UCRÂNIA - A Ucrânia afirmou, no domingo (28), que conseguiu repelir durante a noite o "maior" ataque de drones lançado contra Kiev desde o início da invasão russa e o presidente Volodimir Zelensky elogiou as defesas antiaéreas do país.
O bombardeio noturno deixou pelo menos dois mortos e três feridos, segundo as autoridades.
O ataque acontece enquanto a Rússia intensifica o bombardeio da capital ucraniana e emite alertas contra as potências ocidentais, depois que os Estados Unidos autorizaram a entrega de caças F-16 a Kiev.
A administração militar de Kiev classificou o bombardeio como "o maior ataque de drones contra a capital desde o início da invasão".
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, agradeceu o trabalho das defesas antiaéreas.
"Toda vez que eles derrubam drones e mísseis inimigos, vidas são salvas (...). Eles são os nossos heróis", escreveu ele no Telegram.
Este é o 14º ataque de drones contra Kiev desde o início de maio.
"As pessoas estão em choque. Os danos são significativos, as janelas quebradas, o telhado danificado", disse Sergei Movchan, um morador de 50 anos.
As autoridades militares especificaram que o ataque "se desenvolveu em várias ondas, e o alerta aéreo durou mais de 5 horas".
- "É assim que a Rússia comemora" -
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, descreveu o ataque como "massivo" e especificou que os drones foram lançados "de várias direções ao mesmo tempo".
Zelensky afirmou pela noite, em seu discurso, que "durante o ataque terrorista, o bombardeio mais poderoso foi direcionado contra a região de Kiev".
"É assim que a Rússia comemora o dia de nossa antiga Kiev", afirmou.
Este domingo é o dia em que Kiev comemora sua história e, antes da guerra, as autoridades organizavam espetáculos e eventos públicos.
"Kiev, uma cidade de pessoas livres e corajosas, tornou-se um símbolo do espírito inabalável da Ucrânia e das ambições imperiais fracassadas do Kremlin", elogiou o ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov.
Segundo a Força Aérea da Ucrânia, a Rússia mirou em "instalações militares e infraestruturas estratégicas nas regiões centrais do país, em particular na região de Kiev".
"A Federação Russa lançou outro ataque maciço no território da Ucrânia, usando drones de ataque iranianos Shahed", afirmou o Estado-Maior das forças ucranianas.
"De acordo com informações atualizadas, 58 dos 59 (drones) foram derrubados por nossas defesas", disse ele, atualizando um anúncio anterior de 52 de um total de 54 aeronaves derrubadas.
- "Um aliado-chave" -
Mikhailo Podoliak, assessor da presidência ucraniana, culpou o Irã, pedindo novas sanções contra Teerã.
O assessor afirma que "Teerã se tornou um importante aliado de Moscou este ano, entregando de forma deliberada armas para atacar cidades com civis".
O Irã, por sua vez, afirma que as acusações da Ucrânia são uma tentativa de obter mais apoio militar e financeiro das potências ocidentais.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou neste domingo que as potências do Ocidente estão brincando "com fogo" após a recente autorização dos Estados Unidos para futuras entregas de caças F-16 à Ucrânia.
"É uma escalada inaceitável" promovida por "Washington, Londres e os seus satélites dentro da UE (União Europeia)" que querem "enfraquecer a Rússia", destacou.
O uso de veículos pilotados remotamente na zona de conflito é cada vez mais comum.
Nas últimas semanas, o território russo também tem sido alvo de ataques deste tipo, além das sabotagens, em um momento em que Kiev afirma estar concluindo os preparativos para lançar uma contraofensiva e recuperar todos os territórios ocupados por Moscou, incluindo a península da Crimeia anexada pela Rússia em 2014.
O maior ataque ocorreu em 3 de maio, quando a Rússia informou que dois drones foram derrubados sobre o Kremlin em Moscou, residência oficial e local de trabalho ocasional do presidente Vladimir Putin. A Rússia acusou a Ucrânia, que negou envolvimento.
Geralmente são as regiões fronteiriças à Ucrânia que estão sendo atacadas, onde o exército russo abastece parte de suas tropas.
KIEV - A Ucrânia derrubou 10 mísseis e mais de 20 drones lançados pela Rússia em ataques noturnos contra a capital Kiev, a cidade de Dnipro e regiões do leste, disseram autoridades ucranianas na sexta-feira.
O gabinete do presidente Volodymyr Zelenskiy informou em um comunicado que um incêndio ocorreu nos arredores da cidade de Kharkiv, no nordeste do país, depois que um depósito de petróleo foi atingido duas vezes, e que o equipamento para bombear derivados de petróleo foi danificado.
A Rússia tem intensificado os ataques de mísseis e drones contra a Ucrânia neste mês, atacando principalmente instalações logísticas e de infraestrutura antes de uma esperada contraofensiva ucraniana.
A força aérea ucraniana disse ter abatido 10 mísseis disparados do Mar Cáspio, 23 drones Shahed de fabricação iraniana e dois drones de reconhecimento durante os ataques noturnos.
De acordo com a força aérea, um total de 17 mísseis e 31 drones foram lançados nos ataques, que começaram por volta das 22h de quinta-feira e continuaram até as 5h da sexta-feira.
Vários drones e mísseis atingiram alvos nas regiões de Kharkiv e Dnipropetrovsk, disseram autoridades.
Não houve relatos imediatos de morte.
"Foi uma noite muito difícil. Foi barulhento - o inimigo lançou um ataque em massa na região com mísseis e drones", disse Serhiy Lysak, governador regional de Dnipropetrovsk, pelo aplicativo de mensagens Telegram. "Dnipro sofreu."
Segundo Lysak, várias casas, carros e empresas privadas, incluindo uma companhia de transporte e um posto de gasolina, foram danificados. Um funcionário do posto de gasolina ficou ferido.
Autoridades em Kiev disseram que o teto de um shopping, uma casa e vários carros foram danificados.
O governador da região de Kharkiv também relatou danos a várias casas e instalações industriais.
A Rússia, que iniciou sua invasão em grande escala há 15 meses, tem lançado centenas de ataques com mísseis desde outubro passado, buscando destruir infraestrutura crítica e instalações de energia.
O país mudou o foco de seus ataques com mísseis para tentar interromper a preparação para um contra-ataque ucraniano, disseram oficiais militares.
Por Olena Harmash e Gleb Garanich / REUTERS
KIEV - A Rússia tem substituído unidades militares privadas do grupo mercenário Wagner por tropas regulares nos arredores de Bakhmut, mas os combatentes do grupo permanecem dentro da cidade devastada, disse a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, na quinta-feira.
Seus comentários parecem confirmar, pelo menos parcialmente, um anúncio do fundador do Wagner, Yevgeny Prigozhin, de que seu grupo havia começado a retirar suas forças de Bakhmut, no leste da Ucrânia, e entregar suas posições às tropas regulares russas.
"Nos arredores de Bakhmut, o inimigo substituiu as unidades do Wagner por forças regulares do Exército. Dentro da própria cidade, os combatentes do Wagner permanecem", escreveu Maliar em comentários no aplicativo Telegram.
Prigozhin disse em um vídeo que a retirada de suas unidades havia começado na quinta-feira e que a entrega das posições do Wagner continuaria até 1º de junho.
Serhiy Cherevatyi, porta-voz do comando militar do leste da Ucrânia, afirmou que o número de ataques russos na área caiu nos últimos três dias e que houve dois confrontos militares nas últimas 24 horas, embora os bombardeios continuem.
"Podemos definitivamente notar uma redução nos ataques e possivelmente isso está ligado ao reagrupamento. É claro que infligimos pesadas perdas e eles precisam disso (se reagrupar)", disse ele.
Segundo Maliar, a Rússia também está reforçando suas posições nos flancos de Bakhmut e bombardeando as forças ucranianas para tentar impedir os avanços ucranianos ao norte e ao sul da cidade.
Prigozhin anunciou a captura de Bakhmut na semana passada, após a mais longa e sangrenta batalha da guerra.
Reportagem de Pavel Polityuk / REUTERS
RÚSSIA - A Rússia reagirá de forma "extremamente dura" a novos ataques de combatentes que entrarem em seu território vindos da Ucrânia, disse o ministro da Defesa do país, Sergei Shoigu, na quarta-feira.
O Exército russo disse na terça-feira que derrotou militantes que atacaram uma região da fronteira russa com a Ucrânia veículos blindados no dia anterior, matando mais de 70 "nacionalistas ucranianos" e empurrando o restante de volta para a Ucrânia.
"Continuaremos a responder a essas ações dos militantes ucranianos de forma rápida e extremamente severa", disse Shoigu às autoridades do Ministério da Defesa, em comentários publicados pelo ministério.
Reportagem da Reuters
RÚSSIA - A Rússia afirmou na terça-feira (23) que "esmagou" com sua força aérea e artilharia um comando ucraniano que atacou a região fronteiriça de Belgorod, na incursão mais grave em seu território desde o início do conflito.
Na segunda-feira, combatentes da Ucrânia atacaram várias cidades na região de Belgorod, com tiros de artilharia e de drones, segundo as autoridades russas, e obrigaram os moradores a fugir.
O Kremlin expressou "profunda preocupação" e pediu o aumento dos "esforços" para evitar as outras operações desse tipo, que se soma a uma série de ataques em território russo, em plena preparação de uma grande contraofensiva ucraniana.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou na terça-feira que impediu a incursão, com apoio de sua Força Aérea e a artilharia.
"Na operação antiterrorista, as formações nacionalistas [ucranianas] foram bloqueadas e esmagadas por bombardeio aéreo e fogo de artilharia", indicou o ministério em comunicado.
"Os nacionalistas restantes foram repelidos para o território da Ucrânia, onde os bombardeios [...] continuaram até sua eliminação total", acrescentou o ministério, que afirmou que "mais de 70 terroristas ucranianos" foram mortos.
Não foi possível verificar as informações até o momento.
"Não estamos travando nenhuma guerra em territórios estrangeiros", disse o vice-ministro da Defesa ucraniano, Ganna Maliar, referindo-se a uma "crise interna russa".
O governador da região de Belgorod, Viacheslav Gladkov, anunciou à tarde a suspensão do regime "antiterrorista" decretado na véspera.
Essa medida dá poderes ampliados às forças de segurança para realizar operações armadas, efetuar controle de população e realizar evacuações. O regime foi utilizado na Chechênia entre 1999 e 2009.
- "Legião Liberdade para a Rússia" -
A incursão foi reivindicada no Telegram pela "Legião Liberdade para a Rússia", um grupo de russos que combatem do lado ucraniano e que em outras ocasiões já afirmou ter realizado ações na mesma região.
Outro grupo teria participado da operação, o "Corpo de Voluntários Russos".
O governador Gladkov anunciou que nove localidades foram evacuadas e que 13 pessoas ficaram feridas "em ações criminosas" e em bombardeios ucranianos.
As autoridades russas indicaram também que uma mulher morreu de insuficiência cardíaca durante a evacuação da localidade de Kozinka.
Vários russos entrevistados pela AFP em Moscou manifestaram medo de novos ataques.
"Toda a nação russa está nervosa com a ideia de que (os ataques) possam chegar mais longe, em Moscou inclusive", declarou Alexander, um engenheiro de 42 anos que preferiu não fornecer o sobrenome.
Os ucranianos entrevistados em Kiev estavam mais interessados nos combates em seu território. "Nossos militares devem recuperar o que os russos tomaram, as cidades da Ucrânia. Não precisamos da Rússia", disse Olga, de 26 anos, que trabalha em uma creche.
- Putin mantém silêncio -
Até agora, o presidente russo, Vladimir Putin, não se pronunciou sobre o ataque. Durante uma cerimônia de entrega de condecorações nesta terça-feira no Kremlin, limitou-se a falar de forma geral sobre o conflito na Ucrânia.
"Sim, a Rússia enfrenta tempos difíceis, mas este é um momento particular para a nossa consolidação" nacional, afirmou, e reiterou que Moscou defende a população russa do Donbass ucraniano.
Na segunda-feira, o Kremlin acusou Kiev de orquestrar a ação com o objetivo de "desviar a atenção" da tomada da cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia.
No último fim de semana, as forças russas reivindicaram a captura da cidade do leste ucraniano, que foi devastada na batalha por sua conquista, a mais longa e letal do conflito e que teria provocado enormes perdas para os dois lados.
Kiev negou a perda de Bakhmut e nesta terça-feira afirmou que "as batalhas pela cidade [...] continuam".
O presidente Volodimir Zelensky visitou nesta terça-feira a linha de frente na região de Donetsk (leste), palco de intensos combates.
RÚSSIA - As autoridades russas retiraram os civis de nove localidades na fronteira com a Ucrânia após a incursão de um grupo armado procedente do território ucraniano, informou nesta terça-feira (23) o governador regional, que citou vários bombardeios contra vilarejos.
"O trabalho de limpeza continua nas áreas afetadas. Moradores de Grayvoron, Novostroevka, Gorkovski, Bezymeno, Mokraya Orlovka, Glotovo, Gora Podol, Zamostie e Spodariusheno foram deslocados", anunciou Viacheslav Gladkov no Telegram.
O Kremlin expressou "profunda preocupação" com a incursão do grupo na região de Belgorod e pediu mais esforços para impedir este tipo de incidente.
"O que aconteceu ontem (segunda-feira) provoca uma profunda preocupação e demonstra, mais uma vez, que os combatentes ucranianos continuam com suas atividades contra nosso país", declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
"Isto exige mais esforços da nossa parte, esforços que continuam. E a operação militar especial (na Ucrânia) prossegue para que isto não volte a acontecer", acrescentou.
A incursão, que aconteceu na segunda-feira no distrito de Grayvoron, deixou pelo menos oito feridos e levou a Rússia a decretar um regime "antiterrorista".
Nesta terça-feira, o Comitê de Inquérito da Rússia anunciou que abriu uma investigação por "ato terrorista".
UCRÂNIA - O governo da Ucrânia afirmou nesta segunda-feira (22) que impediu um bombardeio russo sem precedentes, com mísseis e drones, durante a noite contra a cidade de Dnipro, no centro-leste do país.
As autoridades locais afirmaram que sete pessoas ficaram feridas.
"Durante o ataque noturno, a Rússia lançou 16 mísseis de diferentes tipos e 20 drones Shahed", informou o exército ucraniano em um comunicado publicado no Facebook.
A nota afirma que "quatro mísseis de cruzeiro Kh-101/Kh-555 e todos os 20 drones foram destruídos pela defesa antiaérea".
As forças de Kiev não informaram as consequências dos 12 mísseis que conseguiram superar os sistemas de defesa do país.
O prefeito de Dnipro, Boris Filatov, afirmou no Telegram que, "desde o início da guerra, nunca havia acontecido um bombardeio de tal intensidade" contra a cidade.
Dnipro, uma cidade que tinha quase um milhão de habitantes antes do início da invasão russa, fica a 125 quilômetros da linha de batalha.
O governador da região, Sergiy Lisak, informou que "sete pessoas ficaram feridas e duas mulheres, 52 e 70 anos, foram hospitalizadas".
A Rússia intensificou os bombardeios noturnos desde o início de maio e a Ucrânia afirma que suas defesas antiaéreas, reforçadas pela ajuda militar do Ocidente, conseguiu derrubar a maioria dos drones e mísseis.
UCRÂNIA - Os militares ucranianos e o grupo mercenário Wagner relataram novas retiradas russas em torno da cidade de Bakhmut na quinta-feira, enquanto Kiev registra seu maior avanço em seis meses antes de uma contra-ofensiva planejada.
As tropas da Ucrânia perto da linha de frente disseram que a Rússia estava bombardeando as estradas de acesso para retardar o ataque ucraniano, que mudou de ritmo após meses de lentos ganhos russos no combate terrestre mais mortífero da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
"Agora, na maior parte, conforme começamos a avançar, eles estão bombardeando todas as rotas para as posições de frente, então nossos veículos blindados não podem transportar mais infantaria, munição e outras coisas", disse Petro Podaru, comandante de uma unidade de artilharia ucraniana.
Os militares da Ucrânia disseram que as tropas avançaram em alguns lugares por mais de um quilômetro. Suas forças estiveram na defensiva por meio ano, resistindo a uma enorme ofensiva de Moscou que obteve apenas ganhos lentos.
"Apesar do fato de nossas unidades não terem vantagem em equipamentos... e pessoal, elas continuaram avançando pelos flancos e cobriram uma distância de 150 a 1.700 metros", disse o porta-voz militar Serhiy Cherevatyi em comentários televisionados.
O chefe do grupo mercenário russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse que suas forças dentro da própria Bakhmut ainda estão avançando, prestes a expulsar as tropas ucranianas de seu último ponto de apoio na área construída na periferia oeste da cidade.
Mas ele acusa os comandantes das forças regulares da Rússia de abandonar o terreno ao norte e ao sul da cidade, aumentando o risco de as tropas no interior serem cercadas.
"Infelizmente, as unidades do Ministério da Defesa da Rússia recuaram até 570 metros ao norte de Bakhmut, expondo nossos flancos", disse Prigozhin em sua última mensagem de voz na quinta-feira.
"Estou apelando para a liderança do Ministério da Defesa -- publicamente -- porque minhas cartas não estão sendo lidas", disse Prigozhin, dirigindo-se ao ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e ao chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov.
O Ministério da Defesa russo reconheceu algumas retiradas de posições perto de Bakhmut na semana passada, mas nega as afirmações de Prigozhin de que os flancos estão desmoronando ou que reteve munição do Wagner.
"RATOS EM UMA RATOEIRA"
A Ucrânia diz que sua tática em torno de Bakhmut é atrair as forças russas para a cidade, de modo a enfraquecer as defesas da linha de frente da Rússia em outros lugares antes do contra-ataque planejado por Kiev.
"As tropas do Wagner entraram em Bakhmut como ratos em uma ratoeira", disse Oleksander Syrskyi, comandante das forças terrestres da Ucrânia, às tropas na frente de Bakhmut em um vídeo que divulgou esta semana nas redes sociais.
Na quinta-feira, sirenes de ataque aéreo soaram durante a noite, fumaça negra encheu o céu sobre Kiev e uma pessoa foi morta na cidade de Odessa, no sul. A Ucrânia disse que derrubou 29 dos 30 mísseis lançados enquanto Moscou afirmou ter atingido alvos militares.
A Rússia também tem sofrido ataques e explosões tanto no território ucraniano que controla quanto no território russo próximo à fronteira. Autoridades na Crimeia ocupada pela Rússia relataram que um trem de carga descarrilou durante a noite por "interferência".
por Por Ivan Lyubysh-Kirdey / REUTERS
UCRÂNIA - Da noite desta quarta-feira (17/05) até a manhã desta quinta-feira, as tropas russas dispararam 30 mísseis de cruzeiro contra o território da Ucrânia, dos quais 29 foram abatidos pelas forças de defesa aérea da Ucrânia, disse o comandante-em-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valerii Zaluzhnyi, na manhã desta quinta-feira.
Segundo ele, entre 21h de quarta-feira e 5h30 de quinta-feira (horário local), as tropas russas realizaram séries de ataques com mísseis a partir de diversas posições, tanto de terra como de mar e de ar.
Vinte e dois mísseis de cruzeiro Kh-101/Kh-555 foram disparados de dez aeronaves Tu-160 e Tu-95, e outros seis mísseis de cruzeiro Kalibr foram disparados de navios no Mar Negro. As tropas russas também dispararam dois mísseis de cruzeiro Iskander-K a partir de sistemas de mísseis táticos-operacionais baseados em terra, afirmou Zaluzhnyi no Telegram.
Além disso, a defesa aérea ucraniana afirmou ter abatido dois drones de ataque Shahed-136/131 e dois drones de reconhecimento tático-operacional durante a noite.
Um morto em Odessa
Uma série de explosões atingiu a infraestrutura do distrito de Khmelnytsky na manhã desta quinta-feira, segundo a administração militar regional. "Ninguém ficou ferido. Informações sobre a destruição estão sendo obtidas", relatou.
Na região de Quirovogrado, as forças de defesa aérea ucranianas destruíram um míssil de cruzeiro no céu sobre o distrito de Olexandria e um drone no distrito de Kropyvnytskyi, comunicou a administração regional de Quirovogrado. "Em ambos os casos, não foi sem destruição. A ogiva do foguete explodiu na área de uma casa particular. A explosão danificou três casas. Não houve vítimas", afirmou.
Durante a madrugada, a administração militar da cidade de Kiev afirmara que, durante um forte ataque com mísseis, horas antes, todos os projéteis foram detectados e destruídos no espaço aéreo da capital. Várias explosões foram ouvidas na cidade. Este foi o nono ataque com mísseis contra Kiev apenas este mês.
Também na noite de 17 de maio, um míssil russo atingiu uma instalação industrial nos arredores de Odessa, na costa do Mar Negro, disse Natalia Humeniuk, comunicou a Coordenação Conjunta das Forças de Defesa do Sul da Ucrânia. Uma pessoa morreu, outras duas ficaram feridas.
Os mísseis também atingiram a província de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, provocando um incêndio.
as (DW, Lusa, Efe)
UCRÂNIA - Um grupo de soldados russos desenterrou algo inesperado, enquanto cavava novas linhas defensivas em Melitopol, cidade do oblast (província) de Zaporíjia, no sudeste da Ucrânia.
O local, que era uma espécie de cemitério de bovinos, continha antraz, já que dois soldados foram, supostamente, infectados pela substância e, rapidamente, hospitalizados.
“Não, este não é um episódio de um filme de terror”, escreveu o prefeito exilado de Melitopol, Ivan Federov, em seu canal público do Telegram.
Os dois homens eram de Rosvoisk. Após a confirmação do diagnóstico, receberam alta do hospital e foram levados para um local desconhecido.
Federov explicou que a unidade inteira foi mantida em quarentena. Ele acrescentou que até mesmo as terras da Ucrânia estavam a fazer sua parte para expulsar os russos do país.
“Eles definitivamente não terão um final feliz”, acrescentou Federov, destacando a realidade de uma guerra que colocou os homens de ambas as nações no fogo cruzado.
Segundo Joe Barnes, em um artigo para o The Telegraph, a unidade que cavava novas trincheiras defensivas em Zaporíjia, provavelmente, preparava-se para a tão esperada contra-ofensiva ucraniana.
O antraz é uma infecção bacteriana grave, que, geralmente, só é transmitida aos humanos por meio de animais infectados.
Joe Barnes observou que o antraz não era desconhecido na Rússia, já que foi endêmico na maior parte da União Soviética, no século XX, devido às práticas agrícolas.
De acordo com a Mayo Clinic, o antraz pode causar feridas na pele, vômitos e, em casos graves, ser fatal.
Em março de 2022, o The Daily Beast relatou que soldados russos cavaram uma série de trincheiras defensivas na zona de exclusão de Chernobyl e sofreram uma doença aguda causada pela radiação.
As tropas cavaram suas trincheiras na extremamente contaminada Floresta Vermelha, da Ucrânia e, mais tarde, foram tratadas em Gomel, na Belarus.
A área é considerada tão tóxica que nem sequer trabalhadores altamente especializados de Chernobyl podem entrar lá.
A empresa estatal de energia da Ucrânia, Energoatom, que administrou a área do desastre nuclear antes da invasão, explicou a situação.
“Não surpreendentemente, os ocupantes receberam doses significativas de radiação e entraram em pânico ao primeiro sinal de doença”, comunicou.
A agência confirmou que as tropas russas haviam escavado “a área mais poluída de toda a zona de exclusão”, o que explicaria por que tantos soldados adoeceram tão rapidamente.
por Zeleb.es / thedailydigest.com
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