UCRÂNIA - Seis pessoas morreram e 19 ficaram feridas em ataques russos com mísseis na Ucrânia, um deles contra o porto de Odessa, no momento em que as forças ucranianas reivindicam pequenos avanços na frente de batalha.
Em Odessa, sul do país, três pessoas morreram em um ataque com mísseis de cruzeiro Kalibr contra um depósito comercial, anunciou Sergiy Bratchuk, porta-voz da administração militar desta grande cidade portuária no Mar Negro.
Sete pessoas ficaram feridas no depósito e "outras pessoas podem estar sob os escombros", informou em um comunicado o prefeito de Odessa, Guennadii Trukhanov.
Além disso, outras seis pessoas ficaram feridas em outras áreas da cidade: um centro empresarial, estabelecimentos comerciais e um complexo residencial também foram atingidos.
Odessa era um destino de férias muito apreciado por ucranianos e russos antes de o presidente Vladimir Putin determinar a invasão do país vizinho, em fevereiro do ano passado. Desde o início da guerra, a cidade foi bombardeada diversas vezes pelas tropas russas.
Em janeiro, a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) incluiu o centro histórico de Odessa na lista de Patrimônio da Humanidade em perigo.
A Força Aérea ucraniana afirmou que três dos quatro mísseis russos disparados contra a cidade foram derrubados. A Rússia também lançou 10 drones de fabricação iraniana Shahed-136/131 durante a noite - a partir do Mar de Azov - contra o sudeste da Ucrânia.
Além disso, seis mísseis de cruzeiro do tipo X-22 lançados da região russa de Rostov-on-Don atingiram a região de Donetsk, leste da Ucrânia.
O ataque provocou três mortes e deixou seis feridos, afirmou o governador Pavlo Kirilenko.
- Contraofensiva –
Na terça-feira (13), seis pessoas, incluindo quatro guardas florestais, morreram quando o veículo em que viajavam foi atingido por um bombardeio russo no nordeste da Ucrânia, perto da fronteira entre os dois países, anunciou a Procuradoria Geral ucraniana.
No mesmo dia, um ataque russo com mísseis matou 12 pessoas em Kryvyi Rih, a cidade natal do presidente ucraniano Volodimir Zelensky, na região central do país, de acordo com um balanço atualizado.
Moscou intensificou nas últimas semanas os ataques noturnos contra as principais cidades ucranianas, no momento em que Kiev executa uma vasta contraofensiva com armas fornecidas pelos países ocidentais com o objetivo de recuperar territórios ocupados pelas forças russas.
A Ucrânia afirma que a contraofensiva está avançando, mas Putin afirmou na terça-feira que o exército russo provoca perdas "catastróficas" para as forças inimigas.
De acordo com analistas militares, a Ucrânia ainda não acionou a maior parte de suas forças para a contraofensiva. No momento, o país testa a linha de frente, em busca de pontos frágeis dos russos.
As operações parecem concentradas em três pontos: Bakhmut (leste), cidade destruída após meses de combates, Vuhledar (sudeste) e Orikhiv (sul).
Durante os últimos três dias, os ucranianos recuperaram quase três quilômetros quadrados de território e avançaram 1,4 km em determinados pontos da frente de batalha, anunciou um dos comandantes do Estado-Maior de Kiev, Andrii Kovaliov.
A Rússia reivindicou na terça-feira a captura de tanques alemães Leopard e blindados americanos Bradley, fornecidos pelos aliados ocidentais à Ucrânia.
- Diretor da AIEA em Zaporizhzhia -
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, pretende visitar a central nuclear de Zaporizhzhia, controlada pela Rússia, para verificar se há riscos após a destruição da represa de Kakhovka, no rio Dnieper.
Inicialmente prevista para esta quarta-feira, a visita pode ser adiada para quinta-feira, de acordo com uma fonte do setor nuclear russo que não revelou os motivos. A Ucrânia e a AIEA não confirmaram a informação.
Grossi afirmou que "não há perigo imediato", mas o nível de água do reservatório de refrigeração da central é motivo de preocupação.
"Quero fazer minha própria avaliação, visitar o local, conversar com a direção sobre as medidas que foram adotadas e, depois, estabelecer uma avaliação mais definitiva do perigo", explicou na terça-feira.
A destruição da represa provocou inundações no sul da Ucrânia: 17 pessoas morreram na parte ocupada pela Rússia e 10 na área sob controle ucraniano.
A Ucrânia acusa a Rússia de destruir a represa para frear a contraofensiva do país. Moscou nega e acusa Kiev de "sabotagem".
UCRÂNIA - Um imóvel residencial em Kryvyi Rih, cidade onde o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky nasceu, foi atingido por um míssil na madrugada desta terça-feira (13). Ao menos seis pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas.
Segundo as autoridades ucranianas, Kryvyi Rih, na região de Dnipropetrovsk, no centro-leste do país, foi alvo de "um ataque massivo de mísseis". Vários pontos da cidade foram atingidos, especialmente um imóvel residencial de cinco andares. Imagens divulgadas pela administração local mostram um prédio inteiro em chamas. Além dos mortos e feridos, sete pessoas estariam sob os escombros.
Outro imóvel residencial, além de dois outros pontos da cidade foram atingidos por mísseis, deixando mais sete feridos.
Em Kiev, a administração militar também registrou ataques noturnos com "mísseis de cruzeiro", garantindo que o sistema de defesa pode detectar o bombardeio e proteger a capital ucraniana "com sucesso".
Já em Kharkiv, no nordeste, drones atacaram "infraestruturas civis". Segundo as autoridades locais, a sede de uma empresa e um hangar foram destruídos.
Contraofensiva avança
Na noite de segunda-feira, Zelensky indicou que a contraofensiva em andamento contra as tropas russas é "difícil", mas "avança". Segundo ele, "as perdas inimigas estão no nível desejado".
"As condições meteorológicas não são favoráveis, a chuva torna nossa tarefa difícil, mas a força de nossos soldados traz bons resultados", reiterou o presidente ucraniano saudando o retorno da bandeira nacional a "territórios libertados".
Mais cedo, o governo ucraniano afirmou ter retomado o controle de sete cidades no sul e no leste do país. Segundo a vice-ministra da Defesa, Ganna Malyar, várias localidades foram retomadas na região de Zaporijia, no sul. O Ministério da Defesa da Ucrânia também indicou que houve um avanço de "250 a 700 metros" na região de Bakhmut, no leste.
Já Moscou indicou nesta terça-feira ter capturado - pela primeira vez - tanques Leopard, de fabricação alemã, e blindados Bradley, de fabricação americana, fornecidos a Kiev por países ocidentais para a contraofensiva ucraniana. Na véspera, o governo russo afirmou ter repelido ataques "do inimigo" na região de Donetsk, no leste.
Teste no front
Segundo analistas militares, a Ucrânia ainda não lançou sua grande contraofensiva. O país estaria inicialmente testando o front com ataques de menor envergadura para determinar os pontos fracos.
De acordo com o presidente francês, Emmanuel Macron, as operações irão durar "várias semanas, até meses". O chefe de Estado diz esperar que a contraofensiva seja "a mais vitoriosa possível para poder, em seguida, iniciar a fase de negociações em boas condições".
Em Viena, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que seu diretor, Rafael Grossi, estará nesta terça-feira em Kiev. Ele também deve visitar a central nuclear de Zaporíjia, fragilizada após a destruição de uma barragem no rio Dnipro, na semana passada.
Desde o início da invasão russa, Grossi vem advertindo para o risco de um acidente nuclear nesta que é a maior usina atômica da Europa.
(Com informações da AFP)
UCRÂNIA - O exército ucraniano reivindicou no domingo (11) ter reconquistado duas pequenas cidades no sudeste do país. Esta é a primeira vez desde o início de sua contraofensiva que a Ucrânia comunica o avanço de suas tropas e o sucesso em ocupações territoriais.
Em imagens compartilhadas nas redes sociais, soldados podem ser vistos carregando uma bandeira ucraniana em um prédio em ruínas. "Os gloriosos soldados da 68ª brigada Jaeger [...] libertaram a localidade de Blagodatné", indicam no Facebook as forças do exército ucraniano nos comentários do vídeo.
Esta pequena cidade, que somava menos de mil habitantes antes da guerra, está localizada na fronteira das regiões de Donetsk e Zaporijjia, no sudeste da Ucrânia. De acordo com Valery Cherchène, porta-voz das unidades encarregadas da defesa do “Front Tavria”, que participaram da operação, os ucranianos capturaram dois militares russos e combatentes separatistas pró-Rússia.
“A bandeira ucraniana foi pendurada em Blagodatné”, acrescentou ele na televisão. A captura desta localidade também foi noticiada do lado russo, em particular nas redes de blogueiros nacionalistas.
Neskuchne
Poucas horas depois, a Ucrânia anunciou a reocupação do vilarejo de Neskuchne, na região leste de Donetsk, o segundo ganho territorial de sua ofensiva. "Neskuchne, na região de Donetsk, está novamente sob a bandeira ucraniana", garantiu o serviço de guarda de fronteira do Estado.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, havia anunciado que operações de contraofensiva estavam em andamento, sem dar mais detalhes.
As autoridades de Kiev optaram por ocultar suas operações e pediram aos ucranianos que não divulguem nenhuma informação que possa comprometer as chances de uma grande contraofensiva, destinada a retomar os territórios ocupados no sul e no leste do país.
“O mais difícil está por vir”
Esses anúncios “refletem as informações indiretas que já tínhamos sobre os combates violentos nessa região”, avalia Ulrich Bounat, especialista em geopolítica e no Leste Europeu. As forças russas haviam estabelecido diversas linhas de defesa por quilômetros nesta região.
“Vemos que os ucranianos conseguiram ultrapassar as primeiras linhas de defesa, que não são as mais fortes. Mas isso significa que a contraofensiva está bem lançada, e que está avançando”, analisa. Mas “o mais difícil está por vir”, ele acrescenta, uma vez que as linhas de defesa “mais fortes” estão a cerca de 15 km do front.
Essas primeiras conquistas também revelam informações iniciais sobre a estratégia e os recursos implantados pelo exército ucraniano na linha de frente. Isso mostra que “os ucranianos estão tentando progredir com os diversos veículos blindados que possuem, como tanques de assalto pesados e veículos blindados de transporte de pessoal”, explica Bounat.
“Também vemos que os ucranianos estão tentando manobrar entre campos minados e bastante durante a noite, de forma a se beneficiarem do equipamento de mira noturna que os blindados ocidentais têm e que nem sempre necessariamente os equipamentos russos têm”, compara o analista.
Aprendendo com os erros
Mas, apesar deste primeiro progresso, além das linhas defensivas russas estruturadas, a contraofensiva que começou na semana passada está enfrentando tropas russas onde a coordenação entre as forças armadas está funcionando melhor do que antes.
Na opinião de Ulrich Bounat, os russos aprenderam com os erros cometidos durante a primeira parte da guerra: “Vemos, por exemplo, que as tropas conseguem se coordenar com a artilharia. Vimos a intervenção da força aérea, o que prova sua coordenação com o exército. Também vimos drones kamikaze usados pelos russos contra equipamentos e fileiras ucranianas. Esse nível de sincronização do exército russo é algo que dificilmente vimos no início do conflito. Podemos dizer que o exército russo está aprendendo um pouco com seus erros”.
Uma questão, no entanto, ainda parece latente em relação a esta contraofensiva: o número real de unidades engajadas. “Sabemos que existem cerca de 12 brigadas mecanizadas que foram planejadas para esta contraofensiva. Mas não sabemos quantas dessas brigadas estão engajadas atualmente e em qual frente exatamente”, conclui Ulrich Bounat.
Mar Negro
Mais cedo, a Rússia informou que a Ucrânia tentou, sem sucesso, atacar com a ajuda de seis drones um de seus navios de guerra que patrulhavam os principais gasodutos no Mar Negro.
De acordo com as autoridades ucranianas, três pessoas morreram e outras dez ficaram feridas quando o barco que os retirava das áreas inundadas de Kherson foi atacado por forças russas. Não foram fornecidos detalhes sobre o procedimento utilizado.
A Ucrânia e a Rússia também anunciaram a troca de 95 prisioneiros ucranianos por 94 prisioneiros russos.
(Com informações da RFI e da Reuters)
UCRÂNIA - Pelo menos 13 pessoas morreram dos dois lados do front em consequência das enchentes provocadas pela destruição da barragem da central hidrelétrica de Nova Kakhovka, na região ucraniana de Kherson, ocupada pelas forças russas.
Na sexta-feira (09/06) as autoridades da Rússia confirmaram oito mortos na área ocupada pelas tropas invasoras russas, após o nível da água começar a baixar. Enquanto isso, o Ministério do Interior da Ucrânia informou que quatro pessoas morreram no norte de Kherson, sob contole de Kiev, que outras 13 estão desaparecidas e que uma morreu na província ucraniana de Mykolayiv.
A barragem de Nova Kakhovka se rompeu na terça-feira, com Moscou e Kiev trocando acusações de responsabilidade pela destruição, que inundou uma área de cerca de 600 quilômetros quadrados às margens do rio Dnipro. Especialistas não descartam a possibilidade de que a barragem, há muito controlada pela Rússia, tenha sido mal conservada e tenha rompido sob a pressão da massa de água.
Número de mortes ainda maior
Voluntários que trabalham na margem do rio Dnipro ocupada pelas forças russas contrariam a cifra oficial de Moscou e falam em dezenas de mortes, reportou a mídia independente, como o portal The Insider.
Os moradores das áreas ocupadas também informaram à imprensa sobre inúmeros desaparecimentos. Além disso, criticaram o Ministério Russo para Situações de Emergência por obstruir o trabalho, impedindo-os de acessar a área do desastre. O representante da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, pediu na quinta-feira que a Rússia permita a passagem de pessoal de agências das Nações Unidas e da Cruz Vermelha para áreas sob seu controle.
Mais corpos podem aparecer nas próximas horas e elevar o número oficial de mortos, já que o nível da água na barragem de Kakhovka caiu mais um metro nas últimas 24 horas, para 11,74 metros, e segue descendo, segundo informou nesta sexta-feira a empresa hidrelétrica pública ucraniana Ukrhydroenergo.
As enchentes inundaram 48 cidades e mais de 3.625 casas na província ucraniana de Kherson, onde estava localizada a infraestrutura destruída. Na parte controlada por Kiev da região de Kherson, 2.412 pessoas tinham sido evacuadas até esta sexta.
A destruição da barragem também inundou 23 cidades na província ucraniana de Mykolayiv, onde mais de 800 pessoas foram evacuadas devido às enchentes.
Além disso, 11 pessoas ficaram feridas na quinta-feira por bombardeios russos enquanto moradores e autoridades tentavam evacuar vítimas em território controlado por Kiev, de acordo com o Ministério do Interior ucraniano.
Falta de água potável
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, disse nesta sexta que a destruição da barragem de Nova Kakhovka restringiu o acesso de "centenas de milhares de pessoas" à água potável.
"Estamos trabalhando em todos os níveis das autoridades estaduais e locais para resgatar o maior número possível de pessoas das áreas inundadas", escreveu no Twitter, voltando a responsabilizar a Rússia pela explosão.
Mais cedo, o serviço de segurança doméstica da Ucrânia disse ter interceptado uma ligação telefônica que provaria que um "grupo de sabotagem" russo explodiu a barragem.
Zelenski postou um trecho do áudio da suposta conversa em seu canal do Telegram. A DW não pôde verificar a gravação de forma independente, e Moscou não comentou o conteúdo.
Na quinta-feira, Zeleski esteve na região de Kherson para coordenar as operações de emergência com as autoridades locais.
"É importante calcular os danos e atribuir fundos para compensar os residentes afetados pelo desastre", disse Zelenski, apelando à ajuda para que as empresas afetadas pelas inundações possam se deslocar para outras partes da região.
Situação perigosa na usina de Zaporíjia
O rompimento da barragem também é um risco para a usina nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa, já que a água da barragem era usada para resfriar os reatores.
De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a barragem de Kakhovka ainda está fornecendo água para o resfriamento. Uma avaliação de especialistas da AIEA indicou que as bombas da usina provavelmente continuariam operando mesmo se o nível da água ficar em 11 metros ou até menos.
"Nestas circunstâncias difíceis e desafiadoras, isso está dando mais algum tempo antes de possivelmente mudar para fontes alternativas de água”, disse o chefe da AIEA, Rafael Grossi.
No entanto, Grossi, que deve visitar Zaporíjia na próxima semana, alertou sobre a situação de segurança "muito precária e potencialmente perigosa" ao redor da usina, em meio aos combates contínuos.
Crime de guerra
Paralelamente à evacuação dos civis na região das margens do rio Dnipro e às preocupações com a usina de Zaporíjia, a ONU disse que ainda não pode avaliar se a destruição da barragem de Kakhovka pode ser classificada como um crime de guerra.
"Como as circunstâncias do incidente permanecem incertas, é prematuro considerar se um crime de guerra pode ter sido cometido", disse o porta-voz Jeremy Laurence nesta sexta-feira.
"Reiteramos nosso apelo por uma investigação independente, imparcial, completa e transparente."
Laurence disse que os repetidos pedidos da ONU para visitar territórios ucranianos sob ocupação russa foram todos rejeitados.
Ataque com drone
Também nesta sexta-feira, autoridades russas informaram que pelo menos três pessoas ficaram feridas em consequência do impacto de um drone contra um edifício de apartamentos no centro da cidade russa de Voronezh, localizada a cerca de 250 quilômetros da fronteira com a Ucrânia.
"Três pessoas ficaram feridas com fragmentos de vidro. Elas receberam atendimento médico no local, se recusaram a ser hospitalizadas", informou o governador da região de Voronezh, Alexandr Gusev, no Telegram.
Ao comentar o ataque, o Kremlin ressaltou que os detalhes ainda estão sendo esclarecidos.
"Vimos relatos de que o drone foi abatido", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Simultaneamente, fontes de emergência confirmaram à agência de notícias russa TASS que o drone foi interceptado por meios de combate radioeletrônico quando se dirigia para uma fábrica de aeronaves em Voronezh.
Avanços ucranianos em Bakhmut
Enquanto isso, a Ucrânia relatou nesta sexta intensos combates na região leste de Donetsk e um porta-voz militar disse que as forças ucranianas ganharam mais terreno perto da devastada cidade de Bakhmut.
"A situação é tensa em todas as áreas do front", disse a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, em mensagem no Telegram.
"O inimigo continua concentrando seus esforços principalmente nas direções de Lyman, Bakhmut, Avdiivsky e Mariinka. Os combates pesados continuam", afirmou, destacando que as tropas ucranianas estavam repelindo os ataques russos.
Serhiy Cherevaty, porta-voz dos militares do leste da Ucrânia, disse que as forças ucranianas avançaram 1,2 km perto de Bakhmut nas últimas 24 horas.
le (EFE, Reuters, Lusa, DPA, ots)
por dw.com
UCRÂNIA - A Ucrânia prossegue nesta quarta-feira (7) com a retirada de milhares de moradores após a destruição parcial da represa hidrelétrica de Kakhovka, que inundou várias localidades ao longo do rio Dnieper e que provocou uma intensa troca de acusações entre Moscou e Kiev.
O governo dos Estados Unidos afirmou que a explosão pode ter provocado várias mortes e que não é possível determinar de modo conclusivo o que aconteceu na represa, que fornece água resfriamento para a central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o ataque é "outra consequência devastadora da invasão russa à Ucrânia".
A dimensão da catástrofe "só poderá ser plenamente avaliada nos próximos dias, mas as consequências serão graves", afirmou na terça-feira, no Conselho de Segurança da ONU, o secretário para Assuntos Humanitários da organização, Martin Griffiths.
Ele também mencionou impossibilidade de enviar ajuda a milhões de pessoas afetadas, "o golpe para a produção agrícola e os riscos de contaminação por minas e artefatos explosivos" que podem ser arrastados pela água.
A China, que tenta atuar como mediador na guerra, expressou preocupação com "impacto humano, econômico e para o meio ambiente". Também pediu às partes em conflito que respeitem o direito internacional humanitário e façam o possível para proteger os civis e as infraestruturas civis.
A Ucrânia afirmou que o ataque contra a represa, tomada pela Rússia nos primeiros dias da guerra - em fevereiro do ano passado -, foi uma tentativa de Moscou de frear a esperada ofensiva de Kiev, que segundo o governo não será afetada.
A Rússia acusou a Ucrânia de "sabotagem deliberada".
Moradores de Kherson, a maior cidade da região, seguiram para pontos elevados após a cheia do rio Dnieper.
"Antes eram tiros e agora temos inundação", disse Liudmila, moradora da cidade, depois de carregar uma máquina de lavar roupa em uma carroça presa a um velho automóvel soviético.
"A inundação está aqui, diante dos nossos olhos. Ninguém sabe o que pode acontecer a partir de agora", afirmou Viktor, outro morador de Kherson, à AFP.
Autoridades ucranianas anunciaram que mais de 17.000 pessoas serão retiradas de 24 localidades inundadas.
"Mais de 40.000 pessoas podem estar em áreas inundadas", afirmou no Twitter o procurador-geral ucraniano, Andriy Kostin. Ele informou que mais de 25.000 moradores devem ser retirados da margem do rio ocupada pela Rússia.
A central hidreléctrica da represa também está "completamente destruída", anunciou a operadora ucraniana de energia hidrelétrica, Ukrhydroenergo.
- "Bomba ambiental" -
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, acusou a Rússia de detonar uma "bomba ambiental de destruição em massa" e afirmo que até 80 localidades seriam inundadas.
"Este crime provoca enormes ameaças e terá graves consequências para a vida das pessoas e o meio ambiente", afirmou Zelensky. Ele disse ainda que a explosão aconteceu às 2H50 de terça-feira (20H50 de Brasília, segunda-feira).
A Rússia respondeu e pediu uma "condenação às ações criminosas das autoridades ucranianas, que são cada vez mais desumanas e representam uma grave ameaça para a segurança regional e global".
Em outubro do ano passado, Zelensky acusou a Rússia de instalar minas na represa e advertiu que a destruição da barragem provocaria uma nova onda de refugiados na Europa.
No aspecto militar, a Ucrânia afirmou na segunda-feira que registrou progressos na região de Bakhmut, leste do país, ao mesmo tempo relativizou a dimensão das "ações ofensivas" em outras partes do front.
A Rússia alega que está impedindo ataques em larga escala, mas na terça-feira reconheceu que 71 soldados morreram nos combates dos últimos dias.
Kiev afirma há meses que está preparando uma grande ofensiva para forçar uma retirada das tropas de Moscou.
- Central nuclear -
A destruição parcial da represa provoca o temor de consequências para a central nuclear de Zaporizhzhia, que fica a 150 km de distância, porque a usina hidrelétrica de Kakhovka garante água de resfriamento para o local.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) destacou, no entanto, que "não há perigo imediato" e acrescentou que os especialistas estão monitorando a situação.
Assim como a represa, a central nuclear fica em uma área ocupada pelas forças russas desde a invasão iniciada em fevereiro de 2022.
O diretor da central nuclear, Yuri Chernichuk, designado pelos ocupantes russos, afirmo que "no momento não há ameaças" para a segurança do local.
A represa de Kakhovka, construída na década de 1950, no auge da era soviética, tem valor estratégico por fornecer água ao Canal da Crimeia do Norte, que nasce no sul da Ucrânia e atravessa toda a península da Crimeia, sob controle russo desde 2014.
MOSCOU - Um grupo de combatentes russos pró-Ucrânia envolvidos em recentes incursões na região fronteiriça de Belgorodo, na Rússia, disse no domingo (4) que capturou dois soldados russos e se ofereceu para trocá-los por uma reunião com o governador regional.
Grupos como a Legião da Liberdade da Rússia e o Corpo de Voluntários Russos relataram batalhas na região nos últimos dias, enquanto Kiev se prepara para uma contraofensiva contra as forças do Kremlin na Ucrânia.
Em um vídeo em um canal de Telegram da Legião da Liberdade da Rússia, um homem que se identificou como comandante do Corpo de Voluntários Russos disse que entregaria os dois prisioneiros ao governador de Belgorodo, Viacheslav Gladkov, se ele viesse encontrar os combatentes na vila de Novaia Tavolzhanka antes das 17h no horário local.
O vídeo mostrava os dois prisioneiros, um dos quais parecia ferido e estava deitado em uma mesa de operação. "Hoje, até às 17h, vocês têm a oportunidade de se comunicar sem armas e levar para casa dois cidadãos russos, soldados comuns que você e sua liderança política enviaram para o massacre", dizia um comunicado publicado junto com o vídeo.
Horas depois, o governador afirmou que iria se encontrar com os combatentes no horário determinado por eles e que garantiria a segurança dos cativos russos caso eles ainda não tivessem sido mortos.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, sustenta que os dois grupos são terroristas agindo como representantes de Kiev. A Ucrânia negou envolvimento direto nos ataques em Belgorodo, mas os classificou como consequência da invasão da Rússia.
Gladkov afirmou neste domingo que as forças ucranianas continuaram a bombardear a região de Belgorodo durante a madrugada depois que duas pessoas foram mortas na noite anterior e centenas de crianças, retiradas da fronteira. Ao todo, mais de 4.000 pessoas foram realocadas para acomodações temporárias na região, segundo oficiais.
"Durante a noite, foi bastante inquieto", afirmou Gladkov em um canal de Telegram, acrescentando que os distritos de Shebekino e Volokonovski sofreram muitos danos com o último bombardeio.
Gladkov escreveu mais tarde que os incêndios começaram na cidade de Shebekino depois que as forças ucranianas bombardearam uma área de mercado no centro, mas que ninguém ficou ferido. Shebekino fica a cerca de 7 km da fronteira com a Ucrânia.
A realidade da guerra está aos poucos sendo trazida para a Rússia, com bombardeios sendo intensificados nas regiões de fronteira, mas também com ataques aéreos no interior do país, inclusive um na semana passada em Moscou.
No final de maio, os militares da Rússia disseram ter repelido um dos mais graves ataques transfronteiriços de um grupo de sabotagem ucraniano que, segundo eles, havia entrado em território russo em Belgorodo.
A Ucrânia negou ter atacado Moscou na semana passada e também que seus militares estejam envolvidos nas incursões em Belgorodo. Diz que são conduzidos por combatentes voluntários russos.
No sábado, Gladkov escoltou cerca de 600 crianças dos distritos de Shebekino e Graivoron da região para as cidades de Yaroslavl e Kaluga, longe da fronteira ucraniana. "As crianças de Shebekino estão muito preocupadas com sua cidade natal", disse ele. "Comecei a sair, eles me pararam e com ansiedade começaram a fazer perguntas."
Shebekino, uma cidade de cerca de 40 mil habitantes, e outros lugares em Belgorodo foram atacados repetidamente recentemente, com Gladkov dizendo à mídia russa que sua região agora vive em condições de guerra. Neste domingo, o governador afirmou que a artilharia russa repeliu ataques de grupos pró-Ucrânia no município de Novaia Tavolzhanka.
Também neste domingo, os militares ucranianos renovaram um apelo por silêncio em torno de uma contraofensiva há muito esperada contra as forças russas --autoridades ucranianas desencorajaram a especulação pública sobre a operação, dizendo que isto poderia ajudar o inimigo.
Há grande expectativa em torno do que se espera ser um amplo ataque das forças de Kiev para retomar o território ocupado pela Rússia no leste e no sul do país.
Nos últimos dias, as autoridades também reprimiram os cidadãos que compartilham imagens ou filmagens de sistemas de defesa aérea derrubando mísseis russos. "Os planos amam o silêncio. Não haverá anúncio do início", disse um oficial ucraniano em um vídeo publicado nos canais oficiais do Telegram, aparentemente referindo-se à contraofensiva.
Os aliados ocidentais de Kiev nos últimos meses forneceram armas, armaduras e munições para a contraofensiva, que especialistas militares disseram que poderia ser difícil, contra as forças russas entrincheiradas.
Em entrevista publicada no sábado, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, afirmou que Kiev estava preparada para a operação, mas não deu prazos.
Em resposta, neste domingo o Kremlin afirmou que qualquer fornecimento de mísseis de longo alcance para Kiev pela França e pela Alemanha levaria a tensões crescentes no conflito na Ucrânia. No mês passado, o Reino Unido se tornou o primeiro país a fornecer à Ucrânia foguetes do tipo.
A Ucrânia pediu à Alemanha mísseis de cruzeiro Taurus, que têm um alcance de 500 km, enquanto o presidente Emmanuel Macron disse que a França dará à Ucrânia mísseis com um alcance que lhe permita realizar sua contraofensiva.
A Rússia critica repetidamente os países ocidentais por fornecerem armas à Ucrânia e alerta que os membros da Otan, a aliança militar do ocidente, se tornaram efetivamente partes diretas do conflito.
UCRÂNIA - A Ucrânia afirmou na sexta-feira (2) que interceptou "o conjunto" de mísseis e drones russos disparados durante a madrugada contra Kiev, que deixaram dois feridos, no sexto dia consecutivo de ataques contra a capital.
"Os 15 mísseis de cruzeiro e os 21 drones de ataque (russos) foram destruídos pela defesa aérea", anunciou a Força Aérea ucraniana no Telegram.
De acordo com o comandante da administração militar da capital, Serguii Popko, a Rússia utilizou mísseis do tipo X-101/555 e drones explosivos Shahed.
"O terror sobre Kiev com ataques aéreos continua", criticou o comandante.
"Nos últimos seis dias, (os russos) executaram seis ataques aéreos contra a cidade", acrescentou.
De acordo com a Procuradoria Geral ucraniana, que abriu uma investigação, "um menino de 11 anos ficou ferido e um homem de 68 anos foi hospitalizado" após o ataque em larga escala.
Casas e veículos também foram atingidos.
A Rússia intensificou a partir do início de maio os ataques com drones e mísseis contra Kiev, geralmente durante a noite, em uma tática que, segundo o governo da Ucrânia, pretende aterrorizar a população civil no momento em que o exército do país afirma que está finalizando os preparativos para uma contraofensiva que terá o objetivo de recuperar os territórios ocupados por Moscou.
As autoridades russas afirmam que os ataques têm como alvos, sempre com "sucesso", áreas militares.
UCRÂNIA - A Rússia executou um ataque aéreo nesta quinta-feira contra Kiev que matou pelo menos três pessoas, incluindo uma criança, uma incursão que provocou pânico na capital ucraniana após uma semana de bombardeios.
O ataque, que começou às 3H00 locais (21H00 de Brasília, quarta-feira) com mísseis de cruzeiro e balísticos, deixou três mortos e 12 feridos, segundo as autoridades ucranianas.
"No bairro de Desnianski: três pessoas mortas, incluindo uma criança (nascida em 2012), e 10 pessoas feridas, incluindo uma criança. No bairro de Dniprovskyi: duas pessoas feridas", anunciou no Telegram a Administração Militar de Kiev.
Ao mesmo tempo, a Rússia começou a retirar na quarta-feira centenas de crianças de regiões de fronteira com a Ucrânia, alvos de intensos bombardeios nos últimos dias, e onde a situação é "alarmante", segundo o Kremlin.
Nesta quinta-feira, oito pessoas ficaram feridas em uma cidade da região de Belgorod, próxima da fronteira e alvo de disparos contínuos de artilharia, anunciou o governador Vyacheslav Gladkov.
"Shebekino está sob fogo ininterrupto", afirmou Gladkov no Telegram. As forças ucranianas bombardeiam "o centro e os arredores" da cidade, acrescentou.
"Oito pessoas ficaram feridas. Não há mortes", disse.
"A vida dos civis e da população está sob ameaça, em particular em Shebekino e nas localidades próximas", afirmou Gladkov.
O governador, no entanto, negou as informações divulgadas em alguns canais do Telegram sobre um "avanço" das tropas ucranianas na região de Belgorod.
Gladkov anunciou na quarta-feira o início da retirada de menores de duas localidades alvos de disparos de artilharia e morteiros.
"A partir de hoje estamos evacuando nossas crianças dos distritos de Shebekino e Graivoron", disse. "Um primeiro grupo de 300 crianças será enviado hoje para Voronezh", cidade cerca de 250 quilômetros ao nordeste.
Um jornalista da agência Ria Novosti disse que diversos ônibus com cerca de 150 pessoas chegaram à cidade.
Enquanto isso, as tensões com o Ocidente aumentaram nesta quarta-feira, após a Alemanha anunciar uma drástica redução do corpo diplomático russo em seu território, com o fechamento de quatro dos cinco consulados.
Moscou criticou a decisão, que chamou de "provocação impensada", e prometeu uma "resposta justa".
Em Washington, o Pentágono anunciou um novo pacote de armas de US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,53 bilhão) para a Ucrânia, incluindo sistemas de defesa aérea e dezenas de milhões de cartuchos de munição.
RÚSSIA - O Exército da Rússia afirmou nesta quarta-feira (31) que destruiu o último grande navio de guerra da Marinha da Ucrânia, que estava ancorado no porto de Odessa, sul do país.
"Em 29 de maio, um ataque de alta precisão da Força Aérea russa na área de ancoragem no porto de Odessa destruiu o último navio de guerra da Marinha ucraniana, o 'Yuri Olefirenko'", informou o Exército russo em seu boletim diário.
A AFP não conseguiu confirmar a informação com fontes independentes, e um porta-voz da Marinha ucraniana se recusou a fazer comentários.
O "Yuri Olefirenko" é um navio para o desembarque de tropas. O nome original era "Kirovograd" e foi rebatizado em 2016 para honrar um oficial ucraniano morto em 2015 perto da cidade de Mariupol, no sudeste.
Em junho de 2022, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, condecorou a tripulação deste navio por seu "heroísmo" durante a ofensiva do Exército russo.
O navio foi utilizado em 2014 para retirar os miliares ucranianos após a anexação da península da Crimeia pela Rússia.
RÚSSIA - A Rússia anunciou nesta terça-feira (30) que derrubou oito drones ucranianos lançados contra Moscou e as proximidades da capital, um ataque sem precedentes que coincide com a terceira onda de bombardeios russos contra Kiev, a capital da Ucrânia, em 24 horas.
O ministério russo da Defesa denunciou um "ataque terrorista" de Kiev e afirmou que neutralizou os oito drones com suas baterias de defesa antiaérea e sistemas de guerra eletrônica.
O prefeito da capital russa, Serguei Sobyanin, informou que duas pessoas ficaram levemente feridas no ataque, que aconteceu durante a madrugada e provocou "danos pequenos em vários edifícios".
"Todos os serviços de emergência da cidade foram acionados (...) Ninguém ficou gravemente ferido até o momento", escreveu Sobianin no Telegram.
A ação contra Moscou acontece em um momento de multiplicação dos ataques em território russo. Na semana passada aconteceu uma grande incursão na região de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia. Kiev não reivindicou qualquer operação.
Pouco antes do anúncio do ataque com drones em Moscou, a Ucrânia informou que uma pessoa morreu em um novo "ataque em larga escala" contra Kiev durante a noite, o terceiro em apenas 24 horas.
"Das 23H30 às 4H30 (17H30 às 22H30 de Brasília, segunda-feira), as tropas russas da ocupação atacaram a Ucrânia com 31 drones de fabricação iraniana Shahed-136/131, mas 29 foram derrubados, quase todos perto da capital e no céu de Kiev", anunciou a Força Aérea ucraniana no Telegram.
"Uma pessoa morreu, uma mulher foi hospitalizada, duas vítimas receberam atendimento médico no local", declarou o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko.
Vários mísseis russos foram lançados durante a segunda-feira contra Kiev, o que provocou cenas de pânico nas ruas, após uma noite de bombardeios. Muitos moradores procuraram abrigos subterrâneos, em particular as estações de metrô.
- Edifícios abandonados -
Em Kiev e outras cidades ucranianas, as explosões são parte do dia a dia dos habitantes. Porém, Moscou e as localidades próximas raramente foram atacadas com drones desde o início do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
As imagens publicadas nas redes sociais mostram vestígios de fumaça no céu. Outras mostram uma janela destruída em um edifício.
Testemunha citadas pelas agências de notícias russas afirmaram que um drone "entrou em um apartamento" no 14º andar de um edifício residencial.
"Não houve explosão. A polícia pediu a todos os moradores que abandonassem os apartamentos", disse uma testemunha à agência Ria Novosti.
De acordo com Sobianin, as autoridades determinaram a evacuação de dois prédios residenciais de Moscou atingidos pelos drones.
Os moradores "poderão retornar aos apartamentos após a conclusão do trabalho dos serviços especiais", declarou o prefeito da capital russa.
"Esta manhã, os moradores de alguns distritos de Moscou ouviram explosões: era o nosso sistema de defesa antiaérea", anunciou o governador da região, Andrei Vorobiov.
Ele pediu aos moradores que permaneçam calmos e insistiu que "todos os serviços de emergência estão trabalhando".
O Comitê de Inquérito da Rússia, responsável pelas principais investigações no país, informou em um comunicado que está analisando a queda de drones em Moscou e afirmou que vários aparelhos foram derrubados quando se aproximaram da capital.
Moscou e sua região, a mais de 500 quilômetros da fronteira ucraniana, quase não foram alvos de ataques com drones, mas este tipo de operação foi registrada com mais intensidade nas últimas semanas em outras áreas do território russo.
No início de maio, dois drones foram derrubados sobre o Kremlin, sede do poder russo, em um ataque atribuído à Ucrânia.
Também foram registrados ataques de drones contra bases militares e infraestruturas de energia na Rússia.
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