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KIEV - Seis pessoas foram mortas em ataques russos na Ucrânia na terça-feira, incluindo um ataque de drone que incendiou armazéns industriais e destruiu suprimentos de ajuda humanitária na cidade ocidental de Lviv, segundo autoridades.

Elas disseram que uma pessoa foi morta em Lviv, três morreram em um ataque à cidade de Kupiansk, no nordeste, e duas pessoas, incluindo um policial, foram mortas em um bombardeio na cidade de Kherson, no sul.

Em Lviv, que fica longe das linhas de frente, os bombeiros combateram um incêndio depois que três armazéns industriais foram atingidos por volta das 5h, disseram os serviços de emergência.

Fotos divulgadas pelo Serviço de Emergência Estatal da Ucrânia mostraram enormes chamas iluminando o céu acima dos armazéns.

O prefeito de Lviv, Andriy Sadovyi, disse que o corpo de um homem que trabalhava em um dos armazéns foi encontrado sob os escombros.

Sadovyi disse que os armazéns guardavam janelas, produtos químicos domésticos e ajuda humanitária.

"Quero enfatizar que esses são armazéns industriais comuns. Nada militar foi armazenado lá", disse o governador regional Maxim Kozitsky no Telegram.

Ele disse que as forças russas lançaram 18 drones no ataque e que 15 foram abatidos, incluindo sete que estavam diretamente sobre a região de Lviv.

A Força Aérea da Ucrânia disse que a Rússia havia lançado um total de 30 drones e um míssil balístico Iskander em ataques à Ucrânia durante a noite, e que 27 dos drones haviam sido abatidos.

A Reuters não conseguiu verificar os relatos de forma independente. Não houve nenhum comentário imediato de Moscou, que tem realizado ataques aéreos frequentes na Ucrânia desde a invasão em grande escala da Rússia em fevereiro de 2022.

 

 

 

Por Lidia Kelly em Melbourne / REUTERS

UCRÂNIA - Autoridades da Ucrânia anunciaram no domingo (17) que suas forças retomaram o povoado de Klishchiivka, ao sul da cidade de Bakhmut.

As vitórias na contraofensiva de Kiev são de grande importância para a Ucrânia, no momento em que o presidente Volodymyr Zelensky se prepara para fazer sua segunda visita a Washington em tempos de guerra, na próxima semana, para tentar reunir apoio.

"Klishchiivka foi limpa de russos", anunciou o comandante das forças terrestres do Exército ucraniano, Oleksander Syrskyi, nas redes sociais. Já Zelensky elogiou os soldados que lutam contra os russos perto de Bakhmut e deu destaque aos que retomaram Klishchiivka.

Klishchiivka, onde viviam centenas de pessoas antes da ofensiva de Moscou, havia sido capturada pelas tropas russas em janeiro. O porta-voz das tropas ucranianas no leste, Ilya Yevlakh, disse que a captura de Klishchiivka poderia ajudar o Exército de Kiev a cercar Bakhmut.

A Ucrânia iniciou uma contraofensiva no sul e leste do país em junho, depois de acumular armas ocidentais e recrutar batalhões. Bakhmut, cidade que tinha cerca de 70 mil habitantes antes da guerra, foi capturada pelas forças russas em maio, após uma das batalhas mais longas e sangrentas desde a invasão russa.

 

 

AFP

KIEV - A Ucrânia disse nesta sexta-feira que recapturou o devastado vilarejo de Andriivka, no leste do país, preparando terreno para novos avanços no flanco sul de Bakhmut, a cidade que caiu nas mãos dos russos em maio, após meses de combates pesados.

As tropas de Kiev estavam assegurando seu ponto de apoio na área, enquanto as forças russas sofreram baixas significativas e perderam equipamentos, disse o Estado-Maior ucraniano em um relatório matinal. Não houve nenhum comentário imediato da Rússia.

"No decorrer das operações eles tomaram Andriivka na região de Donetsk", afirmou o Estado-Maior.

O vilarejo de Andriivka fica ao sul de Bakhmut, local da batalha mais feroz e mais longa desde a invasão da Rússia em fevereiro do ano passado. O Estado-Maior também relatou "sucesso parcial" perto de Klishchiivka, um vilarejo também ao sul de Bakhmut.

"Capturar e manter Andriivka - é o nosso caminho para um avanço no flanco direito de Bakhmut e a chave para o sucesso de toda a nova ofensiva", disse a Terceira Brigada de Assalto, que participou da investida.

A Ucrânia avançou com cautela na região para minimizar as perdas com as minas e as defesas russas "muito ativas", declarou o porta-voz da brigada, Oleksandr Borodin.

"Eles defendem fortemente seus flancos aqui porque entendem que, se o flanco deles cair completamente, isso criará problemas diretos para manter a cidade (Bakhmut) em si", disse ele.

"Não há mais Andriivka em si... mas como um lugar, como uma praça, é uma praça importante", afirmou ele em comentários televisionados.

Durante sua contraofensiva de três meses, a Ucrânia tem relatado um progresso lento e constante contra as posições russas entrincheiradas, retomando uma série de vilarejos e avançando nos flancos de Bakhmut, mas sem tomar grandes assentamentos.

A Reuters não conseguiu verificar os relatos do campo de batalha.

 

 

por Por Tom Balmforth e Anna Pruchnicka / REUTERS

RÚSSIA - Um ataque ucraniano matou uma pessoa na localidade russa de Tiotkino, perto da fronteira, anunciou nesta quinta-feira o governador da região de Kursk, Roman Starovoit.

O ataque atingiu uma destilaria e matou uma pessoa, afirmou Starovoit no Telegram.

Outros ataques atingiram Gordeyevka, 40 km ao leste de Tiotkino, mas não provocaram feridos, segundo o governador.

As regiões russas próximas da Ucrânia são alvos frequentes de ataques e as autoridades acusam as forças de Kiev de matar civis e danificar infraestruturas.

 

 

AFP

UCRÂNIA - A Ucrânia atacou pela primeira vez o porto de Sebastopol, sede da Frota do Mar Negro russa na Crimeia anexada, com mísseis de longo alcance na madrugada desta quarta (13, noite no Brasil). A ação ocorreu horas antes do encontro previsto entre Vladimir Putin e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un.

Segundo escreveu no Telegram Mikhail Razvojaiev, o governador apontado da Crimeia, ao menos três mísseis foram empregados no ataque. Vídeos em redes sociais mostraram uma grande explosão em solo, ação de defesas antiaéreas e incêndios posteriores.

Não se sabe ainda o que foi atingido, mas Razvojaiev disse tratar-se de uma "instalação não-civil", eufemismo para as diversas docas, estaleiros e prédios militares da Frota do Mar Negro --que teve boa parte de seus navios removidos para o mar de Azov, mais ao leste e sob controle russo, depois que sua nau capitânia Moskva foi afundada por dois mísseis antinavio em abril de 2022.

Razvojaiev falou que havia fogo na área da rua Kilen-Balka, ao lado de uma das reentrâncias da baía de Sebastopol usadas desde 1783 como refúgio e estaleiro de navios de guerra russos. Lá fica o estaleiro número 13, especializado em reparos. Os principais depósitos de combustível da frota ficam do outro lado da baía, menos populoso.

A cidade já havia sido alvo de ataques com drones no passado, mas nunca mísseis. Em outubro, também houve um ataque com drones navais que deixou um navio russo danificado. Os únicos modelos conhecidos à disposição dos ucranianos que têm o alcance necessário para cobrir os cerca de 300 km entre o território sob controle de Kiev e Sebastopol são os de cruzeiro Scalp-G (França) e Storm Shadow (Reino Unido).

Essas armas passaram a ser fornecidas neste ano, e foram empregadas em ataques a outros pontos da Crimeia, como as pontes que ligam o norte da península às áreas ocupadas por russos na Ucrânia. Eles foram adaptados para serem lançados de caças-bombardeiros Su-24 soviéticos operados por Kiev.

Os detalhes ainda são escassos, mas há grande simbolismo em um ataque à cidade, principal da região de maioria russa étnica que Putin anexou em 2014 como reação à derrubada do governo pró-Kremlin na Ucrânia. Kiev tem intensificado ações contra a península, como a destruição de uma bateria antiaérea S-400 russa há duas semanas, enquanto luta para avançar em sua até aqui inconclusiva contraofensiva.

Além disso, o bombardeio ocorreu sob o impacto do encontro que deverá ocorrer na tarde desta quarta (madrugada no Brasil, com fuso 13 horas atrás) entre Putin e Kim. Se tudo correr como analistas preveem, eles podem fechar um acordo para que Pyongyang forneça munição pesada para a Rússia usar na Ucrânia, em troca de tecnologia espacial e militar de ponta.

Com efeito, a reunião deverá ser no cosmódromo de Vostótchni, no Extremo Oriente russo, base inaugurada em 2016 que buscava simbolizar uma nova era na longa história de exploração espacial da Rússia, iniciada na União Soviética. Kim fracassou duas vezes em lançar um satélite espião este ano, o que ajuda a desenhar o cenário colocado.

Além do ataque a Sebastopol, redes sociais russas mostraram um grande incêndio e barulhos de explosões perto da torre Ostankino, um marco que fica na zona norte de Moscou, não muito distante do seu centro. Não há ainda detalhes do que teria ocorrido, contudo. A capital tem sido alvejada por drones, mas quase todos são abatidos em áreas periféricas.

 

 

por IGOR GIELOW / FOLHA de S.PAULO

BLAHODATNE - Soldados ucranianos de máscara espetam gravetos na vegetação rasteira ao longo de uma estrada rural deserta, procurando os corpos dos soldados russos que eles esperam trocar por seus próprios companheiros, vivos ou mortos.

Eles chamam o lugar de "estrada da morte", devido ao número de soldados russos mortos ali quando as forças ucranianas retomaram a aldeia de Blahodatne, no sudeste do país, no início de sua contraofensiva, em junho.

Três meses depois, a linha de frente havia se deslocado para o sul e finalmente era seguro o suficiente para que a equipe de três soldados ucranianos iniciasse sua operação nessa parte liberada da região de Donetsk.

"Vamos procurar", disse Volodymyr, um fuzileiro naval de 50 anos, enquanto o fogo de artilharia explodia à distância. "Procurar com nossos olhos. E com o olfato."

A rota estava repleta de veículos destruídos e prédios em destroços. Em um determinado momento, eles usaram uma corda para puxar um corpo e se certificar de que ele não havia sido armadilhado pelas forças russas em retirada.

"Eis o que fazemos. Recolhemos seus corpos. Organizamos trocas para nossos prisioneiros que estão vivos. E por corpos. Nossos meninos", disse Vasylii, um voluntário de 53 anos. "Você sabe, para que uma mãe possa ir visitar o cemitério."

A Rússia e a Ucrânia têm realizado trocas regulares de prisioneiros de guerra e corpos de soldados mortos, desde que o Kremlin lançou sua invasão em grande escala em fevereiro de 2022.

O grupo recuperou nove corpos em sua busca de um dia na "estrada da morte" na sexta-feira. Eles foram colocados na traseira de um caminhão e levado para exame forense.

Volodymyr disse que as forças russas foram forçadas a se retirar rapidamente de Blahodatne e que a única outra rota de saída ficou inutilizável porque estava fortemente minada.

"Deixaram os feridos e mortos no caminho e fugiram para Urozhaine. Mas também não ficaram por muito tempo. Houve uma luta intensa por Urozhaine", disse ele, referindo-se a um vilarejo próximo que mais tarde foi retomado.

 

 

Por Anna Voitenko / REUTERS

RÚSSIA - A Ucrânia anunciou na segunda-feira (11) que recuperou uma plataforma de petróleo e gás no Mar Negro controlada pela Rússia desde 2015, em plena contraofensiva de Kiev e em um momento de grande tensão nas águas próximas aos portos ucranianos.

“A Ucrânia recupera o controle da ‘Vishki Boika'”, afirmou o departamento de inteligência militar do Ministério da Defesa ucraniano em um comunicado.

Durante a operação, “combates foram registrados entre as forças especiais ucranianas a bordo de navios e um avião de combate russo Su-30”, acrescenta a nota, que também afirma que “o avião russo foi danificado e teve que recuar”.

As unidades ucranianas “conseguiram assumir o controle de troféus preciosos: um estoque de munições para helicópteros (…) assim como o radar ‘Neva’, que permite seguir os movimentos dos navios no Mar Negro”, acrescentou.

Um vídeo de 10 minutos divulgado pela inteligência militar ucraniana mostra unidades de elite se aproximando da plataforma de petróleo e gás a bordo de pequenas lanchas rápidas e, em seguida, entrando no local para hastear a bandeira ucraniana.

 

 

AFP

UCRÂNIA - As autoridades ucranianas aumentaram o tom neste sábado (9) em seus apelos aos aliados ocidentais e lamentaram a lentidão na entrega de armas e o "impasse" nas negociações para criar um tribunal internacional para julgar o presidente russo, Vladimir Putin.

"Infelizmente, estamos em uma espécie de impasse em ambas as questões. Na primeira, estamos divididos e, na segunda, há claramente uma falta de vontade", criticou na sexta-feira, em uma conferência internacional em Kiev, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, em declarações que não foram autorizadas a serem publicadas até sábado.

Os países do "G7 são firmemente a favor de um tribunal (...) híbrido" com base na legislação ucraniana, o que, segundo Kiev, não permitiria suspender a imunidade de Putin e outros altos funcionários russos.

Kuleba também criticou seus aliados ocidentais pela relutância em usar os ativos russos congelados pelo Ocidente para financiar a reconstrução da Ucrânia.

"Se um ano e meio depois, ainda ouço da Europa e dos Estados Unidos: 'Ainda estamos trabalhando nisso', posso entender. (...) Mas sei o que está acontecendo na realidade, há uma falta de vontade de tomar uma decisão final sobre essa questão", lamentou o ministro.

O bloco ocidental congelou mais de US$ 300 bilhões (R$ 1,3 trilhão, na cotação atual) em ativos do Banco Central russo e outras dezenas de bilhões de autoridades e oligarcas russos sancionados por Washington ou Bruxelas.

 

- "Armas pesadas" -

Essas críticas de Kiev surgem após o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, admitir na sexta-feira que a contraofensiva de suas tropas avança lentamente devido à superioridade aérea do Exército russo.

"Se não estamos no céu e a Rússia está, eles nos param do céu. Eles estão freando nossa contraofensiva", disse Zelensky.

O novo ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, reforçou neste sábado o apelo aos Estados Unidos e aos países europeus para que forneçam "mais armas pesadas".

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, anunciou esta semana durante uma visita à capital ucraniana uma nova ajuda de US$ 1 bilhão (R$ 4,98 bilhões).

O novo pacote inclui US$ 665 milhões (R$ 3,3 bilhões) em assistência militar e civil e servirá para dar um "impulso" à Ucrânia em sua contraofensiva, explicou Blinken em uma coletiva de imprensa.

No total, Washington já forneceu à Ucrânia mais de US$ 40 bilhões (R$ 200 bilhões) em ajuda desde o início da invasão russa.

A contraofensiva ucraniana, iniciada em junho, avança lentamente devido à complexa linha de defesa estabelecida pelo Exército russo nas áreas ocupadas, com trincheiras, campos minados e armadilhas antitanques.

 

- "O inimigo é forte" -

Os serviços de inteligência militar ucranianos estimaram que há 420 mil soldados russos destacados nas áreas ocupadas no leste e sul da Ucrânia.

"Temos que reconhecer que o inimigo é forte, que tem mais homens e mais armamentos", disse a vice-ministra da Defesa ucraniana, Ganna Maliar.

Os ataques ucranianos com drones, sabotagens e incursões breves têm aumentado nos últimos meses na Rússia, até mesmo em territórios russos distantes do front.

De acordo com o chefe da inteligência militar ucraniana, Kirilo Budanov, esses ataques estão direcionados "principalmente às empresas do complexo militar-industrial russo".

"As explosões no país agressor desmoralizam um pouco a sociedade russa, mas isso não tem um efeito massivo. Infelizmente para nós", afirmou Budanov durante a conferência internacional Yalta European Strategy em Kiev.

A Rússia continua a bombardear alvos militares, mas também civis.

O governo da Romênia, um país membro da Otan, informou neste sábado que encontrou "restos de drones semelhantes aos usados pelo Exército russo" perto do vilarejo romeno de Plauru (leste), perto da fronteira com a Ucrânia.

"Nada indica que houve intenção (por parte da Rússia) de atacar a Otan, mas os ataques são desestabilizadores", comentou o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, na rede social X (antigo Twitter).

 

 

AFP

UCRÂNIA - Quatro pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em uma série de ataques russos contra várias cidades ucranianas, informaram nesta sexta-feira as autoridades de Kiev.

Três civis morreram e quatro ficaram feridos na explosão de uma bomba lançada por um avião sobre Odradokamianka, na região de Kherson (sul), informou no Telegram o ministro do Interior, Igor Klimenko.

Este município enfrenta uma batalha contra as forças russas mobilizadas na outra margem do rio Dnieper.

Em Kryvy Rih, cidade natal do presidente Volodimir Zelensky, sul da Ucrânia, um bombardeio atingiu um edifício administrativo e matou uma pessoa. Outras 44 ficaram feridas, três delas em estado grave, segundo os serviços de emergência.

As forças de segurança informaram que o falecido era um policial e que outros nove agentes estão entre os feridos.

A Rússia bombardeia quase todas as noites cidades ucranianas.

Na região norte, em uma zona residencial da cidade de Sumy, quase 20 edifícios atingidos, segundo o ministério do Interior. Três pessoas ficaram feridas, incluindo um casal de idosos resgatados dos escombros. 

Ao leste, em Zaporizhzhia, um homem ficou ferido em um ataque russo, segundo o comandante da administração militar regional, Yuri Malachko. 

Além dos bombardeios noturnos, as autoridades militares informaram que 29 localidades sofreram ataques russos perto da frente de batalha nas últimas 24 horas e uma mulher morreu. 

A região, parcialmente ocupada pelo exército russo, é o principal ponto da contraofensiva ucraniana no sul.

 

 

AFP

UCRÂNIA - Uma pessoa morreu nesta quarta-feira (6) em um ataque com drones da Rússia contra uma zona portuária às margens do Danúbio, na região de Odessa, sudoeste da Ucrânia.

O ataque noturno durou três horas e teve como alvo o distrito de Izmail, informou o governador da região, Oleg Kiper, no Telegram.

O porto fluvial na fronteira com a Romênia virou a principal rota de exportação para os produtos ucranianos desde que a Rússia abandonou, em julho, o acordo para permitir o trânsito de cereais pelo Mar Negro.

“Infelizmente, uma pessoa morreu”, disse Kiper. Ele identificou a vítima como um trabalhador agrícola que ficou gravemente ferido e faleceu no hospital.

“Registramos destruição e incêndios em diferentes pontos”, afirmou o governador, que citou danos na infraestrutura portuária e agrícola.

Desde o fim do acordo de cereais no Mar Negro, a Rússia intensificou os ataques contra as regiões Odessa e Mykolaiv, no sul da Ucrânia, que abrigam portos e instalações cruciais para as exportações agrícolas.

As tropas ucranianas derrubaram 17 drones russos na região de Odessa na madrugada de segunda-feira.

O presidente da Romênia, Klaus Iohannis, afirmou na terça-feira que os ataques aconteceram “muito perto” da fronteira.

O país, membro da União Europeia e da Otan, criticou com veemência os ataques russos contra a infraestrutura portuária do Danúbio.

 

 

AFP

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