trabalhos experimentais.

A estrutura acadêmica do IEA é composta por grupos de pesquisa e estudo e outras formas de organização de pesquisadores. A participação nas atividades é aberta a pesquisadores e profissionais com projetos relacionados com os temas de trabalho do IEA. A análise dessa confluência temática é feita pelos coordenadores das equipes de pesquisa. Podem participar brasileiros e estrangeiros, integrantes ou não da USP, portadores ou não de título universitário. Outros pesquisadores são integrados temporariamente em função das atividades específicas de projetos e cátedras do Instituto, como por exemplo os professores visitantes e seniores.

 

 

Rui Sintra - Assessoria de Comunicação - IFSC/USP

Em artigo publicado pesquisadores da USP de São Carlos e da “Brain4Care” revertem quadro de paciente

 

SÃO CARLOS/SP - Com a introdução do novo tratamento contra as dores e outras manifestações causadas pela fibromialgia, já em curso há algum tempo graças ao desenvolvimento de protocolos e de um novo equipamento no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), pesquisadores deste Instituto, em parceria com colegas da empresa “Brain4Care”, publicaram em março último, no “Journal of Novel Physiotherapies”, um artigo científico com relato de caso, traduzido em uma pesquisa realizada com paciente fibromiálgica que no decorrer do tratamento foi sujeita a uma avaliação da pressão intracraniana através de um equipamento próprio desenvolvido pela citada empresa.

O estudo, pioneiro, avaliou as correlações entre as dores de uma paciente com fibromialgia e as variações de volume/pressão dentro do crânio (complacência intracraniana), que indica a capacidade do organismo acomodar variações de volume intracraniano sem que hajam alterações significativas da pressão intracraniana (PIC). A complacência intracraniana (CIC) é um indicador de saúde neurológica e o seu comprometimento pode levar à disfunção cerebral. O trabalho dos pesquisadores é o primeiro do mundo a indicar a relação entre as dores da fibromialgia e as variações da complacência intracraniana.

Esta pesquisa promoveu uma nova compreensão e uma direção diferente nos tratamentos das consequências da fibromialgia, atendendo a que a intenção dos pesquisadores foi avaliar o que acontece no cérebro, por intermédio das ondas cerebrais, durante a aplicação do tratamento fotosônico do IFSC/USP, relatando o caso de uma paciente fibromiálgica em crise total de dor genérica, que foi submetida a dez sessões de tratamento, tendo os pesquisadores mapeado, ao longo desse tempo, e além das escalas de dor, todas as alterações relativas à pressão intracraniana.

Antes do início dos tratamentos, essa pressão apresentou-se um pouco elevada em relação aos parâmetros normais, sendo que durante os procedimentos começou a diminuir, tendo atingido os níveis normais após cinco minutos de repouso no final de cada sessão. Durante as sessões, verificou-se que a aplicação do laser e ultrassom na paciente causou uma redução da complacência cerebral e uma entropia, ou seja, o restabelecimento dos padrões normais, já que todo o organismo estava em desordem antes de cada sessão, conforme explica o pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio de Aquino Junior, um dos autores do estudo. “Além da melhora em 70% dos índices de dor provocada pela fibromialgia, e em 60% no restabelecimento da qualidade de vida da paciente - resultados que já eram esperados -, este novo estudo demonstrou que o tratamento provoca uma redução da complacência cerebral. Dessa forma, estados de insônia, dores de cabeça e alterações no sistema gástrico e intestinal, entre outras anomalias, desapareceram ao longo das sessões”, esclarece o pesquisador.

Este novo estudo traz aos pesquisadores uma nova compreensão de como a doença se manifesta mais profundamente, atendendo a que as informações disponíveis só indicavam o quadro inflamatório dos pacientes e os níveis de dor. Com a observação de um aumento da pressão intracraniana nesta paciente fibromiálgica antes do início dos tratamentos, fica justificada a alteração no centro de dor que se localiza no córtex pré-frontal do cérebro, que é responsável por todos os desequilíbrios inerentes à doença. A “Brain4Care” colaborou com esta pesquisa cedendo seu equipamento e toda a compreensão de como utilizá-lo, bem como no entendimento dos dados adquiridos, pelo que esta pesquisa está abrindo portas para outras mais avançadas, tendo igualmente como público-alvo os pacientes portadores de fibromialgia.

Para Camila Tomaz, fisioterapeuta, colaboradora da equipe de pesquisas da “Brain4Care” e também autora do artigo científico   “Foi observada uma significativa melhora na qualidade de vida da paciente. “Ela conseguiu retomar atividades que antes era incapaz de realizar, por conta da dor. Com esse relato de caso, tive a oportunidade de acompanhar o tratamento e a satisfação de vivenciar uma história de saúde e felicidade ao vê-la se afastando da dor e reconquistando sua qualidade de vida”, comentou.

Recordamos que o equipamento da “Brain4Care” foi desenvolvido pelo saudoso docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Sérgio Mascarenhas, constituído por um sensor externo capaz de monitorar de maneira não invasiva a pressão intracraniana, um trabalho que deu origem à criação da citada empresa pelo próprio pesquisador.

O artigo científico é assinado pelos pesquisadores Antonio Eduardo de Aquino Junior, Fernanda Mansano Carbinatto, Camila da Silva Rocha Tomaz e Vanderlei Salvador Bagnato.

 

 

Rui Sintra - jornalista do IFSC/USP

SÃO CARLOS/SP - A doença venosa crônica é o resultado de uma alteração na estrutura do sistema venoso nos membros inferiores (pernas e pés), onde as veias perdem a função de transportar o sangue venoso de volta para o coração, provocando as famosas varizes.

De fato, as veias dos membros inferiores têm como função conduzir o sangue de volta ao coração, sendo que no interior delas existem pequenas válvulas que impedem o retorno venoso devido à ação da gravidade. Quando estas válvulas se tornam insuficientes, elas não fecham de forma correta e o sangue não progride. Localmente, a quantidade de sangue aumenta, fica estagnado e faz com que as veias se dilatem e se deformem tornando-se visíveis. Assim, as varizes são veias dilatadas com volume aumentado, tornando-se tortuosas e alongadas com o decorrer do tempo.

São diversas as causas para o surgimento da doença venosa crônica, sendo o fator genêtico responsável pela denominada “doença venosa primária”, apresentando uma evolução mais ou menos lenta. Ocasiona uma diminuição da resistência das paredes das veias tornando-as mais frágeis e menos resistentes. Depois, surgem a trombose venosa profunda, os traumatismos, as terapêuticas hormonais femininas, a gravidez e um número considerável de situações que igualmente provocam o aparecimento dessa doença, como a obesidade, o excesso de calor, tabagismo, ingestão exagerada de bebidas alcoólicas, excesso de peso, permanência prolongada na posição de pé, ou sentada, e atividades em que é necessário realizar grandes esforços, tal como sucede em muitas profissões e também no esporte.

Os principais sintomas são a sensação de peso, dor, e frequente edema nas pernas, tornozelos e pés - principalmente no final do dia -, cansaço, prurido, dormência e cãibras, principalmente durante a noite.

Chamada para pacientes com dores provocadas por artrite localizada nas mãos

 

SÃO CARLOS/SP - Com base no desenvolvimento de várias pesquisas científicas e tecnológicas realizadas por pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), igualmente alocado nesse Instituto, tem sido possível, ao longo dos anos, instituir diversos protocolos e tratamentos para inúmeras doenças, numa contribuição importante para a área médica, visando suprir necessidades importantes na área da saúde no seio da sociedade. Terapias para minimizar os efeitos da Doença de Parkinson, na prevenção e combate à mucosite, no tratamento de dores provocadas pela fibromialgia, artrose e artrite e tratamento de câncer de pele não melanoma, além de vários tratamentos já realizados a pacientes com sequelas de COVID-19 - problemas respiratórios, vasculares e musculares, recuperação do olfato, paladar e tratamento de zumbidos no ouvido -, são alguns dos exemplos.

Neste contexto, o IFSC/USP, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) avança na criação de outros projetos na área da saúde, estando neste momento fazendo uma chamada para tratamento de 15 pacientes que tenham artrite nas mãos, um projeto inserido em uma nova linha de pesquisa que já contou com a participação de 60 pacientes que manifestaram, no final das sessões, uma melhora superior a 50% na manifestação de dor. Este novo tratamento (gratuito), que agora entra em uma segunda fase, visa reduzir ainda mais as dores provocadas pela doença nas mãos dos pacientes e que comprometem os normais movimentos articulares, sendo que, além de comprometer as articulações, há um forte impacto nos cotovelos e ombros.  

Os pacientes interessados em participar deste projeto deverão se cadastrar na Unidade de Terapia Fotodinâmica, localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, através do telef. (16) 3509-1351.

Rui Sintra - Jornalista do IFSC/USP

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