SÃO PAULO/SP - As lições para economia em recessão, resultado da pandemia causada pelo covid-19, são claras. As empresas devem segmentar seus consumidores e focar nos mais lucrativos e influentes. Mas a pergunta principal é: Quem são eles? Onde estão e como se sabe isso?
É fundamental entender a necessidade desse público. Qual a sensibilidade dos clientes aos fatores de qualidade, narrativa, entrega, preços. Existem novos segmentos de mercado a serem traçados? Se houver, quem são e como são esses potenciais consumidores? É preciso decidir qual público atingir, estudar suas características e conhecê-lo a fundo. Com este perfil em mãos, o empreendedor não apenas saberá com quem está falando, mas como e o que falar e por quais ferramentas.
Outra dica valiosa: usar o passado como ferramenta do presente. As pessoas tornam-se nostálgicas em momentos difíceis. Nós, consumidores contemporâneos, tendemos a acreditar que dias do passado são bem melhores em relação ao atual. As pessoas sentem carinho por lugares e objetos que evocam e remetem tempos mais saudosos e aprazíveis. São produtos e peças de comunicação que representam integridade, estabilidade e felicidade. Nesses casos, as marcas tentam ajudar seu público a se sentir bem em relação ao mundo.
Estimular o “boca a boca” focando no básico, os consumidores estão cada vez mais mutantes, requerendo dinamismo por parte das empresas. Os princípios fundamentais e cardiais do marketing continuam presentes e se amplificam. O “boca a boca”, o santo graal do marketing, nunca esteve tão em evidência, tudo aquilo que é falado sobre a empresa fica guardado para a posteridade em rastros digitais. Por isso, estimular debate é fundamental. Também é importante lembrar que a melhor fórmula para o sucesso é sempre focar no básico, em humanizar seu atendimento e criar um contato direto com o consumidor.
Mais do que nunca, as empresas serão julgadas pela práxis. Reputação, liderança e autenticidade são as palavras da vez e, por isso, responsabilidade social ganhará uma nova dimensão. O discurso assumirá um caráter menor do que antes. Ainda mais secundário, quiçá pueril. Marca forte será sinônimo de inteligência social. Consumidores depositarão suas expectativas em um portfólio reduzido de marcas. O poder de diferenciação é o que marcas estelares possuem em comum. No contexto atual de crise sem precedentes, diferenciação significa entregar valor real para a sociedade de forma única, ativa, eficiente e humana.
As prioridades mudarão, pois enfrentaremos uma crise, quiçá, depressão econômica. E isso terá um impacto transgeracional. O Covid-19 também acelerará tendências que já estavam aí: integração de dados, trabalho remoto, veganismo e debates sobre privacidade.
Sobre Gabriel Rossi
Professor da ESPM, palestrante profissional em marketing, estrategista especializado na construção e no gerenciamento de marcas e reputação e diretor-fundador da Gabriel Rossi Consultoria, com passagens por instituições como Syracuse/Aberje, Madia Marketing School, University of London e Bell School. Especialista convidado para lecionar no curso de extensão da Fundação Escola de Sociologia e Política (FESP) e na pós-graduação de Marketing da USP. Referência de mercado, Gabriel é, atualmente, o profissional no País mais requisitado pela grande mídia (mainstream) para falar sobre marketing. É citado extensivamente, sendo colunista de portais de destaque, como Mundo de Marketing. Possui diversos artigos e estudos publicados no Estadão, em o Globo, Brasil Econômico, Correio Braziliense, JT, UOL, HSM e colabora com veículos como Band News TV, Folha de S. Paulo, Revista Nova, Veja, Portal G1, entre inúmeros outros. Rossi e sua equipe atuam tanto no campo político como no empresarial, trabalham com empresas internacionais, como Petrobras, The Marketing Store e Tetra Pak, além de serem candidatos ao Senado Federal. Rossi participou de momentos históricos importantes, como o comentarista especial da TV Estadão no primeiro e no segundo turno das eleições 2010 e comentarista oficial para a rádio Eldorado.
*Por Gabriel Rossi
Dados do início do ano não registraram impactos da pandemia do novo coronavírus; conjuntura atual, porém, aponta para uma piora dos níveis de insolvência causados pela Covid-19
ARARAQUARA/SP - O Indicador de Registro de Inadimplentes caiu 0,6% durante o primeiro trimestre do ano em Araraquara. No resultado interanual, a inadimplência registrou queda de 2,6%, enquanto nos dados mensais de março contra fevereiro, o índice cedeu 0,7%.
De acordo com o levantamento realizado pelo Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, com base nos dados divulgados pela Boa Vista SCPC, o indicador relata o comportamento do mercado de crédito antes da pandemia de Covid-19 impactar o cenário econômico brasileiro, que vinha apresentando resultados positivos nos três primeiros meses de 2020.
Ainda em relação ao período, o indicador de recuperação de crédito subiu 0,4%. No valor interanual, a recuperação obteve queda de 3,8% e nos dados mensais de março contra fevereiro o índice cresceu 0,3%.
Indicadores de Inadimplência e Recuperação de Crédito – Araraquara
Fonte: Boa Vista (SCPC). Elaboração: Sincomercio Araraquara
Já os dados mais recentes divulgados para a região sudeste em abril evidenciam os primeiros sinais de retração econômica derivada da pandemia de Covid-19. A comparação mensal apresentou elevação de 5,2% da inadimplência. Na análise interanual, o indicador registrou aumento de 8,7% e, no acumulado de 2020 contra 2019, o número foi 2,2% maior.
Indicadores de Inadimplência e Recuperação de Crédito – Sudeste
Fonte: Boa Vista (SCPC). Elaboração: Sincomercio Araraquara
Cenário de incertezas
No começo de abril, a Boa Vista SCPC também promoveu uma pesquisa sobre os hábitos dos consumidores em meio à pandemia com aproximadamente 600 consumidores. Na amostra, a maioria dos entrevistados (52%) disse não ter condições de honrar todos os compromissos financeiros nesse momento e 80% já fizeram uma revisão do orçamento doméstico.
Questionados sobre por quanto tempo acreditam conseguir manter as contas em dia, 56% responderam que em até dois meses. Outros 12% afirmam ter fôlego entre três e quatro meses e 12% para mais de quatro meses. Os 20% restantes não souberam dizer por quanto tempo conseguem arcar com seus débitos.
Pesquisa sobre hábitos de consumo em meio à pandemia - Brasil
Fonte/Elaboração: Boa Vista (SCPC)
Esse elevado nível de incerteza frente à crise sanitária e política prejudica o desempenho da economia por tornar o futuro nebuloso. “Consequentemente, deterioram-se as expectativas das famílias que optam por evitar parte do consumo, dado que não existem garantias de manutenção da renda e do emprego no curto e médio prazo. O resultado é a retração no consumo e o agravamento da crise”, avalia Marcelo Cossalter, pesquisador do Sincomercio.
Com o auxílio emergencial que o governo federal destinou para a parcela mais vulnerável da população, garantindo uma renda básica, a meta é sustentar a demanda do mercado e amenizar os efeitos da crise sanitária sobre a economia. “E do ponto de vista do mercado de crédito, as sucessivas reduções da taxa básica de juros têm o propósito de permitir o financiamento das dívidas acumuladas tanto pelas empresas como pelas famílias e assim proporcionar maior capacidade de todos honrarem os compromissos financeiros”, ressalta João Delarissa, também pesquisador do Núcleo de Economia do sindicato.
Metodologia - O indicador de registro de inadimplência é elaborado a partir da quantidade de novos registros de dívidas vencidas e não pagas e o indicador de recuperação de crédito é elaborado a partir das exclusões de registros informadas à Boa Vista pelas empresas credoras.
Por efeito de uma alteração na disseminação dos indicadores regionais, por parte da Boa Vista (SCPC), os dados municipais passarão a ser divulgados trimestralmente e de forma agregada.
Serviço:
Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio)
Avenida São Paulo, 660 – Centro
Contato: (16) 3334-7070
Estudo que entrevistou 15 mil pessoas economicamente ativas também verificou que grande parte ainda acredita que atrasarão alguma conta
SÃO CARLOS/SP - Entre os dias 5 e 12 de maio, a área de Experiência do Cliente da DMCard aplicou 15.010 entrevistas online para uma pesquisa sobre o comportamento do consumidor com suas finanças durante a pandemia. O estudo apontou que 69% das pessoas tiveram algum tipo de perda financeira desde o início da quarentena e 62% acreditam que ainda vão enfrentar algum problema que as obrigará a atrasar o pagamento de suas contas.
“Nossa amostra é composta por pessoas que são portadoras de cartão de crédito e nos permite uma representatividade muito fiel de como anda o bolso desse consumidor economicamente ativo, se ele sofreu perdas e como o bolo está sendo repartido para o consumo e pagamento das dívidas mais comuns no dia-a-dia da população”, explica Sandra Castello, Diretora de Marketing e Pessoas da DMCard.
Consumidor priorizaria pagamento do cartão do supermercado ao cartão de crédito tradicional
Os entrevistados foram questionados sobre quais as dívidas que dariam prioridade em caso de não terem dinheiro suficiente para pagamento em dia de todas elas, sendo que, nesta questão, puderam citar mais de uma resposta. As contas de consumo como água, luz, telefone e internet ficaram em primeiro lugar, com 31% de percentual de lembrança.
Em segundo lugar na prioridade do consumidor está o cartão de crédito do supermercado, o private label, (29%) e, só então, o cartão de crédito tradicional (20%). Essa ordem de prioridade aponta para um consumidor que está preocupado em manter seu poder de compra, principalmente do que é essencial, em manter a comida na mesa. O cartão tradicional também pode ser utilizado no supermercado, contudo, além de não ser acessível a todos, este ainda é compreendido com um formato que pode ser utilizado para gastos supérfluos, por impulso, como explica Sandra.
“Além dessa percepção da importância e peso no orçamento entre os cartões de loja e o tradicional, há outro fenômeno importante de se observar, principalmente nas classes mais baixas, que é a atual dificuldade de se conseguir crédito na rede bancária. Não se trata apenas de uma escolha, muita gente não consegue ter um cartão de crédito tradicional. Com o atual cenário econômico a rede bancária acaba reduzindo sua aprovação e esse consumidor, muitas vezes ainda desbancarizado, acaba migrando para os cartões de loja”.
Na sequência das dívidas que não seriam tão priorizadas, foram citadas os financiamentos (11%) e a assistência médica (9%). A diretora também explica como o reflexo do não pagamento de alguma dessas contas na rotina também interfere na decisão. “Com estes resultados, conseguimos identificar uma linha clara de comportamento. O consumidor prefere pagar primeiro as contas que podem ocasionar a interrupção de algum serviço que lhe faria muita falta no seu dia-a-dia. Em segundo lugar, vêm as dívidas que podem tirar deles o poder de compra, em um momento em que ter crédito é muito importante em caso de emergências”.
Além do desemprego, contratos foram interrompidos e ganhos reduzidos
Apenas 26% dos entrevistados afirmaram estar empregados formalmente, com registro em carteira profissional, e sem nenhum tipo de redução em seus ganhos, enquanto outros 15% tiveram redução de carga horária e, consequentemente, em seus rendimentos.
Em contrapartida, 12% foram totalmente afastados do trabalho ou tiveram seus contratos interrompidos, e 15% já entraram na pandemia desempregados. Os entrevistados aposentados são 10% dos respondentes e 21% são profissionais autônomos.
49% pediram o auxílio emergencial, no entanto apenas 15% já recebeu
O auxílio emergencial de R$ 600 oferecido pelo governo foi buscado por 49% dos entrevistados. Considerando apenas esse grupo, 31% deles já recebeu a primeira parcela. Um grupo composto por 33% não foram aprovados, outros 19% foram aprovados mas ainda não receberam e 17% ainda estão aguardando resposta.
Dentre os 51% que não entraram com o pedido, apenas 1% ainda tem a intenção de solicitar o auxílio. “A demora e problemas no pagamento dessa ajuda do governo tem reflexo direto no comportamento financeiro, principalmente no pagamento de dívidas e nas classes mais baixas, nas quais a prioridade é sempre o consumo alimentar”, destaca Sandra.
Consumidor mais dependente do crédito para abastecer a despensa
O estudo também avaliou o uso do cartão de loja do supermercado pelos consumidores, principal área de atuação da DMCard, realizadora do estudo, e 41% dos entrevistados afirmaram que um limite maior disponível em seu cartão private label os ajudaria neste momento de pandemia.
E, em caso de atraso no pagamento especificamente da fatura desse cartão e posterior acordo, 45% prefere um desconto e pagar tudo de uma vez, 32% preferem um parcelamento da dívida e para 23% basta apenas um prazo maior para pagamento.
A primeira pergunta de toda a pesquisa era se as pessoas estavam bem de forma geral, sendo que 92% responderam positivamente. Também 92% responderam que, de alguma forma, respeitam o isolamento e 35% já conhecem alguém que foi contaminado pelo novo coronavírus.
“É importante entender o comportamento financeiro dessa população economicamente ativa pois, é somente ouvindo o que pensam que podemos entender suas reais necessidades e motivações e, assim, encontrar meios que possam ser viáveis para a sustentabilidade econômica das famílias, das empresas e do nosso país”, conclui a Diretora de Marketing e Pessoas da DMCard.
Sobre o Grupo DMCard
A DMCard é uma administradora de cartões private label que nasceu em 2002, em São José dos Campos, interior de são Paulo. A empresa viabiliza a redes de supermercados a possibilidade de oferecerem aos seus consumidores um cartão de crédito de marca própria que, além de aumentar as vendas, fideliza seus clientes. Além da própria, o grupo conta também com a processadora de cartões Infocards e a financeira Finansinos S/A.
Denis César Correia, CEO do Grupo, explica o sucesso e os diferenciais da DMCard: “Somos uma empresa especialista em varejo, por isso podemos atender às necessidades específicas do segmento”.
A DMCard nasceu de uma pequena operação de cartões de fidelidade de uma rede varejista. Hoje, possui uma completa e integrada estrutura de administração e processamento de operações, e atua em diversas regiões do Brasil. A empresa já ultrapassou a marca de 3 milhões de cartões emitidos para mais de 360 redes e 2.300 lojas, incluindo Sonda, Cobal, Spani, Semar, Royal, Unissul, Unidasul, Docelar, Joanin, Ricoy, Imec, BH, Koch, Paulistão, Extrabom e Althof.
Além do crédito, a DMCard ainda oferece uma poderosa ferramenta de CRM que coleta informações sobre o hábito de compra dos consumidores, permitindo, assim, a criação de campanhas personalizadas e relevantes para os diferentes perfis de clientes existentes.
Com nota alta em qualidade de serviço, a DMCard é uma das únicas empresas de cartões que possui o selo RA1000, garantindo o compromisso da marca em oferecer o melhor atendimento para seus parceiros e clientes.
*Por: Assessoria
SÃO CARLOS/SP - O PROCON Municipal de São Carlos juntamente com os demais membros da Associação Brasileira de Procons (PROCONSBRASIL) uniu-se para impulsionar a campanha “#APROVAPL3515”, em referência à aprovação na Câmara dos Deputados do Projeto de Lei nº 3.515/2015, após já ter sido aprovado no Senado Federal.
O objetivo desta campanha é orientar a população que enfrenta dificuldades financeiras, quanto aos seus direitos de poder receber tratamento especial para as suas dívidas, tão logo seja reconhecido na condição de “superendividado”. Este projeto de lei, portanto, pretende recuperar a dignidade do cidadão devedor, viabilizando meios para que reequilibre o seu orçamento doméstico, recupere seu poder de compra e possa ser reinserido na economia.
O projeto se coloca como uma iniciativa ainda mais importante, se for observado pela lente da economia, que foi tão abalada pela pandemia do coronavírus (COVID-19), e comprometeu a geração de emprego e a renda média da família brasileira.
“Neste momento tão delicado para todos, precisamos unir esforços e proteger aquele consumidor mais vulnerável e que precisa do amparo do PROCON para renegociar suas dívidas, e assim conseguir retomar sua vida com suas contas em dia”, afirma Juliana Cortes, diretora do PROCON São Carlos.
Portanto, a aprovação do PL 3515, ao permitir as condições viáveis para um plano de pagamento das dívidas da família, fazendo reinserir, segundo parecer da Ordem dos Economistas do Brasil, cerca de R$ 555 bilhões de volta na economia, sem envolver investimentos governamentais.
Este PL 3515, então, seria de fundamental importância para retomar o giro da economia, fazendo com que consumidores que hoje estejam com acesso limitado ao crédito em razão de dívidas antigas e impagáveis, possam vir a ter negociações possíveis para que haja a manutenção dos contratos, sem inviabilizar nem a sobrevivência dos consumidores nem a continuidade da atividade econômica, de modo que sejam reinseridos no mercado e possam voltar a consumir de forma consciente. O parecer técnico econômico sobre os efeitos macroeconômicos do PL 3515/15 foram elaborados pelos professores Manuel Enriquez, USP, presidente da Ordem dos Economistas do Brasil e Ricardo Sayeg, PUC-SP, presidente do Instituto Capitalismo Humanista.
A recomendação é desconto na mensalidade que deve ser analisado de acordo com as particularidades de cada instituição
SÃO CARLOS/SP - O PROCON São Carlos publicou no Diário Oficial do Município deste sábado (09/05), a Nota Técnica Nº 001/2020, em consonância com o Ministério Público e OAB, que dispõe sobre as mensalidades escolares durante a pandemia do novo coronavírus.
A Nota é baseada considerando o disposto no art. 5º, XXXII, da Constituição da República, que imputa ao Estado a promoção da defesa do consumidor, na forma da lei e que compete ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor – PROCON São Carlos – adotar as medidas legais cabíveis, visando zelar pela proteção, prevenção e reparação dos danos causados aos consumidores, garantida a efetivação dos seus direitos e garantias.
O documento também é baseado na deliberação do Conselho Estadual de Educação (CEE) nº 177/2020 e na Resolução da Secretaria Estadual da Educação (SEDUC), de 18 de março de 2020, que fixam normas quanto à reorganização dos calendários escolares, devido ao surto global do coronavírus, estabelecendo que “tendo em vista a importância da gestão do ensino e da aprendizagem, dos espaços e dos tempos escolares, bem como a compreensão de que as atividades escolares não se resumem ao espaço de uma sala de aula, deverão reorganizar seus calendários escolares nesta situação emergencial, podendo propor, para além de reposição de aulas de forma presencial, formas de realização de atividades escolares não presenciais”.
De acordo com a diretora do PROCON São Carlos, Juliana Cortes, a Nota Técnica será repassada para todas as escolas particulares da cidade. “O objetivo é a revisão contratual dos serviços de ensino devido a decorrência do novo coronavírus e da necessidade de isolamento social, o que inviabiliza temporariamente, o cumprimento dos contratos de ensino de forma presencial e também para estabelecer a ampla comunicação entre consumidores e fornecedores, para que se possa reequilibrar os contratos, de forma paritária, buscando uma solução moderada, harmônica e de boa-fé, além de evitar judicialização desnecessária”, explica Juliana.
A diretora ressalta, ainda, que o PROCON recomenda um desconto na mensalidade que deve ser analisado de acordo com as particularidades de cada instituição. “Estabelecemos essa recomendação nos itens C e D da Nota Técnica, que diz que os estabelecimentos devem oferecer ao consumidor a possibilidade de rediscutir as cláusulas contratuais de forma individualizada”.
O PROCON recomenda aos pais e responsáveis e aos estabelecimentos particulares de ensino particular em geral do município de São Carlos, a priorizarem a continuidade dos contratos de serviços educacionais (semestrais e anuais), adotando todas as medidas para restabelecer o equilíbrio financeiro do contrato, face à revisão do mesmo em razão de fato posterior à sua celebração.
O órgão de defesa do consumidor também recomenda as escolas para que não cobrarem eventuais multa de mora e de juros em decorrência do atraso no pagamento das mensalidades pelos consumidores durante o período de isolamento social e seus desdobramentos, quando causado por prejuízos financeiros em razão da pandemia, devidamente comprovados.
Outra recomendação é de não transferir os custos de incremento em tecnologia para a implementação das novas técnicas de atividades domiciliares com intermediação de tecnologia, considerando que muitos dos equipamentos e sistemas passarão a integrar o patrimônio da escola e diminuirão outros custos.
As escolas também devem disponibilizar aos pais ou responsáveis a planilha de custos referentes aos meses de suspensão das atividades presenciais de aula. Caso constatada pelo estabelecimento redução de custos, o mesmo deve ocorrer proporcionalmente no abatimento na contraprestação do consumidor.
A Nota Técnica completa está disponível no Diário Oficial do Município no site da Prefeitura de São Carlos no link http://www.saocarlos.sp.gov.br/images/stories/diario_oficial_2020/DO_09052020_1561.pdf
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